SEXO DO FUTURO - Parte quatro
Ela gemeu, massageou a nuca com a mão e movimentou o pescoço. Constatou que o nervo estava ok e, só então, percebeu que estava sendo observada pelo policial. Depressa, agachou-se e manipulou as algemas que lhe prendiam os pés. O sargento correu até as suas roupas entulhadas encima de uma mesa, catou seu revólver e apontou para ela:
- Pare. Mais um movimento e eu atiro em você!
Ela parou, mas fez uma cara de raiva, antes de dizer:
- Se você quisesse atirar em mim, já teria feito isso. Não sei porque poupou minha vida e me trouxe para cá. Está tramando algo e não pretendo esperar para ver o que é...
- Eu quero apenas lhe fazer umas perguntas. - Disse ele, ainda de arma em punho.
- E porque não fez isso lá, já que eu era sua prisioneira?
- Meu superior a teria assassinado, como fez com tua parceira. Ele está furioso por vocês haverem matado o filho dele. Não daria para interroga-la lá.
A mulher esteve olhando bem nos olhos do negrão, depois relaxou. Mesmo assim, terminou de retirar as algemas. Disse que não gostava de estar prisioneira. Pediu, no entanto, que ele baixasse o revólver. Também não apreciava estar na mira de uma arma. O sargento, porém, ainda não confiava nela. Afirmou que continuaria apontando-lhe o trabuco, até que se sentisse menos ameaçado.
- Devo-lhe minha vida. Dou-lhe minha palavra de que não tentarei fugir. Mas, se continuar me apontando a arma, terei que alijar você dela.
O sargento riu. Ela estava sentada no sofá, quase do outro lado da pequena sala, tendo um móvel de centro separando os dois. O negrão também havia sentado numa cadeira da sala, ainda de cuecas. Disse para a bela mulher:
- Você fala como se fosse fácil me desarmar, principalmente eu sabendo das tuas inten...
Não completou a frase. A mulher levantou-se de um salto, deu uma cambalhota no ar, demonstrando incrível agilidade, e caiu com os dois joelhos sobre as coxas do policial. Ele gritou de dor, pois o impacto causou-lhe a distensão dos músculos. Rapidamente, ela tomou-lhe a arma das mãos. Ele achou que ela iria atirar. A bela morena, no entanto, retirou todas as balas do tambor da arma com um movimento rápido e entregou-lhe o revólver de volta. Depois voltou a se acomodar no sofá, no mesmo canto onde estivera sentada, e despejou as balas sobre o móvel. O negrão continuava gemendo de dor. Os músculos das coxas estavam muito doloridos. Então, ela afirmou:
- Logo essa dor passará. Agora, faça as perguntas que quiser. Terá suas respostas. E eu te garanto que não minto.
- Ninguém é capaz de viver sem mentir. – Discordou o negrão – por mais que se tente evitar.
- Nós não mentimos. Nunca. Nossos valores são muito diferentes dos de vocês, nossos antepassados.
O negrão esteve um tempo observando-a, cismado com aquela afirmativa. Depois perguntou:
- Está querendo me dizer que vocês são do futuro? Porque, se é assim, eu não acredito nessas histórias fantásticas de viagem no tempo.
- Nós descobrimos recentemente que há um curto espaço de tempo onde presente, passado e futuro se alinham perfeitamente, abrindo uma brecha na linha temporal. Apenas isso. Estamos aproveitando essa brecha para resolver um problema recorrente à nossa época. Disso, depende o futuro da Humanidade.
- Balelas. Não vai me convencer contando essas mentiras. Se bem que fico balançado a pensar que você vem mesmo de algum lugar que não seja o Brasil. Você fala português com um sotaque estranho, que não é de nenhum pais de língua lusa que eu conheça. As roupas também são estranhas e aquelas armas que usaram em nós não parecem deste mundo. Mas os filmes de ficção científica estão aí para provar o contrário. Então, vai ter que inventar outra história mais aceitável, se quiser que eu acredite em você. Outra coisa: por que aquela violência toda contra nós, policiais?
Ela ajeitou-se melhor no sofá. Depois, explicou:
- De onde venho, os policiais são os maiores vilões. E nosso grupo é o maior adversário desses assassinos. Eles matam mulheres apenas pelo prazer de matar. Na verdade, querem exterminar a população feminina do planeta!
- Porra, isso é sério? E como irão preservar a espécie, sem as mulheres para procriar?
- Há séculos que a Humanidade perdeu o tesão por seus semelhantes. Não existe mais sexo entre homens e mulheres, nem entre gênero nenhum. A genitália masculina e feminina, por conta disso, atrofiou. As mulheres não geram mais óvulos nem os homens produzem espermatozoides. Isso, desde que instituíram a inseminação in vitro. Na verdade, houve uma época em que a população mundial passou a se interessar apenas por pessoas do mesmo sexo. Família tornou-se coisa do passado.
