Viajar sozinho tem suas vantagens. Hospedei-me numa pequena pousada, no interior do Ceará, onde fui fazer um trabalho de representação farmacêutica, e não tive como voltar à capital no mesmo dia.
No meio da semana, o estabelecimento estava praticamente deserto. Só havia dois hóspedes – eu, um deles. O outro, descobri ser um senhor, que estava de passagem para o Maranhão, e viajava de carro. Como estava cansado e não tinha prazo para cumprir, resolveu fazer uma parada para relaxar, naquela pousada.
Depois do jantar, eu estava sem vontade de dormir, pus uma roupa leve e fui para o deck da piscina, bebericar um whisky, para aguardar a chegada do sono.
Ele chegou, minutos depois, também com uma dose, e sentou numa cadeira (daquelas destinadas ao banho de sol), vizinha à minha, depois de me cumprimentar, e perguntar se não estava incomodando. Respondi positivamente ao cumprimento e negativamente à pergunta, e voltei a degustar minha bebida.
Era um homem maduro, deveria ter seus 40 anos. Tinha um corpo bem tratado, com uma pequena barriga, a justificar a idade e as cervejas. Sentou-se e continuou a bebericar. O silêncio reinava, sem assunto os dois.
O recepcionista aproximou-se, perguntando se desejávamos mais algo, pois ele estaria fechando a cozinha e a recepção, mas que qualquer coisa poderíamos chamar no seu quarto, vizinho ao balcão de atendimento. O vigilante não viria naquela noite, pois era sua folga, mas as câmeras estavam ligadas.
Depois que ele se retirou, o assunto chegou pela tranquilidade das cidades pequenas, tão diferente das grandes metrópoles, cuja violência obriga a todos viverem subjugados por grades e lentes o tempo todo. Em localidades menores, tinha-se mais liberdade para se viver melhor.
Os temas do papo caminharam por aí, passaram pelo calor abafado da noite, até chegar à ideia do mergulho na piscina. A solidão certa da noite levou-nos a optar por tirarmos a roupa toda, e nadarmos nus. Afinal, só estávamos os dois, ali... Que mal havia?
Quando ele retirou a camisa, notei-lhe o peito e as axilas depiladas. Agradou-me. Ao baixar a bermuda, uma rola mais grossa que grande inundou meus olhos, o que procurei disfarçar da melhor maneira.
Meio envergonhado pelo inusitado da situação, fiz um pouco de cera, terminando de tomar o drinque, enquanto ele se dirigia para a água. Bundinha redonda, marcada de praia – não pude deixar de obervar.
Terminada a bebida, livrei-me das roupas, tentando manter o pau tranquilo, embora ele desse sinais de que iria endurecer. Consegui entrar na água morna e deliciosa, sem chamar muita atenção (acho!).
Ele mergulhava e nadava de uma borda a outra. Procurei fazer o mesmo.
Até que pareceu cansar, dirigiu-se para perto da borda, onde havia uma pequena parede submersa, separando o lado fundo do raso. Ele sentou sobre a parede, escorando-se na beira externa e abrindo os braços, apoiando-os na borda.
Estava bastante atraente: cabelos molhados, pingando, o peito reluzente... Sentei-me em sua frente e a conversa foi retomada, aprofundando a questão da liberdade, de se fazer o que a vida permitisse que se fizesse, desde que não prejudicasse ninguém. Falou que era casado, tinha filhos, mas sempre que podia não se negava aos desejos do corpo.
Começou a contar algumas aventuras amorosas, com mulheres atraentes fora da cama e quentes nela. Levado pela imaginação de tais aventuras, senti-me livre para não mais reter ou esconder minha ereção, que fazia minha rola palpitar para fora da lâmina de água.
Ele, então, recostou a cabeça na borda, passeando o olhar pelas estrelas e pela lua. Ao notar-lhe a rola endurecendo também, durante um silêncio que se fez entre os dois, aproximei-me de seu corpo e toquei naquele monumento pulsante de carne – a medo de sua reação. Como reação negativa não houve, passei a punhetá-lo, levemente, e ele a gemer baixinho, agora de olhos fechados.
