O Gostoso e o Nerd - Parte 6

Um conto erótico de Renatozor
Categoria: Homossexual
Contém 4766 palavras
Data: 06/12/2017 23:09:46
Última revisão: 06/12/2017 23:23:10

Gente, desculpa pela demora, mas o dever me chama. Tive que ir lá pra Espírito Santo estudar tartaruga, e tive tempo de escrever só no celular. Agora que to com um computador em mãos, eu consegui me situar melhor.

TheOwl - Meus pais nem aceitaram na boa de começo. Eu contei pra eles com 14 anos, quando eu beijei um menino da minha rua antiga, e a gente se chupou e eu acabei gostando, aí eu contei pra eles (não sobre o menino, sobre eu ser gay kkkk). Minha mãe me expulsou de casa, e minha tia me chamou pra morar com ela, e eu fui, chorando e morrendo de vergonha e de medo... Passou três semanas, depois de umas sessões no psicólogo, minha mãe aceitou numa boa.

Sharon Martins - O problema é que hoje, como adultos crescidos, vemos que tudo pode ser conversado. Na época, quando eu tinha 16 anos, não era tão simples assim, pra mim. Muita coisa eu resolvia na conversa, sim, mas na questão do amor, era uma coisa nova pra mim, diferente, que me fazia sair da zona de conforto, por isso vinha o medo.

Ryuho - Por mim é tranquilo a pessoa se exaltar. Mostra a opinião de forma mais franca e direta... Na adolescência, todos temos essa coisa de ser babaca e de sofrer, ValterSó só ta mostrando isso de forma sincera kkkkkk

O resto, muito obrigado pelas opiniões e pelo reforço de me fazer querer escrever mais. Cada opinião pra mim conta lá no ♥. E, caso alguém ainda esteja se perguntando, sim, esse conto é verídico. E, de novo, alguma dúvida ou questão que esteja na curiosidade de vocês, comentem que eu respondo no próximo conto.

Continuação da 5ª parte...

Peguei minha mochila pra tirar os materiais e a roupa que eu levei, mas... Onde tava a minha cueca?

- Ai que burro que eu sou, nem levei cueca na mochila... - Falei. - Achei que ele tivesse pego ela escondido de mim, também... E eu to falando sozinho, ai ai...

Durante a semana, não teve aula. Teve, mas ninguém foi, então não teve. Pedro conversou com uns amigos dele fora da escola, e eles tavam cogitando começar uma campanha de RPG. Era meu sonho. Pedro também gostava, então fomos todos nos encontrar na casa desse amigo dele, o Rafael, na quarta-feira.

Conheci Guilherme, Rafael, Bianca e João. Comigo e com o Pedro, davam 6 pessoas, sendo o Rafa o mestre. Todos eram muito gente boa, e acabei fazendo amizade rápido com eles, que todos nós gostávamos dos mesmos assuntos. Bianca era a única mulher, e ela era muito linda. Nem parecia pertencer àquele mundo de nerd.

Mas uma coisa que me chamou atenção foi o tal Guilherme. Ele não era um deus grego, mas ele tinha alguma qualidade que chamava atenção. Não sei o que era, mas ele era carismático, e tinha uma voz muito doce. Eu achei que ele fosse gay, que toda hora ficava olhando pro Pedro.

Então, aprendemos a jogar, graças ao Rafael e ao João, que já tinham certa experiência. Porém, no meio da partida, que devo dizer que durou uma madrugada inteira, Guilherme começou a encarar o Pedro. Eu percebi, mas também muitos o encaravam quando chegava vez dele, mas Guilherme continuava encarando o Pedro. Eu comecei a me sentir incomodado, mas não quis demonstrar, pois estragaria o jogo.

Não passou 2 horas, os personagens do Pedro e do Guilherme estavam numa parte caverna sozinhos. Pra quem não sabe, RPG é um tipo de jogo de interpretação, onde você controla um personagem, dando voz, personalidade e vida, enquanto o mestre conduz a história. A pegada é que seu personagem pode ou não ter nada a ver com você, então você é livre nesse mundo.

