Às primeiras horas de um domingo chuvoso, uma ida ao supermercado, para compras rápidas, sempre rende algo proveitoso. As madames não levantam antes das 11 (principalmente com um clima frio e céu nublado assim), mas as empregadinhas invariavelmente estão lá, providenciando os gêneros para o café da manhã ou almoço.
Neste domingo não foi diferente. Sete e pouco da matina, eu estava marcando ponto, escolhendo umas frutas, quando vi passar, requebrando-se, entre as gôndolas, uma morena novinha e magra, quase sem coxas, mas com uma bunda bem redondinha apertada num pequeno short, e seios pequenos mas apontados. Ela toda era pequenininha. Tinha lábios atrevidos e carnudos, mais bonita de frente que de perfil. Resolvi que iria investir.
Passei a segui-la, discretamente. As coincidências acontecendo: ela estava no setor de frios e eu precisava de um requeijão, eu a via dirigindo-se ao setor de doces e ela topava comigo na seção de chocolates... chegamos a nos esbarrar, “acidentalmente”, na perfumaria: ela pediu desculpas, rindo ligeiramente.
Até que, pequena como era, não alcançava a caixa de sabão em pó que desejava alcançar, embora estivesse na ponta dos pés: fui ajudar. Como seu corpo estivesse na frente, “tive” que me espremer um pouco sobre ela, e sentir sua bundinha na minha rola já ansiosa. Não sei se ela gostou ou tratou como assédio, mas agradeceu a ajuda e encaminhou-se ao caixa.
Fila pequena mas caixa enrolada – decerto aprendiz. Fiquei atrás dela, sentindo seu perfume suave, aproveitando os últimos minutos de admiração lombar e de respiração perto de sua nuca. Apesar de haver espaço pra se livrar do meu fungado no seu pescoço, ela permaneceu onde estava, e quis ver nisso uma possibilidade de aquiescência. Fiquei quieto um pouquinho. Não podia ser chato.
Mas podia tentar ver o preço de uma pastilha que, “coincidentemente” (ah, essas coincidências criadas são ótimas!), estavam ao lado dela, e meu braço roçou de leve seu rosto. Ao baixar um pouco os olhos, peguei mais um pequeno lance – talvez o último – do pequeno e atrevido busto.
A funcionária estava realmente confusa em sua função, e, para ajudá-la (creio), a pequenininha resolver embalar, ela mesma, seus produtos, liberando-a para me atender. Resultado: saímos do caixa ao mesmo tempo.
O comentário inicial, a enrolação da funcionária. Andamos um pouco, pela calçada, nos esbarrando para não nos molharmos, aproveitando a marquise, trocando palavras sem qualquer sentido prático senão o de estabelecer e manter contato: éramos Cláudio e Nice (de Cleonice, ou Valdenice... sei lá...), e ela viera comprar alguns itens que faltavam para o café-da-manhã da patroa – mais óbvio impossível.
– Que hora ela acorda?
– Acho que ela hoje demora um pouco a acordar, que ela foi para uma festa esta noite... chegou tarde...
– Então você não tem tanta pressa assim de chegar, né?
Nice me olhou sem entender (ou entendia?) onde eu queria chegar, mas é que passávamos pela entrada do estacionamento, e a cartada decisiva teria que ser naquele momento.
Mostrei-lhe minhas compras e lhe perguntei se queria experimentar o achocolatado geladinho em garrafa e aquele croissant novinho, me acompanhando no nosso café-da-manhã, no carro, antes do da patroa. Ela deve ter me achado um doido, com uma proposta daquela, mas talvez por inusitada, diferente, aceitou. Pode ser que também ela estivesse com fome, ou a companhia era agradável, ou... sei lá...
Levei-a para meu carro, colocado estrategicamente num canto distante do enorme e vazio estacionamento. Desembrulhamos as guloseimas e começamos a devorar, trocando palavras soltas, deliciando-nos com o que estava gostoso, tocando-nos vez em quando, em meio a risos e atitudes tão inocentes: por exemplo, estávamos com as duas mãos ocupadas, mas havia um pingo de requeijão no canto de sua boca; avisei e pedi licença para ajudar: retirei com a pontinha da minha língua. Rimos, os dois idiotas.
Depois da breve refeição, inventei uma história doida sobre que gosto a mesma comida pode ter na boca de pessoas diferentes... Seria o mesmo? Poderíamos tirar isso a limpo. Peguei seu rosto com as duas mãos, fiz com que nossas bocas se aproximassem e em pouco tempo misturávamos nossos gostos, línguas e salivas, num beijo guloso e faminto. Beijava bem aquela pequena...
Em pouquíssimo tempo, nossas mãos vadiavam pelo corpo um do outro. As minhas catando seus seios miúdos, sentindo-os durinhos e tesos, e descendo para seu short, encontrando uma xoxota lindamente molhada; as dela esfregando com sofreguidão minha rola já completamente dura, e retirando o botão que facilitaria a descida do zíper.
Não com pouco sacrifício, mas com muito tesão a azeitar a luta, consegui libertá-la do short e da calcinha, e ela me livrar da minha bermuda, ficando os dois, pois, prontos para a festa. Ela subiu na minha pica e escorregou-a para dentro de sua buceta, num gemido agoniado e bom, em movimentos cadenciados e vigorosos.
A pequena sabia mesmo aproveitar todos os espaços. Seu grelo roçava diretamente no corpo da minha vara, e ela gemia feito uma cadela no cio, me arrancando também gemidos e sacanagens – que ela adorava ouvir, denunciado pelo sorriso maroto e constante. Estava difícil segurar o gozo, eu não conseguiria suster por muito mais tempo.
Bruscamente, ela parou a movimentação dos quadris, e apertou com força meu corpo, como se quisesse colar-se a ele. Estremecia levemente e apertava... Até que gritou alto, num gozo estonteante. Era lindo ter uma mulher gozando no seu colo, tão pertinho... Abandonei-me também ao prazer, e esporrei com todo meu ímpeto naquela xoxota apertada e ardente.
Voltou um pouco para trás, recostou a cabeça, ofegante, no banco e fechou os olhos, feliz...
O cheiro da refeição misturou-se ao do sexo, e meu carro ficou com um perfume de felicidade de domingo chuvoso pela manhã.
Deixei-a na porta do prédio, beijando-nos muito e nos prometendo nos encontrar de novo, para tomarmos novo e completo café da manhã juntos. Mas sabíamos, os dois, que aquela tivera todas as características de refeição única.