Drácula X cap 1

Um conto erótico de Srdark
Categoria: Homossexual
Contém 2611 palavras
Data: 08/01/2018 02:53:37

Acordo lentamente do meu sono profundo no qual nem lembro quando se iniciou, podem ter sido anos, décadas ou até séculos. Quem se importa? Afinal eu sou imortal e minha existência nesta terra não faz sentido algum. Só sirvo para me alimentar do sangue de pessoas cujo eu julgo serem cruéis.

Devem está se perguntando neste exato momento o que sou, certo? Eu sou aquilo que os mortais chamam de vampiro, não só um plebeu, mas sim o rei de todos os demônios sugadores de sangue. Me apresento às minhas vítimas como o Conde Drácula das estórias criadas pelos humanos, mesmo elas sendo tolas e sem sentido algum.

- Perséfone venha já aqui!- Assim eu a chamo e a mesma vinha em um estalar de dedos.

- O que deseja mestre?

- Ordeno que me traga um humano pecador! E com toda a certeza já deve ter o caçado. Estou certo senhorita?- Falei com o bom e velho sarcasmo.

- Está sim senhor, com sua licença irei buscá-los.

- Vá rápido!- disse já impaciente e antes que eu notasse sua falta a jovem volta arrastando duas pessoas envoltas por correntes de aço em ambos os braços.

Em cada mão da mulher existia um ser, do lado direito pude ver um homem que com a proximidade fez o odor maligno de seu corpo adentrasse minhas narinas me fazendo sentir uma momentanea náusea e no esquerdo havia um garoto que por algum motivo me chamou atenção, não sei se era pelo aroma doce que ele emitia ou pela sua beleza sobre humana. Nossa, como um menino poderia ser tão desejável assim, só queria toma-lo em meus braços ali mesmo e ver mais de perto aqueles olhos que eram tão verdes quanto a mais bruta das esmeraldas mesmo estando vazios assim como os do homem ao seu lado por causa da hipnose de minha escrava, a pele branca e lisa como porcelana, os cabelos eram tão loiros que pareciam fios de ouro jogados sobre seu rosto e o corpo era delicado mas ao mesmo tempo existia alguns músculos ali deixando suas formas ainda mais belas, entretanto sua áurea era familiar e me dava um arrepio estranho. Mas em primeiro tinha que recuperar minhas forças.

- Perséfone, me diga o que esses humanos fizeram para estar aqui? Começando pelo garoto. - Falei o fitando.

- Bom, o garoto não fez nada...- Eu a interrompi.

- Como assim nada! - Falei em um tom ríspido porque não tolerava erros de nenhum de meus servos, principalmente de Perséfone que já conhecia meu estilo de vítimas.

- Mestre, é que o garoto presenciou o momento no qual eu capturei o este homem- falou apontando para o homem.

- E o que esse homem fizeste para merecer estar aqui? Eu espero que seja gravíssimo porque se não quem vai ser minha vítima é você por seu descuido.

- Este homem usava a igreja para pegar garotas e garotos virgens para vender como escravos sexuais, por sorte eu cheguei antes que ele vendesse este garoto. - falou em um tom áspero, mas sua repudia era compreensível graças as suas origens.

- Entendo a raiva em seus olhos Perséfone. Venda de crianças é um pecado lastimável, eu pessoalmente abomino esse tipo de pessoa- Falei me dirigindo ao homem que estava ali- Pode parar a hipnose do homem mas continue a do garoto não quero que ele veja o que farei.

- Sim mestre- No exato momento que a garota retirou a hipnose um sentimento de terror absoluto tomou conta do homem por causa da influência maligna do castelo.

- Ah meu Deus onde estou? Que lugar é este?

- Deus? Você não tem vergonha de clamar por ele agora? Mesmo depois de vender aquelas crianças como simples mercadorias.

- Quem é você?

