Continuação da 3ª parte...
A cueca dele tava ali... Embolada com a miniatura do R2-D2... Que o Pedro colocou na minha mochila?!
Não podia ser, isso não tava acontecendo... Ele com certeza já sabia de tudo e todas as coisas que fizemos foi ele jogando verde pra eu colher maduro. Fodeu muito agora. Precisava conversar com ele. Peguei o meu celular e esperei ele mandar mensagem. Nada. Fiquei me torturando ali, sem saber se conversava com ele ou não.
- "Migo, ele é gay. Certeza." - Já dizia o Gabriel.
- "E se ele não for?"
- "Nenhum hetero deixa pegar no pau dele se não for médico ou se não quiser uma boa mamada"
- "Mas a gnt ta mto intimo pra essas coisas de ver o pau um do outro"
- "Migo. Eu to te falando. Se não quiser escutar, n escuta, mas to te falando pra investir antes que seja tarde"
Que merda. Que merda. Que merdaaaaaa.
(Algumas pessoas estavam criticando meu comportamento na situação nos comentários do conto anterior - não que eu não tenha achado ruim, inclusive gosto dos seus comentários -, mas quero que vocês entendam que na época eu tinha 16 anos, recém assumido, e amava o Pedro, a amizade dele importava mais pra mim do que se ele fosse meu namorado).
Marquei consulta num psicólogo do hospital que meu pai tem plano de saúde. Precisava de uma ajuda profissional.
Foi no dia seguinte, de manhã. Alguém tinha cancelado a consulta, e ele me encaixou lá, e eu teria que matar aula. Cheguei no consultório dele.
- E aí, Renato. Como você está hoje? - Ele perguntou.
- Bem. Bem... Eu marquei consulta aqui porque eu to com problema, e eu sei que não é pra marcar psicólogo pra pedir opinião, mas não sei a quem mais recorrer.
- Você está certíssimo. Qualquer problema que esteja te afligindo, você DEVE procurar ajuda. Não dá pra resolver tudo sozinho. Você é cristão?
- Não muito, meus pais são, e eu cresci com os ensinamentos deles...
- Mesmo que você não for, você conhece a história do rei Salomão?
- Não muito.
Ele me contou a história do rei Salomão. Apesar de eu não me interessar muito por assuntos cristãos, foi até interessante. Ele não abordou muito sobre a religião.
- E um dos ensinamentos dele foi que sempre na vida precisamos de parcerias. Amigos, colegas, alguém pra nos aconselhar. Agora, qual o seu problema?
E contei pra ele tudo do Pedro... Como ele era um valentão, como ele se mostrou uma pessoa diferente depois que eu conheci ele, as coisas que fizemos juntos, exceto a parte sexual.
- No meu consultório eu já recebi assassinos, estupradores, pedófilos. Não estou dizendo que o caso deles é mais grave ou menos grave que o seu, mas eles puderam contar as coisas pra mim, porque isso sufocava eles. Você pode me dizer se chegou a ter relações com ele além disso, você tem completo sigilo aqui.
- Bom, anteontem eu me ofereci pra tirar os pontos dele...
E continuei contando até a parte que gozamos juntos e eu achei a cueca dele com o R2-D2.
- Isso é bem normal. Amigos que se masturbam juntos, tanto na infância, quanto na adolescência, e até na fase adulta. É muito normal se descobrir e ter, como Salomão disse, parcerias para nos aconselhar e ajudarmos a nos descobrir. - Ele falou. Realmente foi uma boa ideia eu ter ido lá. - Mas sobre isso da cueca e da miniatura...
- Eu acho que ele descobriu que eu guardei a cueca dele, e enrolou o boneco pra me dar uma mensagem tipo "Ah, eu sei que você ta com minha cueca".
- Pode ser, ou pode ser que ele nem tenha visto a cueca, e a caixa do boneco se embolou com a cueca dele.
Não tinha pensado naquilo. Me confortou muito, e eu quase derreti na cadeira.
