Escravo sexual do meu patrão
Eu estava particularmente feliz por termos nos mudado de casa, pois, de agora em diante, teria um quarto só para mim. Até então, eu dividia o mesmo quarto com meu irmão mais velho, um ogro cujo maior prazer se resumia a aporrinhar a vida da minha irmã e, em especial, a minha, o caçula da família. Quando estava atacado, ele se enfurnava no quarto com os fones no ouvido e se espreguiçava sobre a cama. Nessas ocasiões, a simples presença da minha pessoa era capaz de enfurecê-lo e, ele me expulsava aos pescoções. Noutras, ele peidava empesteando o ambiente com seus gases pútridos. E, ainda em outras, ele tirava a jeba enorme da cueca e me dizia que precisava mijar, e que era para eu ficar segurando aquele troço enquanto ele se aliviava. Vivíamos às turras. A nova casa ficava um bairro não muito afastado do centro de Ribeirão Preto no interior paulista e, na rua tranquila e arborizada, tínhamos como vizinho de frente um depósito de material de construção que ocupava metade da quadra. Inauguramos a casa com a minha festa de aniversário. Naquela semana eu tinha completado dezessete anos e meus pais resolveram fazer a festa para apresentar a casa aos familiares e amigos. Aceitei a contragosto, uma vez que não curtia festas de aniversário, ainda mais se fosse minha, pois era um carinha bastante tímido.
Nas primeiras semanas depois da mudança, vira e mexe faltava alguma coisa para ajeitar. Meu pai se incumbia disso aos finais de semana, pois passava quase toda a semana fora como representante comercial de uma distribuidora de materiais médico-hospitalares. A cada bucha, parafuso, fita isolante, niples, veda-roscas e toda aquela infinidade de pequenas coisas necessárias para instalar torneiras, prateleiras, luminárias, varais e etc, meu pai me mandava para o depósito em frente comprar o que faltava. Os dois atendentes de balcão eram sempre muito prestativos e se divertiam comigo, pois era comum eu chegar ao depósito e já ter esquecido o nome daquilo que meu pai tinha me mandado comprar. Nas constantes idas e vindas, eu me deparei com uma placa colada junto ao caixa anunciando que estavam precisando de um rapaz para a reposição de estoque. Havia algum tempo que eu queria ter meu próprio dinheirinho e, vi nesta oportunidade, a chance de fazer alguma coisa depois das minhas aulas. Eu não sabia como meus pais reagiriam à ideia de eu trabalhar e estudar, uma vez que o maior empenho dos dois era mandar os filhos para a faculdade. Minha irmã cursava o primeiro ano de ciências contábeis, meu irmão era um veterano dos cursinhos pré-vestibulares tentando, pela quarta vez, entrar na faculdade de engenharia, enquanto eu ainda estava concluindo o ensino médio.
Decidido a só contar a novidade quando a coisa estivesse consumada, fui falar inicialmente com o senhor Afonso, o dono do depósito de material de construção que, costumeiramente, ficava no caixa vigiando os dois atendentes, e também cobrindo o balcão quando entrava algum cliente mais antigo ou os dois estavam sobrecarregados. As minhas constantes idas à sua loja chamaram-lhe atenção. Na segunda visita contei-lhe que havíamos acabado de nos mudar, que íamos precisar de uma porção de coisinhas e que meu pai estava fazendo as instalações ele mesmo, pois gostava de mexer com isso. O senhor Afonso logo se prontificou a nos fornecer o que fosse necessário, mostrou-se muito gentil comigo e ficava me acompanhando com seu olhar perscrutador assim que eu botava os pés na loja.
- O senhor ainda está precisando de alguém para o estoque seu Afonso? – perguntei, assim que fui buscar mais algumas coisas para meu pai e, a placa não estava mais colada no caixa.
- Desisti de procurar. Me apareceu cada um por aqui, sem a menor chance. Pelo jeito, vamos continuar nos virando como antes. – respondeu ele, com um sorriso desalentado.
- Eu estudo na parte da manhã, e gostaria de arrumar um trabalho, se o senhor não se importar em me ensinar o serviço eu gostaria de ficar com o emprego. Isto é, se o senhor topar. – arrisquei, devolvendo-lhe um sorriso do qual eu já havia percebido, ele gostava bastante.
- Isso seria maravilhoso! E, claro que não me importo de te ensinar o serviço. Não é nada complicado. Você só terá que receber o material que chega dos fornecedores, conferir de está tudo certo, colocar tudo em seus devidos lugares dentro da loja e as coisas estarão resolvidas. – esclareceu ele.
- Bacana! Vou falar com meus pais, eles não querem que eu me distraia com outras coisas que não os estudos, mas eu estou a fim de ter meu próprio dinheirinho. – avisei.
- Eles estão certos, estão muito certos. Primeiro os estudos, é importante estudar para ser alguém na vida. Fale com eles. Vou torcer para que te liberem. – disse ele, visivelmente contente com a minha proposta.
- Vou falar hoje mesmo. Até mais, senhor Afonso!
- Ah! Até que horas você estuda? – perguntou ele, antes de eu sair da loja.
- Até o meio-dia e meia. Posso chegar às treze se o senhor quiser. – propus, pois estava louco para conseguir a vaga.
- Nada disso! Você vai primeiro almoçar, descansar um pouco e, se às catorze estiver bom para você, é nesse horário que pode estar aqui. – afirmou. – Ah! Mais uma coisa, quando vai fazer seus deveres de casa? – emendou.
- Vou fazê-los à noite, depois do jantar. – afirmei
- Então está bem! Vá falar com seus pais.
Tive que prometer, quase jurar de pés juntos que não ia me descuidar da escola, mesmo assim meus pais me pediram uns dias para pensar no assunto.
- Não fiquem ensebando! O senhor Afonso disse que precisava de alguém para ontem, portanto, se eu quiser a vaga não posso ficar vacilando. – inventei, pois sabia que meus pais tinham a mania de tentar nos fazer esquecer as coisas quando não estavam lá de muito acordo com elas.
