Aos sessenta anos muita coisa muda na vida …, pelo menos é o que dizem; no meu caso, até o momento, nada mudou; continuo pensando em sexo mais que tudo! Acordo e vou dormir pensando na próxima trepada. Os especialistas afirmam que nesse estágio da vida, toda a nossa fisiologia muda, tornando-se mais lenta e ocasionando certas dificuldades.
Todavia, no meu caso, isso não acontece (graças ao Senhor!); ainda consigo correr cinco quilômetros por dia; como bem, durmo bem, fumo pouco, e penso em sexo o dia todo! Se isso é mudar, para mim é a rotina.
E o mais interessante é que as memórias vão se aprimorando e certos acontecimentos voltam à mente, lembrando ocasiões e situações inesquecíveis. Foi assim que me lembrei da primeira vez que “pulei a cerca”; vejam, não sinto orgulho em tê-lo feito, mas, a bem da verdade, fiz e não me arrependo. Sei o quanto a fidelidade é vital para um casamento, porém, no meu caso, esse evento transformou minha vida até os dias de hoje. Procuro não me lamuriar ou me penitenciar …, apenas usufruo daquilo que levarei comigo pela eternidade.
Tudo aconteceu de uma maneira natural e inesperada; era um dia comum, na verdade uma terça-feira, início do meu período de férias. Trabalhava em um banco e minha esposa em uma corretora de valores e por motivos puramente profissionais, não pudemos usufruir juntos das férias, sendo que eu decidi gozá-las apenas porque estava muito cansado.
Naquela época morávamos muito distante, então, mesmo em férias, eu levava minha esposa até o seu trabalho, e depois retornava para casa, aproveitando para fazer o que mais gosto de fazer: Nada!
No entanto, naquele dia, fui até o parque da Vila Guilherme (antigo Trote) para correr; fiz meu circuito, alonguei e depois de uma água de coco, peguei o carro decidido a voltar para casa. Na saída, me despedi do vigilante que já conhecia pelo nome, e foi quando eu vi Laura pela primeira vez. Seu rosto tinha algumas marcas características do tempo, mas o cabelo curto, alourado e encaracolado, juntamente aos olhos vivos e brilhantes, concediam-lhe um ar jovial.
Tinha um corpo, digamos, interessante: um metro e cinquenta e cinco de altura, plus size na medida certa, com peitos grandes, mas não enormes, uma bundinha saliente e coxas grossas; vestia uma calça colante e uma camiseta regata bem justa ao corpo, delineando seu busto. Nos entreolhamos, e mesmo sem saber a razão, senti algo naquele olhar.
Diminui meu passo, torcendo para que ela também saísse do parque, o que aconteceu, mas, para meu azar, ela tomou um rumo oposto; fiquei alguns minutos olhando para ela se afastando de mim, enquanto minha mente torcia para que ela olhasse para trás …, e ela o fez! Aquilo acendeu uma luz de alerta em mim, e eu corri para o carro. Contornei o parque e passei ao lado dela.
Laura me olhou novamente com aquele mesmo olhar, porém, não diminuiu o passo, e muito menos, parou. Resoluto, tornei a contornar o caminho, e assim o fiz algumas vezes; Laura, embora me olhasse com interesse, não cedia ao meu assédio, até que em dado momento, ela entrou em um pequeno supermercado que ficava nas imediações.
Sem hesitar, estacionei meu carro e fui ao encontro dela; rodamos alguns corredores, olhando displicentemente para produtos diversos; sempre eu me aproximava dela, e, então, nos olhávamos e sorríamos um para o outro. “Você é muito linda, sabia?”, eu lhe disse, me enchendo de coragem. Laura olhou para mim, sorriu e agradeceu envaidecida. “São seus olhos!”, ela disse. Nos apresentamos formalmente e ficamos algum tempo olhando um para o outro.
Como minha coragem havia se esgotado, Laura deu-me as costas e seguiu para o caixa com as suas compras. Ela saiu e, mais uma vez, olhou para trás! Meu sangue começou a ferver nas veias; imediatamente, peguei meu carro e a segui para mais alguns quarteirões, até que ela veio ao meu encontro. Ofereci-lhe uma carona, e ela, em princípio, recusou, afirmando que morava ali por perto. Insisti, até que ela cedeu, entrando no carro.