- E sobre ele agir assim com você, com esses abraços, essa confiança e esse carinho todo, não tem nada a ver se ele é heterossexual ou homossexual. Humanos requerem essa troca de amor, e ele só está cumprindo com a parte dele em demonstrar isso pra você, porque você é importante pra ele. Eu não posso falar por ele, pois não o conheço, mas pode ser, também, assim como seu amigo Gabriel falou, que ele esteja te "testando".
Todo mundo diria que o Pedro me quer, que é gay, que tá me testando. Eu já acho que ele vai me xingar, me afastar e me cortar da vida dele. O que o psicólogo disse me fez entender que o Pedro me ama, independente de tudo. Se eu contar pra ele que eu sou gay, ele vai me apoiar... Espero.
Ao voltar pra casa, eu comecei a lembrar da nossa punheta juntos. E também lembrei que na hora que nós batemos punheta, ele gozou com uma cena bissexual. Minha mente ficou mais embaçada ainda. Talvez fosse por causa do tesão que ele tava de não bater punheta há 30 dias, mas ainda sim...
Eu ignorei completamente a opção dele ser bi. Comecei a ter esperança nisso. Recebi uma mensagem no celular. Era dele.
- "Cade vc? Pq n foi na aula hj?"
- "Eu tava no psicólogo"
- "Tenho q te falar um negocio, vai la pra casa hj"
ERA SOBRE A CUECA DELE, TENHO CERTEZA. Não, Renato, pensar positivo. Ele colocou a caixa do R2 na sua mochila e ela acabou enrolando com a cueca, por causa do agito da caminhada. Sim.
- "Blz"
Desci do ônibus e cheguei em casa. Almocei, tomei banho e fui pra casa do Pedro. Cheguei lá e fui recebido pela dona Maria, a empregada. Pedro estava na sala, mexendo no notebook dele, e eu cheguei e sentei perto dele.
- O que você tem que me contar? - Perguntei.
- Nossa, oi pra você também, saudades, abraço.
Eu ri e abracei ele. Ele me abraçou de volta e falou oi.
- Ce faz falta na aula. Não parece mas faz. Mas aqui, sabe aquele menino, o que tem cabelo curto, meio chato?
- Todo mundo da nossa escola?
Ele começou a rir muito depois que eu falei isso. Mas era verdade, 90% dos meninos da escola eram assim, e usavam boné acima da cabeça, nunca entendi o porque.
- O representante de turma, sô.
- Ah! O Tiago.
- Isso, ele mesmo. Ele a aquela menina... A representante, fodas pros nomes, nunca vou decorar. Eles conversaram com um dono de sítio por aí, lá em Santa Luzia, e tão tentando alugar pra uma viagem de formatura pra nossa sala.
- Que da hora!
- E ano passado isso nem rolou na minha sala, ninguém queria fazer nada...
Eu tava feliz. Era meu sonho participar de um negócio assim. Ia ter bebida adoidado, festa, ia ser tipo uma festa de faculdade americana de filmes.
- E hoje a Patrícia passou um trabalho de final de ano pra gente fazer.
Espera. Espera um pouco. "Final de ano". Eu não tinha percebido o quanto isso tava perto. Faltavam 2 meses pras férias, e O QUE TAVA ACONTECENDO, QUANDO PASSOU TÃO RÁPIDO ASSIM?! Isso significava que eram mais 60 dias pra ficar com o Pedro... Colocando o número exato, 51 dias... Tirando fins de semana, 34 dias. Fora alguns dias que eu n~´ao vou poder ir, ou que ele não vai poder ficar comigo, também... É um mês juntos.
- Pedro, eu tenho que te perguntar uma coisa.
- O que? - Ele perguntou, fechando a tampa do notebook dele e pegando minha mochila pra levar pro quarto.
- O R2... Foi você que colocou ele na minha mochila?
- Foi! É um presente por você me aturar! Hahahaha
- Mas ele é importante pra você, por que você me deu ele?
- Por que você é importante pra mim, também. Quero que todas as coisas importantes pra mim estejam juntas. E é por isso que eu vou guardar uma pizza e meu computador com você também.
Nós dois rimos.