Comecei na semana seguinte. O trabalho era realmente muito simples e logo tinha aprendido o essencial para tocar as tarefas sem grandes preocupações. O próprio senhor Afonso se dedicou a me ensinar o trabalho, disse que não confiava naqueles cabeças ocas e, que ele seria melhor professor que aqueles dois folgados. Ao que eles me responderam com uma piscadela e um sorriso de quem não compartilhava de mesma opinião. Além do Carlos e do Mariano que trabalhavam no balcão, havia a Carmem na sobreloja que funcionava como uma espécie de contadora e secretária do senhor Afonso, embora ele quase nunca ficasse em seu escritório e, mais dois ajudantes, o Claudio e o Benedito, que ficavam rodando entre os galpões onde eram estocadas as madeiras, sacos de cimento e argamassa, e o pátio onde ficavam os montes de areia e pedras.
Logo percebi que o senhor Afonso havia simpatizado comigo. Todos os dias quando eu chegava ao serviço ele me perguntava como tinha sido o dia na escola, se tinha almoçado direito, pois me achava muito magrinho, se meus deveres escolares estavam em dia e toda outra sorte de questões que eu ia respondendo na maior paciência.
- Cuidado com esse velho! Ele é bem mais safado do que parece, não se iluda. Você com essa carinha de anjo desprotegido é um prato cheio para aquele velho safado. – advertiu-me o Mariano. Eu não levei suas acusações a sério, pois ele tinha acabado de levar uma reprimenda do senhor Afonso. Mas, já tinha notado a maneira como ele me olhava e, de vez em quando, passava a mão grossa no meu rosto elogiando minha beleza.
O seu Afonso tinha mais ou menos a idade do meu pai, uns 45 ou 46 anos. Era casado, tinha duas filhas na faixa dos vinte e poucos anos, pois ambas estavam na faculdade. Ele não se cuidava muito, deixava o corte de cabelo perder o aparado, a barba às vezes ficava uns três ou quatro dias por fazer, costumava usar jeans e, todos eles tinham, invariavelmente, um desbotado ligeiramente puído na braguilha de tanto ele ficar ajeitando o caralho dentro das calças. Não sei se o fazia por hábito, ou se a verga, que não era nem um pouco discreta, tinha dificuldade de se acomodar num espaço tão pequeno. A única coisa com a qual ele parecia se incomodar eram as camisas. Por cima do jeans surrado, ele usava camisas de grife sempre muito bem passadas e que lhe caíam muito bem sobre os ombros largos e braços musculosos. No geral, era um tipo atraente, fazia sucesso com as mulheres que adentravam ao seu estabelecimento e lhe escancaravam sorrisos de cobiça. Ele raramente mencionava a esposa e, quando o fazia, nunca era para apontar algum aspecto positivo de sua personalidade. Notava-se que o casamento deles não passava de uma vitrine. Independente do zelo excessivo que ele tinha para comigo, eu passei a admirá-lo à medida que o tempo passava. Era um homem enérgico, mas justo. Dedicava-se a seu negócio com muito empenho e honestidade. E, tinha sempre uma palavra gentil para com seus clientes, o que provavelmente justificava seu sucesso nos negócios.
- Isso é para você! Não o abra aqui na loja, deixe para fazê-lo quando estiver em sua casa, ou esses dois vão logo arrumar um jeito de explorar a minha benevolência. – disse certo dia ao me entregar uma caixa embrulhada em papel presente, quase no fim do expediente.
- Obrigado, seu Afonso, mas não precisava se incomodar comigo, não faz nem três meses que estou trabalhando para o senhor. – respondi, agradecendo nem sabia o que.
Ao chegar em casa a curiosidade me fez abrir o presente o mais rapidamente possível. Era uma camisa de grife como as que ele usava, só que um pouco mais esportiva e jovial. Ia agradecê-lo no dia seguinte assim que chegasse à loja, pois tinha adorado o presente.
- Não tem de que! Serviu? Você é tão magrinho que pensei que fosse ficar larga. – disse ele, tão ou mais contente do que eu por ver que seu presente tinha me agradado.
- Não sou magro, seu Afonso, estou no meu peso normal. – retruquei, pois ele tinha a mania de me dizer que eu era magro demais.
- Vá lá! Mas umas curvas um pouco mais cheinhas aqui ou acolá não lhe fariam mal. Se tudo fosse tão roliço como a sua bundinha empinada, garanto que já tinha arrumado uma namorada. – observou ele, rindo.
Foi só então que me dei conta de que nunca tinha olhado com interesse para qualquer garota que fosse. Aliás, nunca nem tinha reparado se uma garota com a qual eu tinha contato era bonita ou não, os atrativos que viessem a ter não me interessavam em absoluto. Eu provavelmente era gay e nem desconfiava disso. Uns carinhas do colégio me assediavam, especialmente durante as aulas de educação física, mas eu imputava isso à minha timidez excessiva, embora eles costumassem zoar com a minha bunda.
Em pouco tempo eu estava completamente enturmado e tirando meu trabalho de letra. Sobrava até tempo para dar uma força para a Carmem nos dias em que o movimento era maior ou, quando se aproximava o final do mês e, ela precisava enviar a papelada para o escritório de contabilidade que cuidava dos assuntos do senhor Afonso.
- O que estão fazendo aí parados feito um par de estacas? Não estão vendo que estas caixas estão muito pesadas para o garoto? Mexam-se, vão lá carregar essas caixas para os fundos! – berrou o senhor Afonso, numa tarde em que um carregamento de reposição grande chegou ao depósito e, o Carlos e o Mariano ficaram atrás do balcão vazio me observando e, fazendo comentários sobre como meu jeans descia e expunha o reguinho imaculadamente branco.
