O Dindin pegou a Camila também
Depois que o Dindin me revelou os prazeres da zoofilia, estimulada pela primeira vez da Clarinha, minha cadelinha de estimação, continuei lendo e pesquisando sobre o assunto. Desde o início dessa minha ‘descoberta’ tinha vontade de compartilhar com mais pessoas detalhes do que se passa entre cães, donas e donos – verdadeira simbiose sexual onde possibilidades inimagináveis num primeiro momento podem, sim, acontecer e deixar boas lembranças. Buscava encontrar a forma de compartilhar, mas morria de medo da reação das pessoas.
Numa das minhas saídas com amigas, fui estimulada a comentar e enviar, a posteriori, no WhatsApp, apenas para as amigas mais chegadas do hospital, o meu relato com o Dindin. Tínhamos um grupo de quase 100 mulheres, todas da área de saúde – em amizades que fui consolidando ao longo dos plantões em hospitais. Eu e a Patrícia – a amiga que me incentivou, depois que falei sobre o assunto –, combinamos que ela tocaria no assunto e aguardaríamos as reações no grupo. Ela gostou tanto do meu conto que insistiu que eu compartilhasse com todos, sem mencionar, claro, que tinha sido comigo. O nome do nosso grupo era “Calcinhas enfiadas”. Além de mulheres, havia dois homens, assumidamente homoafetivos, que nos davam dicas incríveis – jamais imaginei que os gays soubessem e entendessem tanto sobre a intimidade feminina. Portanto, por serem de confiança e nos ajudarem a entender certas taras dos homens – Anal não ficaria de fora, impossível –, eles serviam também como confidentes. Cada dia de grupo dava uma história, mas...
Tinha até me esquecido do que combináramos. Numa quarta-feira, duas ou três semanas depois, por volta das 21h, a Paty envia a seguinte mensagem:
“Vamos falar sobre zoofilia aqui no grupo, o que acham?”. Quem já fez, leu, tem curiosidade/vontade?”.
Silêncio sepulcral, nenhum comentário. Tentei romper a inércia, dar início ao movimento de debates em relação ao assunto, mas o combinado era: “Só falarei se alguém se manifestar no grupo”.
Por volta das 23h, o Marquinhos – um dos gays do grupo – comenta:
“Zoofilia! Pense num babado forte e escândalo!”
Nós, sempre que eles se manifestavam, adorávamos ouvi-los. Parecia que escutar de um ‘homem’ algo sobre mulheres, sexo, fantasias, sacanagens... Parecia que nos deixava mais à vontade. Sou mulher, mas pense numa raça desunida. Nunca vi igual! Fato é que, de repente, surge enxurrada de perguntas:
“Conte, Marquinhos?”. “Que babado é esse, menino?”. “Sério, amigo? Você já fez isso?”. Foram vários comentários, mas um deles me deixou curiosa e excitada. A Camila, uma das médicas mais sérias e recatadas do Hospital Regional, além de muito bonita e elegante – fresca quase toda médica é –, simplesmente declarou:
“Impossível um cão dar prazer a uma mulher! Isso é um absurdo, desvio de conduta, doença, aberração... Fere completamente os princípios da sensatez”.
Talvez você se pergunte por que um comentário tão contrário ao nosso propósito tenha me deixado curiosa e excitada. Um: curiosa porque ela nunca tinha se manifestado no grupo. Dois: Excitada porque vários casos, dentre os que li em relatos, começaram exatamente assim, a partir de uma ojeriza que tem raízes no desconhecimento. Por desconhecer, óbvio, é mais fácil repudiar. Não esperei outra oportunidade:
“Marquinhos, não sei se você teve experiências nem que babado seria esse, mas já li bastante sobre o assunto e, apesar de respeitar a colega Camila, os cães são melhores que muitos homens! São melhores na chupada, na metida. Para quem não sabe ou nunca viu, eles possuem um pênis de igual tamanho ou maiores que muitos pênis humanos. Gozam mais vezes e, Dra Camila, a senhora já teve contato com algum homem que tenha uma bola acoplada ao pau e que, maravilhosamente, engata, preenchendo completamente a xoxota ou o cu?”.
