Não Voe Sem Mim!

Um conto erótico de Dr. Friction Fiction
Categoria: Homossexual
Contém 2024 palavras
Data: 14/01/2018 07:27:27
Última revisão: 14/01/2018 07:46:09
Assuntos: Homossexual, Gay

Segurei sua cintura mais uma vez, apoiando também seu pescoço. Ele estava tão entregue que tremia em meus braços, seus lábios murmuravam palavras que eu não conseguia entender. Eu passava minha barba cheia em seu pescoço, alternando com beijos e lambidas naquela pele morena acobreada, tão perfumada e perfeitamente lisa, que só poderia ser mesmo de um jovem príncipe de 21 anos. Ele arranhou minhas costas mais uma vez. Talvez deixasse cicatrizes, mas quem se importa? Seriam apenas mais algumas para minha enorme coleção de marcas de batalha.

Terminei de despi-lo, removendo a calça de linho folgada que ainda recobria o corpo de Karlso e mostrei a ele que minha língua era tão experiente na arte do amor quanto meus braços na arte da guerra. Ele começou a se mexer e gemer, fazendo grande estardalhaço. Afinal, estávamos tendo nossa primeira noite de amor sobre as moedas do tesouro do seu pai, o Marajá Sahnata. As moedas caiam e rolavam sobre pedras preciosas e objetos feitos de prata e ouro. Ele sussurrava meu nome com um ardor que nunca tinha visto!

-- Mohan... Mohaaann...—ouvir meu nome sair assim da boca dele me preenchia de felicidade; O que eu estava fazendo?

Eu o virei e admirei a bunda perfeita, nem grande nem pequena, aquela pele cor de canela, o corpo sem marcas de quem nunca lutou... nem magro, nem gordo, um rapaz comum, não fosse a beleza singela, a gentileza sem igual e, é claro, o fato de ser o único filho homem do homem mais poderoso do sul do continente, senhor de todo o deserto de Ka’Hadira. Abri suas nádegas e me dediquei a lamber e beijar seu anel precioso. Eu seria o primeiro, e quem sabe o único, a ter aquele corpo para mim. Eu já amava aquele menino mais que amava toda a minha carreira e minha ave querida, senão não estaria arriscando tudo por ele.

Ele, que agora praticamente gritava rebolando na minha língua! Por sorte as paredes do salão do tesouro eram pesadas e grossas, ninguém nos ouviria... Ele tremia e rebolava, involuntariamente, tenho certeza. Terminei de tirar a calça de couro que ainda me recobria e fui para cima dele. Aquele era o momento, o momento mais aguardado de uma vida de ansiedades de batalhas em terra e ar.

-- Eu posso, meu pequeno? – o termo era adequado, pois com meus 1,90m, eu era trinta centímetros mais alto, e bem mais largo, com meu corpo preparado para a luta -- Não faremos se você não quiser!

-- Eu quero! Quero mais que qualquer coisa que já tive na vida! – ele disse – quero você!

Então, ouvindo as palavras que me fizeram ressoar de excitamento e alegria, peguei o azeite que ele roubara mais cedo na cozinha da ala leste do palácio. Ele mesmo fez questão de besuntar meu membro túrgido e seu anel. Então comecei a penetrá-lo com toda paciência e cuidado, pois sabia ser sua primeira vez, em tudo.

Ele parecia sentir dor, no início, mas já esperava por isso, então não reclamou, apenas cerrou um pouco os dentes e aguentou. E como eu prometi para ele, logo a dor passou, dando lugar para apenas prazer, e ele tornou a gemer loucamente! Eu aproveitava para lamber-lhe e morder o pescoço, usando também minha barba negra para atiçar seus sentidos, mordiscando o lóbulo da orelha e sussurrando que o amava.

Ele aprendeu rápido, contraindo seu anel em torno de mim, me levando aos céus, de uma forma diferente da que Sarina fazia, minha bela e amada coruja-gigante, mas ainda mais satisfatória... quem diria que eu acharia o prazer da carne melhor do que voar!

Karlso pediu para virar, pois queria me olhar nos olhos enquanto nos amávamos, e assim o fiz. Logo ele me beijava com a mesma sofreguidão com que mexia o quadril contra meu, e voltou a arranhar as minhas costas com fúria. Eu ritmava meus movimentos para dar prazer a ele, mas também para me segurar e não terminar logo com aquele prazer maravilhoso. O desconforto causado pelas moedas em nossos corpos era quase esquecido com a sensação de estar com alguém tão cheio de significado em meus braços.