- O bicho está uma fera hoje! Deve estar sem ver uma buceta há dias e vem descontar na gente! – murmurou o Carlos, cuidando para não ser ouvido.
- O que é que você está reclamando estafermo? Não estou pagando vocês para ficarem coçando o saco atrás do balcão. – berrou o senhor Afonso. Ele devia mesmo estar irritado com alguma coisa.
O depósito fechava às oito horas da noite, isso quando, vez ou outra, não entrava algum cliente retardatário. Naquela noite eu tinha deixado todos irem embora de propósito, depois de fecharmos a loja, antes de subir ao escritório e me despedir do senhor Afonso. Como ele tinha se mostrado irritadiço, justo no momento em que eu me via atrapalhado com a chegada de todo aquele material, pensei que talvez estivesse aborrecido comigo.
- De forma alguma! Gosto muito do seu trabalho. E, de você também! – disse ele, aproximando-se de mim e acariciando meu rosto. – Você é um garoto muito meigo! Ver aqueles dois babando pelo seu reguinho me tirou do sério.
- Imagina, seu Afonso, eles deviam estar fazendo alguma piada sobre outro assunto. – respondi, embaraçado.
- A partir de hoje, não quero mais que você transporte essas caixas pesadas. Chame o Claudio ou o Benedito para fazerem esse serviço e, se eles estiverem ocupados, fale comigo. – determinou ele, pegando minha mão direita entre as dele. – Você tem mãos tão delicadas, é um pecado estraga-las com esse trabalho duro. – acrescentou, acariciando despudoradamente minha mão que eu tentava tirar desesperadamente das dele.
- Que isso, seu Afonso! Não é trabalho duro nenhum. Dou perfeitamente conta dos meus afazeres. – balbuciei, constrangido pela proximidade dele comigo e por aquele contato físico que se estendia além do apropriado.
- De qualquer forma, quero que faça o que estou pedindo. Esses dedos longos e delicados foram feitos para se ocuparem de outras coisas, não desse serviço. – afirmou, me encarando de forma libidinosa. E, por incrível que me parecesse naquele instante, eu estava gostando do brilho que havia no olhar aquilino dele. Cheguei a sentir um calafrio percorrendo minha espinha.
A partir daí, não se comentava outra coisa no depósito a não ser a tara que o senhor Afonso sentia por mim. Ninguém ousava dizer o que pensava abertamente, mas nos bastidores e à boca pequena, era iminente que a rola do velho viria a se alojar no meu cuzinho. Tudo ganhou mais força quando o senhor Afonso me deu um celular de última geração, novinho em folha. Mesmo em casa não escapei do escárnio do meu irmão.
- Você está queimando a toba com aquele velho? Resolveu virar putinha de caduco? – questionou meu irmão, sob uma saraivada de socos, que eu lhe desferia sem que nenhum deles causasse o menor incômodo aos seus músculos avantajados.
- Seu bosta! Só sabe falar merda! Vou contar para o papai quando ele chegar na sexta-feira, os absurdos que você fica me dizendo. – ameacei.
- Isso, corre para o papaizinho! Vai, seu viadinho, vai chorar no colinho do papai. – tripudiou, sem que eu pudesse me defender dele.
Fiquei tão chateado com as insinuações do meu irmão que as fiquei remoendo durante toda a manhã do dia seguinte. Cheguei a comentar com meus dois amigos mais chegados do colégio o que ele tinha feito. Ao que eles me garantiram que os irmãos mais velhos só servem para nos aporrinhar.
- Que carinha triste é essa? Você está assim desde que chegou? Aconteceu alguma coisa na escola ou na sua casa? – quis saber o senhor Afonso, percebendo meu jeito acabrunhado.
- Não é nada não, seu Afonso! Está tudo bem. – respondi, sem convencê-lo.
- Se estivesse você não estava com essa carinha. Vamos lá, me diga o que fizeram com você. – insistiu.
- É meu irmão. Tem dias que ele me deixa puto, quer dizer, me irrita. – respondi, meio encabulado.
- Brigas de irmão logo passam. Daqui uns dias você nem vai mais se lembrar porque brigaram. – garantiu.
- É, pode ser.
Eu e ele estávamos sozinhos na parte de trás do depósito, onde só esporadicamente alguém entrava para buscar alguma coisa. Quando ele começou a dar uns passos na minha direção, com o olhar fixo em mim e uma expressão estranha no rosto, eu comecei a sentir as pernas bambeando. Eu meio que adivinhei o que ele ia fazer e, estava disposto a deixar que fizesse. Senti o seu braço me puxar para junto dele e, sua mão tocar delicadamente meu rosto, acariciando seu contorno. Uma quentura vinha do peito dele e deixava meu rosto em brasa. Aos poucos ele foi se inclinando e colou seus lábios nos meus. Meu coração disparou. Ele me beijava com ímpeto e sensualidade, enquanto meu corpo todo tremia em seus braços. Uma das mãos desceu pelas minhas costas e apalpou minha bunda. Ele a explorou cheio de tesão. Minha respiração tinha se tornado ofegante, e ao mesmo tempo condescendente com aquele assédio. A barba dele tinha um cheiro másculo e eu a acariciei, fazendo que ele abrisse um sorriso de satisfação. Alguém moveu a pesada porta de correr que separava a loja do depósito e, ao ouvir as roldanas chiando no trilho eu dei um salto para trás e me desvencilhei do seu Afonso. Aquele beijo me fez querê-lo e eu não sabia o que fazer com aquele desejo instigando meu corpo.
- O que quer aqui? – perguntou o senhor Afonso ao Carlos, com uma rispidez exagerada na voz, por ter sido interrompido quando já tinha aberto o caminho para chegar a mim.
- Só vim avisar o Marcelinho que a carga de cimento chegou e o pessoal está à espera dele para fazer a conferência. – revidou o Carlos, certo de que tinha atrapalhado alguma intenção escusa do patrão.