O personagem do Gui era uma mulher, e o do Pedro era um homem. E o Gui começou a se insinuar pra cima do Pedro, falando que tropeçou numa pedra e caiu nos braços dele, falando que os dois caíram um de frente pro outro, que a caverna começou a ter plantas afrodisíacas... E todo mundo ria. Muito. Eu ri de nervoso, porque já sabia o que tava rolando.

Quando todos nos reunimos fora da tal caverna, fizemos uma pausa pra irmos ao banheiro, comer, etc. Quando voltamos, o jogo continuou, e uma luta contra um goblin (eu acho) começou. Eu era um arqueiro elfo, que tinha tomado uma bebida alcoolica pra comemorar a saída da caverna, mas isso foi só pra acrescentar minha probabilidade de erro.

Gui estava perto do goblin. Eu joguei os dados pra calcular dano, essas coisas. O Rafa, sabendo que eu estava bêbado (no jogo, não na vida real), jogou um dado pra ele que fez com que eu errasse e acertasse o peito do Gui. Eu comecei a rir muito por dentro, mas fiquei preocupado por fora. Gui jogou um dado pra saber se ele ia resistir a flechada. Resistiu, mas se feriu muito.

Algumas horas depois ele morreu antes da luta final, porque ele tava fraco pelo dano que eu causei. Eu quase gritei de comemoração. Mas, eu não queria que ele morresse, pois ele era necessário (assim como todos os outros) pra lutarmos contra o chefão. Tinhamos um padre na equipe, e ressuscitou a pobre donzela.

E assim fomos pra luta contra um urso-dragão. Uma adaga atingiu meu ombro pelo mesmo motivo que a flecha atingiu o peito do Gui. Ciúmes. Mas eu consegui desviar graças aos dados. Matamos o urso-dragão, recebemos a recompensa e terminamos a partida.

O sol estava nascendo já, e estávamos doidos pra irmos embora.

- Ai, muito bom jogarmos todos nós juntos, podíamos fazer isso todo finde. - Disse o Gui.

- Eu não quero jogar mais nada, eu to destruída. - Respondeu Bianca.

Gui olhou pro Pedro.

- Prazer em conhecer você, viu? Vê se não some! Aqui, me adiciona lá no face. - Pegando na mão e no braço do Pedro.

- Beleza.

- E você também! - Olhou pra mim. Ele tava sendo falso agora. Eu consigo perceber isso.

- Igualmente! - Respondi no mesmo tom de falsidade.

A casa do Rafa não era tão longe da casa do Pedro. Em 30 minutos já chegamos lá. Subimos pro quarto enquanto os pais dele dormiam, e só tiramos o sapato e a calça. Ele tirou a camisa, ficando só de cueca. Já reparei que o Pedro não gostava nem a pau de dormir sem camisa. Começamos a dormir.

Novamente, acordei de tarde com o braço dele em cima de mim. Peguei meu celular e consegui tirar umas fotos dele só de cueca. Continuei deitado enquanto jogava, até ele acordar também.

- Bom dia... Tarde. - Ele falou.

- Boa tarde.

Fiquei preocupado agora. Porque? Ele não me abraçou. Tava interessado no Guilherme. Não me queria mais. Não, não era isso que tava acontecendo. Ele provavelmente só não me abraçou porque tava de cueca... Mas ele já me abraçou de cueca antes...

Fiquei matutando nisso até ele me chamar pra almoçar. Aceitei e fomos pra cozinha. Começamos a comer.

- E aí? Curtiu o RPG? - Ele me perguntou.

- Uhum. Achei a galera legal.

- E o Guilherme? Curtiu ele também? - Ele disse, começando a rir.

- Não. Não gostei dele. - Falei, num tom ríspido e grosso.

- O que, porque?

- Não gostei, ué.

- Mas ele também é gay.

Nessa hora eu fiquei meio chateado.

- Pedro, porque você não fica com a Taís (uma menina da nossa escola, meio feinha e gorda)?

- Porque não, ué. Ela não faz meu tipo, não curte as mesmas coisas que eu...

- Como não? Vocês dois são heteros.

- Ahhh... - Ele entendeu. - Foi mal. Mas você achou o Guilherme feio?

- Sei lá.

- Eu achei ele bonitinho. Se eu fosse gay, até pegava. - Ele disse, rindo.

Ele ria, e eu ria de nervoso, raiva, tristeza. Eu levantei, lavei meu prato e subi pro quarto.

