Era segunda-feira. Eu dirigia há quase cinco horas. Precisava dar uma parada. Perguntei, num posto de gasolina, por uma pousada, e o frentista me informou que uns vinte minutos à frente havia uma, que era meio capenga, mas por uma noite dava para se ajeitar; se eu quisesse andar mais uma hora, existia outra bem melhor. Dependia do meu cansaço.
Agradeci e parti, disposto a ficar na primeira mesmo. Não cheguei a descer do carro. Quando parei, na frente, fiquei impressionado com a decadência: sem pintura há muito tempo, a varanda escorada com uma pedaço de madeira... resolvi dirigir até a próxima.
De fato, esta era muito melhor arrumada, agradável; embora no meio do nada, era cercada por muros altos e seguros, com estacionamento interno e bastante arborizada.
Chegando ao portão principal, falei por um interfone, disse que desejava um quarto para passar a noite. Uma voz feminina pediu-me para esperar um instante, e o portão deslizou, permitindo minha entrada.
Dirigi-me até a recepção, onde um bonito relógio de parede marcada 15 horas e pouco; fui recebido por uma morena, de cabelos cacheados, olhos esverdeados, seios entre médios e grandes, coxas roliças e bunda redonda, realçadas por leve e curto vestido – toda ela um tantinho acima do peso. Apesar da descrição sensual, não me sentia nem um pouco disposto a coisas do gênero; o cansaço me tirava qualquer vontade que não fosse tomar um banho e dormir.
A simpática Elza falava bastante, entremeando as falas com risadas discretas – ou mais espirituosas, quando o momento pedia –, explicando todo o funcionamento do estabelecimento. Confesso que não prestava muita atenção, mas emitia grunhidos de quem prestava. No final de semana, a pousada estivera lotada, mas o último hóspede se fora por volta do meio dia, de forma que eu seria o único a pernoitar ali.
Fiz duas ou três perguntas necessárias, preenchi o registro e me mandei para o quarto. Após o banho revigorante e a deitada na cama macia e limpa, o sono foi instantâneo.
Sonhei com Elza, peladinha, dormindo ao meu lado, depois de transarmos muito. Acordei com o sol posto, com uma fome cavalar e uma rola duríssima, lamentando ter sido apenas um sonho, mas acendendo um fiapo de esperança... quem sabe?!
Interfonei para a recepção, perguntando sobre refeições, e Elza me avisou que a cozinheira estava saindo em vinte minutos, mas dava para preparar um jantar rápido. “Pode ser você”, pensei. Pensei... mas apenas falei que estava indo em cinco minutos.
Uma sopa deliciosa, acompanhada por pão caseiro e uma generosa taça de vinho, restabeleceu-me as forças. Voltei para o quarto, cochilei mais um pouco, refresquei-me no chuveiro, tomei mais uma taça de vinho, e me pus a pensar em que fazer no resto da noite, já que sono, cansaço e fome foram dissipados.
Queria ser comido por Elza, mas achava não ter muito tempo para conquista-la. Afinal, eu não sabia porra nenhuma dela. Também não queria ser o cafajeste que dá em cima descaradamente. Queria que ela sentisse desejo... Mas como, numa noite só?
Entendia que eu precisava pelo menos ir conversar com ela. Se eu ficasse somente nessas conjecturas, aí sim que não rolaria nada mesmo.
Ao chegar à recepção, ela estava recém-saída do banho, cabelos ainda molhados, sentada numa das poltronas, com a atenção voltada para o celular. A roupa agora era uma blusa branca, de botão (os primeiros desabotoados, liberando generoso decote) e uma saia curta de jeans. Quando me viu chegar, levantou a cabeça, sorriu seu sorriso inteiro de sempre, e, no esforço para levantar-se, entreabriu ligeiramente as pernas, permitindo-me apreciar, por segundos, a calcinha vermelha.
Foi para sua posição de funcionária, atrás do balcão, e enquanto guardava o celular, perguntou-me se estava precisando de alguma coisa...
– Não, não... Dormi tanto que perdi o sono da noite, estava dando uma volta...
– Mesmo? Mas hoje está tudo deserto por aqui. Você é o único hóspede... – repetiu a informação da tarde.
– Pois é... estou me sentindo meio que o “dono” do hotel...