Trabalhei o restante daquele dia aos sobressaltos. Havia uma inquietude no meu peito e um desejo devasso me consumindo. Por isso, fiquei curioso quando o senhor Afonso me avisou que precisava conversar comigo após o expediente. Pelo tom de voz dele notei que se tratava de dar continuidade ao que havia iniciado no depósito, e isso me excitou.
Ele estava no escritório quando fui a sua procura, logo após a loja ter sido fechada, parecia impaciente. No entanto, assim que me viu abriu um sorriso e veio ao meu encontro. Ele trancou a porta assim que entrei no escritório, e essa precaução confirmou minhas suspeitas.
- Você me fez muito feliz esta tarde lá embaixo! – exclamou, procurando uma maneira menos ávida de me abordar.
- Eu também gostei muito do que aconteceu. – devolvi, acanhado.
- Ah Marcelinho! Você é uma joia muito desejada! – exclamou, me abraçando com voracidade.
Segundos depois, estávamos nos beijando. Ele penetrara a língua na minha boca e a movia impetuosamente contra a minha. Eu senti as pernas amolecerem com aquele sabor másculo entrando na minha boca. Ele se apressou a acariciar minha bunda, como se a interrupção daquela tarde precisasse ser retomada. As mãos do senhor Afonso eram grandes, os dedos grossos, sobre cujas falanges cresciam tufinhos de pelos negros e, o peso delas sobre minhas nádegas dava uma ideia da pegada que aquele macho maduro ainda tinha. Acredito que ele tenha aberto os primeiros botões da camisa propositalmente para exibir sua virilidade traduzida naquele peito largo e peludo. A armadilha funcionou, pois não resisti e enfiei minha mão curiosa naquela floresta densa. Ele me sorriu lisonjeado.
- Suas mãos são tão delicadas! Gosto do jeito como está me acariciando. Estou louco para senti-las em outros lugares. – sussurrou provocativo.
- O senhor é tão peludo! – observei, denunciando minha preferência.
- Você gosta?
- Sim.
- Então por que não começa por tirar a minha camisa e descobrir outros locais bem peludos? – insinuou.
Enquanto eu terminava de desabotoar a camisa, ele desafivelava o cinto e passava a mão sobre aquela parte desbotada de seu jeans. Abaixo dela dava para ver sua ereção se consumando. Havia um sofá de couro preto próximo à escrivaninha dele e, foi para lá que ele me conduziu, fazendo-me sentar enquanto tirava a pica das calças. A pouco mais de dois palmos do meu rosto ele me exibia sua verga. Era um cacetão maçudo, reto e muito grosso, ao redor do qual uma teia de veias sinuosas pulsava de tesão. A cabeçorra se destacava reluzente e arroxeada como um cogumelo, deixando minar um sumo viscoso de cheiro intenso.
- Chupa minha rola! – grunhiu ele, pegando na jeba e a esfregando nos meus lábios. Eu obedeci.
A cabeçorra mal cabia na minha boca, mas aquele latejar e o sabor do sumo me fizeram querer provar aquela iguaria pecaminosa. Nunca havia chupado uma pica e fiquei meio que tentando adivinhar como se fazia isso, no entanto, isso parecia não incomodá-lo, ao contrário, fizera-o gemer e eu acreditei que estava no caminho certo. Aos poucos, ele foi enfiando aquela tora na minha boca com mais ímpeto. Para que eu não interrompesse a mamada, ele segurou minha cabeça e a empurrou contra a virilha pentelhuda. A cabeçorra entrou na minha garganta, machucando minhas cordas vocais e indo se alojar além da região que me provocava engulhos. Ele movia a pelve com agilidade e fodia minha garganta dificultando minha respiração. Quando me soltou, eu estava com o rosto completamente ingurgitado e vermelho, engolindo o pré-gozo que ele tinha despejado em mim. Eu ainda respirava ofegantemente quando ele tirou minha camiseta e começou a chupar meus mamilos. A língua ágil dele se movendo sobre o biquinho do meu mamilo deixou-o enrijecido e saliente. Minha calça estava deslizando pernas abaixo e eu não o impedi. Tirei meu tênis facilitando a retirada da calça, o que o deixou animado. Era óbvio que eu também o desejava e, se não fosse isso, certamente eu estava curioso pela experiência. Ele endoideceu de vez quando viu minha bunda branquinha e carnuda totalmente exposta e ao alcance de sua devassidão. Agarrou-me vigorosamente e começou a me beijar outra vez, tentando me distrair para que não temesse a libertinagem de enfiar um dedo no meu cuzinho. Não consegui bloquear o gritinho espantado que saiu da minha boca. Ele sondava meu cuzinho como se aquilo já lhe pertencesse. Impossível descrever o furor que tomava conta do meu corpo e o retesava imprimindo um tremor involuntário e descontrolado. Aquilo era assustador e invasivo, mas, ao mesmo tempo, intrépido e prazeroso. Eu me contorcia enquanto ele continuava a me dedar sem o menor escrúpulo. Depois de um bom tempo, ele me fez debruçar sobre o braço do sofá, à exceção das meias, eu estava completamente nu. Suas mãos ásperas percorriam meu corpo languidamente exposto e sensualmente disponível. O tesão que eu sentia no cuzinho me fazia arrebitar a bundinha e, ele se valeu disso para abrir minhas nádegas e começar a me lamber as pregas virgens. Eu gemia alucinadamente com o tesão que aquilo me dava. Percebi que ele estava me preparando a ponto do meu desejo não se opor à sua investida contra meu cuzinho. Eu estava quase implorando para ser penetrado quando ele esticou o braço e retirou de uma sacolinha plástica sobre sua escrivaninha, uma embalagem de lubrificante. O safado tinha planejado cada passo daquele delito que estava prestes a cometer. O líquido me pareceu gelado, embora o que estivesse em brasa fosse meu cu, daí eu sentir como se aquilo estivesse a me arrefecer. Ele derramou uma porção no meu rego e outra em sua mão, com a qual lambuzou