Tom, Tom, acorde... Falou Dinho acordando Tom do transe em que estava, vislumbrado com o corpo daquele homem.
—Ham? Não estou dormindo.
—Parece que está hipnotizado.
—Só estava divagando com algumas coisas, já terminei aqui. Vou para o quarto do meus pais. Boa noite.
—TOM! – Bravejou Dinho enquanto tom já o davas as costas.
—Oi, para quê esse grito?
—Ah, desculpa. É que eu pensei que se vc quisesse poderia dormir aqui, não quero incomodar. Dividimos a cama. – Falou Dinho com uma cara de pidão.
— Não se preocupe, vou dormir lá. – Respondeu Tom, com uma louca vontade de ir deitar com ele.
Tom enquanto fechava a porta olhando para a maçaneta, pensava no que havia feito, no que estava fazendo, no que faria. Ao fechar a porta encostou-se nela e pensou se deveria voltar com alguma desculpa inteligente para dormir lá, ao mesmo tempo em que esperava que Dinho novamente gritasse por ele, mas nada acontecia, o tempo passava e nada acontecia. Tom olhou para a maçaneta, e até movimentou-se para abri-la, mas imediatamente desistiu e virou-se em destino ao quarto dos pais, e enquanto caminhava pelo corredor imaginara se não seria melhor retornar e praticar de fato o que sonhara tão abruptamente, tão longe estava seu pensamento que quando se deu por si já estava dentro do quarto do seus pais. Ali era completamente diferente do seu, um ambiente tecnológico e moderno, uma cama enorme e ladeada por criados mudos, cada qual com uma espécie de tela que comandava os sistemas do quarto, como o condicionador de ar, a tv, e as próprias luzes. Tudo na palma da mão, Tom não era aquele que se sentia atraído por tais apetrechos, mas também não era aversivo a eles, haja vista ter muita habilidade com elas, e assim ele ligou o condicionador, desligou as luzes e sem sequer perceber adormeceu. Amanheceu e Tom abriu os olhos lentamente, porém ainda parado na cama apenas pensava, a que horas deveria dar providencias para a festa, em como seria a festa, em como reagiriam todos os que sempre lhe zombavam, será que iriam ser malvados e estragar a festa de seu amigo... dentre outras preocupações. Contudo, ainda antes que pudesse aprofundar-se em seus pensamentos, Denise bateu a porta e entrou, dando passos lentos viu que seu amado tinha acordado e abriu a cortina, ordenando que ele se levantasse, já estava com alguns papeis a respeito da festa.
—Vamos Tom, levante-se!
—Claro, mas precisam de mim?
—Você não só é o dono desta casa, como é o que mais sabe aqui sobre essas festas; claro que preciso, né?
—Está bem. Mas ontem assim que Dinho me disse o tema tive algumas ideias, inclusive um pianista ótimo daqui. Fora isso, deixe o resto com o buffet, pode contratar o mesmo que vovô, está tudo em minha mesinha lá no quarto. Cadê o Dinho?
—Saiu logo cedo, está todo animado pela festa. E já peguei seu smoking da lavanderia.
—Não precisava, eu ia pôr um terno mais arrumado, e seria suficiente.
—Na verdade, foi seu avô quer mandou, ele disse que as três viria te buscar para assistir um pianista diferente, que vai se apresentar hoje.
Tom arregalou os olhos. Aquela frase nem foi tão grande e trouxe consigo tantas informações. Seu avô já estava aqui no Brasil? Ele esqueceu que hoje é a festa? Será que ele virá para a festa? E numa mesma frase, igualmente curta, ela o respondera objetivamente.
—Não se preocupe, ele só está fazendo uma escala de duas semanas aqui, chegou ontem e disse que vocês viram para a festa, com uma hora de atraso.