- Peraí. - Ele chamava, enquanto terminava de comer mais rápido.

Coloquei a calça, calcei os sapatos e peguei minha mochila. Já estava descendo as escadas, com raiva. Porra, se ele fosse gay, Guilherme seria a primeira opção dele? Beleza. Ele me encontrou na escada pro primeiro andar.

- Nato? Já ta indo embora?

- Já. Eu ainda to um pouco cansado.

- Deita lá no meu quarto, so...

- Acho melhor eu ir.

- O que aconteceu?

- Nada não.

Ele abriu o portão pra mim, meio triste. Nos despedimos e eu fui embora.

Vocês devem estar pensando que eu sou muito infantil de fazer isso. Mas a conversa não foi só isso. O caminho da casa do Rafa até aqui foi ele falando de todo mundo, mas em especial do Guilherme. Ele comentando como achou fofa e engraçada a intenção do Guilherme de fazer os personagens passarem por situações romanticas e eróticas, como o Guilherme fez alguma coisa e tal. Eu sentia que o Guilherme era o gay que todo mundo gosta porque é gay. Eu sou só mais um "hetero", porque não aparento ser gay e faço piadinhas de gay.

Devia ser o sono. Cheguei em casa, mas não consegui dormir. Fui pro face conversar com o Gabriel, que tava me pedindo ajuda pra resolver uma situação sobre uns caras que ele tava ficando.

A janela de conversa tava aberta, e o mural atualizou. Pedro adicionou Guilherme. O QUE?? Ah, tomar no cu! Caralho, eu tava com ciúmes de uma pessoa que nem meu namorado é... Cliquei no perfil dele e fui olhar as fotos. Uma boa parte curtida pelo Pedro. Abri a janela de conversa do Pedro.

- "E essa curtição de foto aí nas fotos do Guilherme que ta aparecendo aqui toda hora? Kkkkkkk" - Perguntei.

- "Ele ta curtindo todas as minhas, to descontando nele"

- "Hum"

- "Aqui, porque ce foi embora rápido hoje? Aconteceu alguma coisa?"

- "Não. Não esquenta com isso"

- "Blz"

Tá. Ele não insistiu. Antes ele insistia um pouquinho e me fazia rir e eu já falava o que era. Agora o que aconteceu? Será que ele cansou de esperar que eu me declarasse pra ele, e começou a se interessar por outro? Se ele tá interessado em mim, porque ele não me disse nada? Minha cabeça enchia de perguntas sem nenhuma resposta em mente.

- Quer saber? Eu também não to nem aí.

E fiquei jogando o resto do dia.

Quando fui deitar pra dormir, eu não consegui. Fiquei só pensando em como os dois deviam estar conversando no face o tempo todo, devem ter trocado telefone e até mandando nudes. Minha cabeça viajava até dar sol de manhã. Eu não acreditei que eu fiquei 7 horas pensando numa situação hipotética. Queria tanto matar o Guilherme.

"Acordei" no outro dia me sentindo um caco. Acho que pior do que quando o Pedro parou de conversar comigo. Porque eu até tinha uma esperança de que ele voltasse a falar comigo uma hora ou outra. Mas dessa vez parecia que eu tinha perdido o Pedro pra sempre, por causa de uma pessoa que ele conheceu em um dia.

Meu celular vibrou.

- "No sítio vms dividir a barraca?" - Mensagem do Pedro.

- "Não sei, porque não chama o Guilherme?" - Respondi.

Não passou nem um minuto e ele já tava me ligando. Atendo? Não? Atendi.

- "Aha! Eu sabia que você tava com ciúmes dele!"

- Eu não to com ciúmes de ninguém...

- "Nato, você é meu melhor amigo. Nenhum gay vai te substituir desse posto".

Eu fiquei com muita vontade de rir.

- Ah, não?

- "Não, e também ele me chamou no face, falando que me achou muito gato, e perguntou se podia tirar minha solteirice... Bloqueei ele na hora".

- Porque bloqueou? - Perguntei, abrindo o navegador.

- "Porque ele tava enchendo muito o saco, vou te mandar print no facebook".