o caralhão duro. Com uma perna firmemente apoiada no chão e a outra dobrada sobre o joelho no sofá, ele começou a me encoxar. A pica deslizando no meu rego me paralisava. Eu me oferecia erguendo a bunda de encontro à virilha dele. Meu cu travou quando senti a cabeçorra forçando minhas pregas. Ele me pediu para relaxar, como se eu soubesse como fazer isso diante da iminência de ser arregaçado. As tentativas infrutíferas não diminuíam seu ardor nem sua determinação. Ele sabia que ia me machucar, mas aquele tesão que o consumia necessitava urgentemente ser aplacado, por isso ele guiou a jeba implacavelmente para dentro do meu cu. Eu gritei quando senti as preguinhas se dilacerando e meu esfíncter se fechando abruptamente ao redor daquele troço imenso. Não havia mais nada a fazer senão me entregar à devassidão dele. O ar escapava num chiado pelos dentes cerrados dele, enquanto ele atolava a pica nas minhas entranhas. Cada estocada me fazia ganir. Diziam que sexo dá prazer, mas, até o momento, eu não experimentava outra coisa que não uma dor lancinante se alastrando pela minha pelve. Quando senti o sacão do senhor Afonso batendo no meu reguinho, pensei que a pica fosse sair pela minha boca de tão empalado que eu estava. O prazer começou quando ele me bombava cadenciada e suavemente, fazendo meu pinto duro balançar de um lado para outro. Não precisei de muito tempo para sentir o gozo aflorar e explodir em jatos que voavam para todo lado, enquanto meu pinto chacoalhava no ar. Era porra para todo lado. Assim que eu tinha gozado, o senhor Afonso tirou o pauzão do meu cu deixando um vazio enorme e algumas pregas sangrando, girou meu corpo para que ficássemos de frente um para o outro. O tesão no olhar dele me fascinou. Ele se encaixou entre as minhas pernas e meteu novamente o caralhão no meu cuzinho arregaçado. Era impossível sentir aquilo entrando sem que uma dor aguda, como se uma navalha estivesse me cortando a carne, me fizesse tremer. Aquele homem tinha um apetite sexual voraz. A juventude e a inocência do meu corpo despertavam nele as mais vis perversões e, ele me fodeu sem complacência até ter suas vontades saciadas. Meus gemidos o excitavam e meu olhar meigo fixado no rosto dele fizeram seu corpo se retesar. Ele não cogitou nem por um segundo de tirar sua verga daquele casulo morno que o agasalhava e deixar sua porra eclodir como um vulcão. Manteve-a profundamente estacada no meu cuzinho e despejou ali sua gala viril e pegajosa. Quase chorei de prazer quando senti aquela porra inundando minhas entranhas. Abracei-o e ele se inclinou sobre mim, beijando minha boca num frenesi guloso e pérfido. Cruzei a rua em direção a minha casa quase duas horas depois do que de costume, com um andar inseguro e trôpego, pois a umidade do senhor Afonso parecia querer escorrer do meu cu. Eu estava feliz demais para deixar que aquele néctar másculo se esvaísse de mim e se perdesse. Chorei quando estava debaixo do chuveiro lavando o sangue das minhas coxas e os grumos da porra coalhada pingaram do meu cu e se perderam no ralo. Foi como se me arrancassem o sentimento ardente que eu nutria por aquele macho e que, daquele episódio em diante, só cresceu em meu peito.
Meus pais relutaram em aceitar a oferta do senhor Afonso de me transferir para um colégio particular. Desde que minha irmã entrou na faculdade, eu precisei encarar aquela realidade, mas, a constante falta de aulas não incomodava só a mim e aos meus pais, como também ao homem que vinha se sentindo cada vez mais responsável por mim. O colégio ficava um pouco mais distante do que minha escola atual e o senhor Afonso passava todas as manhãs lá em casa para me levar ao colégio. Havia dias em que chegava com tanto tesão que não se furtava da chance de me exibir sua ereção. Eu o chupava no carro mesmo, aliviava seus culhões incrivelmente cheios e seguia para as aulas com aquele sabor delicioso na boca. Estávamos dia-a-dia mais vinculados um ao outro, não mais como patrão e empregado, mas como cúmplices e amantes. E, disso, ninguém mais na loja tinha dúvidas, embora mantivéssemos toda a discrição e precaução para que ninguém soubesse dessa nossa relação.
A fornicação desconfortável, no final do expediente no escritório, já não supria as necessidades do senhor Afonso. Ele me queria por inteiro, me queria subjugado aos seus mais primitivos instintos, queria me foder sem que pairasse no ar a possibilidade de sermos descobertos. Ele queria que eu o chamasse de senhor Afonso, para mostrar minha devoção e obediência. Eu o atendi, pois aquela formalidade fazia tudo parecer mais excitante. Quando ele veio com a novidade de que tinha adquirido um pequeno apartamento no bairro, eu tive a certeza de que estava completamente a mercê dele. Meus amigos quase não me viam mais, era raro eu sair com eles. Todo meu tempo livre era passado naquele apartamento aconchegante, na cama onde eu me entregava de corpo e alma à sanha libidinosa de meu macho carinhoso. Ele havia adquirido um arsenal de acessórios que chegavam em pacotes discretos pelo correio. Eram calcinhas que ele me obrigava a usar, vibradores e caralhos de borracha de todos os tamanhos e formatos, um colar tailandês cujas bolas aumentavam de diâmetro numa sequencia crescente, vídeos que exibiam a exploração de um passivo submisso e carinhoso nas mais variadas temáticas, tudo para apimentar aquela relação que por si só não necessitava de mais nenhum tempero extra. Mesmo com toda a atribulação que as necessidades dele me imputavam, eu consegui entrar na faculdade de medicina de Ribeirão Preto. Um sonho que ele dividia comigo desde algum tempo.