As horas se engatinhavam, se arrastavam, até que quando 14:50 uma Mercedes-Benz preta e de placa azul que indicava carro oficial de diplomata, para em frente a porta e desce dele um homem de aparência calma e forte, também de smoking, extremamente alinhado e clássico, que logo era seguido de um armário negro que recebia o epiteto de blue, apelido dado pela cor inebriante de seus olhos, era o segurança do diplomata Amadeus. Aquele momento em que Tom o viu, foi inexplicavelmente emocionante, seus olhos brilhavam e seus braços involuntariamente abriram-se indo em direção aos de Amadeus já abertos para recebe-los. Blue tratou de avisá-los da hora e Amadeus pediu que o seu neto entrasse no carro. Já havia colocado alguns assuntos sumários em dia, em caminho ao THEATRO quando seu avô diz que estavam chegando. O carro seguiu por alguns minutos, que lentamente passaram, logo Blue o avisou que chegaram e fez a gentileza de abrir-lhes a porta. Apesar de todos ali estarem elegantes, aquele jovem de 15 anos, de corpo esbelto e tão lindo de smoking e de olhar tão interessado naquilo que estava prestes assistir causava certo espanto, quiçá estranheza aos demais que ali estavam, que em maioria esmagadora superava os 60 facilmente. Mas Tom com sem sequer notar que era notado, foi em frente junto ao seu avô que era cumprimentado pela maioria dos que ali estavam, não demoraram e ambos entraram no teatro no camarote que lhes fora reservado. Tom então notou que seria um concerto diferente, seria um jovem pianista, que seria acompanhado por uma orquestra gigante... aquilo lhe era tão animador quanto para qualquer outro homem brasileiro assistir um jogo da seleção ao vivo, passaram um hora e meia desde que tinham começado aquele espetáculo auricular, aquele jovem talentosíssimo acabara de homenagear lindamente Prokofiev, tocando sua tão consagrada dance of the Knights, depois de ovacionado por aplausos, aquele jovem começou a dedilhar Bach - "G Minor" (Luo Ni), todos calaram-se imediatamente, (aconselho que ponham-na e repitam-na se acabar - pitaco -) Tom estava ludibriado, aquela música lhe invadia corpo e tomava-lhe , a alma para fora dele, sendo a única alternativa consciente viajar pelo inconsciente dos seus pensamentos, que a estas alturas estavam na noite anterior em que seu amigo dormia pleno em sua cama, agora ele estava ao seu lado deitado de barriga para cima, completamente descoberto, respirando profundamente, seu braço cobria seu rosto, o outro estava esticado sobre a cama, e Tom permanecia imóvel ao seu lado vendo a penumbra que a cortina de seda lhe ofertava, sobre sua cueca Calvin Klein branca apertada o suficiente para demarcar aquele instrumento adormecido, e suas coxas com ralos pelos que iam engrossando à medida em que Tom descia sua visão, chegando em seus pés enorme e másculos, mas ali regressou sua visão ao adormecido que talvez por impressão parecia ainda maior, então ele extremamente concentrado a cada micro movimento dado, ele aproximou-se e ladeou seu rosto ao seu peito, e pode sentir aqueles cheiro de sabonete artesanal, e ouvir o ar de sua expiração, e devagar pôs sua mão em cima daquele pau, e imediatamente gelou, todo seu corpo paralisou, sua respiração travou e ele olhou para o rosto de Dinho que permanecia estático, então ele com a ponta dos dedos alisava todo o cumprimento daquele membro, e fechou seus olhos e somente ouvindo a respiração continuou a alisar e alisar, até que sentiu um leve pulsar em seus dedos, e ainda de olhos fechados, ele apoiou firme sua mão em ciam daquele mastro, que estava rígido feito aço, ele apertou seus olhos, engoliu seco, e abriu seus olhos. Suas pernas instantaneamente travaram, seu coração quase saindo pela boca, seu corpo todo arrepiado, e um tesão imensurável, ele viu aqueles olhos castanhos o vigiando e sua boca fechada e de rosto seriamente sacana, e sem falar, nem ouvir nada, ele sente aquela mão que agora não mais repousava em cima da cama, mas de sua cabeça indicando o que deveria ser feito, o silencio era infinito, mas ali era o tesão que reinava, ele baixou sua cabeça dando a entender recebida a ordem, e lentamente engoliu tudo, e lentamente tirou de sua boca, passando lentamente a língua na cabeça e colocando-a dentro da boca, novamente a engoliu e tirou, e assim permaneceu por longos 10 minutos, foi quando Dinho puxou carinhosamente sua cabeça e o beijou apaixonadamente, com o fervor de mil línguas a dele percorria toda a boca de Tom, que as vezes sem ar, desgrudava a falava baixinho em seu ouvido: me come. Dinho, depois que ouviu, o beijou mais profundamente, fazendo-o amolecer em seus braços, o deitou de bunda para cima em sua própria cama e igualmente baixinho falou ao seu ouvido: Não se mova!, e nessa hora foi ao banheiro e trouxe consigo um frasco de óleo de banho, que utilizaria no ato, e com Tom ainda na mesma posição sentou-se em cima dele, de movo que ficou extremante encaixado, e mesmo sentindo a clara vontade de engolir seu pau daquela bunda enorme, ele derramou óleo em suas costas e massageou, tirou toda tensão de Tom, que gemia baixinho de tão ótima que estava a massagem, e lentamente foi descendo com a massagem, até alcançar suas nádegas famintas, e as apertou com força, e mais alto gemia Tom, e então feito padeiro com a massa de pão, Dinho majestosamente amaciava, batia, e as vezes para provar, mordia carinhosamente, e quando suas mãos ficaram cansadas, ele parou, com suor escorrendo em cima de Tom, ele colocou o óleo de lado e abriu aquela bunda, deixando a mostra aquele lindo e rosado anel, que clamava ser adentrado, mas ainda não era a hora, Dinho ainda queria sentir pessoalmente o sabor, e enfiou a língua contudo no meio dando somente um arrepio que o fez virar a cabeça para trás e olha diretamente nos olhos de Dinho que devolvia o olhar com ainda mais profundidade, os dois estavam completamente sintonizados e extasiados numa mesma sensação indescritível, Dinho sentiu um impulso inexplicável em beijá-lo e o fez, substituiu sua língua por um dedo que rodeava com maestria e jogou sua língua o mais profundamente que conseguia e com a mão que estava livre agarrou sua cabeça por trás e a forçou contra a sua, sem pensar ele foi jogado na cama e ficou imediatamente de quatro, olhou para Dinho e sorriu, como se assentisse qualquer que fosse a intenção, então fechou os olhos e apertou as pálpebras quando sentiu algo maior que um dedo lhe encostando quando segurou firme o lençol e sentiu ser untado por óleo e mesmo com medo da dor, estava tão relaxado e com vontade que apesar da dor, continuou sem se mover, sabendo o prazer que viria após, continuou imóvel, e quanto mais entrava mais altos eram seus gemidos leves, que deleitavam Dinho a cada vez que aconteciam, que sem perceber já estava dando tão fortes estocadas que batia a cama na parede, e não se importavam nem um pouco, aliás, lhe instigava a usar de mais força. E a velocidade e a força iam lentamente aumentando até que em um derradeiro movimento colocou tudo, só que que cabia entre eles dois era o vácuo que a força causou, e junto veio um forte urro, que inundou o quarto, tal qual deixara inundado o Tom, e feliz. E abriram-se os olhos de Tom, junto aos imensuráveis aplausos.