Ele desligou e abri o facebook. Tinha um pedido de amizade novo e uma notificação de conversa. Abri, e era do Guilherme. Opa. O pedido de amizade era dele também. Aceitei.

- "Oiii" - Dizia a mensagem que ele deixou.

- "Oiii" - Respondi.

- "Vc e o Pedro são amigos, né?" - Respondeu na hora.

- "Somos, sim, pq?"

- "Pq eu meio que fiquei afim dele kkkk, mas ele não me deu muita bola"

- "E nem vai dar, ele namora uai"

- "Mas não tem nenhuma foto de namorado no perfil dele"

- "É namoro escondido. A mãe da menina não pode nem sonhar em saber, senão ela morre"

- "ELE É HETERO? MENTIRA"

- "É, uai... Alguma hora ele chegou pra vc e te falou que era gay?"

- "Nossa, mas ele é tão carinhoso com vc que eu fiquei até com foco no cu"

Que escroto.

- "É o jeito dele. Ce tem que ver que lindo são os pais dele... E também gaydar nem sempre ta correto, né"

- "É vdd"

Acho que Guilherme e Gabriel se dariam super bem. Os dois tem o mesmo fogo no cu. Guilherme parece ser passivo, juntando com Gabs que é ativo, perfeito. Pedro me mandou os prints da conversa dele com o Gui. E ele era muito pra frente mesmo, e muito boca solta. Era debochado, e zuava tudo. Eu fiquei tão mais feliz, que acabei pegando no sono.

Acordei de tarde, com o Pedro do meu lado, na bicama. Assustei com ele e ele riu da minha cara.

- Fiquei preocupado que você sumiu, sua mãe abriu o portão pra mim.

- Que susto.

- Hoje a galera da sala tá indo comprar as bebidas, e tão me chamando também. Ce vai querer ir?

Aceitei, e troquei de roupa. No caminho ele falou que eu não podia ser visto com ele que ia dar problema se eles estivessem comprando bebida pra menor. Esperamos do lado de fora mais alguém chegar, e chegou Tiago e um menino chamado Kelvin da nossa sala. Laís tava junta no meio, e, como ela também era menor, ficamos sentados do lado de fora esperando. Quando os meninos saíram com caixas e caixas de vodca e cerveja do supermercado, Laís olhou pro Pedro e fechou a cara e olhou pro outro lado.

- Vamo? - Falou Tiago.

Fomos todos pra casa do Tiago, deixar as bebidas lá, e eu e Pedro fomos embora cada um pra sua casa. Ainda não arrumamos nossas malas, e Pedro falou que ia levar barraca e colchonetes.

Fiquei muito ansioso no dia, tanto que eu nem consegui dormir. No outro dia, de manhã cedo, era o dia da entrega dos nossos "diplomas". Era só um papel escrito "obrigado por participar da Escola Estadual X Y" ou alguma coisa assim. Os históricos seriam entregues no próximo ano.

Todo mundo estranhou muito o fato de ter muitas malas na sala que a gente usou pra trocar de roupa.

Deu umas 10h da manhã, acabou a "colação". Foi até melhor do que eu esperava. Tivemos becas emprestadas, e canudos com esse papel dentro. O ônibus chegou na escola, já com as bebidas dentro e muita comida. Quando a supervisora percebeu o que tava rolando, ela saiu da escola putassa, e entrou na frente da porta do ônibus.

- De jeito nenhum que vocês vão pra esse sítio!!! EU não autorizei! Essa viagem não é da escola!!!

Só faltou ela espumar pela boca. Continuou falando asneira, até a gente ficar calado, olhando pra cara dela. Ela gritou mais.

- Eu confiei em todos vocês! Vocês usaram o dinheiro da escola pra ir nessa viagem! Eu não acredito! Isso pode dar cadeia!

- Ou Solange! Na moral, tu ta muito chata hein.

- Olha como você fala comigo! Vou chamar a polícia pra falar que vocês usaram todo o dinheiro da escola nisso aqui!

- Que dinheiro? Os 200 que você deu pra gente fazer um "baile"?? Meu amor, já gastamos tudo naquela festinha fajuta na escola que ninguém foi.

- É, isso aqui foi a gente que pagou, Solange!