Eu não tinha deixado de ir à loja, só o fazia com menos frequência, pois a faculdade consumia quase todo o meu tempo. Eu já não me considerava mais um empregado, mesmo o senhor Afonso não tendo encerrado meu contrato oficialmente. Eu havia pedido inúmeras vezes para ele cancelar nosso compromisso, mas ele se recusava, bem como se recusava a me fazer o pagamento no final de cada mês.
- Não é justo! O senhor não precisa me pagar, uma vez que não trabalho como deveria. – insisti.
- Sou eu quem decide o que justo! Não se fala mais nesse assunto, ou vou me zangar com você. – ameaçou ele.
- Não quero que se zangue comigo nunca! O senhor é meu homem, quero que se sinta feliz ao meu lado. – devolvi. Eu há tempos havia descoberto que ele só se sentia plenamente realizado quando seu papel de provedor, de macho alfa, de dominador incontestável era valorizado.
- Não sou seu homem, sou seu macho! Você é meu cordeirinho, minha gazelinha de rabinho gostoso e, é assim que deve ser. Você já deveria saber disso. – retrucou ele, metendo despudoradamente a mão na minha bunda e se esfregando nela. Eu sorri condescendente, o que o deixava cheio de tesão e, fazia dos anos que eu passava ao lado dele, os melhores de nossas vidas.
Depois de responder a mensagem dele pelo Whatsapp, fui cedo ao apartamento para esperar por ele, no primeiro sábado das minhas férias na faculdade. Sua mensagem tinha alegrado meu dia e, durante o café da manhã, minha irmã quis saber a razão dos sorrisos que apontavam, a todo o momento, no meu rosto.
- Não é nada não, maninha! Estou me lembrando de um lance engraçado. – respondi, ao questionamento dela.
O tal lance, era o texto que ele me enviara. DOIS DIAS NO SUFOCO. OS CULHÕES ESTÃO TÃO CHEIOS QUE A PORRA ESTÁ SUBINDO PARA A CABEÇA. PRECISO TE PEGAR DE JEITO ANTES DE ABRIR A LOJA OU VOU PIRAR. NÃO ME RESPONSABILIZO PELO ESTADO EM QUE VOU DEIXAR SEU CUZINHO. ENCONTRE-ME NO NINHO. Precisei rir da falta de meias palavras quando se referia ao desejo de me enrabar e, de sua obstinada luxúria, na maioria das vezes em declínio em outros homens da idade dele. Impossível não se divertir com aquele pauzão ficando duro por qualquer razão, como se ele ainda fosse um adolescente sem o controle de seus instintos. Comecei a me preocupar quando passavam das dez e ele não aparecia. Se havia algo de confiável no senhor Afonso, era a sua palavra e sua pontualidade. Fui até a loja e logo constatei o porquê do furo dele. Havia um movimento constante de entra e sai de clientes.
- É hoje que enlouqueço de vez! Esse movimento todo e isso aqui me torturando sem parar. – murmurou baixinho pegando na rola, assim que me aproximei dele.
- Estou com um vazio enorme aqui de tanto esperar pelo senhor! – sussurrei, girando sobre os calcanhares e comprimindo discretamente minhas nádegas contra a virilha dele. Eu sabia que estava sendo cruel, mas queria apimentar ainda mais aquele desejo que ele se via obrigado a refrear.
- Ushhh! Não me provoque! – gemeu entre dentes, dando-me um tapa na bunda.
Aos clientes curiosos que tinham notado a minha ausência fui explicando a razão do meu sumiço. Nas vezes em que tinha ficado também no balcão, conseguia fazer boas vendas. Talvez, o fato de conhecer muito bem o que havia no estoque e, ser capaz de sugerir alguma substituição quando não tínhamos exatamente o produto que o cliente queria, me fizera ser desejado pelos clientes. O fato é que eu vendia bem.
O fato de também estar carente e querer o senhor Afonso só para mim, mesmo que pelo tempo suficiente para sentir sua rola me comendo, fez com que me pusesse a atender os clientes que se acumulavam diante do balcão. Normalmente isso não causaria nenhum alvoroço, mas naquela manhã eu percebi que o Mariano estava se engraçando para o meu lado. Ele não perdeu nenhuma chance de se esfregar em mim no estreito corredor entre o balcão e os diversos escaninhos e prateleiras que ficavam às nossas costas, apesar de eu me esquivar ao máximo para que não nos tocássemos.
De todos os funcionários, o Mariano era o que tinha a maior birra com o senhor Afonso. Ele sempre me pareceu aquele macho disposto a destronar o macho alfa de uma matilha. Creio que desperdiçava todo seu tempo de folga numa academia puxando ferros, o que justificava os deltoides avantajados que fazia questão de exibir para as clientes. Sua maior implicância recaía sobre o jaleco com o emblema da loja no bolso que todos os funcionários tinham que usar. Ele fazia questão de conturbar seu uso enrolando as mangas até que seus bíceps emergissem profusos e, trazendo-o desabotoado, para que sua barra não cobrisse o volume que se projetava entre suas pernas. Bastava o senhor Afonso repreendê-lo, obrigando-o a se recompor, para que grunhisse impropérios infindáveis. Eu sabia que tinha sido o Mariano a proclamar suas insinuações a respeito do senhor Afonso e eu. Havia certo inconformismo, por parte dele, com o fato de eu ter aceitado as investidas do patrão ao invés das dele que, na verdade, só surgiram quando o senhor Afonso e eu já nos entregávamos voluptuosamente um ao outro.
Um cliente tinha acabado de me pedir uma conexão de cobre numa especificação rara, eu sabia que tínhamos as peças no estoque, só não me lembrava exatamente onde, por isso pedi que tivesse um pouco de paciência que eu ia procurar o que ele precisava. O Mariano ouviu minha conversa com o cliente, e saiu disparado atrás de mim rumo aos fundos da loja, num dos cantos mais remotos, onde ficavam as peças com menos saída. Subi alguns degraus de escada para alcançar as caixas onde supunha encontrar as conexões, quando o Mariano me agarrou pela cintura e pisou no mesmo degrau em que me encontrava.
