Pra Sempre Você! Capítulo 22

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 2377 palavras
Data: 17/01/2018 12:52:41

A sensação de se sentir sozinho é a pior coisa que alguém pode sentir.

Eu estava no cemitério,hoje fazia sete meses que a minha mãe faleceu,eu estava assustado com a velocidade que o tempo passava, mais uma razão de não querer perder tempo. Eu vim sozinho Felipe foi ver seu pai que tinha passado mal,parece que ele estava doente, espero mesmo que ele fique bem de qualquer jeito.

- Mãe, as coisas estão indo tão bem,a senhora deve saber mais do que ninguém,espero que a senhora não fiquei olhando nos meus momentos intimos. - Eu sorri, senti as lágrimas chegando e lutei para que não chorar. - Eu nunca tive a oportunidade de dizer o quanto a senhora é importante pra mim,mas eu sempre te amei,acho que os filhos são assim,existe aqueles que tem mais facilidade de dizer o que sente e filhos como eu. - Olhei para a foto dela, ela estava tão linda,tão plena,tão feliz. Olhei no túmulo e tinha flores que eu nunca trouxe para ela e estranhei.

- Olá. - Eu me virei para a pessoa que falava comigo, era um homem, ele era alto e incrívelmente bonito,mas cansado. Seus cabelos eram castanhos,ele parecia ser um homem de idade mas não tanta,eu chutava 40 anos,ele estava vestido com um terno preto e segurava um buque de rosas azuis,eu nunca vi rosas azuis.

- Oi, desculpe mas eu conheço o senhor? - Eu me senti estranho perto dele,como se eu já tivesse o visto em algum lugar.

- Não, bem,acho que não, por que está nesse túmulo?

- Ah,é o túmulo da minha mãe. - Eu escutei quando as flores cairam das mãos do homem.

- O senhor está bem?

- Você disse que é sua mãe? - Ele me olhava com um misto de curiosidade e incredulidade.

- Sim,eu sou o filho,por que? Quem é o senhor?

- Ninguém, apenas um homem solitário, eu achei o túmulo da sua mãe tão abandonado,todo o fim de semana eu venho aqui e troco as flores.

- É, eu não venho aqui com tanta frequência,obrigado. - Ele Não tirou os olhos de mim,existia uma curiosidade nos seus olhos.

- De nada. - Eu me levantei,Já tinha ficado tempo suficiente ali,ele se levantou comigo da lápide.

- Eu preciso ir.

- Eu posso te dar uma corona?

- Não quero incomodar.

- Nada disso. - Fomos andando calados para fora do cemitério,eu não sabia o porque eu me sentia bem perto dele,era algo forte,como se eu tivesse alguma ligação com ele. - Meu nome é Lorenzo.

- Eu me chamo Ewerton. - Ele sorriu.

- Sua mãe fez uma boa escolha. - Eu não entendi, fomos de encontro para um carro,um camaro preto muito lustroso.

- É seu?

- Sim,você gosta de carros?

- Sim,mas eu não sei dirigir, e também só sei o básico,esse é o tipo de carro que eu gostaria de ter. - Passei a mão no carro mas com medo de arranhar ele.

- E por que? Você me parece um garoto distinto.

- Não,eu não tenho nenhum centavo. - Ele fanziu a sombrancelha e abriu a porta do carro para mim.

- Ah entendo.

- Me diga por que você vem ao túmulo da minha mãe?

- É como eu disse, eu fiquei com pena dele ser tão abandonado. - Senti uma ponta de culpa por não dar a devida atenção!

- E você mora aqui a muito tempo?

- Não, apenas uns dois meses!

- E frequenta cemitérios? Eu não entendo.

- É melhor assim. - Eu senti que estava falando demais,ele estava com uma cara fechada, me contive em fazer outra pergunta.

- E suas família? - Ele quebrou o silêncio.

- Eu tinha apenas minha mãe, ela era a única pessoa que realmente me entendia.

- E seu pai?

- Eu não tenho,e também nunca precisei dele, bom,em parte sim,se ele tivesse com a gente minha mãe não ia precisar sair para trabalhar e talvez ainda extivesse viva. - Olhei para a rua,fechei meu punho,eu ainda odiava meu pai.

- Mas eu acho que ele não teve culpa de abandonar vocês.

- Como você sabe que ele abandonou a gente?

- Eu tirei uma conclusão. - Ele falou ligeiro.

- Não importa, ele nunca vai poder explicar o motivo que abandonou a mulher que estava grávida,eu odeio meu pai. - Falei secamente.

- Não. - Ele quase gritou. - Um filho não pode odiar um pai assim. - Ele estava nervoso, eu pude ver que ele apertava o volante com muita força fazendo suas veias saltar.

- Você não pode entender isso,e não quero mais falar sobre esse assunto. - Me calei.

- A onde você mora?

- Virando a direita aqui,no próximo edifício. - Falei rispido.

Quando cheguei na frente do predio eu desci, estava zangado.

- Obrigado por ter me trazido,e desculpe qualquer coisa. - Lorenzo me abraçou, uma onda de emoção me invadiu,era como se minha mãe tivesse me abraçando, era algo como um carinho de pai. Ele me soltou e eu me senti desprotegido.