Todo mundo já tava perdendo a paciência. Alguns pais estavam do lado de fora, também reclamando da atitude da Solange. Eu só não entendia porque ela queria tanto controlar o que fazemos ou deixamos de fazer num sítio.

Os alunos que estavam na frente começaram a empurrar pra entrar no ônibus, e ela começou a fazer drama, até que o pai de alguém puxou ela de lá, e entramos todos no ônibus de uma vez. Entrou mais uns 8 meninos do segundo ano no ônibus, e todo mundo olhou pra eles, enquanto eles fingiam que eram invisíveis e sentaram nos bancos mais no fundo.

A galera começou a vaiar e a reclamar, até os meninos serem empurrados pra fora do ônibus. O motorista, rindo muito de tudo, fechou a porta e começou a ir.

A viagem inteira foi a galera cantando música nacional das antigas. O que eu gostava na nossa sala era que 5 era gente esnobe e chata que curtia só funk e pagava de malandro, e desses 5 só foi um menino, que era mais amigo de alguém. Era mais tranquilo não escutar funk no ônibus o tempo todo.

Chegamos no sítio. Era gigante o lugar. As meninas dormiam nos quartos, enquanto os meninos dormiam nas barracas e na sala. Se rolasse alguma coisa, todo mundo já tava ciente das próprias ações. O sítio vinha com uma equipe de cozinha, que ia fazer a comida pra gente e ir embora umas 20h e voltariam pela manhã, pra não ficar desigual pra ninguém. Jogamos futebol (pelo menos eu sou bom no futebol, dá pra disfarçar que eu sou gay), volei, sinuca, dançamos, cantamos, bebemos, nadamos na piscina, comemos, e foi muito louco o dia. E só iamos voltar no domingo, mas tava valendo a pena tudo.

Viramos a madrugada fazendo a festa. Foi só umas 4 da manhã que a galera começou a cair no sono e dormir onde estavam. Apesar de ser minha primeira vez bebendo, Pedro me advertiu pra não beber muito depois que eu tava muito chapado. Comecei a ficar sóbrio, e vi o Kelvin dormindo na piscina, com só os braços e a cabeça do lado de fora, apoiados. Puxei ele pra fora, ele me agradeceu e foi dormir ali mesmo, do lado de fora.

Tava fazendo um frio, e tinha uma barraca mexendo. Tinha uns barulhos também vindo de outras, e eu ficando curioso, mas ao mesmo tempo tentando me concentrar pra ficar quieto. A Mari (que sumiu o resto da história porque ela passou a ser irrelevante) e um menino que eu não consegui ver estavam loucos no amasso na sala. Eu vi o Pedro e o Tiago sentados na varanda conversando, Pedro com uma cerveja na mão e Tiago fumando um cigarro, assistindo a fogueira que montaram antes de escurecer. Como tava todo mundo muito quieto, resolvi ir pra minha barraca dormir e avisei o Pedro.

Nós tinhamos feito uma cama com colchonetes e muitos cobertores grossos pra ficar confortável. Deitei na "cama" e comecei a pegar no sono.

Pedro entrou na barraca logo em seguida, obviamente bêbado. Ele deitou do meu lado, tirou a camisa e começou a cantar.

- Não fala nada, deixa tudo assim... Eu não me importo, se nós não somos bem assim... É tudo real, nas minhas mentiras... E assim não faz mal, e assim NÃO, me faz mal não...

- Pedro, cê ta bem? - Virei pra ele. Ele colocou o dedo de costas nos meus lábios, pra me calar, enquanto olhava pra mim cantando. Era difícil enxergar os olhos dele só com a luz da lua.

- Noite e dia se completam, no nosso amor e ódio eterno... Eu te imagino eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser...

Ele tava cantando isso porque cantamos todos no ônibus, e ficou na nossa cabeça.

- Eu tiro a roupa pra você, minha maior ficção de amor... Eu te recriei, só pro meu prazer... Só pro meu prazer...

Como eu sabia que ele não sabia mais cantar o resto da música, eu dei boa noite pra ele, e ele respondeu boa noite. Virei pro lado, e fechei os olhos. Ele me pegou pelo ombro e me virou de volta pra ele. Sua boca se encontrou com a minha na mesma hora, e sua língua me invadia. Eu fiquei surpreso, nervoso, assustado, com tesão, tudo ao mesmo tempo. Soltei da boca dele e olhei pra ele, e ele com os olhos meio pesados.