Como era minha primeira vez nessa aventura, não agi por rodeios, já que minha intenção era bem clara: queria levar Laura para a cama e trepar com ela!
-Eu te achei muito gostosa, Laura! – eu disse assim que estacionei o carro no lugar por ela indicado – E estou louco para te levar para a cama!
Laura, de início, desconversou, disse que não acreditava que um rapaz como eu (na época tinha vinte e poucos anos), poderia se interessar por uma mulher bem mais velha. Insisti, sem perguntar sua idade, e ela, mesmo assim resistiu. E no momento em que ela ensaiou sair do carro, segurei seu braço e puxei-a para mim, dizendo: “quero um beijo …, por favor!”.
Ela nada disse, mas também não resistiu quando aproximei meus lábios de sua boca. Nos beijamos com um furor desmedido; senti que Laura também tinha um tesão resguardado que precisava apenas ser provocado para explodir como um vulcão; e naquele beijo …, ou melhor, nos vários que trocamos naquela manhã, ela acabou por libertar-se de todas as amarras que a impediam de ser uma fêmea cheia de desejo por um macho!
A troca de beijos durou por muito tempo, até que um transeunte fez com que nos desvencilhássemos e retornássemos à realidade. Tornei a dizer a Laura de minhas pretensões com ela, que, por sua vez, resistiu, alegando que eu era casado e que ela não queria problemas em sua vida. Continuamos conversando, até que ela segurou a maçaneta da porta do carro, tencionando ir embora.
Mas ela ficou paralisada quando que segurei seus peitos com minhas mãos, sentindo seu volume e apertando-os com suavidade; senti os mamilos durinhos, e enquanto eu os massageava, Laura deu-se por vencida, entregando-se às minhas carícias. “Quando?”, ela perguntou, olhando para mim com os olhos faiscantes.
-Depois de amanhã – respondi com firmeza – Na quinta-feira, lá pelas nove horas …, o que você acha?
-Você me pega aqui – ela respondeu, acariciando meu rosto – Mas, não se atrase …, se você não aparecer, vou embora e nunca mais quero te ver.
Assenti com a cabeça, e Laura saiu do carro, desaparecendo uma viela do outro lado da rua. Por alguns instantes, fiquei onde estava, incapaz de esboçar qualquer movimento, apenas pensando no que tinha feito. Realmente eu estava prestes a trair minha esposa …, e se tratava de um caminho sem volta!
As horas pareceram séculos, e mesmo me divertindo sexualmente com minha mulher, já que naquela época éramos muito ativos, minha mente se fixava no que estava por acontecer em breve. Na manhã de quinta-feira, como de costume, levei minha mulher ao trabalho, torcendo para que ela não arrumasse alguma “tarefa doméstica” (coisa que ela faz até hoje!), e assim que nos despedimos, rumei para meu encontro.
Não havia celular naquela época, e eu tinha que me deslocar da Avenida Paulista até a Vila Guilherme; e mesmo com todos os percalços de costume, cheguei ao lugar marcado, cinco minutos antes da hora marcada. Aliviado por ter chegado, fumei um cigarro. Não demorou para que eu a visse se aproximando. Laura vestia uma blusa de malha amarelo-claro e uma saia marrom um pouco abaixo do joelho, calçando sapatos de salto alto que combinavam com a saia.
Discretamente, ela veio até mim e entrou no carro; nos beijamos longamente, e logo Laura pediu para que saíssemos dali, já que não queria ser flagrada por olhares curiosos de pessoas inoportunas. Como eu não conhecia muito bem a região, rumei para a marginal, entrando no primeiro motel que encontrei. Pedi uma suíte, sem saber bem como escolher, e depois de estacionar o carro e fechar o portão da garagem, puxei Laura para mim, e nos deliciamos com mais alguns beijos.
Saímos do carro nos agarrando como dois loucos, e assim que entramos no quarto, Laura começou a me despir; seus movimentos eram um tanto atabalhoados, revelando que sua ansiedade era muito maior que a minha, e assim que viu minha rola dura saltar para a frente, ela a segurou com firmeza, sentindo-a pulsar entre seus dedos.
No momento seguinte, Laura estava de joelhos perante mim, abocanhando a pica e chupando-a com uma sofreguidão única. Eu acariciava seus cabelos, deixando-me levar pela insanidade de ser chupado, pela primeira vez, em minha vida! Como eu era muito jovem, não deixei que Laura se prolongasse no gesto, já que eu também queria saboreá-la.