Depois desse comentário, as perguntas encheram a tela. Fui dando dicas, explicando, falando de experiências que já tinha lido... Até que decidi enviar fotos e vídeos de cães e mulheres. Uma saraivada de perguntas surgiu: “Amiga, isso é verdade?!”. “Nossa, que enorme!”. Depois de alguns vídeos não tão agressivos e de fotos mais tranquilas, decidi enviar, finalmente, fotos da bola e de cães engatando. Alguns minutos de silêncio – a impressão que tive foi a de que estavam vendo e revendo as fotos e os vídeos.
Durante essa discussão, o Marquinhos não se manifestou – talvez tivesse alguma intercorrência no plantão e não pudesse acompanhar a celeuma que havia criado. Quando respondeu, veio em grande estilo:
“Camilinha, meu bem, estou passada com você! Tão culta, tão chique, tão poderosa, mas tão retrô!” Querida, se a senhora não sabe, a zoofilia é tão antiga quanto a posição de fazer xixi de cócoras, tá!”. Vou contar tudo, tudinho... As revelações do Marquinhos me deixaram com tanto tesão que não respondi mais nada – Eu lia o que ele estava digitando e me masturbava. Devo ter tido uns três orgasmos lendo o que ele nos revelava. As meninas mandavam carinhas de espanto, de cegas, surdas e mudas... A Camila não comentou mais nada. Como durante os plantões não temos muita folga, tudo era muito espaçado, com respostas demoradas, depois de encerrada cada serie de relatos e de perguntas e carinhas de surpresas. Na verdade, independente de cultura ou classe social, sabe-se muito pouco sobre o tema. Afinal, abominar, criminalizar e ter preconceitos sempre foi e será mais prático e simples. Por volta de meia noite e trinta, saí e fui descansar um pouco, aguardando algum procedimento. Antes de sair, porém, enviei o conto do Dindin, no privado, para a Camila.
Quando abri o celular, na manhã seguinte, e fui ler as mensagens da madrugada, uma me deixou feliz demais. A Camila postou no meu privado: “Esse Dindin existe? Beijo, amiga!”.
Não respondi. Visualizei, mas não respondi. Li a mensagem por volta das 7h. 13 horas – Nova mensagem da Camila: “Existe?”
Perguntas monossilábicas revelam medo, curiosidade; desprezo, indiferença; objetividade, comedimento. Fiquei pensativa: Qual seria o significado de tão poucas palavras? Respondi de igual modo, na lata: “Quer conhecer o Dindin?”
Minutos depois, recebo uma chamada de áudio. Era a Camila. Conversamos, ela, inicialmente, incrédula com a minha revelação de que realmente tinha sido real tudo o que o conto discorria, acabou aceitando meu convite para conhecer minha casa e meus três cães.
Fogo de buceta, ou você pega, enquanto a brasa está acesa, ardendo, ou não pega nunca mais. Homem que tem frescurinhas demais e deixa para nos comer no segundo encontro, pode nunca mais comer e ficar só no talvez. Então, se houve interesse, ou você mata logo ou perde a oportunidade. Foi o que fiz. Dei um jeito para que meus pais passassem o final de semana na casa do meu irmão e chamei a Camila para a minha casa, na sexta-feira, com tudo aceso ainda, nada de perder tempo nem deixar a priquita da amiga arrefecer. Se ela estava curiosa, conheceria meu arsenal canino era logo!
Na sexta-feira, às 13h, depois que meus pais viajaram, a empregada fez toda a faxina, deixou almoço pronto e limpou a casa, liguei para a Camila. Exatamente meia hora depois ela chegou. Conversamos, ela conheceu a Clarinha – minha cadela –, meu quarto, alguns apetrechos que gosto de comprar para não ser machucada pelo Dindin – Ele ainda é meu namorado hoje. Tenho transas casuais com homens, mas quem dorme comigo no meu quarto, todas as noites, é o Dindin. Quando falei sobre minha relação com o Dindin, enquanto mostrava algumas fotos que tirei com ele, Camila perguntou:
– E os outros cães?
– A Clarinha passa o dia dentro de casa, mas os machos vivem no quintal ou presos. Como você é estranha, prendi os três.