- Tudo bem,foi um prazer Ewerton, Espero te ver em breve. - Ele pegou no meu rosto, eu sorri,seus olhos estavam cheios de lágrimas.

- O que foi Lorenzo?

- Nada. - Ele entrou no seu carro rápido e partiu,eu o vi virar a esquina e desaparecer. Estava tentando explicar oque tinha acabado de acontecer. Quando entrei na recepção do edifício Felipe estava lá de braços cruzados e com uma expressão seria.

- Felipe!

- Então você foi ao cemitério?

- Sim,eu fui. - Ele se virou para o elevador, eu tive que correr para acompanhar ele.

- Quem era aquele homem?

- Um cara que eu conheci no cemitério.

- Ah claro,então você está saindo com caras que você nem conhece? - A porta do elevador se abriu e outra vez eu tive que correr atrás dele.

- Você não acha que eu estou te traindo não é? Felipe olha pra mim e fala. - Eu puxei ele para ele ficar de frente para mim.

- Eu vi com os meus próprios olhos Ewerton você e aquele homem.

- O que? A gente se abraçando? Eu não acredito.

- Não acredita no que? - Felipe estava gritando agora.

- Não acredito que você está dúvidando de mim,olha pra mim cara eu nunca ia te trair,eu te amo,mas parece que você não gosta de mim de verdade.

- Ei isso não é verdade.

- Claro que é Felipe, você acha que eu vou te trair com o primeiro que aparecer na minha frente. - Eu fui para o quarto. Ele segurou meu braços. - Felipe me solta.

- Me desculpa tá,eu não suporto a ideia de você estar perto de outro homem.

- Você é um idiota, aquele cara tem idade para ser meu pai. - Sai do quarto ele me seguiu,ele pegou no meu braço de novo mas eu me soltei,mas acabei me desequelibrando e torcendo o pé!

- Ewerton,você está bem? - Felipe estava desesperado,ele me ajudou a levantar do chão.

- Está doendo muito. - Eu resmunguei. Felipe me levou para a cama.

- A culpa é minha, me desculpa,eu sei que tenho que me controlar.

- Não, você só tem que confiar em mim,eu nunca vou te trair. - Falei fechando os olhos,uma dor aguda estava no meu pé, eu queria gritar e foi o que eu fiz quando Felipe tocou nele.

- Desculpa,eu vou buscar gelo, você torceu.

Ele saiu e eu fiquei pensando, Felipe era tão incrato as vezes,logo comigo, eu abomino a traição é uma coisa que pessoas sem escrupulos fazem,e eu não consigo entender.

Ele voltou e colocou o saco de gelo no meu pé,ele deitou e abraçou a minha barriga.

- Me perdoa a culpa é minha. - Ele estava chorando, senti as lágrimas dele cairem na minha barriga.

- Calma amor,eu é que tenho que chorar. - Eu sorri, fiz um cafuné na cabeça dele,logo percebi que ele dormiu e eu fiz o mesmo.

**

Acordei já era de tarde,as cortinas do quarto estavam fechadas,meu pé agora só doía um pouco quando eu o mexia,senti um cheiro delicioso invadir minhas narinas,era cheiro de chocolatte. Eu quis levantar da cama e ir atrás desse cheiro, eu amo chocolatte, sou viciado.

- Felipe? - Gritei.

- Eu tô aqui amor,você acordou. - Ele apareceu no quarto, ele estava apenas de cueca e com um avental na cintura,eu esqueci então do cheiro do chocolatte, Felipe era muito melhor. Ele estava todo sujo de farinha e chocolatte. Era uma cena engraçada e muito prazerosa.

- Eu estou tentando fazer um dos seus bolos. - Ele sorriu sem jeito.

- Você mexeu no meu livro de receitas? - Perguntei zangado.

- Foi mal.

- Eu te perdoou se você me der um beijo!

- Você que manda. - Ele se abaixou e me beijou,eu derrubei ele na cama,ele riu porque eu não podia me mexer por causa do pé.

- Você vai ver quando eu voltar a andar.

- Vou adorar saber o que você vai fazer. - Ele mordou meus lábios.

- Ei você sabe que não pode parar de mecher a cobertura do bolo né? - Ele me olhou horrorizado e saiu correndo. Eu fiquei rindo.

Peguei meu livro que estava na cômoda e comecei a ler,eu estava lendo Lua nova a parte a onde o Edward deixa a Bella sozinha.

- Você é um desgraçado Edward eu odeio você,Bella é muito trouxa,eu ficava com o Jacob. - Eu estava irritado mesmo com o livro.

- Por que você está bravo?

- Se você me deixar igual o Edward eu juro que vou atrás de você e te capo. - Ele fez uma cara seria.

- Ewerton é só um livro, depois tudo se resolve,e eu não vou te deixar,você sempre vai estar comigo!

- Bom mesmo. - Ele riu. - Já terminou de cozinhar?

- Já, está esfriando. - Ele beijou meu pescoço,eu não conseguia ler mais. - O que é mais importante eu ou esse livro?

