O meu primeiro mes na mansao dos Alburquerque foi intenso, depois de minha conversa com dona celia sobre meus avos nos nao tocamos mais no assunto, por incrivel que pareça eu arrumei um emprego de meio periodo na empresa do seu Paulo, era tipo um secretario dele, mas ele me deixou trabalhar so pela manha porque pela tarde e pela noite eu estava fazendo cursinho pre vestibular que claro eles custeavam, quando me falou que eles me acolheriam como membro da familia dona celia nao estava brincando eles pagavam todas as minhas despesas mesmo eu tentando nao deixar eles eram irredutiveis quanto a isso, escolheram o melhor cursinho de floripa pra mim ir e nao me deixavam andar de onibus, segundo eles nao era necessario visto que tinha um motorista a minha disposição fora que venho de cidade pequena onde nao tem onibus portanto teria que aprender a andar e eles nao sabiam me ensinar, meu salario era unica e exclusivamente gasto comigo, e alem disso tinha um cartao com um limite bem alto, mas eu procurava gastar somente o valor do meu salario, porque me sentia mal em gastar o dinheiro deles sendo que a pouquissimo tempo atras eramos completos estranhos, volta e meia parava pra pensar e agradecia aos ceus pois depois de anos de sofrimento estava finalmente tendo momentos felizes, ate a Laura filha deles me recebeu bem, falavamos por internet e eu tinha certeza que ela ainda seria uma grande amiga minha, quanto ao Rafael a primeira semana ele so falava o estritamente necessario comigo e depois teve que ir pra Chicago nos EUA a trabalho e ainda nao havia voltado.
O que o seu Paulo e a dona celia estavam estranhando era que o amigo do Rafael o pedro, estava constantemente os visitando, coisa que segundo eles ele nunca havia feito ate entao, eu nao sei o porque mais nao ia com a cara dele toda vez que ele chegava ficava me encarando fixamente e as vezes parecia que queria me comer vivo de tao profundo seu olhar pra mim.
Em uma dessas ocasioes eu estava na academia que tinha na casa, pois depois de conversar com meus " pais adotivos" , resolvi malhar, estava correndo na esteira e ouvi o barulho do carro do pedro que era desses esportivos barulhento, correndo estava correndo continuei, depois de uns minutos aparece o pedro com roupa toda formal era a primeira vez que o via vestido assim geralmente era algo mais esportivo chic, ele nao era feio pelo contrario, mais nao me atraia nenhum pouco, assim que entrou na academia me lançou um de seus olhares perfuradores, confesso que fiquei vermelho, me senti nu diante dele, por ser gordo e estar correndo de short minhas coxas estavam quase toda de fora, e ele fixou o olhar nelas:
Pedro- Bom dia Bernardo.
Be- Ola pedro como vai?
Pedro- Bem, melhor agora.
Ele falou isso olhando minhas coxas, achei deselegante, e por mais heteronormativo que fosse seu jeito de agir eu podia jurar que completamente hetero ele nao era, eu ja estava desconfiado pelos olhares e agora isso, so que se ele estiver dando em cima de mim vai errar o pulo porque nao quero me relacionar agora so quero estudar, e mesmo que quissesse nao seria com ele.
Ele ficou ali me vendo malhar e quando fui fazer o agachamento ele me falou que estava fazendo errado, se posicionou atras de mim e descia comigo ele estava com o corpo tao colado ao meu que eu senti quando ele teve uma ereção e nao era la essas coisas o que eu senti, resolvi parar com aquilo primeiro por que nao estava gostando dessa situação depois que ele estava praticamente sarrando em mim sem meu consentimento isso era uma falta de respeito nao é por que sou gay que tenho que gostar e admitir que qualquer homem encoste em mim:
Be- Acho que ja ta bom de exercicios por hoje, tchau pedro.
Falei e sai estava me sentindo abusado confesso, por que era sempre assim comigo assim que me percebiam como gay os homens se achavam no direito de me tirar um" pedacinho" o problema é que eu nao sou do tipo que gosta de esse tipo de coisa sempre tive uma visao romantica da vida nesse sentido de relacionamentos e prefiro me manter assim, ele ja sabia que eu era gay visto que paulo e celia nao fizeram questao de esconder de ninguem e talvez por isso ele tenha se sentindo com liberdade para tais atos. Entrei no meu quarto encostei a porta e fui tomar banho depois de um banho demorado me enrolei na toalha e sai pro quarto qual foi minha surpresa ao ver pedro sentado na minha cama:
Be- Voce poderia se retirar pra mim me vestir.
Ele nao me respondeu ficou me olhando estranho e se aproximando, senti medo e fui recuando ate me encostar na parede, ele chegou tao perto que eu sentia o halito dele, e o pior o olhar dele estava sombrio, ali tive a certeza de que seria violentado. Suas maos foram pro meu pescoço e seu corpo pressionou o meu contra a parede.
Be- O que voce ta fazendo?
Pedro- Quem voce pensa que é sua orca gorda pra me dispensar, voce sabe quem eu sou? Ninguem me da o fora entendeu e eu tenho quem eu quiser, quando quiser, seu cu gordo vai ser meu voce querendo ou nao.
Eu estava em choque pedro nunca havia falado assim comigo ele parecia outra pessoa o panico estava em mim, e por mais força que fizesse pra escapar mais o aperto de suas maos aumentava, ele começou a roçar em mim e a me lamber o nojo que estava sentindo so nao era maior que o medo de morrer pois nao estava mais conseguindo respirar e por mais que usasse todas as minhas forças pra escapar, nao parecia o suficiente, ja estava vendo tudo escurecendo quando vi um vulto passar diante de meus olhos e derrepente o aperto nao mais existia porem ja era tarde a escuridao me tomava, ate que tudo ficou escuro, e so restava uma duvida eu morri?
Continua