O concerto então chegou ao fim o concerto, Tom, amou, e se deliciou com cada momento dele, já saiam do recinto quando viram Blue que já os aguardava com aquele olhar sério e amedrontador, novamente lhes abrira a porta e entrou no carro, indo em direção à casa de Tom, onde uma festa já o aguardava, e por longas 1 hora e meia naqueles transito infernal, conversaram sobre tudo, e o se3nhor Amadeus, como sempre o aconselhava tão gentilmente. Agora são 20:00 horas, e chegam a festa, que parece já está cheia, Blue manda abrirem o portão e Tom ao ver aquela quantidade enorme de pessoas, encolhe-se no carro, todos aqueles que todos os dias riem dele, ali olhando para o carro preto, os holofotes da atenção de todos estavam nele quando ao ver aquilo, Amadeus, o segura no ombro e disse, certamente pensando em Nietsche: — Torna-te aquilo que és rapaz, não os que os outros querem que seja. Tom o olhou, assentiu com a cabeça e abriu a porta, de saiu, com seu smoking alinhado e caro, era o mais lindo e bem vestido dali, acompanhado por seu avô que logo em seguida desceu, e todos cochichavam e olhavam, enquanto Blue retirava o carro, e os deixava protegidos dentro de casa. O senhor Amadeus era um estranho antes àquela multidão jovem ali, porém, foi logo recepcionado por Denise, que com um respeitoso cumprimento o direcionou à sua mesa, logo à frente, defronte ao pianista, que tocava um piano mais contemporâneo, tocava Nuvole Bianche, musica esta que indicava, segundo a lista de Tom que ele já estava na metade de seu repertório, então logo o senhor Amadeus, foi servido, e comia enquanto degustava um Cazes CAP AU SUD, trazido diretamente da França, onde ganhou cinco caixa de uma aposta com o empresário de lá, e era, um dos que estavam sendo servidos, pelo menos àqueles que não se embriagavam com cervejas e whisky. Tom, porém, havia entrado dentro da casa, esperando que lá não houvesse ninguém, triste equivoco, deu de cara com os que lhe zoavam, e sequer conseguia esconder sua decepção, logo tratou de subir para entrar em seu quarto, mas foi impedido por um dos garotos que atravessou em sua frente e disse:
— E aí, Tom, que carrão aquele que você veio. E aquele coroa, com cara de Mafioso, é o teu avô? O Embaixador?
—Sim, ele é meu avô, mas ele é diplomata.
—Ah, e que casa essa, viu? Parece de artista.
—Obrigado, eu acho.
—Dava para de vez em quando você chamar a gente, para uma festinha.
— Não gosto desses eventos, só fiz esse porquê foi para o Dinho.
— Está certo, ei desculpa se você fica magoado com o que falamos, é que tipo vemos você quietinho tímido, aí a gente queria te ajudar a se enturmar, e tal.
—Não se preocupe, vou subir agora.
—Não pô, fique aqui - disse segurando forte seu braço, e chagando perto de seu ouvido falou- sei do que você gosta, já te vi manjando minha rola no banheiro, e agora que sei que você é tão riquinho posso fazer de você minha mulherzinha, também quero uma festa dessas.
Tom se assustou mas ficou sem reação, e ficou parado enquanto olhava para os amigos daquele que lhe prendia, e eles apenas observavam enquanto nada faziam, e ainda antes que ele pudesse pedir ajuda, chega Dinho, do ângulo em que estava não tinha como ver direito a situação e apenas vendo a cara de Tom, gritou seu nome:
TOM, estava te procurando, venha cá.
Dinho, aproximou-se e apesar de ver o momento em que seu colega liberou o braço de Tom, pensou não ser nada demais, e apenas se aproximou. E cumprimentando-o, falou em seu ouvido:
—Vamos lá no seu quarto, tenho um presente de agradecimento.