Tirei sua roupa com o merecido cuidado, e depois de mamar seus deliciosos e suculentos peitões, fazendo seus mamilos durinhos dançarem dentro de minha boca, arrancando loucos gemidos de minha parceira, levei-a para a cama ficando por cima dela, e deixando meu pau escorregar para dentro de sua boceta que estava muito molhada.
Iniciei movimentos pélvicos ante os gemidos e suspiros de minha parceira, que parecia em transe, entregando-se de corpo e alma a uma foda homérica.
-Ai, como você é gostoso – ela exultava entre um gemido e outro – Ai! Não para! Vou gozar! Aiiiiiiiiiiiii …, como é gostoso …, isso, continua, quero gozar mais …, Ai! Isso! Isso! Aiiiiiii! Gozei de novo! Ai, que macho! Isso …, não para, não!
Exigi que Laura contasse os orgasmos que eu lhe proporcionava …, e lá se foi a contagem até que ela, arfando e gemendo balbuciou:
-Chega …, chega de contar …, quero só gozar! Gozar no seu pinto duro e grosso! Vai! Me fode …, me fode!
Segui em frente, golpeando o ventre de Laura com meu tesão incontido.
Fodi aquela mulher até que meu corpo cobrasse um preço com dores prolongando-se pelo quadril e costas. Sem aviso, gozei, enchendo o buraco da minha parceira com porra quente e viscosa! Ela gemeu alto ao sentir-se invadida pela enorme carga de sêmen que eu a presenteara.
Exaustos e suados, quedamo-nos sobre a cama, inertes e quase sem energia; inevitavelmente, o cansaço nos alcançou e dormitamos abraçadinhos. Quando acordamos, procurei conhecer melhor aquela mulher insaciável. Laura contou-me que era viúva; seu marido morrera há alguns anos, e desde então, ela vivia só. Morava na mesma casa que adquirira ao se casar, acompanhada do filho também casado, que morava nos fundos da casa.
Jamais procurou por outro homem, até mesmo porque as poucas tentativas além de infrutíferas trouxeram-lhe algum desgosto. Disse que seu marido era como eu: insaciável. Era caminhoneiro e passava muito tempo viajando, mas, quando chegava, Laura era obrigada a largar tudo para trepar com ele por horas a fio. Algumas vezes, ela estava cozinhando o almoço, quando ele chegava de surpresa.
Ele a agarrava por trás, mordia seu pescoço e lambia sua orelha; isso era o suficiente para que ela deixasse tudo de lado e fosse deliciosamente arrastada para o quarto, onde o casal fodia até não poder mais.
-Ele era pauzudo? – perguntei, incapaz de conter a curiosidade.
-Ah, era sim! – ela respondeu enfática – Tinha uma pica enorme e dura, e que demorava para amolecer …, mesmo depois de uma gozada, ela ainda ficava dura, me chamando …
-Então, você gosta de pau grande? – perguntei, incapaz de me segurar a espera de uma comparação.
-Ah, gostei do dele! – ela respondeu com uma singela sinceridade.
-E do meu? – quis eu saber – Você gostou?
-Muito, meu doce! – ela respondeu com um sorriso largo – Depois de tanto tempo …, estou apertadinha, sabe? E o seu pau me encheu todinha! Adorei!
As palavras de Laura me encheram de orgulho e satisfação; poderíamos ter passado o resto do dia, juntos, mas, por questões óbvias, trepamos mais uma vez e decidimos ir embora. Deixei Laura no mesmo lugar onde havíamos nos encontrado (até hoje não sei onde ela morava exatamente), e combinamos um novo encontro para dali duas semanas.
E mesmo depois que eu voltei a trabalhar, sempre que havia uma chance eu ligava para a casa de Laura – que com o passar do tempo, confiou em mim o suficiente, para dar seu número – e nos encontrávamos para uma manhã, ou mesmo uma tarde de boa foda!
Sempre que eu voltava para casa, trazia comigo aquela amarga sensação de arrependimento, acompanhada do sabor e do odor de Laura impregnado em meu corpo. Uma coisa não compensava a outra e eu me sentia péssimo …, mas, com o passar do tempo, acabei por encontrar alguma normalidade naquela anormalidade. Perdi o contato com ela …, e, agora, me resta a memória! É o suficiente!