O policial estava abismado com as palavras da mulher. Ela pareceu ler seus pensamentos. Levantou-se do sofá e começou a se despir, sem nenhum pudor. Descobriu um corpo curvilíneo e digno de uma atleta, mas a sua vulva era minúscula e deformada. Quase não havia lábios vaginais. O clitóris era do tamanho de uma cabeça de alfinete. A entrada daquilo que deveria ser uma vulva parecia mais um cu, cheio de pregas. E não. Ela não tinha ânus, apesar de possuir nádegas redondas. Virou-se de costas para ele, para mostrar que tinha regada da bunda, mas nada de buraquinho rosado culminando ali. A surpresa, no entanto, provocou uma imediata ereção ao sargento. Ele cobriu a parte da frente da cueca, para que ela não percebesse que estava excitado. Porém, já era tarde. Ela pediu, sem nenhuma cerimônia:
- Pode me mostrar seus órgãos genitais?
Ele levantou-se para tirar a cueca e ela saiu do sofá e se aproximou do negrão. Ficou embasbacada quando ele libertou o caralho enorme, de aproximadamente trinta centímetros, duro como uma rocha. Ela abriu muito os olhos. Exclamou:
- Uau! Preciso te mostrar às minhas irmãs. Elas vão ficar muito impressionadas!!!
- Você tem irmãs por perto? Quantas são? – Quis saber o sargento.
- Agora, somos seis. Mas logo seremos centenas. Planejamos uma invasão em massa à esta época.
- Pretendem nos matar a todos? É isso?
- Não, não. Existe um grupo, do qual faço parte, que quer recuperar a capacidade do ser humano de se manifestar sexualmente. Na verdade, queremos voltar a praticar sexo. Mas, para isso, os homens do nosso século têm que voltar a se interessar pelo coito natural, novamente.
- E como pretendem conseguir isso? Torturando-os?
- Claro que não. Mas essa parte cabe às minhas superioras. Elas têm um plano e até um aliado masculino. Um dos únicos espécimes da nossa época capaz de demonstrar tesão. Volto a dizer: gostaria muito de te apresentar às minhas superioras. Elas precisam ver este teu caralho enorme e excitado!
A linda mulher dizia isso acariciando o enorme falo do negrão. Os seios dela possuíam mamilos, mas minúsculos. O peito arfava, como se estivesse excitada. Antes que o policial dissesse alguma coisa, ela pediu:
- Posso tentar fazer sexo contigo? Talvez não consiga aguentar teu falo enorme dentro de mim, mas gostaria muito de tentar.
- Está bem, – Disse o sargento – Mas dê-me uma chupadinha, primeiro.
- Uma o quê? Não sei do que está falando.
- Está bem, aja como souber. Faça de conta que sou todo teu...
Ela sentou-se de costas no colo dele. O negrão sentiu ela esfregar sua glande no minúsculo pinguelo, mas não percebeu nenhuma lubrificação ali. Só quando ela lhe tocou o pau com aquela abertura que parecia mais um ânus é que sentiu o quanto ela estava excitada. Pingava em abundância, por ali. Ela apontou seu pênis para aquela entrada e as pregas se movimentaram, como se fossem lábios vorazes. Ele quis empurrar a glande reentrância adentro, mas ela pareceu incomodada, como se estivesse engasgada. Ele desistiu de tomar a iniciativa do coito. Ela voltou a engolir o membro com voracidade, mas sem muita penetração. Era como se lhe chupasse só a cabecinha. Então, de repente, ela estremeceu e se enfiou toda ali. O negrão sentiu um líquido jorrar em suas pernas, como um esguicho de ejaculação. Ela começou a gemer alto. Ficou toda se tremendo no colo dele. Então, ele experimentou uma sensação como se as pregas dela lhe estivessem mamando o pau. Ele sentia nitidamente cada chupada que lhe davam no pênis. Quando estava disposto a liberar uma golfada de porra, eis que aquele túnel se estreitou em torno do falo dele. Não conseguiu fazer os movimentos tradicionais do coito. Era como se estivessem encangados, como caninos. Ele tentou retirar seu falo daquele túnel estreito, mas ela gemeu de dor. O negrão relaxou. Mas aí, bateu-lhe uma enorme vontade de mijar. Aperreou-se. Tentou se livrar novamente daquela pressão, mas ela gemeu de dor novamente. Sua bexiga estava cheíssima, apesar de saber que isso seria impossível num coito.
- Goze, meu homem. Goze. Estou sentindo teu gozo se aproximar.
Então, o negrão relaxou e fez um esforço enorme para urinar. Para o seu espanto, conseguiu. Ela gritou alto e arrastado, também tendo um orgasmo. Foi uma sensação demorada para ambos e só assim ele conseguiu libertar o pau daquele orifício dela. Para seu espanto, continuou mijando. No entanto, o líquido que saia do seu pau, em profusão, era esbranquiçado como uma gozada. Imediatamente após, o negrão sentiu uma enorme fraqueza nas pernas e a cabeça girar. Viu a mulher se levantar do seu colo com um sorriso maravilhoso nos lábios. Depois, não viu mais nada.
Fim da quarta Parte