SEXO DO FUTURO - Parte Final
- Acorde, dorminhoco. Já é quase meio-dia.
O negrão tentou abrir os olhos, mas a luz ambiente era muito intensa e a claridade incomodava. Mesmo assim, fez um esforço, protegendo as vistas com a mão. Aos poucos, sua visão foi se ajustando. Viu várias pessoas no dormitório, a maioria vestida de verde claro, todas com taças de bebidas nas mãos. Ouviu uma voz conhecida dizer:
- Uma saudação ao nosso herói. Todos juntos:
- VIVA O SARGENTO BRIZOLA. VIVAAAAAAAAAAAAAA...
A taxista parecia a mais feliz das várias pessoas que estavam ali. Tinha o braço imobilizado por uma espécie de tala, mas não parecia ferida. O negrão, ainda meio grogue, perguntou:
- O que aconteceu? A última coisa que me lembro é de você ter sido baleada...
- Não foi bala, amor. Apenas uma forte descarga elétrica. Doeu e eu desmaiei. Foi a minha sorte. Não fui atingida pelos dardos venenosos.
Adão aproximou-se da cama onde o policial estava deitado e fez um brinde a ele. Depois, falou:
- Você levou dois socos potentes no estômago. Por isso, o pequeno transístor que te fiz engolir parou de funcionar. Tivemos que improvisar. Por sorte, eu tinha outro rastreador. Ela topou ir até a sala onde te faziam prisioneiro - disse apontando para a taxista -, depois de engolir uma cópia do minúsculo chip. Só assim, pude acionar o explosivo por controle remoto.
- Você se arriscou muito, bela. - Podia ter dado tudo errado. - Disse o negrão.
- Mas deu certo. Graças ao rapagão, que conseguiu nos socorrer a tempo. Aplicou-te o antídoto. Agora, é só comemorar. - Respondeu a taxista.
Deram uma taça de bebida e o sargento a deglutiu devagar. O gosto era maravilhoso, um verdadeiro néctar dos deuses. Ele perguntou que bebida era aquela.
- Um vinho produzido neste laboratório, adicionado de uma mistura de frutas tropicais. Frutas brasileiras, no caso. Estamos testando-o para exportação. - Falou a médica, também fazendo um brinde ao herói.
- Delicioso. Vai ser um sucesso.
- Resolvemos batizá-lo de Brizollo, em tua homenagem. - Completou a doutora.
- Para mim, é uma honra - falou o negrão -, mas logo mudou de assunto:
- Onde está Eva?
A médica sorriu. Em seguida, informou que ela estava bem, porém de repouso absoluto. Não deveria fazer nenhum esforço que pudesse por em risco a vida do feto. Por isso, não fora convidada para aquela festa. O sargento disse que depois queria fazer-lhe uma visita. Tentou se levantar da cama e sentiu todo o corpo dolorido. Gemeu. A médica informou:
- Você está sentindo ainda os efeitos do veneno. Mas logo estará bem. Sente alguma outra coisa mais, além das dores no corpo?
Ele parou um pouco para pensar. Depois falou sem nenhuma vergonha:
- Ainda continuo com vontade de foder. Mais do que antes.
Dessa vez foi o jovem negro quem informou:
- Infelizmente, não vai dar tempo. Estávamos só esperando que você recuperasse os sentidos para podermos partir. A fenda temporal está quase fechada. Temos apenas menos de uma hora para voltarmos ao teu tempo e depois eu retornar ao meu. Nem vai dar para você falar com Eva. Ela está sedada.
- É um pena. Gostaria de me despedir dela. Quem irá comigo? - Quis saber o negrão.
A taxista baixou a cabeça. A sobrinha abraçou-se ao rapaz. Este respondeu:
- Só iremos nós dois. Deixo-te lá e volto. As duas mulheres resolveram viajar no tempo comigo e conhecer o futuro. Não pretendem voltar.
O negrão esteve pensativo. Depois, perguntou:
- Isso não vai causar problemas? Nós somos de outra realidade, pode haver interferência na história...
- Sim, deve haver algumas. Mesmo assim, vamos arriscar. Infelizmente, você vai esquecer que existimos...
