Olá,me desculpem a demora. Sofri um pequeno acidente o que me impossibilitou de escrever.
Agradeço aos comentários de todos, espero que gostem.
Conto:
Na semana seguinte tudo me lembrava aqueles olhos azuis. Os sonhos se tornaram mais eróticos e a confusão em minha cabeça só aumentava. Eu era hétero e ao mesmo tempo estava tomada por um sentimento desconhecido. Na aula de sexta estava novamente com a sensação de alguém me olhando, imaginei aqueles olhos azuis próximos aos meus, sua pele tocando a minha, sua respiração aproximando, lembrei-me de todos os sonhos e sensações não pude evitar de me sentir atraída por aqueles olhos e por um momento perdi a fala.
Não sei por quanto segundos fiquei assim, mas logo meus alunos perguntavam se estava tudo bem, respondi positivamente e retornei à minha aula. Devo admitir estava um pouco balançada com tudo, porém não poderia me envolver com uma aluna não poderia me envolver com uma mulher. Eu que sempre me considerei hétero comecei a questionar mina sexualidade. E ao mesmo tempo não tinha certeza de nada. Voltei a minha sala no prédio dos professores e tentei ocupar minha mente, porém uma batida na porta me tirou a concentração. Mais uma vez me deparo com esses olhos e fico sem palavras.
Carmen: Olá professora. Me desculpe a interrupção, mas gostaria de tirar algumas dúvidas contigo.
Eu: Olá, tudo bem. Sente-se e me diga suas dúvidas.
Ela se sentou à minha frente e começou a me perguntar sobre o conteúdo, mas naquele instante eu só conseguia pensar o quão próxima ela estava de mim, como seu perfume possuía um aroma delicioso. Flutuei de tal forma que não percebi que a pergunta já havia sido feita e que eu encarava aqueles olhos. Por um momento pensei em beijar seus lábios, mas recobrei consciência e retornei a explicação. Ficamos ali por algumas horas até q notei já eram mais de 22 horas e que era melhor eu ir embora.
Eu: Carmen já está tarde acho melhor continuarmos isso na segunda.
Carmen: Nossa, já é tão tarde assim?? Vou perder meu ônibus. – disse olhando o relógio e se levantando.
Eu: Fique calma Carmen, eu te deixo no ponto de ônibus.
Organizamos nossas coisas e saímos da sala em direção ao carro. Entramos e me dirigi ao ponto e vimos o último ônibus da noite sair. Carmen não sabia o que fazer e começou a pensar nas possibilidades para ir embora.
Eu: Carmem, você mora muito longe? – perguntei tentando esconder a vontade de levá-la comigo.
Carmen: Não muito.
Eu: Vamos fazer o seguinte, eu te levo em casa. Só vai me mostrando o caminho.
Carmen: Não professora, não precisa. Já tomei muito do seu tempo. Tenho certeza que deve ter alguém te esperando em casa.
Eu: Não tenho. – Respondi com pesar e um pouco de excitação.
Carmen: Término recente? – Perguntou intrigada.
Eu: Sim. Recente e turbulento. Mas vamos deixar esse assunto de lado e vá me mostrando o caminho que tenho que seguir. – Disse com um sorriso no rosto tentando esquecer Oliver.
Seguimos conversando ao longo do caminho, ouvir sua voz me deixava nas nuvens. Quando ela me apontou sua casa senti vontade de não parar e seguir para a minha casa. Mas parei.
Eu: Então acho que é isso. Boa noite.
Carmen: Boa noite professora.
Não sei de onde arrumei coragem, mas ao ouvir aquele boa noite cresceu um grande desejo de senti aqueles lábios. Me movi em sua direção e beijei sua boca. Um beijo contido de início, mas que logo se tornou quente. Podia sentir nossas línguas se unindo e dançando, não sei por quanto tempo aquele beijo durou, porém precisávamos de ar e nos separamos.
Carmen: Uau. – Disse com um grande sorriso.
Eu: Uau digo eu. – Disse voltando a beija-la.
Nos beijamos por mais alguns minutos e dessa vez ela nos separou. Sorriu de uma forma que iluminou minha noite e se despediu novamente. Aguardei que ela entrasse em sua casa e me encaminhei para a minha. Durante todo o trajeto estava com um grande sorriso no rosto, não conseguia pensar em nada, naquele momento eu estava verdadeiramente feliz. Cheguei ao meu prédio, estacionei o carro e subi, mal entro em meu apartamento e escuto o interfone, o porteiro me informa a que um rapaz de nome Oliver estava na portaria e me procurava. O que ele estava fazendo ali? O que queria?