[Não curto continuação de contos, embora respeite quem goste. Prefiro seguir o princípio literário da unidade dramática que caracteriza as chamadas narrativas curtas. Mas postei um relato que merecia continuação, sob pena de ficar muito carregado de sexo num só texto – que é outra coisa que não me agrada, em minhas publicações. Este conto, então, trata do que aconteceu após o final de “Boquetes na piscina”.
Situando quem não leu a primeira parte:
Numa viagem pelo interior do Ceará, cheguei numa pousada em que, naquela noite, havia apenas um hóspede, um homem de seus 40 anos, que me despertou a atenção e o tesão. Depois de uma aproximação corriqueira, regada a doses de whisky, resolvemos dar uns mergulhos, nus, na piscina, e acabamos nos chupando, em mútuos boquetes sensacionais. Ao descobrirmos que o recepcionista acompanhara nossa transa pelas câmeras instaladas na área, fomos até a recepção, para pedir o apagamento das cenas filmadas.]
Devidamente apagadas as filmagens, tomamos mais uma dose de whisky, para encerrar a insólita noite, aos comentários sobre nossas peraltices sexuais – eu e o amigo, aos beijos e boquetes na piscina, esquecendo que havia câmeras a nos focalizar; e o recepcionista, esbaldando-se com as cenas pornôs reais, e utilizando-as como motivação de sua própria punheta.
Despedimo-nos do gentil rapazinho e fomos para os respectivos quartos, dormir o sono dos justos e satisfeitos.
Não consegui, de imediato... Ainda com a pica dura, apontando para o teto, repassava na memória cada minuto de prazer naquela piscina, e como haveria de me lembrar daquela noite para o resto da minha vida, todas as vezes que visse um reservatório azulejado de água.
No que estaria pensando (ou fazendo) meu vizinho de quarto, àquela altura? – imaginava eu, curioso, entre os mil pensamentos provocados pela insônia e fustigados pelo malte... Provavelmente já adormecera e sonhava com mais putarias e sem-vergonhices castas e felizes, como a que acabara de vivenciar.
Ouvi um gemido abafado. Pus-me em alerta. Estaria ele tocando uma última punheta, antes de adormecer? A ideia não era má... Eu já começava a acariciar de leve minha rola, embalado pela sequência de gemidos vindos do outro apartamento, que começaram baixinho e espaçadamente, mas estavam ficando cada vez mais frequentes e audíveis, ao ponto de... puta-que-pariu... eram duas vozes, dois gemidos em ritmos cadenciados, mas diferentes!
O recepcionista viera visitar meu amigo, só poderia ser!
Do jeito mesmo que estava, nu e com a rola em riste, saí pé-ante-pé do meu quarto e me aproximei da porta vizinha. Estava entreaberta, convite feito, senha entendida. Entrei. A cena que vi era divina, coordenada pelos deuses gregos Dionísio e Eros, e efetivada pelo hindu Kãmadeva, que proporcionava aquela posição luxuriosa, e o semideus grego Pan, que permitia a entrega lasciva daqueles dois homens, sobre a cama.
A rola dura do recepcionista, um negro magrinho e bonito, balançava-se loucamente no ar, a cada estocada que o meu amante da piscina imprimia em seu cu, com sua vara descomunalmente grossa, sobre a qual o moreno remexia seu rabo, sentado sobre ela, aos grunhidos do mais puro tesão.
Não resisti, aproximei-me daquele caralho voador (embora sem asas) e procurei capturá-lo com a mão, e chupar-lhe a cabeça, por vezes engoli-lo, arrancando do funcionário gritos ainda mais lancinantes e derramados de lubricidade.
Os gemidos do quarentão viraram urros, quando ele finalmente explodiu toda sua lava vulcânica no cu do jovem, que estava literalmente escangalhado sobre seu colo, enquanto eu chupava avidamente sua pica, um pouco mais fina e delicada que a do madurão, que arfava, recostado aos travesseiros, buscando reaver a respiração regular.
O garotão levantou delicadamente minha cabeça, trazendo-a até seus lábios carnudos e misturando nossas bocas, num beijo macio, generoso e com gosto de whisky. Em seguida, sua boca foi percorrendo meu pescoço, meu peito, minhas axilas e subindo pela minha nuca, arrepiando-me por inteiro, e me fazendo entregar-me sem resistência (ao contrário, com uma ansiedade imensa) aos olhos e mãos daquele moreno, que explorava minhas costas, e deitava-se suavemente sobre mim.
Senti sua vara aproximando-se do meu cu, e, delicadamente, penetrando-me, preenchendo meu rabo com a rigidez viva de seus movimentos de entra-e-sai. Ele então colocou as mãos sob cada um de meus ombros, apoiando-se firmemente em mim, e passou a estocar-me com carinho, mas firmemente, enquanto xingava-me de quanto palavrão sabia, cada um a me excitar mais do que o outro.
Ao perceber a profusão das estocadas acentuar-se e o seu cacete crescendo dentro de mim, senti os jatos de sêmen percorrendo os canais de seu pênis, e ejacular seu leite ardente, que se esparramou pelas minhas nádegas e coxas. Meu urro assemelhava-se ao que ouvira há pouco, apenas abafado pelo travesseiro em que mantinha enterrado meu rosto, dentes trincados no lençol da cama, meu corpo todo retesando-se, acompanhando o gozo daquele moleque sapeca.
Estávamos extenuados os três, deitados meio que por cima um do outro, e minha pica, a única insatisfeita, mantinha-se rígida, esfregando-se na nádega do meu companheiro de piscina, que deu seu jeitinho e conseguiu colocar seu buraquinho (também depilado) em rota de colisão com ela. O encaixe foi perfeito e minha rola deslizou para dentro daquele cu rosado, com toda a ânsia inspirada pelas divindades presentes naquele quarto.
Enquanto eu o penetrava com volúpia, o moleque se perdia dentro de sua boca, em um beijo imenso e recheado de línguas. Aqueles três homens, atracados sobre a cama olímpica, era a personificação da mais pura pintura grega, em que homens-deuses se devoravam.
Os gemidos se misturavam ao suor cheiroso de nós três, ao doce gosto de sêmen no ar, aos eflúvios discretos da bebida que nos energizava; minha pica fez-se, então, cheia de raios energéticos de prazer, e explodiu minha gala, arrancando-me gritos roucos e esquisitos, os quais não me achava capaz de emitir.
Meus braços abarcaram os dois corpos dos meus companheiros, e repartimos, por minutos, nossos cheiros, nossos cansaços, nossos carinhos e sorrisos, enquanto adormecíamos, cada um a seu tempo, ninados pela legião divina, que ainda flutuava entre nossas rolas satisfeitas e nossos cus encharcados de suor, porra e prazer...