– Posso vê-los?
– Sim, claro! Só uma dica – falei sorrindo. – todos são adestrados em relação a cheiro de priquito. Se estiver excitada, eles vão subir nas grades e latir muito. Está?
– Não, não estou. Pode ficar tranquila. Como disse para você, é apenas curiosidade mesmo.
Eu sabia que ela estava blefando. Mulher conhece cara de cadela de longe! Só que ela teria uma surpresa – mulheres excitadas e no cio podem até enganar, e enganamos quase sempre, homens, mas o faro de um cão não erra. Não deu outra! Quando saímos e nos dirigimos até os cães, eles começaram a latir, ficaram em pé nas grades, e as pontas das rolas – dos três – começaram a sair. Camila tentou disfarçar, mas não tinha jeito. Comentei:
– Parece que a amiga estava mentindo.
Ela sorriu e fez um pedido:
– Posso me aproximar deles?
– Claro! Eles não morderão, garanto! O máximo que pode acontecer é você levar várias lambidas e eles subirem em você, tentando tirar um sarro.
Sorrimos, cúmplices e confidentes.
Ela se aproximou. Acariciou o Fred, depois o Bob e, finalmente, o Dindin, meu vira-latas de sorte, o cão que me come todas as noites – Sonho de muitos homens!
– Fernanda, vou abrir os portões. Tem certeza que eles não me morderão?
– Absoluta! Pode abrir.
Foi uma festa. Os três ficaram eufóricos e a encheram de lambidas, subidas e pinadas. Ela parecia uma criança brincando num parquinho de diversões, estava encantada com tudo, com a recepção e o carinho que os cães distribuíam.
Mulher quando vai para a guerra, vai mesmo! Ela sabia dos riscos e assumiu todos eles. Camila, 32 anos, loira, alta, magra, casada, pernas grossas, bumbum proporcional e sorriso lindo – apesar de fresca –, sabia que não voltaria sem transar com meus cães e facilitou. Estava de saia curta, calcinha fio e salto alto. Sabendo que a primeira vez é muito complicada, existem vários medos, ajudei. Fui até eles – estava observando apenas de longe –, afastei o Bob e o Dindin e, antes de esfolar a rola do Fred para que ela visse o tamanho, levantei a saia dela, retirando-lhe, em seguida, a calcinha. Sem calcinha e depois de observar o pau do Fred, Camila fico indefesa.
– Nossa, Fernanda! É enorme mesmo, do jeito que você descreve no seu relato.
– Veja a bola, Camila!
– Eita! É isso que engata, não é?
– Isso mesmo! Do jeitinho que tem nas fotos e nos vídeos que enviei.
– Será que terei coragem?
– Se veio até aqui, amiga, está sem jeito!
Levei os dois para o meu quarto. Coloquei meias nas patas do Fred, pus um protetor na cintura da Camila para não arranhar, peguei umas almofadas que uso com o Dindin e pedi para que a Camila ficasse de quatro.
– Será que terei coragem, Fernanda? Será que aguentarei essa bola?
Não sei por dentro, mas a xoxota da Camila, apesar da altura dela, parecia pequena e pouco usada. Sabe aquela buceta toda fechadinha, lábios pequenos, comportadinha. Buceta de mulher fresca mesmo, que tem pena de usar a priquita! Era assim. Olhei, avaliei e sentenciei:
– Amiga, parece que você nunca foi bem comida, mas hoje essa priquita vai levar rola e bola, tudo junto! O Fred vai arregaçar isso aqui! Para a sua idade, essa pepeca está pouco rodada, viu! Fred!
Ao me ouvir, ele se aproximou. O pau estava mole, todo guardadinho, mas quem já fez sabe que bastam duas estocadas para o falo ficar plenamente duro, procurando entradas. Montei o Fred na Camila e ajudei o encaixe. Ele bombou. Errou. Bombou novamente – a língua do bicho estava babando. Esse ar de safado e de tarado dos cães me matam de tesão. Ele parecia inquieto, como a protestar: “Poxa, Fê, coloque essa porra direito!”. Caprichei. Seguirei e coloquei na entradinha. Ele posicionou e enfiou, entrando. A entrada é desajeitada, mas depois que se aloja eles sabem o que fazer. Fiquei monitorando.