Logo eu não aguentei, pois não resisti em acelerar o ritmo... ele sabia o que ia acontecer e tratou de apertar meu membro com o anel, me dando ainda mais prazer, mais excitamento! Eu estava tocando-lhe em algum lugar lá dentro que lhe dava muito prazer, pois ele atingiu o clímax antes de mim, sujando minha barriga, e logo eu despejei em seu corpo o meu leite urrando com o processo!

Ficamos abraçados, ofegantes, durante muito tempo. Ele disse que me amava, e eu retribuí. Mas precisávamos sair logo dalí, pois sentiriam nossa falta. Estávamos tão próximos naqueles dias, logo juntariam dois mais dois. Então nos vestimos e ele foi na frente, para checar se algum guarda tinha se alojado na porta. Ele subornara os dois anteriores para irem dar uma volta, coma a desculpa que traria uma das criadas ao salão do tesouro. Era melhor do que confessar que estaria com o mercenário que escoltara sua futura esposa através do deserto para seu casamento.

Logo ele saiu, deixando-me sair em seguida. Quando estávamos virando um segundo corredor, encontramos Nemaz, o capitão da guarda do Marajá, acompanhado de mais dois guardas, aparentemente tomando notas para a segurança do dia do casamento.

-- Meu prícipe! E o mercenário, Mohan... imagino o que faz dentro do palácio e lonfe dos seus companheiros, que estão no salão dos lacaios jantando! – falou o homem negro e enorme, maior até mesmo que eu, e muito forte – é estranha essa amizade, se me permite, alteza.

-- Não, não permito. Eu apenas o trouxe para continuar me mostrando as técnicas de arco e espadins que ele vem me ensinando, Nemaz...

-- Vossa alteza nunca se interessou pelas artes do combate antes... – era possível ver a desconfiança nos olhos do homem, e nos dos soldados ao seu lado – eu mesmo já me ofereci para ensiná-lo, várias vezes.

-- Talvez o príncipe apenas precisasse achar o tutor adequado, meu caro capitão – eu disse, tentando tirar o foco da conversa da nossa amizade – nem todos ensinam tão bem quanto praticam.

-- Como ousa... – tinha dado certo, ele caiu na minha provocação – acho que você não sabe seu lugar!

-- De fato, de fato! E essa discussão acabou – falou Karlso me empurrando – vá ao salão dos lacaios agora, Mohan, nossa lição já acabou!

Então eu passei pelos guardas e Nemaz, de cabeça erguida, mas quando as mãos de Karlso deixaram minhas costas, com elas desgrudou-se uma moeda do tesouro que tinha ficado grudada na minha pele devido ao suor! Ela caiu e passou pela camisa, que eu não tinha enfiado nas calças, e bateu no chão tilintando.

-- Eu sabia! – gritou Nemaz – guardas, prendam esse homem!

Como eu tinha deixado chegar aquele ponto?

*********************

15 dias antes:

Saí do meu quarto na torre e peguei um pão e um pedaço de queijo na cozinha. Se ia sair a manhã toda, melhor forrar o estômago antes! O uniforme gasto de couro preto, as botas marrons e minha barba e cabelos trançados, escuros como ébano, me deixavam quase camuflado nos corredores circulares da Torre da Aliança Azul, lar dos Cavaleiros do Céu, uma ordem de mercenários da qual eu fazia parte há alguns anos. A única coisa que destoava era o tecido de veludo cinza claro que pendia da minha cintura, somente no lado esquerdo do corpo, chegando ao calcanhar: indicava que agora eu era um líder de esquadra reconhecido, e somente essa semana foi alçado a essa patente.

Eu estava contente porque seria a primeira vez que iria liderar um time. Eu já não era mais um menino, estava com quase 31, então estava ansioso por essa promoção! Provavelmente iria caçar alguma quimera ou dragonete, talvez buscar algum tesouro numa das ilhas flutuantes acima de nós (por isso o nome era Torre da Aliança Azul, pois fazíamos a ponte entre os três reinos no céu e os quatro do solo firme do continente), eu não sabia, mas com certeza algo tranquilo para me testar como líder.

