Primeiros Dias na Universidade.
Na segunda-feira foi uma loucura encontrar o nome na lista e ver que sala deveria ficar.
Foi lá que comecei a falar com o Rodrigo e fiquei sabendo do time de natação, e logo pensei vou tentar participar do processo de seleção. Na escola que eu estudava era um dos melhores nadadores.
Conheci a Nathalia ou Nathy como ela gostava de ser chamada, uma das poucas garotas que estavam na nossa sala. Ela era doidinha, cabelo azul, baixinha, quem sou eu para falar de altura ela era da minha altura. Ela era super determinada e vire e mexe colocava a gente em alguma fria. A primeira foi falar que a gente ia participar do trote solidário. Rs
Após uma meia hora que estávamos na sala esperando, veio um rapaz e falou que era para todos irmos para o auditório principal. Chegando lá sentamos os três juntos. Quase dormimos com o reitor, falando de tudo que a universidade proporcionava, da responsabilidade que tínhamos por estarmos estudando de graça, etc., etc., etc... zzzz
Após isto, assistimos a uma palestra sobre DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) foi muito interessante, mas as imagens que o palestrante mostrava, dava mais medo que filme de terror. E falava da responsabilidade que nós tínhamos em nos proteger e sempre usar camisinha, mas que a verdadeira proteção seria nós não sermos promíscuos e a qualquer sinal procurarmos um médico. Uma parte que eu não sabia era que o vírus HIV responsável pela AIDS pode ser destruído e o ideal é que você comece a tomar a medicação em até 2 horas após a exposição ao HIV e no máximo após 72 horas e que a eficácia da PEP (Profilaxia Pós-Exposição) pode diminuir à medida que as horas passam. No final da palestra ele mostrou estatísticas informando que o número de pessoas que contraíram AIDS aumentou nos últimos anos principalmente no publico gay e que a Sífilis também era outra doença que estava aumentando e preocupando muito o meio médico. Após esta palestra, acho que sexo só após o casamento. rs
Na sequência quem falou foi o presidente do Diretório Acadêmico (DA como todos chamavam). Informando que aquele seria o primeiro ano do Trote solidário e que ele seria em favor do Orfanato São José, e que qualquer abuso cometido pelos veteranos era para ser informado para o DA tomar as devidas medidas. Que a partir daquele ano não seria aceito nada que humilhasse ou maltratasse o calouro. E quem quisesse participar tinha que no dia seguinte vir de tênis pois íamos andar muito.
A Nathy logo foi falando:
- Eu deixava o Gustavo, quer dizer Tavinho me pegar arrancar a minha roupa e fazer tudo que quisesse...
- Gustavo? Tavinho? De quem você esta falando? Você é louca? Rs
- Pedro, você estava dormindo, Gustavo é o nome do presidente do DA! Já fiquei apaixonada por ele... rs
- Verdade ele ia dar uma boa surra em você. Rs Você viu o tamanho dele? Deve ter mais que 1,85 que é a minha altura.
Já que você gosta dos grandes, não serve eu... rs
- Rodrigo...rs Seu palhaço sou pequena mas brigo como ninguém... rs E você Pedro não fala nada para me defender ? Uma pobre menina no meio destes cachorros sedentos...
- Cachorros sedentos... rs Mas com certeza esta chihuahua sabe se defender muito bem e quem sou eu com os meus meros 1,58 de altura, magro, mas definido que as pessoas gostam... rs para brigar com este daí...
- É isto mesmo Pedrão, ninguém pode comigo... rs
- É isto mesmo, pois eu Nathy, só faço o que eu quero. E agora nós três vamos participar deste trote. E nem adianta Pedro você me olhar com estes olhinhos verdes para mim, com cara de cachorro que caiu da mudança, nós vamos participar deste trote, pois se podemos ajudar um orfanato, porque não participaríamos.
E lá fomos nós três participar do trote solidário, uma pena que não houve muita adesão dos calouros.
No segundo dia todos nós calouros fomos para as ruas com uns enormes cofres onde os motoristas ou quem estivesse passando poderia doar dinheiro para o orfanato. Nos cofres tinha o logotipo e o nome do orfanato. Achei a ideia super legal, pois as pessoas depositavam o dinheiro direto no cofre, dando mais confiabilidade a doação.
Eu e a Nathy ficamos juntos com um dos cofres, então eu carregava o cofre e a Nathy tentava que as pessoas que andavam no centro da cidade doassem. Nossa a Nathy era muito boa para conseguir convencer o pessoal a doar. Ficamos o dia inteiro arrecadando contribuições, no final do dia voltamos todos para o Auditório da Universidade, e cada dupla mais um fiscal fazia a contagem do dinheiro, no final todos nós conseguimos arrecadar aproximadamente R$ 20.000,00.
No final do dia estava morto de cansado e só esperando o que aconteceria no dia seguinte. E para finalizar o meu dia o Ronaldo filho da Dona Olga me lembrou mais uma vez que tinha que achar um lugar para morar. E pensar que eu tinha vistos alguns na segunda-feira mas os valores estavam fora do meu orçamento e não tinha conseguido ver mais nada.
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Agradecimentos:
Atheno: Obrigado por ler o conto, aos poucos você vai ficar sabendo como é o Pedro.
Naomi-chan: Obrigado, espero continuar agradando.
VALTERSÓ: É uma honra receber um comentário seu. A Dona Olga é um amor.