- Pedro, cê ta louco?! - sussurrei.

- To. To louco por você, velho. Deixa eu te beijar só.

- Não! O que ta acontecendo?

Ele me agarrou, subiu em cima de mim e continuou me beijando. Tava muito bom, mas aquilo no fundo me dizia que era errado. Até eu sentir o pau dele duro encostando em mim. Nisso eu perdi um pouco da razão e me deixei levar. Ele me beijava com carinho, e com vontade, e me abraçava, enquanto eu retribuia os abraços. Tinha certeza de que era um sonho, então só me deixei levar.

Ele tirou minha camisa, e continuamos nos beijando, e rolamos na barraca. Agora eu tava sentado nele, ainda aos amassos, com a portinha do meu cu esfregando no pau duro dele, tudo sob panos. Só que ele deu um jeito nisso ao tirar meus shorts, e me colocar de barriga pra cima, enquanto tirava a própria bermuda. O pau dele tava muito duro, e eu fiquei com medo e curioso pra saber o que ia acontecer a partir dali. Ele colocou um dedo na portinha do meu cu e começou a massagear ele, brincando com meu cuzinho. Tava muito gostoso.

Pedro enfiou o dedo na boca e colocou no meu cu, enfiando. Doeu um pouco, mas o tesão já entrava no lugar da dor, e eu me sentia no céu, com aquela mão grossa e macia me acariciando o cu. Levantei e beijei ele mais uma vez, antes de colocar o pau dele na minha boca. Eu de quatro, chupando ele, enquanto ele dedava meu cu e gemia. Ficamos assim uns 5 minutos, e eu sentindo toda aquela baba salgadinha do pau dele na minha boca, enquanto tentava aguentar o pau dele no fundo da minha garganta.

Ele me virou de volta pro frango assado e cuspiu no meu cu. Encaixou seu pau na portinha do meu cu e começou a forçar.

- Pedro. Pedro, peraí. - Falei.

- O que? - Aquela voz que ele tava era tão gostosa de ouvir, que eu acabei abrindo um pouco mais o cuzinho.

- Tem certeza disso?

- É lógico que eu tenho certeza. Eu quero te comer, te ter todo pra mim. Quero perder minha virgindade com você, e tirar teu cabaço.

Enquanto ele falava, ele forçava a cabeça. Não entrava. Ele esticou o braço e tirou um tubinho de dentro da bolsa dele. Era lubrificante. Ele untou meu cuzinho e a cabeça entrou, arrancando nossos dois gemidos juntos, na mesma frequencia. Ele começou a enfiar mais um pouco, até eu parar ele com a mão.

- Vou meter até aqui, tá bom?

E foi o que ele fez. Começou um vai e vem bem devagar até onde meu cu havia sido invadido. Ele saiu de dentro de mim e eu me virei de barriga pra baixo, empinando a bundinha pra ele. Ele encaixou o pau e meteu até onde ele havia desbravado. Quando eu relaxei e ele percebeu, ele enfiou tudo de uma vez. Foi a pior dor do mundo. Eu segurei pra não gritar, enquanto ele começou a bombar forte e me abraçar, me segurando no lugar enquanto ele me arrombava.

- Ai, delícia de cuzinho apertadinho. Caralho, que tesão. Ai, Nato, que bundinha é essa. - Sussurrava tudo no meu ouvido, enquanto eu chorava bem devagar. Ele notou, e parou de meter, ainda sem tirar o pau do meu cu. - Nato, desculpa. Seu cuzinho é muito gostoso, velho... Eu te estuprei, desculpa. - E me beijou no rosto várias vezes.

- Mete mais devagar até eu acostumar.

E assim ele foi, enfiando e tirando, me fazendo sentir cada detalhe daquela piroca dele no meu cuzinho. Quando eu me acostumei, pedi pra ele ir mais rápido. Ele começou a bombar no meu cu, enquanto gemíamos juntos. Ele me virou mais uma vez de frango assado.

- Eu quero olhar pra sua cara de prazer enquanto eu te como.

Enfiou de novo e eu comecei a contrair o cu e olhando nos olhos dele. Ficamos assim por um tempo, alternando entre o sexo lento e carinhoso para o rápido e selvagem.