Cheguei com meus espadins duplos pendendo da cintura, e meu arco de carvalho branco, única herança de meu finado pai, e minha aljava de flechas, ao terceiro andar do curral da torre. Os animais ficavam no alto, acima de nós, e cada andar do curral era para um nível diferente de patente. Minha coruja-gigante, Sarina, branca como a neve e duas vezes mais alta que eu, piou ao me ver e desceu ao meu encontro. Eram tão inteligentes quanto as águias gigantes, e mais silenciosas. Eu sempre as preferi, mas meus colegas achavam águias, hipogrifos, grifos e pégasos mais interessantes, então só havia Sarina e mais três outras corujas no curral, dentre mais de 100 animais.

Mas para a minha surpresa, ao ir ao ponto de encontro com meu novo time, vi mais três capitães juntamente com o coronel Riout, que estava sem o seu dragão, Armitraz, que também nos dava ordens. Eu servi ao lado do capitão Roderick Lirel, e seu pégaso Arco-Íris e conhecia bem o capitão Rennard, pequeno e muito ágil sobre seu enorme gavião seta, uma besta estranha com quatro asas, um corpo fino e comprido, com uma cabeça que parecia espelhada de cima pra baixo, tendo quatro olhos e duas línguas no bico que parecia dois ganchos.

O terceiro capitão era um elfo louro de olhos muito azuis. Era encorpado e alto para os padrões élficos, tinha cerca de 1,75, e uma barbicha no queixo. Estava ao lado de uma águia gigante muito imponente.

-- Que bom que chegou, capitão Mohan. – cumprimentou-me o coronel Riout – creio que já conheça o capitão Lirel, sob quem serviu até a semana passada, e o capitão Rennard, também.

O homem baixinho e negro me cumprimentou com a cabeça, e Lirel apertou minha mão.

-- E esse aqui ao meu lado é o capitão Mozlos, que vai acompanhar vocês também.

O elfo me deu bom dia numa voz suave, e sorriu discretamente.

-- Bom dia, senhores. Mas eu não entendo, senhor – eu disse ainda confuso – Eu realmente achei que hoje seria minha primeira missão como líder de uma equipe, e ao invés de três cavaleiros vejo outros três capitães.

-- Sim, sim! Nós esperávamos que sua primeira missão como capitão fosse mais tradicional, mas há um pedido especial hoje! – ele disse puxando um pergaminho do bolso – uma escolta de um princesa, nada menos!

-- E como eles pediram um time pequeno e discreto, mas eficiente, eu sugeri quatro capitães – disse Lirel, me olhando firme – Eu vou liderar o time, e queria mais três homens de alta capacidade comigo, pois seremos apenas quatro, para escoltar uma princesa da tribo dos Turdos até o palácio do Marajá de Ka’Hadira.

Eu disfarcei minha frustração. Eu mais uma vez sairia em missão sob o comando do capitão Lirel, mais uma vez não seria o líder. Eu sorri desajeitado, mas creio que disfarcei bem o quanto fiquei triste com aquela missão. E escoltar uma princesa e seu séquito? Provavelmente já teria um exército com ela no caminho...

-- Fico imensamente honrado por ter sido escolhido para essa missão – disse eu, mentindo – espero poder ser útil!

-- Será! —disse o capitão Rennard – A visão noturna que você e sua ave trarão ao time nos manterá viajando seguros nas noites geladas do deserto!

-- Quero que partam imediatamente, em direção a Costa das Pérolas – disse o coronel – procurem a tribo de maior dimensão, lá acharão o chefe Bahud, que nos contratou, e que vai dar sua filha em casamento ao filho do Marajá Sahnata... garota de sorte!

Acenamos e pegamos os alforjes de viagem, com mantimentos para os dois dias de voo da Torre, no centro do continente, até o leste, no reino marítimo e composto por várias tribos conhecido como Costa das pérolas. Logo Sarina estava selada, assim como Arco-Íris, com Lirel em suas costas, o gavião-seta de Rennard, que eu descobri se chamar Navalha e a águia gigante de Mozlos, uma fêmea chamada Topázio.

Alçamos voo às 8 da manhã para aquela que seria a maior aventura da minha vida, de todas as vidas.

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Pra quem não consegue visualizar o que é um gavião-seta:

https://exogino.wordpress.com/mostri-dd/mostri-dd-falco-freccia/

Outras criaturas e locais muito exóticos também terão imagens de referência! Se quiserem referências para os personagens, avisem!

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