- Essa sua bundinha está cada dia mais tesuda! Deixa eu enfiar meu cacete dentro dela, deixa? – sussurrou ele, chupando a pele do meu pescoço. E, me fazendo perder o equilíbrio.
Para não cairmos, ele deu um salto para trás comigo preso em seus braços. Eu sacudia as pernas no ar tentando fazê-lo me soltar. Isso apenas serviu para ele me apertar com mais força junto ao corpo dele.
- Me solta, cara! Me põe no chão agora mesmo! – esbravejei.
- O que foi que você viu na pica murcha daquele velho? A minha é bem mais dura do que a dele, garanto que você vai se deliciar com ela. – ele grunhia como um tarado descontrolado, enquanto chupava meu cangote. – Sente só como eu estou doidinho por você! – acrescentou, movendo a pelve como se estivesse me fodendo.
- Para com isso! Tira as mãos de mim! Me solta antes que alguém entre aqui. – protestei, sentindo todo o furor que o avassalava.
- Me dá um beijo que você não vai se arrepender. Vai querer dar esse cuzinho todinho para mim, seu viadinho gostoso.
- Que putaria é essa no meu estabelecimento? – gritou o senhor Afonso, fazendo sua voz reverberar pelas paredes do depósito.
- Só fui impedir que o Marcelinho caísse da escada! – apressou-se a dizer o Mariano, colocando-me no chão. Embora sua ereção denunciasse suas reais intenções.
- Tire suas patas do garoto! E, saia daqui. O balcão está cheio de clientes esperando enquanto você está de algazarra aqui nos fundos. – era o macho alfa determinando o rumo das coisas e, mais uma vez, o desafiante não teve coragem de peitá-lo.
- Não suporto mais as brincadeiras desse sujeito! – exclamei, procurando retornar à escada.
- Deixe isso para lá! Espere-me no apartamento.
- Mas, o cliente está esperando lá fora. – insisti.
- Eu já disse para deixar isso para lá! Que porra está acontecendo aqui hoje, que ninguém faz o que eu mando? – vociferou o senhor Afonso. Não me lembrava de ele ter gritado comigo uma única vez sequer.
A angústia de esperar por ele me fez ver como o apartamento era pequeno. Aquele pouco mais de hora e meia esperando me pareceu uma eternidade. Levantei-me num salto quando ouvi a chave girando na fechadura.
- Finalmente você apareceu, eu estava ansioso por sua chegada. – afirmei, abraçando-me a ele.
- Explique-me o que foi aquilo agora há pouco. – sua voz não tinha nada de daquele carinho embutido nela quando vinha me enrabar.
- Foi uma brincadeira sem graça que o Mariano estava fazendo comigo. Fico furioso quando ele faz isso.
- Então você chama de brincadeira o convite que aquele desgraçado fez para te foder? Uma brincadeira que talvez você esteja querendo ter com ele, é isso?
- Não diga isso, senhor Afonso! Eu nunca me interessei por outro homem, juro. – de repente, eu estava com medo daquele olhar soturno.
- Então me explique por ele está tão a fim de comer seu cu? Essa vontade surgiu assim, do nada. – ele nunca havia suspeitado do meu comportamento antes.
- Não sei! Eu não dei motivos para ele agir assim comigo. – asseverei, encarando-o sem medo. Foi o que bastou para eu sentir sua mão pesada atingir meu rosto duas vezes e me atirar contra a parede.
- Talvez isso refresque a sua memória! – sentenciou ele, furioso, enquanto avançava na minha direção. – Guarde bem isso, eu não sou corno de veado! Você está me entendendo? – acrescentou, pegando-me pelo braço e me levando até o quarto.
- Eu juro que não o provoquei! Acredita em mim, seu Afonso. – de repente, aquela segurança que eu sentia ao lado dele havia se esvaído.
- Tire a roupa! – ordenou ele, enquanto se despia.
- Por favor, senhor Afonso, pare com isso. – supliquei, desabotoando minha calça com as mãos tremulas.
- Eu nem comecei! – retrucou ele, retirando a cinta do jeans que acabara de jogar sobre a cama.
- Não faça isso, eu te suplico, senhor Afonso. – implorei, indo me estirar sobre a cama como ele estava determinando com seu gesto. A cinta cingiu minhas nádegas em estalos sonoros, deixando na alvura da pele estrias rosadas e doloridas.
Ele me cobriu com seu peso e meteu o caralhão no meu cuzinho com brutalidade. Eu gani, ele nem se importou. Fodeu-me como uma besta enfurecida. Parecia um animal subjugando sua presa. Eu gritava. Aquela jeba terrivelmente grossa e sem lubrificação esfolava minhas entranhas sem piedade. Eu chorava.
- Eu sou seu macho! Eu te pago para você me servir. O único dono desse cuzinho sou eu. Você recebe para me satisfazer e não para ficar de agarra-agarra com qualquer miserável por aí. Você está me entendendo? – rugia ele, enquanto a pirocona detonava meu cuzinho. – O que você está sentindo? Fala para mim o que é que você está sentindo nesse exato momento. – bramia ele, sem aplacar sua fúria.
- Ai meu cuzinho, seu Afonso! Ai, ai, ai! Eu sinto o senhor dentro de mim, seu Afonso. Por favor, por favor, seu Afonso. – balbuciei entre soluços.
- Sentindo o que dentro de você? O que você sentindo ai dentro? – perseverava ele, sem parar de me estocar com aquela jeba.
- Eu sinto seu pau, seu Afonso. Eu sinto seu pintão me machucando, seu Afonso. Por favor, não faz isso comigo, eu amo o senhor, seu Afonso. Eu amo o senhor! – gemi, subjugado e ferido.