- Agora que eu vi. - Ele disse enquanto metia. - Eu to te comendo sem capa, vou ter que gozar dentro do seu cu.

- Então vem, me dá seu leite. Ai, mete bem gostoso assim... Isso...

- Para de gemer, senão vou gozar.

- Ai, ai! Ai, me fode assim, fode.

- Ah, eu vou gozar... Ahhhhh, ahhhhh! Ah, caralho, eu to gozando no teu cuzinho, Nato! Ahhh...

Comecei a bater punheta enquanto ele se contorcia ainda dentro do meu cu e derramava leite lá dentro. Não demorou 5 segundos e já tava enchendo meu peito de porra. Meu cuzinho contraiu e apertou o pau dele, que gemeu mais uma vez, se contorcendo.

O folego foi voltando, enquanto ele me beijava e me fazia carinho na orelha. Pedro esticou o braço de novo e pegou um rolo de papel higienico pra nos limparmos. Isso mais o lubrificante me deu a entender que ele já tinha tudo isso planejado.

- Vamo tomar banho? - Ele chamou.

Pegamos nossas toalhas, olhamos ao redor se alguém tivesse visto ou ouvido a gente. Por sorte, não. Fomos pro banheiro do lado de fora da casa. Tirei meus shorts, com muita vergonha na frente dele, enquanto ele já havia tirado a bermuda e estava verificando a temperatura da água. Ele me puxou pela mão e, embaixo da água do chuveiro, nos beijamos novamente.

- Eu ainda não to acreditando nisso. - Falei.

- Nem eu. Nossa, como eu te quero. - Me beijou na boca. - Como... - Beijou o pescoço. - Eu... - Mordeu. - Te quero... E me beijou de novo, com seu pau já apontado pra cima. Eu me virei de quatro e ele meteu de novo em mim. Meu cu tava aberto já, nem senti muita dor quando ele entrou.

- Ai, Pedro, me fode, vai...

- Não fala... Ahhh... Assim...

- Me fode, por favor, mete esse pau em mim... - Já percebi que isso excitava ele. - Vem, me arromba, me enche de leite.

Fui falando, e ele gemendo cada vez mais, até anunciar que ia gozar. Tirei o pau dele do meu cu e enfiei na boca. Ainda era muita porra que eu tive que engolir, e ele gemendo e se contorcendo. Bati outra punheta ali mesmo e gozei também.

- Deixa eu te comer assim pra sempre?

Eu afirmei com a cabeça e retomamos nosso beijo, abraçados.

Saímos do banho, olhamos aos arredores e voltamos pra barraca. Nos vestimos e deitamos.

- Desde quando? - Perguntei.

- O que?

- Que você queria que isso acontecesse?

- Desde quinta.

- Sério?

- Uhum... - Ele pegou na minha mão. - Quem me falou que você tava afim de mim foi aquele tal de Guilherme.

- O que?

- As coisas que ele falou, uma delas foi que você me olhava com paixão, como se eu fosse o amor da sua vida... Aí eu comecei a te olhar de outro jeito. Eu queria que isso tudo fosse especial. E foi.

Ele ainda tava bêbado. Obrigado, Guilherme. Deitei no peito dele e dormi instantaneamente.

No outro dia, acordei sem o Pedro. Deve ter ido dar uma volta, ou nadar. Ainda não tinha acreditado que a noite passada aconteceu mesmo. Levantei, e Pedro tava deitado na varanda, com a mesma roupa que ele tava ontem e a garrafa de cerveja na mão. Ao lado dele, Tiago tava deitado, também, de braços cruzados, dormindo. Mas eu não tinha ido dormir com o Pedro ontem?

Tinha uma galera já acordada, alguns tomando café, outros limpando o que sujaram ontem. Cheguei perto do Pedro, e ele tava dormindo pesado lá. Foi só um sonho mesmo? Meu cu tava doendo ainda, e minha cabeça rodando. O que aconteceu ontem?

Ajudei a catar algumas garrafas pelo sítio e sentei pra tomar café. Fiquei pensando em milhões de hipóteses sobre o que aconteceu ontem.

1 - Foi tudo um sonho... Mas meu cu ainda doía e tava meio relaxado.