Abaixei-me e catei aquele cacete com os lábios, senti-lhe o gosto delicioso de sua cabeça e fui engolindo, em silêncio, aquele mastro. Seus quadris se remexiam, sinuosamente, e uma de suas mãos desceu ao meu corpo, acariciando minhas costas, subindo ao pescoço e descendo até minha bunda. Notei seu dedo ao redor e entrando no meu cu.
Sua respiração estava ficando mais rápida agora. Continuei o boquete, com avidez e tesão, mas também preocupado se ele não iria querer enfiar aquela tora grossa no meu rabo... Me estraçalharia, que há tempos eu não era fodido – estava praticamente virgem de novo.
Em determinado momento, sua respiração ficou ofegante, os gemidos mais audíveis e frequentes, a rola engrossou ainda mais na minha boca, e senti o gostinho salgado de seu líquido tomar conta da língua.
Retirei sua pica de minha boca e continuei a punhetá-lo, em frente ao meu rosto, até receber o primeiro jato, forte, quente e espesso, na minha testa, escorrendo por entre meus olhos, e os seguintes, de acordo com meu direcionamento, em cada lado do rosto e no pescoço, até o último, que ficou entre meus dedos e a pele da rola.
Abaixei-me novamente, para sugar aquela delícia pastosa, deixando sua vara limpa e a meio-mastro...
Ele voltou para a posição inicial, de contemplação das estrelas; fiz o mesmo, equilibrando-me na estreita parede em que estávamos sentados, deitando de costas, a pica dura, apontando para cima. Comecei a me punhetar.
Ele então veio até mim, aproximou-se de minha boca e trocamos um longo e silencioso beijo. Sua língua quente percorria o céu da minha boca e travava uma batalha de puro prazer com a minha língua nervosa. Sua mão substituiu a minha, na rola. Ele tinha um jeito diferente de masturbar, puxando um pouco a rola de lado, ao mesmo tempo que subia e descia a pele – extremamente prazeroso.
Quando ele saiu de minha boca e desceu pelo meu corpo, sugando meus mamilos durinhos, passando a língua nas minhas axilas igualmente depiladas, continuando pela minha barriga arrepiada, passou a circular meu cacete, sem o largar. Eu estava a ponto de enlouquecer com aquelas carícias inusitadas.
Com a voz rouca, ele me pediu para eu ficar de pé, sobre a parte rasa da piscina. Sentado como estava, abocanhou minha pica, num boquete incrível: com a mão sobre a base da rola ou sobre meus testículos, suavemente, sua boca avançava até eu sentir a cabeça da minha rola tocar sua garganta; quando ele se afastava, a mão assumia a punheta, naquele movimento meio de lado. Mas foi quando sua outra mão encontrou meu cu e passou a enfiar-se, em leves estocadas, que não tive mais como segurar as ondas elétricas que se formavam, nem os gemidos que me escapavam pela noite.
Ao gozar, quase gritei (ou mesmo gritei, acho), enquanto meus jatos invadiam sua boca e desciam pelos lados, construindo desenhos abstratos, na água da piscina... Depois, novo beijo e senti o meu gosto, o gosto da minha porra em sua língua, em sua boca inteira, já agora os dois em pé e fortemente abraçados, sentindo o furor da respiração dos dois corpos.
Como se fosse um eco retardado, ouvimos gemidos e o grito parecido com o meu, vindo da recepção. Entendemos que o recepcionista assistira àquela cena de duplo boquete, e se masturbava também; só então nos lembramos das câmeras.
A gozada do recepcionista nos tranquilizou, em relação ao possível escândalo que poderia significar aquele flagrante. Rimos e voltamos a nos beijar, antes de sairmos da água, ficarmos um pouco sobre as cadeiras, a nos secar, e nos dirigirmos à recepção, para providenciar o apagamento das cenas eróticas da memória do sistema – mas não da do rapaz, tenho certeza.
O semblante de satisfação daqueles três machos dispensava quaisquer explicações...