- Não há necessidade de lhe falar meu nome, afinal não lhe será muito útil já que está prestes a deixar este mundo.- Falei isso e imediatamente num súbito ataque eu o puxei pelo pescoço e cravei minhas presas no mesmo, que só podia agonizar e bradar por ajuda.

A sensação de sugar o sangue do abusador era no mínimo repugnante, pois o líquido vermelho que agora descia em minha garganta tinha um gosto terrível, não só ele como também sua alma parecia enxofre de tão escura e fétida e isso influenciava no gosto do sangue. Mas porque devorar só pessoas podres de espírito se o líquido extraído seria ruim? Por causa de uma promessa que eu fiz a décadas atrás que não vem ao caso agora.

* ponto de vista de Lúcio.

Só me lembro ter sido tirado dos braços de minha mãe quando a mesma dava último suspiro de vida e sido levado para um local horrível quando tinha 12 anos. Os gritos da minha mãe que tentara me proteger na época ainda me assombram até hoje:

" Você não levará meu filho seu monstro, não enquanto eu estiver viva."

O sentimento de agonia que eles causaram ainda ecoa pelas minhas memórias, e o pior é que eu não podia fazer absolutamente nada.

Eu fui pego por uma facção criminosa que tirava jovens de suas casas para fornecer para o uso pessoal de homens e mulheres, sendo que existiam propósitos diferentes para cada criança tais como empregadas domésticas ou até mesmo escravas sexuais de seus mestres que infelizmente a segunda opção era o meu caso, mas por sorte nenhum dos doentes que me desejavam possuiam uma oferta satisfatória para efetuar minha compra e os soldados não tinham a permissão de abusar das "mercadorias" quando ainda eram virgens.

Até que depois de 3 anos um homem apareceu trajando roupas finas e coberto quase que literalmente por joias fez uma oferta praticamente irrecusável e dava para ouvir tudo na cela onde eu estava e o senhor pagou 50 mil libras por mim, quando vi que o mau feitor que cuidava das celas aceitava, meu coração quase parou e o mesmo vinha ao meu encontro e as lágrimas começaram fugir dos meus olhos. Só de ver o olhar atroz do homem que estava estático em minha frente, já tinha conciência que sofreria vários abusos e torturas se fosse entregue a ele.

Mas quando o guarda e fez menção que ia me segurar, surge misteriosamente uma jovem garota vestida de forma semelhante a uma empregada com dois braceletes de aço e correntes presas a eles que passara pela porta principal e o ataca subitamente com um chute de força sobre humana fazendo ele colidir contra a parede desacordado.

Depois ela virou em direção ao nobre que estava com um olhar de puro terror para a moça que logo atacou o senhor com as correntes que estavam em seus acessórios de aço e as mesmas magicamente cresceram e o envolveram como se estivessem vivas, e seguissem as ordens dela, apertando em algum ponto que acredito que o fez desmaiar.

Então ela me fitou de forma profunda, ainda em silêncio, o olhar dela sob mim por algum motivo que desconheço me fez apagar completamente.

Tive um sonho na qual eu estava sendo puxado por uma moça trajando roupas de empregada doméstica e com braceletes que possuíam correntes envoltas em mim e em outro homem até um castelo que eu podia ver de longe. E que castelo, era muito grande e belo tanto quanto aquelas cidadelas antigas de pedra mesmo ele me proporcionando um estranho arrepio, mas esse sonho não durou muito, pois eu só conseguia pensar no vazio de novo.

Em alguns instantes eu finalmente recuperei meus sentidos e puder ver um homem que me olhava de forma indecifrável. E que olhos, os mesmos eram mais vermelhos que sangue até comparáveis a rubis escarlates de tão brilhantes e me causavam tanto temor quanto admiração, em seu rosto haviam alguns traços que equilibravam a virilidade masculina e traços delicados de uma forma nunca vista por mim, o corpo era cheio de músculos bem divididos apertados por um traje meio sombrio que consistia em uma camisa vermelha em um tom rubro e a calça era de couro preto e ele estava envolto parcialmente de um sobretudo escuro como as sombras, que contrastavam de forma perfeita com sua pele pálida e cabelos também negros.