- Ah, e falando em pizza, bora pra academia! Vamo malhar de tarde depois da aula, aí a gente chega e faz os deveres de casa.
Ótimo. Seríamos amiguinhos de academia. Quando a aula acabasse, eu ia ver ele só na academia malhando... Malhando, e mostrando aquele corpo delicioso pra mim cada dia mais...
- SIM, VAMOS FAZER SIM.
- É ISSO AE!
Começamos o trabalho de Biologia sobre Genética. O porque de aprendermos genética no Ensino Médio, eu não sei. Enquanto ele pesquisava alguma coisa, fiz a cueca dele de elástico e joguei atrás do cesto de roupa suja.
- Aquela viagem que você falou vai ser depois do Enem, né? - Perguntei.
- Relaxa, vai ser em dezembro ainda, no dia da formatura.
Tava ansioso. Sempre fui ansioso com muita coisa, mas isso era muita ansiedade agora. Passei o dia pensando se contava ou não pra ele. Não contei. Cheguei em casa, falei com minha mãe sobre academia, e meu pai falou que ia me dar o dinheiro pra malhar se eu fosse mesmo. Mandei mensagem pro Pedro, avisando que já ia me matricular. Ele falou que ia na academia comigo amanhã depois da aula pra reabrir a matricula dele e eu fazer a minha.
No outro dia, a supervisora finalmente conseguiu confirmação de que foram os amigos do Pedro que explodiram o mictório do banheiro. Porque muita gente entrou e saiu do banheiro, mas ela olhou quem ficou mais tempo lá, a hora da explosão, todas essas coisas. Apareceram dois policiais na escola, e a supervisora foi de sala em sala olhando os alunos, até acharem os amigos do Pedro. Eles não foram presos, mas ficaram com o cu na mão quando os policiais surgiram (eles foram só pra botar medo mesmo). Levaram uma suspensão só.
Saímos da escola e fomos na academia. Como eu era menor, meu pai encontrou comigo lá pra fazer a matrícula. Ele assinou os papéis, e o cara me levou pra uma sala e pediu pra eu tirar a camisa e mediu minha altura, peso, gordura corporal, essas coisas, e fez uma ficha pra mim.
- Você vai começar hoje? - Ele perguntou.
- Sim.
- Beleza, aqui sua chave... Você pode usar o armário enquanto a academia estiver aberta, e quando for sair, você devolve sua chave na recepção. O instrutor tá sentado naquele banco ali, e ele vai te acompanhando até você pegar o ritmo.
- Ok!
Troquei de roupa no vestiário, e coloquei tudo na mochila e tranquei no armário. Guardei a chave no bolso e comecei a andar na esteira. Pedro tava na esteira do meu lado, e a gente ficou conversando enquanto corríamos.
E depois de malharmos, fomos pra casa dele. A academia ficava no caminho entre a minha casa e a dele, então era muito tranquilo chegar lá. Adicionei a academia na minha rotina e assim foi.
Era ir pra escola, voltar pra casa, almoçar, ir pra academia, ir pra casa do Pedro, voltar pra casa, jogar ou dormir.
Foi assim por uma semana, até acontecer uma coisa que mudou um pouco o meu olhar sobre Pedro.
Foi numa sexta feira. Tinha acabado de chegar na escola. No dia anterior, eu tinha ido pra uma ONG de animais com o Pedro pra ele ver se podia adotar um cachorro (sejamos francos, nós íamos adotar o cachorro, tipo casal). O Pedro ainda não apareceu na sala, e a Laís tava muito eufórica dentro de si. Pedro apareceu no segundo horário, também muito estranho.
No intervalo, eu fiquei um minuto na sala pra conferir se meu celular tinha carregado. Fui pra quadra depois de tirar o celular da tomada. Nem Pedro, nem Laís estavam lá. Comecei a achar muito estranho, com um aperto no coração. Voltei pra sala, e passei na frente de um corredor, escutando uns estalos.