- O livro,acorda é Lua nova,Stephanie Mayer.

- Ah é uma pena,pensei que você ia gostar disso. - Ele apertou o volume na calça dele,ele estava muito excitado. Eu joguei o livro no chão e beijei Felipe, livros são bons,mas você já experimentou fazer amor com a pessoa que você ama? Sem comparação.

Ele lambia meu rosto,minha boca, meu pescoço, indo para os meus mamilos,depois dando leves mordidinhas na minha barriga, eu estava ofegante,ele beijou o meu volume,Felipe sorria com a minha cara de sofrimento. Ele arrancou o meu short e minha cueca,começou a brincar com o meu mastro batendo ele no seu rosto,ele sorria eo beijava,eu estava a ponto de gozar nesse momento me segurando o máximo. Felipe colocou tudo na boca, sua boca quente,eu segurei na cama,e ofegava.

- Você tem um sabor tão doce,eu gosto. - falou ele.

Eu o puxei para o beijar,nossos corpos estavam tão colados,a sensação de pele a pele, a temperatura do corpo dele,eu podia jurar que ia morrer toda vez que ele me tocava. Ele estava no meio das minhas pernas,eu apenas as abri e ele me penetrou,eu já não sentia dor,pelo contrário sentia falta da dor,a dor é o prazer. Não sou masoquista,mas começo a desconfiar disso.

Felipe estava mais carinhoso comigo, eu pelo contrário estava mais agrecivo,subi em cima dele,sem ele sair de dentro de mim,começei a cavalgar,ele jogava sua cabeça para cima gemendo de prazer,eu ia cada vez mais rápido, e o menino que não sabia nada de sexo virou professor *RISOS*. Eu rebolava,ele segurou na minha cintura controlando a velocidade. Ele se levantou e me colocou na parede. Ele me fodeu de pé, e isso doía um pouco e mas era muito prazeroso. Felipe segurou no meu pescoço e falou no meu ouvido.

- Quem é seu macho?

- Você. - Ele mordeu minha buchecha e estocava mais rápido me fazendo arfar.

- Você gosta disso?

- Você não sabe o quanto. - Ele ia cada vez mais rápido, a cama ia quebrar dessa forma. Então seu corpo estremesseu e ele me abraçou e gemeu alto. Eu senti o liquido quante escorrer pelas minhas pernas.

°°°

- Eu adoro fazer isso com você,cada vez é mais intenso. - Eu sorri.

- Agora eu preciso de um banho. - Ele me ajudou a ficar de pé, agora eu lembrei da dor no meu pé.

- Eu vou trocar o lençol. - Falou ele rindo. Tomei um banho prazeroso,eu sentia meu corpo pegar fogo e quando a água bateu nele deu uma deliciosa sensação.

Sai do banheiro sem roupa,ele estava sentado na cama agora com o novo lençol e só de cueca.

- Eu já arrumei a cama,pronto para bagunçar ela de novo? - Ele deu um sorriso malicioso.

- Não,você sabe que eu faria isso todas as vezes que você quisesse, mas estou morrendo de fome.

- Não é o que parece você está nú! - Tirei a língua para ele e fui colocar uma cueca! - Que pena,você tem uma bunda muito linda. - Falou ele me abraçando. Eu ri alto.

- Você é um palhaço. - Ele me levou até a cozinha. Seu bolo estava em cima da mesa, era lindo, todo granulado,lembro que fiz esse bolo e a receita deu errado mas no fim ficou muito melhor.

- Você está me desafiando? Se nem eu consegui que o bolo ficasse da forma original você acha que consegue?

- Hmm eu posso dizer que adoro um desafio. - Me sentei na mesa e ele me serviu. E ele tinha conseguido,eu fiquei com muita raiva.

- Mas Isso não te torna melhor conzinheiro que eu.

- Não fica bravo bebê.

- O que seu pai tem?

- Ele teve um ataque do coração, parece que ele sofre do coração.

- Nossa eu sinto muito. - Peguei na mão dele.

- Tudo bem,ele vai ficar bem, meu pai é forte como um touro!

- Eu sei. - Peguei um pedaço do bolo e esfreguei no rosto dele,não sei porque isso é um gesto tão infantil mas era meu sonho. Eu tentei fugir dele mas ele me pegou. Eu ria nos braços dele,o beijei, e tinha gosto de chocolatte, muito bom.

Esse dia foi muito emocinante,e quando eu fui dormir me lembrei de Lorenzo, algo nele me intrigava,quem é esse homem na verdade? Bom,acho que eu nunca irei saber. Mas também acho que não a nada para se preocupar. Felipe dormia com o rosto colado no meu,meu grande Lipe.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Daniel R.M a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Que encontro estranho do Ewerton com o pai. Felipe continua babaca e inseguro.

0 0
Foto de perfil genérica

FELIPE PRECISA DIMINUIR UM POUCO OS CIÚMES E AS ACUSAÇÕES DE TRAIÇÃO. ISSO NÃO É LEGAL. CIÚMES CONTROLADO É BOM, MAS EXAGERADO NÃO.

0 0