Então o timbre rude, mas ao mesmo cordial de sua voz me fez acordar de meus desvaneios.

- Como conseguiu escapar da hipnose garoto? Por acaso tu és algum tipo de mago?- Ele pergunta com um olhar que caia sobre mim, como o de um juiz que cai sobre o réu.

- Hipnose? Como assim, eu achei que estava sonhando. Lhe garanto que não tenho quaisquer conhecimento sobre magia por menor que seja.

- Então você ainda não sabe. - Já estava muito confuso com o que ele falava.

- Como assim?

- Não se preocupe com isso agora por favor. Agora me diga de onde tu vens? E quem tu és?

- Eu venho de uma pequena vila e meu nome é Lúcio.

- Lúcio é um belo nome. Eu me chamo Vlad, prazer em conhece-lô. - Falei o comprimentando com a saudação mais formal que conhecia- Mas como assim não sabes de onde vens? E tua família?

- Não tenho mais família. Os homens que me sequestraram mataram minha mãe.- Falei tentando evitar que uma lágrima caísse, mas sem sucesso.

O grande homem só pós a mão sob minha cabeça e com a outra limpou a lágrima que caia fazendo um leve carinho tanto em meus cabelos como no meu rosto, seu toque era gelado e fez com que um calafrio subisse por todo meu corpo me deixando receoso, mas ao mesmo tempo era reconfortante.

- Eu creio que você tenha sofrido muito, mas você terá que superar.- falou em um tom forte, porém realista. - Sei que a vida nos tira pessoas que amamos constantemente, mas a morte é algo tão natural como respirar.

- Eu sei. - Foi a única coisa que saira da minha boca naquele momento.

- Que bom que sabe.

A curiosidade estava tomando conta de mim. Mas por que os olhos dele são vermelhos? Por que seu toque era tão gelado? E essas perguntas surgiam em minha cabeça como um turbilhão de informações.

Então sem pensar eu acabei perguntando:

- Por que seus olhos são vermelhos?

* Vlad Point of view.

Aquela pergunta me deixou estático por algum tempo, por causa da forma tão direta, inocente e natural com que ele perguntou.

Estava agora travando uma luta entre minhas faculdades mentais para saber o que responderia ao garoto, e a única coisa que me veio a mente foi mata-lo de uma forma indolor. Mas aquele jovem tinha um poder sobre natural que me fazia ignorar essa ideia com todas as minhas forças.

Então a única coisa que me restava fazer era utilizar da boa e velha omissão de fatos, para responder satisfatoriamente o garoto.

- Meus olhos são assim por causa da magia que possuo.

- Que magia seria essa?

- Minha magia se fundamenta no poder de governar. É bem complexa e acho que você não entenderia se eu o explicasse com palavras, então vou lhe mostrar.

Então eu conjurei o cântico referente a um dos meus melhores truques; que seria reviver os mortos e controlá-los.

- Maintenant, je conjure les morts qui sont sous mon contrôle, je veux me lever et me montrer votre dévouement.

Um circulo com um "V" surgiu sobre o chão com um brilho púrpuro que tomou conta da construção e do símbolo no solo saíram vários de meus servos zumbis. Entretanto eles não eram aqueles mortos vivos em decomposição com carne morta e órgãos a mostra como retratam as estórias estúpidas contadas por humanos, mas sim guerreiros mortos por mim que valiam a pena serem usados para guardar minha fortaleza pelos seus talentos em combate.

Agora eu fitei o garoto que me olhava com um misto de confusão e surpresa, por causa do "milagre" que acabara de acontecer.

- O que achou do meu pequeno truque? - Falei dando um leve riso.

- Eu acho que estou sem palavras, foi excepcional, eu nunca havia visto magia em toda minha vida e logo a primeira que eu vejo é definitivamente de alto nível.