- É isso mesmo que você deve sentir, o caralho do teu macho! Sinta bem o que ele é capaz de fazer com você, se você se engraçar por qualquer filho da puta. – junto com a raiva, ele deixava toda sua porra fluir para dentro de mim. Ele demorou a tirar o cacete do meu rabo, pois ele não amolecia. Acabou por tirá-lo ainda rijo e lambuzado de sangue.
- O senhor está duvidando de mim, seu Afonso. Isso dói mais do que tudo. Dói mais do que o que o senhor acabou de fazer com meu cuzinho. – ele evitou meu olhar com receio de se comover com minha queixa. Quem sabe esse homem não me ama, pensei comigo. Conforme suas próprias palavras, ele me pagava pelos favores sexuais. Mas, eu sempre os tinha dado a ele com a mais sincera paixão.
Fiquei dois dias sem trocar uma única palavra com ele. Tinha ido à loja cumprir meu horário como era da obrigação de qualquer empregado pago para isso. O Mariano havia sido despedido, o que confirmou a história que ele contou aos outros. No terceiro dia, o senhor Afonso devia estar precisando se descarregar. Ele elogiou meu perfume assim que começamos o expediente. Disse que combinava inteiramente com uma calcinha que ele havia me dado há pouco tempo. Eu me fiz de difícil e, tinha conseguido mantê-lo à distância até à noite, quando precisei ir ao banheiro dar uma mijada. Eu tinha acabado de mijar, com as calças arriadas, um hábito que trazia desde a infância. Tomei um susto quando senti pentelhos se insinuando no meu rego. Por uns instantes, pensei que fosse algum funcionário. No entanto, senti o cheiro do meu macho e empinei a bunda.
- É assim que você reage quando um macho encoxa sua bunda? – sussurrou o seu Afonso, a voz rouca e mansa procurando me seduzir.
- Não! Só quando sinto o cheiro do meu macho. – respondi, franqueando meu cangote aos seus lábios úmidos. Eu agia assim por pura falta de experiência. Não sabia o que fazer para não ser tão submisso. Mas, tinha encasquetado que deixaria de ser assim. Eu até podia aceitar um macho dominador, mas queria ter meu espaço, poder impor minhas vontades, fazer-me respeitar, apesar da suavidade da entrega com a qual eu me deixaria conduzir no leito conjugal. Essa seria uma condição inegociável no futuro. Futuro esse que não contava com a inflexibilidade do senhor Afonso.
No último ano de faculdade, eu me inscrevi para um programa de bolsas de estudo numa pós-graduação nos Estados Unidos. Não havia mencionado nada a ninguém. Uma carta de aceite chegou algumas semanas antes da colação de grau. Guardei-a no fundo de uma gaveta da cômoda, enquanto providenciava outros documentos, o passaporte e o visto. Explicar que eu estava prestes a me mudar por três anos não seria uma tarefa fácil, nem em casa nem para o senhor Afonso. Esperei até o dia em que chegaram as passagens, marcadas para dali a cinco dias, na tentativa de reduzir o impacto da notícia e, não dar chance para contestações e proibições.
Comecei dentro de casa, durante o almoço de domingo, quando todos costumavam estar reunidos. Assim que terminei de expor a situação, um vendaval de questionamentos despencou sobre mim. Censuraram-me por agir às escondidas, excluindo-os da minha vida. Só por aí eu já imaginava a reação do senhor Afonso.
Naquela mesma noite cedi a todos os caprichos dele, no ninho que ele havia construído para desfrutar do meu corpo. Dancei nu com ele, singrando lentamente em seus braços ao som de uma melodia romântica e orquestrada, com cinco bolas do colar tailandês enfiadas por ele no meu cu. Deixei-o revezar ora um ou dois dedos, ora um vibrador na portinha do meu ânus. Afagava-o enquanto ele puxava a calcinha vermelha que me mandara usar e, que se perdia no meu reguinho profundo. Mamei até a última gota de porra que ele ejaculou na minha boca, só para ver seu sorriso cheio de tesão. Aconcheguei sua pica entre minha mucosa esfolada e úmida, enquanto o cobria de beijos, depois de ele me possuir. Recostei minha cabeça em seu peito e deixava os pelos escorrerem por entre meus dedos quando dei a notícia.
- Você não pode fazer isso! Eu não vou permitir. – disse ele, depois de finalmente acreditar nas minhas palavras.
- Eu sabia que o senhor iria reagir assim, por isso não falei nada antes. – devolvi, sem parar de acaricia-lo.
- Você é meu! Eu digo o que você pode ou não fazer. – sentenciou ele.
- Não me machuque mais do que eu já estou machucado, por favor, senhor Afonso. – encarei-o com o olhar úmido. Ele perdeu o chão.
- Eu nunca vou te machucar! Você é tudo na minha vida! – revidou ele, apertando os olhos para que a emoção não aflorasse.
- Eu tenho que viver a minha, entenda isso. O que mais vai me fazer falta é o amor que o senhor sente por mim, e esse sêmen que está encharcando minha mucosa nesse momento. – asseverei.
- Então não vá embora. Eu prometo que vou redobrar meu amor e deixar você muito mais molhadinho. Mas, não me deixe. – Aquele macho implacável estava desmoronando bem diante dos meus olhos e isso me doía muito.
- São só três anos, depois estarei de volta. – procurei amenizar.
- Três anos são uma eternidade para quem espera e uma fração de segundos para quem tem sua idade e seus anseios. – sentenciou ele. – Vão dar em cima de você e você não vai resistir, eu sei disso. E, eu não vou estar por perto para coloca-los para correr.
- Não vamos mais sofrer pelo impossível, senhor Afonso. Posso pedir só mais uma coisinha? – meu olhar molhado abrandou o coração dele.
- Você pode me pedir tudo! – respondeu, tomando meu rosto em suas mãos.
- Penetra em mim? – sussurrei, beijando suas mãos.