Conversamos algumas trivialidades, falamos sobre a distância da pousada, ela justificou com o argumento de que o isolamento traz tranquilidade e silêncio. Questionei sobre a segurança, ela disse que tudo é monitorado por câmeras (mostrou-me um painel gigante, com todas os aparelhos, podendo ser controlados um a um), e há também um botão de alarme, que vai dar em um restaurante que pertence à pousada, dois quilômetros adiante, para o caso de alguma invasão indesejável. O socorro é em minutos.
– Enfim, estamos seguros aqui – completou, rindo.
Quando a conversa girou em torno do clima, encontrei a ideia de que precisava:
– O calor está mesmo grande. Já tomei dois banhos desde que cheguei, e estou me sentindo como se estivesse numa fogueira...
– Por que não vai dar um mergulho na piscina? A água está deliciosa.
– Gostei da ideia. Acho que vou fazer isso, sim...
Ia saindo, quando, teatralmente, voltei-me, debrucei-me no balcão e falei, com a voz melosa:
– Já que eu sou o “dono” virtual da pousada, hoje à noite, posso te pedir uma coisa?
– Claro!
– Você pode me levar uma garrafa de vinho e duas taças, para degustar enquanto me refresco?
– Posso sim... Mas, por que duas taças?
– Somos dois, ué!
Sua reação foi, ao mesmo tempo, de espanto e aquiescência, demonstrados pelos olhos esverdeados bem abertos e o sorriso de sempre...
– Não sei se devo... (frase típica de quem está super a fim de ir...)
– Claro que deve! Veja o quanto você trabalhou hoje. Merece um descanso, uma taça de vinho, à beira da piscina.
– Mas as regras da casa dizem que o funcionário não pode beber com os hóspedes...
– E quem ai contar que você fez isso? Eu não vou! E não tem mais ninguém aqui...
Ela ficou meio desconcertada (bom sinal!):
– Tem as câmeras! (esse era todo o inconveniente que ela via, em beber comigo, na piscina... muito bom sinal!)
– Você desliga enquanto estamos lá... pode ser?
Ela parou um pouco para pensar, olhou-me interrogativamente, balançou levemente a cabeça, e falou:
– Está bem... Você é meio maluquinho, né?
E riu aquele riso escancarado.
Dirigi-me, com um sorriso cínico para a piscina, antevendo os prazeres da noite. Tirei a camisa e a bermuda, e entrei completamente nu, experimentando toda a maciez daquela água quentinha envolvendo meu corpo. Nadei um pouco; quando a vi aproximando-se, com uma bandeja, na qual trazia o vinho, as taças e uma porção de batatas fritas, aproximei-me da borda, esperando-a chegar e se agachar, para colocar a bebida no chão, com a maior dificuldade para esconder a calcinha – não conseguindo, evidentemente, já que estava com as duas mãos ocupadas. Fingi a atenção focada no vinho, para não deixa-la constrangida, mas claro que meus olhos estavam presos àquele triângulo vermelho, que moldava os lábios de sua buceta.
Aberta a garrafa, servi as duas taças, brindamos, e começamos a bebericar, enquanto conversávamos. Assuntos leves, bobos até...
Aproveitei um momento de silêncio, abaixei-me, mergulhando e tomando impulso para nadar até a outra borda. Ao voltar, encontrei-a em pé, meio que transtornada:
– Você está nu, seu doido???
– Claro... A água está uma delícia, eu precisava senti-la inteira no meu corpo! Além do mais, as câmeras estão desligadas, e não há mais ninguém aqui, de modo que não há perigo de escândalo, concorda?
Ela olhou-me entre repreensiva e atônita. Reconheci o efeito da picada; meu veneno atordoara seu comportamento, sua fala ficou mais entremeada de sorrisos, principalmente depois que enchi nossas taças pela terceira vez. Ela não mais se importava com a calcinha, que se mostrava inteira aos meus olhos. Minha rola, duríssima dentro d’água.
– Entra na água, garota! Como você falou, está uma delícia...
Rindo, lançou, sem qualquer convicção, a desculpa-clichê:
– Não estou com biquíni...
– Quer o meu emprestado? – brinquei!
Nova risada...
– Estou dizendo que a água está para ser sentida pelo corpo inteiro. Tira a roupa aí, mulher!
