SEXO DO FUTURO – Parte quinze
Adão invadiu o dormitório onde Brizola e a taxista descansavam, depois de mais uma sessão de sexo. Eva havia sido chamada por um dos técnicos e estava ausente. O jovem negro veio abraçado com a sobrinha da taxista, que estava dormindo. Disse:
- Bom dia, sargento. Mandaram-me te dizer que já localizaram onde os soldados que atacaram teu tempo se reúnem para traçar planos. É bom se apressar, se quiser voltar para a tua época. Há sinais de que a fenda temporal está se desfazendo.
- Caralho. Mas acho que tive uma ideia que acredito dar certo. Eles estão reunidos em alguma sala ampla, sem divisórias, como as daqui?
- Exato. Nossas construções são formadas, normalmente, de um só ambiente. Por quê?
- Veneno. A mesma ideia que tive lá no shopping. Como este laboratório produz armas, deve produzir algum gás que mate ou desacorde o grupo, todos de uma vez.
- Bem pensado – disse o rapaz, após raciocinar um pouco. Vou chamar Eva. Ela se encarregará de produzir o tal gás.
Pouco depois, a mulher entrava nas dependências do dormitório. Seus cabelos voltaram a estar totalmente brancos. A notícia que trouxe, no entanto, não agradou a ninguém:
- Há décadas que abominamos qualquer coisa que venha prejudicar a saúde humana. Tudo que é tóxico, inclusive qualquer tipo de droga, foi abolido dos costumes da humanidade. Claro que poderíamos produzir uma quantidade que desse para satisfazer teu objetivo. No entanto, toda construção tem um dispositivo que bloqueia qualquer tipo de gás nocivo à saúde. Até a fumaça de um simples cigarro. Terá que pensar em outra coisa, infelizmente.
O negrão impacientou-se. Teria que ter outra ideia, urgente, se não quisesse ficar preso àquele tempo. Insistiu:
- Não existe algum tipo de veneno, que eu possa inocular nos nossos inimigos?
A mulher esteve um tempo pensativa. Depois, falou:
- Sim, acho que o laboratório deve ter algum animal peçonhento em cativeiro, com o objetivo de preservar a espécie para estudos. Há anos que foi erradicado da face da terra quaisquer bicho que pudesse fazer mal ao ser humano, preservando apenas alguns como amostras. Com isso, economizamos em tratamentos de saúde. Salvo engano, há uma divisão de pesquisas com répteis e insetos venenosos, mas é tudo mantido em sigilo.
- Temos uma ótima desculpa: salvar a humanidade. – Disse o negrão -, não acredito que irão me negar a produzir esse veneno.
- Vou falar com minhas superioras e ver o que podem fazer. Está pensando em algum veneno específico?
- O mais letal que tiverem.
Mais de uma hora depois, entraram três mulheres no quarto. O casal já estava recomposto das vestes e esperavam numa confortável poltrona de design futurista. A que parecia mais idosa e líder das outras falou:
- Sim, andamos fazendo pesquisas com misturas de venenos e criamos um muito poderoso. Mas é um segredo guardado a sete chaves. Se a polícia descobrir, seremos fatalmente executadas.
- Por mim, não saberão. – Afirmou o negrão.
- Mesmo assim, ainda há o problema de inocular tal veneno em mais de cem soldados. Como pretende fazer isso?
- Estive pensando. Vocês conhecem um peixe chamado baiacu?
- Está extinto. Seria muito arriscado mantermos um aquário para pesquisas. Logo seria descoberto.
- Imaginei. Então, acho que tenho uma ideia. Mas vocês teriam que fabricar uma geringonça para um determinado fim.
- No que está pensando? – Perguntou a líder.
Pouco depois, o sargento Brizola terminava de explicar seu plano. Estavam todos sorridentes e esperançosos. Podia dar certo. Ao fim da explanação, o negrão disse:
- Vocês só terão que chegar a tempo de me aplicar o antídoto, que deve estar pronto assim que me entregarem a geringonça.
- Não se preocupe. Produziremos o antídoto ao mesmo tempo que construímos o artefato necessário. Mas ainda temos um problema: quem o levará até onde se esconde o grupo? Eles têm um scanner que denuncia a presença de qualquer membro estranho ao prédio. Principalmente se pertencer a este laboratório, pois somos fichados. Só conseguimos saber o paradeiro deles usando espiões desconhecidos, com implante de camuflagem eletrônica. Mas esse pessoal é muito caro e, infelizmente, não temos mais verba para pagar seus serviços.
- Poderiam me emprestar um de seus veículos?
Sim, mas eles são registrados. Num instante, eles interceptariam quem estivesse dirigindo.
- Então, teremos que roubar um que não seja suspeito. – Afirmou o negrão.
- E quem dirigiria? – Quis saber a velha senhora – Você não tem intimidade com a tecnologia do nosso tempo.
- Eu gostaria de tentar – falou por fim a taxista, que até então apenas ouvia com atenção o que era dito.
A sobrinha, no entanto, mostrou-se preocupada:
- Não, tia, um erro e vocês serão descobertos. É muito perigoso.
- Se eu não gostasse de perigo, não teria a profissão que tenho. E o meu negrão é policial, decerto saberá livrar meu cu da reta, se por acaso formos surpreendidos. Estamos conversados. Eu quero esta missão e garanto que vou cumpri-la à risca.
- Então, tem algumas coisas que vocês precisam saber. – Disse a moça de cabelos branquíssimos. Venham comigo. Dou a reunião por encerrada, com a autorização da minha superiora, claro.
As mulheres foram embora sem responder, mas não estavam zangadas. Era a maneira de agirem, sem dar nenhuma satisfação dos seus atos. O casal foi passear no extenso corredor com a mulher do futuro e o rapaz deitou-se na cama com a mocinha.
- E então, estamos em paz? – Perguntou ele.
- Claro que sim, meu anjo. A princípio, confesso que me aterrorizei com o formato diferente do teu sexo. Mas você faz um amor tão gostoso que me dá vontade de estar trepando contigo o tempo todo.
- Está excitada agora?
- Sim, estou sim. Mas quero que você repita o que fez comigo da última vez...
Ele beijou-a na boca, depois foi descendo sua boca pelo corpo dela. Mamou-lhe os seios, lambeu os biquinhos duros dos peitos, até abocanhar a vulva dela. Ela serpenteava o corpo, no cio, antegozando seu próximo movimento. Pedia:
- Aiiii, faz. Faz de novo. Eu me derreti de gozo da última vez...
Então, ele abriu muito a boca. E dela, saiu uma carnosidade deformada, como se seu intestino estivesse se evadindo pela goela. Ela gemeu com aquele toque em seu pinguelo. Ele apontou aquela deformidade para a vagina dela e adentrou-a num movimento rápido. Ela deu um gemido mais alto e demorado. Ele sugou a entrada do útero dela com aquela massa disforme e a garota revirou os olhinhos. Estava começando a gozar. Então, um enorme talo de ponta fina invadiu o útero dela e se alojou ali, serpenteando por dentro. Ela delirou de prazer, num orgasmo estranho provocado por aquela invasão. Quis gritar, mas algo parecendo um polvo vivo invadiu-a por trás. Pouco depois, aquela coisa monstruosa depositava uma enorme quantidade de uma gosma esbranquiçada dentro de si. Ela teve o maior orgasmo de sua vida.
Fim da décima quinta parte