- Como assim? - Quis saber o sargento.
- Não conseguimos lembrar de algo futuro. Só nos lembramos do que já aconteceu. Então, você não conseguirá se lembrar de nós, pois não existimos na tua época.
O negrão olhou em volta. Só então, percebeu que todos da sala tinham ido embora. Só ficaram a taxista, sua sobrinha e o jovem negro.
- Puxa, eu gostaria de ter, ao menos, uma pequena lembrança de vocês.
- Verei o que posso fazer. Mas acho que será impossível. Porém, vista as roupas que estavas ao chegar aqui. Precisamos nos apressar.
As mulheres se abraçaram com o sargento. A taxista tinha lágrimas nos olhos, mas não quis dizer nada como despedida. A emoção a fazia ficar calada. O jovem falou ao negrão, depois que este se vestiu:
- Vamos embora -, disse olhando para um bracelete que parecia mais um relógio, só que sem ponteiros - resta-nos pouco tempo.
- Eu gostaria de me despedir da médica...
- Impossível. Precisamos ir.
A mocinha colocou um papel dobrado no bolso do sargento. Disse para ele só abrir o bilhete quando voltasse no tempo. Ele concordou, com um aceno de cabeça.
Depois, os dois homens correram por um extenso corredor, até adentrar uma sala no laboratório. Esta estava vazia. O jovem disse apressado, enquanto uma luz branquíssima invadia o recinto:
- Não se preocupe com Eva. Agora já posso dizer, pois você jamais se lembrará disso: ela terá um filho e dará a ele o nome de Adão. Ainda não sabe, mas esse filho sou eu, no futuro. Vocês são meus pais. Por isso, telefonei para o delegado e denunciei as companheiras dela. Se eu não fizesse isso, ela teria sido morta no assalto ao contêiner. E nós ainda nos encontraremos outra vez, papai...
- O que você disse?
Mas aí tudo em volta rodou vertiginosamente e o sargento perdeu os sentidos.
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A viatura estacionou em frente a um “inferninho”, situado na zona portuária do Recife. O policial, de quase dois metros de altura, desceu do carro e correu escadas acima, denotando a enorme vontade de esvaziar a bexiga. Disse aos companheiros, que se riam do seu vexame:
- Não demoro. Mas, se quiserem, podem descer também e esticar as pernas. Só não podem beber em serviço.
- Certo, sargento. Mas esperaremos aqui mesmo. Vá logo, para não mijar nas calças – disse o motorista, um sujeito jovem com cara de gozador. - Na volta, traga uns refrigerantes pra gente.
O sargento não ouviu a última frase, subindo escadaria acima, em direção aonde se ouvia uma música brega tocando numa radiola de fichas, numa altura que decerto incomodaria os vizinhos, se o bar não fosse estabelecido numa área de comércio. Àquela hora, as lojas estavam todas fechadas. Só funcionavam os inferninhos e lanchonetes, normalmente frequentados por putas e sua clientela. O motorista resolveu-se a descer do veículo, dizendo que iria dar uma olhada no movimento do puteiro. Os outros permaneceram no carro. Estavam em final de turno e sentiam-se sem ânimo, naquela noite calorenta. Não haviam atendido nenhuma ocorrência, o que era raro naqueles dias da semana. Tratava-se de uma sexta-feira.
O motorista esteve observando o movimento do puteiro, depois olhou em direção aos banheiros. Estranhava a demora do sargento em dar sua mijadinha. Resolveu averiguar se ele estava bem. Bateu com os nós dos dedos na madeira da porta do banheiro masculino.
- Sargento, o senhor está okay?
Nenhuma resposta. O motorista puxou sua arma do coldre e meteu o pé na porta. O sargento levou um susto, sentado no imundo vaso sanitário.
- Porra, senhor, dormindo nesse banheiro imundo e fedorento???
O sargento ajeitou-se ainda sonolento e respondeu:
- Sei lá o que houve comigo. De repente, caí no sono. Vamos embora. Deixem-me em casa e podem recolher a viatura. Acabou a nossa ronda.
- Vamos levar uns refrigerantes pros rapazes, primeiro. Eu pago - disse o motorista.