- Que bom que você soube apreciar minhas habilidades latentes, diferente da maioria das pessoas que só me julgam.

- Te julgam? Mas por quê?

Aquele jovem era dotado de muita curiosidade pelo que pude perceber e também desprovido de timidez, no entanto nunca poderia revelar nenhuma fato que pudesse o levar a descobri a verdade sobre mim.

- Alguém já lhe disse que você é muito curioso?

- Não. - O mesmo respondeu com um riso tímido e demasiadamente aconchegante.

- Então eu lhe digo agora. O senhor é excessivamente curioso!

Lúcio só me olhou e riu de forma mais descontraída com a minha afirmação, então acabei sucumbindo a risada do garoto e acabei gargalhando o que não costumava fazer com frequência. O que havia com este menino que, mesmo com pouco tempo, já me arrancou um riso? Já fazia tempo que não me permitia demonstrar quaisquer emoções, no entanto aquele garoto me proporcionava a sensação de ser "humano" novamente mesmo sendo só por alguns breves momentos.

Quando Lúcio finalmente decidiu ir dormir em um dos muitos quartos de hóspedes que haviam naquela moradia meu interior entrou em uma guerra voraz entre o humano e o demônio que jaziam dentro de mim para decidir o que deveria fazer com o rapaz. O demônio me dizia para ir lá e abusar de seu corpo e em seguida mata-lo da forma mais lenta e dolorosa que meu cérebro pudesse pensar, já o humano planejava cuidar dele e torná-lo meu noivo no futuro.

Embora que os dois lados nunca terão suas vontades completamente saciadas, porque eles estão além do meu alcance em todos os sentidos...

Enquanto isso...

* Leader order of ecclesia Point of view.

- Não é possível, logo antes do previsto. - A única coisa que poderia fazer era praguejar os deuses e o mundo, pelo fato da ressurreição de Drácula ter ocorrido muito antes do previsto.

Sabíamos que a equipe de extermínio estava incompleta a 35 anos atrás, porém um poderoso feitiço fora lançado no Lorde vampiro para selá-lo por um certo período de tempo ou pelo menos para nos dar tempo de achar o descendente da família Strauss. O único que pode portar a lendária espada prateada denominada "vampire slayer" criada pelo primogênito do clã.

Agora está tudo em minhas mãos. A pressão de encontrar o garoto que descende da família Strauss é sem dúvida enorme. Espero que Deus me dê esperança e um pouco de sorte para que a equipe de busca possa localizá-lo antes que o Conde resolva atacar.

Estava tão perdido em meus pensamentos que não percebi a presença do capitão do esquadrão de busca avançada. Até que ele chama por mim.

- Mestre a busca de hoje foi completamente frustrada. Buscamos em toda parte dos vilarejos locais e nem sequer encontramos algum vestígio de um possível Strauss ter passado por ali.

- Então já que a situação se encontra assim vamos recorrer àquilo.

- Mas é muito perigoso, ainda está em fase de testes. - Eu tinha conciência do que o homem falava, mas era a única opção que restava.

- Não temos outra escolha. Daqui a dois dias teremos uma lua cheia e você sabe o que isso significa não é?

- Já tenho conciência disso.

- Então faça todos os preparativos que amanhã mesmo partiremos.

- Mas...

- Sem objeções capitão. Já está mais que decidido.

- Seja como quiser mestre.

O grande homem se retirou e saiu pela porta de madeira que se encontrava atrás do mesmo, então tive tempo para me questionar sobre usar "aquilo" de forma tão precipitada.

Logo tratei de afastar esses pensamentos e me decidi de uma vez. Nós iríamos fazer aquilo pela humanidade e acima de tudo por Deus.

...

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Comentários

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Um pouco complicado de entender mas vou acompanhar também

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Os capítulos vão ser semanais. Obg por acompanharem♥

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Legal, eu achei interessante. vou continuar acompanhando.

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