Olhei numa das salas vazias, e tava Pedro e Laís no maior amasso que eu já vi na história. Os dois tavam quentes, se pegando. Pedro me viu e assustou. Saí da porta da sala, meio estático e corri, igual mulher de filme americano quando vê uma traição. Fui pra sala da enfermaria, dizendo que eu tava muito enjoado por conta de um problema psicológico, inclusive que tava fazendo tratamento, até mostrei o atestado do psicólogo do dia que eu fui pra dar mais credibilidade. A enfermeira ligou pro meu pai me buscar. Quem veio foi meu tio Carlos. Pedro tava no pátio, na frente da sala da supervisora, aparentemente me procurando.
Esperei ele dar as costas e corri pra sala, peguei minhas coisas e saí, esperando meu tio na portaria.
Entrei no carro dele.
- E aí, Natin. - Ele me cumprimentou. - Tava na sua casa levando uns documentos pra sua mãe, aí seu pai ligou pra eu vir te buscar. Tá tudo bem?
- Tá sim, tô só meio tonto pra ficar em sala de aula.
Fomos conversando no caminho pra minha casa. Agradeci meu tio, entrei e desabei sobre minha cama, chorando bem silenciosamente. Acho que o Pedro percebeu que eu fiquei mal por ter visto ele e Laís juntos, porque recebi 3 mensagens no celular:
"Nato? Cade vc??"
"Ce foi embora e nem avisou... o que aconteceu?"
"Ce ficou mal? Depois aparece lá em casa pra gnt conversar"
Não respondi. Ele provavelmente ia sentar comigo na casa dele pra falar: "Então, eu e a Laís estamos ficando agora, e eu quero que você respeite isso". Isso ia me destruir. Que porra, sabia que eu devia ter contado pra ele. Sabia. Agora fica aí, seu trouxa, chorando por causa de hétero.
Cheguei no facebook e comecei a conversar com o Gabs.
"Gabs, ce ta ae?"
"No fazendo prova, daqui a pouco te chamo"
Prova. Ah, segunda começam as provas, e o Pedro provavelmente vai querer estudar comigo... Não, para de pensar em Pedro agora. Passou uns 20 minutos e o Gabriel me chamou.
"Fala, migo"
"Vc quer desabafar alguma coisa cmg? Sinto que eu desabafo muito com vc só"
Ele me mandou uma cópia de outras conversas nossas. Ele desabafava MUITO comigo, então a culpa passou.
"Pedro ficou com a laís"
"Que vagabunda, vadia, ordinária, ladroa de homem, salafraria"
"A culpa não é dela. É minha que não dei ouvidos pra vc... Fiquei me fazendo de donzela indecisa enquanto o pedro tava querendo beijar alguém. Devia ter sido eu."
"Migo, já passou. O que vc pode fazer agr é achar um boy novo pra vc focar todo seu amor e tesão em cima. Vai sarrar um boy na academia sua lá, deve ta cheio de enrustido querendo comer um novinho feito vc"
Por mais escroto que Gabriel fosse, ele era inteligente, pé no chão, e já tinha todas as decisões tomadas pra vida dele. Ele ficava com uma pessoa diferente cada semana ou mês, mas largava quando via que não dava certo. Ele tentava me afastar desse estilo de vida, e queria que eu não sofresse. Ele já se apaixonou demais também.
Ele tinha razão. Pedro queria ficar com Laís? Que fique. Dois podem jogar esse jogo, apesar dele não saber que existe um jogo. Fodas. Eu tenho que focar em ser feliz.
Deu a hora de ir pra academia com o Pedro. Esperei mais uma hora, porque não queria encontrar ele lá ainda. Fiquei fazendo os exercícios da aula. Troquei de roupa, penteei o cabelo (na verdade, não, porque cabelo grande e cacheado não se penteia seco, então só arrumei ele bem mesmo), e fui. Tinha um cara na academia que ficava olhando pra mim sempre que eu fazia algum exercício. Só que eu não olhava de volta por muito tempo, nem reagia ao olhar dele, porque tinha que parecer hetero. Só que hoje eu ia sorrir, piscar, morder meu lábio, tudo que o faça pensar que eu to na pista.