2 - Eu posso ter enfiado alguma garrafa no meu cu e fantasiado que era o Pedro, e ter tido alucinação.

3 - Alguém que não era o Pedro foi na barraca comigo e eu ainda tava bêbado suficiente pra achar que era o Pedro...

Fiquei muito assustado com a hipótese 3. Pedro e Tiago chegaram na cozinha e deram bom dia pra quem tava sentado lá. Pedro montou uma refeição pra ele e sentou de frente pra mim. Olhei pra ele, confuso.

- Nato, ce ta bem?

- Eu to... Pedro, você dormiu comigo na barraca ontem?

- Ah, foi mal... Eu ia dormir lá com cê, mas eu e o Tiago começamos a entrar numa conversa pesada sobre espiritismo e acabamos deitando na varanda por causa do calor.

- Então você nem entrou na barraca?

Ele balançou a cabeça, negativamente.

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Comentários

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Oi Renato parabens pelos conto, to amando muito bom, ja li varios contos aqui no CDC e o seu esta lindo,marvilhoso continue por favor, comecei a ler o primeiro capitulo e ja estou aqui por favor nao demore ok, e parabens nao deixa de postar outros nao ok, vc escreve e se expressa muito bem, nota mil pra vc , sou seu f, bjos querido.

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Ah, não! eu tô lendo essa desgraça desde o início (famoso leitor fantasma ndfiasfbasd), olhando toda hora se tem capítulo novo, pra você chegar, mandar um suspense desse e sair correndo??

Faz isso não ;-;

Posta logo por favor que eu num guento esperar não (e não sou só eu... tem uma caralhada de gente aí doída pra ler.. - só não liga pro VALTERSÓ... ele é chato em todo conto nesse CAPS LOCK dele... -)

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Ele deixa a pessoa curiosa e passa 3 dias sem postar

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Esperando o 7 capítulo desde antes de onten

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Ou o Tiago com o Pedro bêbado ele deve ter comentado com o Tiago aí quando o Pedro dormiu ele foi lá e pá...

Mas posta logo tô loca para sabe oq vai acontecer

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Eu acho que foi o Guilherme não sei pq mas eu tô sentindo que foi ele, tô louco para a continuação anda logo!!!

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Gente,aqui em Milão estamos todos chocados com essa reviravolta, o renato não pode ter transado com qualquer um

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Gente, aqui em Milão estamos todos chocados, o renato não pode ter perdido a virgindade com outra pessoa

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Pedro assume que foi tu que fudeu a bureta do Renato. Meu Deus eu to vivendo algo bem parecido com esse conto quero continuação hoje.Espero que seja o Pedro porque eu ficaria muito triste se alguem que você não ama, tirou sua virgindade.

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Tô chocado!!! Ainda acho q foi cena do Pedro pra fingir pros outros colegas... Ele voltou para posição q estava... Depois do sítio vcs devem ter tido uma conversa e deixado tudo às claras... Ah morrendo de ansiedade...

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Ou você encheu a cara de vodca barata e alguém que não seja o Pedro te comeu ou então ele está mentindo. Uma dúvida escritor,essa história é real?

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Olha sinceramente se essa transa não foi com Pedro eu deixo de acompanhar seu conto já no próximo capítulo,todo esse lenga lenga pra vir outro e comer o Renato não justo.Espero que o Pedro esteja só finjindo que não foi ele.

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Adorei o capítulo bicho , não demore a postar por favor.

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SACANAGEM. ENTÃO QUEM FOI? NÃO GOSTEI DISSO. OU PEDRO ESTÁ MENTINDO? ESPERO QUE ESTEJA. SINCERAMENTE FOI MAL.

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Cara, meus parabéns! E por favor, não demora pra postar a continuação. Estou louco pra saber a continuação.

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sonho ou realidade??? ou pedro nega esse amor por ti?

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Puta que pariu mano kkkkkkkkk tô rindo mas que tenso. Ele pode estar mentindo. Mas é só vasculhar a mochila dele e ver se o lubrificante tá lá. Capítulo ótimo hahahaha ei, foi tua mãe que foi no psicologo? Pq se sim. ..que legal né, a maioria dos pais querem levar os filhos kkkkkk

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