- Não, eu faço questão de pagar. - Insistiu o sargento, botando a mão no bolso de cima da farda militar. Mas só encontrou ali um pedaço de papel dobrado. Leu:
NÃO PRECISA PROCURAR A GENTE. MINHA TIA DISSE QUE O TAXI DELA AGORA É SEU. ESTÁ ESTACIONADO BEM PERTO DO SHOPPING TACARUNA. UM BEIJO CARINHOSO.
Estranhou o bilhete. Não estava assinado. Mas lembrou-se da única taxista que conhecia, porém não sabia se ela tinha alguma sobrinha. O motorista perguntou:
- Tudo bem, sargento? Está com uma cara estranha...
- Não lembro de ter recebido este bilhete. E faz tempos que não vejo minha amiga taxista. Antes de me levar para casa, quero passar no shopping. Estou com um terrível pressentimento. E pague os refrigerantes. Achei que estava com grana, mas parece que deixei em casa...
Pouco depois, a viatura deixava o negrão no local indicado no bilhete. O motorista emprestou algum dinheiro, caso ele precisasse para voltar pra casa, e foi embora. Brizola olhou em volta e avistou o táxi estacionado nas cercanias do complexo comercial. Conhecia bem a placa do carro e ela correspondia ao número da taxista, sua amiga. O prédio estava intacto, sem vestígios da explosão que ocorrera antes dele viajar no tempo. Mas ele não se lembrava dela. Acercou-se do veículo, que estava abandonado. As chaves estavam no painel e a porta estava apenas encostada. Entrou no táxi e sentou-se ao volante. Aí uma coroa bateu no vidro da janela:
- Está desocupado? Estou precisando de um táxi.
- Desculpe, senhora. Mas não sei onde está a motorista. Se quiser, pode aguardar sentada aí, pois ela deve estar por perto. Aí, levará a senhora ao teu destino e me dará uma carona - sorriu o militar.
A coroa sentou-se ao seu lado, com uma sacola no colo. Olhou para ele com um belo sorriso no rosto. Ele ficou empulhado.
- Conheço-a de algum lugar, senhora?
- Sim, conhece. Mas não se lembra de mim. Bem que Adão nos disse que quem viaja no tempo em direção ao futuro, não consegue se lembrar onde esteve.
- Desculpe, mas não estou entendendo nada do que me diz, senhora. Poderia me explicar melhor?
Ela ajeitou-se na cadeira do carona, mas não disse nada. Inesperadamente, apertou um nervo no pescoço do sargento. Ele perdeu o domínio dos movimentos. Então ela, tranquilamente, abriu o fecho da sua calça, libertando o enorme cacete ainda bambo. Começou um gostosa felação e o pênis do cara logo ficou duríssimo. O policial achou que conhecia aquela louca não sabia de onde, pois sua fisionomia não lhe era totalmente estranha. Tentou repeli-la, pois se alguém o flagrasse fodendo estando fardado, e em lugar público, certamente perderia a farda. Aperreou-se, pois não conseguiu mover um músculo sequer. Então, ela meteu a boca em seu caralho e sua goela pareceu engolir todo o membro. Da posição em que se encontrava, o militar não podia ver a enorme deformação da mulher. Mas a chupada estava maravilhosa. A vontade de foder também era incontrolável. Então, ele sucumbiu às carícias dela e teve o primeiro orgasmo, depositando uma enorme quantidade de porra naquela goela.
Depois, a mulher limpou os lábios e abriu a sacola que estava agora no tapete do carro. Tirou de dentro um estranho apetrecho e acoplou na mão esquerda do negrão.
- Um presentinho que trouxe do futuro para você.
Ele ainda não conseguia se mover, principalmente depois de uma gozada extrema. A coroa beijou-lhe a boca ardentemente e disse que ainda se encontrariam novamente. Saiu do veículo e caminhou em direção a um outro táxi estacionado perto. Só então o negrão perdeu, finalmente, a consciência. Sonhou que viajava ao futuro e conhecia uma médica muito fogosa. A doutora tinha as feições da mulher que acabara de chupá-lo.
FIM DA SÉRIE