Não pensei bem que o cara aparecia também na mesma hora que eu e o Pedro, então ele não estaria lá. Merda. Comecei a fazer os exercícios com o instrutor do lado, e ele me mostrando o jeito certo de fazer. Meu celular vibrava a cada 10 minutos com uma mensagem do Pedro.
Quando acabou, fui pro vestiário. Peguei meu celular e vi umas 4 mensagens do Pedro:
"Nato, ce vai vim pra cá?"
"Onde ce ta?"
"Ce dormiu? Kkkkkk"
"Eu to meio preocupado com vc"
Eu fui pegar minhas coisas no ármario, quando eu vejo um cara olhando pra mim. Era o mesmo cara que me via todo dia! Ele olhou pra mim, e eu olhei de volta, sorrindo. Ele olhou pros lados, e cheio perto do armário.
- E aí, como cê ta? - Perguntou.
- B-bem, e você?
- Eu to otimo. To te olhando alguns dias, mas você nem me deu bola.
- Meu irmão malha aqui também, se ele soubesse, tava morto.
- Ah, entendo. Cê quer dar uma volta, alguma coisa assim? - Ele perguntou. Eu tava muito nervoso na hora.
- Eu vou embora daqui a pouco, que minha mãe tá me esperando em casa pra eu sair com ela.
- Ah, então fica mais um pouquinho aqui.
Ele pegou na minha mão. Aquele toque foi uma coisa que eu não sentia há muito tempo. Pedro sempre encostava na minha mão, e outras pessoas também, mas aquele toque de que "eu te quero" meu deu um calafrio que foi até na espinha. Meu pau subiu, e eu não tava raciocinando na hora mais. Deixei minhas coisas no armario, fechei a porta e deixei ele me levar pro banheiro.
O homem era forte, parrudo, todo peludo, do jeito que eu sinto muito tesão. Ele devia ser mais velho, tipo uns 25 anos, e era muito gostoso. Ele foi me guiando pro banheiro, nós dois olhando pros lados. Entramos, fechamos a porta do box, e ele sentou no vaso. Sentei no colo dele e começamos a beijar. Esqueci de tudo ali naquele momento, enquanto ele roçava a barba dele no meu pescoço.
O pau dele dava duro dentro da bermuda dele, e ele tirou a camisa. Comecei a beijar o pescoço dele, enquanto ele enfiava a mão dentro da minha cueca e apertava meu bumbum com aquela mão grossa. Ele começou a invadir meu cu com o dedo dele. Quando não entrou, ele começou a forçar.
- É virgem, gracinha?
- Uhum.
- Delícia.
E passou o dedo na boca antes de enfiar no meu cu. Ele tirou a parte de trás da minha bermuda, e senti seu pau procurando o caminho da entradinha do meu cu.
- Sem camisinha? - Perguntei.
- Deixa eu te comer sem, deixa?
- Ai, não...
- Deixa eu te dar leitinho dentro do seu cu? Deixa, meu amor?
O cara já me tinha sob controle agora. Eu tava dominado completamente, porque aquilo era minha fantasia, de ver o cara pedindo pra leitar meu cu.
Senti o pau dele forçando a entrada, e começou a doer. Minha razão voltou, e levantei do colo dele de uma vez.
- Desculpa. Não dá. - Falei, vestindo minha bermuda de volta.
- Peraí, volta.
- Não... Eu não posso fazer isso. Eu nem te conheço.
Eu saí correndo, abri o armário, peguei minhas coisas e fui embora. Olhei para o lado da minha casa, e depois olhei pro lado da casa do Pedro. Não dava mais pra segurar, eu tinha que contar pra ele, pra pelo menos ter a amizade dele, se ele quisesse.
Mandei mensagem pra ele, avisando que tava quase chegando na casa dele. Comecei a andar, até que eu escutei um "Peraí".
Olhei pra trás e vi o mesmo cara que tentou me comer há 4 minutos me chamando do outro lado da rua. O medo falou mais alto. E agora? O que eu faço??
Demorei tanto pra pensar que ele me alcançou e me agarrou pelos ombros. Eu queria gritar ali mesmo, mas quando olhei pra ele, não dava mais pra reagir...