A Camila não respondia. Não gemia. Não reclamava. Parecia hipnotizada. Soltei o Fred e ele passou a se movimentar sozinho. De repente, um grito:
– Ai, Fernanda! Tire o Fred! Ele vai me rasgar! Tire, por favor!
Tarde demais. A bola entrou e engataram. Ela entrou em transe. Depois da lancinante dor e do susto, a Camila iniciou uma série de declarações e palavrões que me assustaram. Nunca imaginei ouvir de uma mulher, tão recatada e culta, palavras tão obscenas. Realmente, o tesão do sexo nos transforma e nos faz mulheres plenas. Ela gemia, gritava, xingava, chorava, pedia mais. Minutos depois, com aquele barulho característico de quando sai, eles desengataram. Ela caiu, prostrando-se ao chão, e tirei o Fred do quarto, sob protestos de ambos.
Conversamos sobre a experiência. Ela estava maravilhada e dolorida. Falou sobre o preconceito, sobre a curiosidade que sentiu depois que leu os relatos, viu as fotos e os vídeos... E me confidenciou que teve péssimos parceiros, dois ao todo. O atual: o marido. Ela quis despedir-se, mas não permiti.
– Calma, amiga! Tenho três cães, esqueceu?
– Como assim?
– Você não sairá daqui sem que os três comam você! Apenas o Dindin me come, mas tenho minhas razões. Fred e Bob são meus filhos. O Dindin meu pai pegou na rua, é meu vira-latas de estimação. Você não tem vínculos com nenhum deles. Portanto, vai dar para os três! Aguarde!
Saí e retornei, trazendo o Bob. O bob era mais novo que o Fred e maior, mas o pau dele era mais fino. Juro que achava que a Camila faria escândalos, teria crise existencial, falaria que não era puta, que eu estava confundindo as coisas, que não faria isso, que não daria... Juro, mas não foi o que aconteceu. Ela simplesmente aceitou o Bob com a mesma disposição com que teve com o Fred. Eles não engataram. Entretanto, o Bob ganhou uma chupada deliciosa! Fred na buceta, oral com o Bob. O anal, claro, ficaria para o favelado da família, para o vira-latas. O Dindin já sabia quando eu queria dar o cu ou a buceta. Quando eu falava “Number one, Dindin!”, o safado vinha e metia na buceta. Quando eu falava “Number two, Dindin!”, ele já sabia que eu queria dar o cu. Tranquei o Fred e o Bob e peguei o Dindin. Ele veio todo cheio, sabia que tinha carne para comer. Coloquei a Camila de quatro, dessa vez em cima da minha cama, no mesmo lugar onde o Dindin me come sempre, e ordenei: “Number two, Dindin!” – Ela não entendeu nada. Ele, entretanto, subiu e, com precisão cirúrgica, enfiou os 21 cm de carne viva e vermelha no rabo da cirurgiã mais gata do Hospital Regional.
Camila continua casada, mas está criando o filho macho que o Dindin teve com uma cadela de raça que conseguimos para ele. Pelo andar da carruagem, parece que em breve teremos mais uma mulher trocando homens por cães. Enquanto o Dindinzinho, filho do Dindin, não cresce, eu e minha amiga Camila continuamos servindo nossas rachas para nossos amigos caninos.
Você, assim como a Camila, duvida dessa capacidade canina? Muito simples, minha amiga: Pague para ver! Nossa raça é desunida, mas, nessas horas, a gente dá uma forcinha e ajuda as amigas. Afinal, ninguém quer ser cadela sozinha.
Auau para você!
Fê, a cadelinha!
E...
Camila, a futura puta do Dindinzinho!
...
Leia o conto "O Dindin me chupou e..."
https://www.casadoscontos.com.br/texto/P.S.:
Postei esse conto no grupo. Falei que foi real, ocorrido com uma das amigas de lá. Confusão total. Todas me perguntam quem é. Nunca revelarei, mas, sempre que recebo essa indagação, convido: Quer ser a próxima, amiga?
pequen.a@outlook.com