– O quê?! Tá maluco?!
Repeti, fingindo impaciência (no fundo - e na frente também -, estava começando a ficar impaciente mesmo; a rola já estava doendo, de tanta rigidez):
– Sem câmeras... Sem hóspedes... Tá ligada?!
– Tá bem, seu doido...
Pensei: agora só falta ela pedir para eu virar pra lá... Ainda bem que não pediu. Deixou-me apreciar os dedos meio trêmulos abrir os botões da blusa, que foi colocada sobre a mesa; libertar os seios do soutien, que ficou sobre a blusa; desabotoar a saia, descendo-a rapidamente pelos pés e mais rapidamente ainda a calcinha. Ao colocar as duas peças sobre a mesa, pude desfrutar, de dentro da água, a exuberância de sua xoxota totalmente depilada, vista de baixo...
Ela, então, sentou na borda da piscina, com os pés pra dentro da água. Aproximei-me para ajuda-la a descer, pegando-lhe pelas axilas macias e puxando-a. Seu corpo desceu roçando o meu, seus seios esfregando-se no meu peito. Ao perceber a rigidez de minha pica, quis esquivar-se, mas sem muita convicção. Enlaçou o meu pescoço, (diz que) para se equilibrar dentro d’água, e nossos rostos, de tão perto, sentiam a respiração um do outro; e nossas bocas, de tão próximas, encostaram-se os lábios; e nossas línguas se misturaram, num beijo quente, agoniado, de quem parece querer se devorar mutuamente.
Nossos corpos se roçando, fazendo ondas na piscina... Levei-a para perto da escada do trampolim, onde ela apoiou o pé, escancarando a buceta para minha rola, que insistia em conhecer o interior daquela caverna molhada e quente.
Enquanto eu a penetrava, ela gemia e me apertava e me mordiscava e sussurrava obscenidades ao ouvido...
Ela então subiu alguns degraus, deixando a xoxota vermelha acima da água, piscando para mim. Agachei-me entre suas coxas e minha língua mergulhou naquele paraíso, degustando toda a brasa derretida, visitando cada recanto e arrancando de Elza gemidos lancinantes e espasmos indicadores de que gozava loucamente.
Levei o gosto de sua buceta até sua boca, num beijo molhado de tesão, a que ela correspondeu, com ânsia. Abracei-a mais estreitamente, sentindo sua respiração ofegante e o arfar dos seios sobre meu peito, ainda estremecendo suas pernas trêmulas, nos últimos movimentos do gozo.
Então ela desceu da escada e me fez trocar de lugar. Expus todo o vigor de meu membro palpitante, que ela foi tocando e engolindo com o desejo de quem degusta um manjar. E como chupava gostoso aquela mulher. Fazia movimentos de entrada e saída no ritmo certo, ora suavemente, ora freneticamente... até que sua mão sumiu sob a água e emergiu por trás de mim, mexendo os dedos na porta do meu cu e me penetrando com suavidade.
Não deu pra mais me conter. Senti que iria gozar, e ela sentiu também, porque acelerou as estocadas no meu cu e as lambidas e sugadas na minha rola... Explodi aos jatos em sua boca, que se derramavam pela água, boiando ao sabor das ondas produzidas pelos espasmos de prazer.
Foi minha vez de ofegar e tremer, agarrado ao seu corpo, enquanto recebia em seu beijo profundo todo o sabor do meu mel, que ela colhera em seus lábios...
Alguns minutos mais, abraçados, e ela soltou-se carinhosamente, olhou nos meus olhos, deu-me uma saraivada de selinhos nos lábios, e disse-me, entre séria e risonha:
– Muito obrigada pelo vinho, viu?! E por tudo...
– Disponha de seu cavaleiro, escravo do seu prazer – respondi, sorrindo.
– Vou ligar as câmeras, e volto para continuarmos nossa conversa...
Ela saiu da água. Acompanhei o rebolado natural de seu corpo. Dirigiu-se à mesa, pegou sua roupa e foi à recepção, para se enxugar.
Em pouco tempo, voltou, já me encontrando vestido e sentado dignamente à mesa, onde também ela tomou assento e de onde retomamos o fio de nossas conversas leves, falando agora sobre a beleza do céu enluarado e salpicado de estrelas...