Acordei com o zumbido que o vento fazia na casa. Olhei em volta e não reconheci o lugar,então lembrei que eu estava na fazenda da família de Felipe, ele não estava na cama. Me levantei,o frio fez com que meu corpo estremessesse. Fui até o banheiro, vesti um roupão azul que estava no quarto, e desci. A casa da fazenda era muito grande, eu me perderia fácil nesse monte de portas.
Não achei Felipe em canto algum,então lembrei que ele adora água,fui até a piscina,e lá estava ele,vestido apenas com uma cueca box branca,mordi o lábio.
— Você é um ótimo nadador,louco talvez,mas ótimo.
— E por que louco?
— Meu Deus Felipe está tão frio e você ai nessa água.
— Você que é cheio de frescura. — Mostrei a língua para ele. — Aliás você está me tentado a querer arrancar esse roupão. — Eu ri.
— Não vai tirar meu roupão. — Sai correndo, ele não ia vir atrás de mim. Subi e me troquei quando desci novamente ele estava sentado em uma cadeira.
— Me diga,o que tem pra fazer aqui?
— Bom,tudo oque você desejar,tem cavalos.
— Hmm você sabe que eu adoro cavalgar. — Essa era uma frase de duplo sentindo. Ele riu maliciosamente.
— É você adora.
— Tem mais alguém aqui?
— Não, todos os trabalhadores foram para suas casas.
— Ah,então estamos sozinhos. — Ele estava de olhos fechados,algo na expressão dele me deixou curioso, ele sorria de um jeito tão doce,fiquei olhando para ele fixamente.
— O que foi?
— Nada,você fica lindo quando sorri. — Falei, ele corrou. — Eu gosto quando você fica todo vermelho assim.
— Ei eu já te falei isso.
— Todas as vezes que você poude falar. — Eu sorri, ele se levantou.
— Vamos tomar café? Eu estou morrendo de fome.
— Eu também. — Ele me pegou no colo e me levou para dentro da casa,ele me fazia sentir que eu era leve demais.
— Então oque você gosta de comer? — Perguntei.
— Você. — Ele mordeu meu ombro.
— Não seja levado. — Me virei de frente para ele. — E depois podemos resolver isso. — O beijei.
— Que tal bolo?
— Eu quero pudim.
— Mas a onde eu vou arrumar pudim aqui Ewerton?
— Eu não sei,mas eu amo pudim,o mundo seria ótimo se fosse feito de pudim. — Ele cruzou os braços.
— Você é hilário,o que você fez com o seu blog?
— Nada,eu não sei mais como ele está, e também nem sei se quero,é uma parte da minha história que eu ia adorar esquecer.
— Certo, sabe,a gente tinha que fazer um blog depois de casados,ia ser legal.
— Não sabia que você gostava dessas coisas.
— Eu gosto muito. Ele voltou a me abraçar. — Eu era o antissocial, lembra?
— A sim. — tratei de mudar de assunto rápido. — O que vamos comer?
— Não sei. — Ele começou a tirar coisas da geladeira e colocar em cima da mesa de vidro. — Vamos cozinhar. — Ele foi até o rádio e colocou uma música que eu nunca tinha ouvido, a melodia ela muito dançante e colava na cabeça. Ele começou a dançar,tão lindo.
— Eu amo essa música, eu não sei explicar o porque.
— Eu gostei. — Ele me colocou um avental.
— Você é feliz comigo?
— Que pergunta é essa? É claro que sou feliz.
— O quanto você me ama?
— Bem,é impossível colocar em palavras,não existe nada que prove o tamanho do meu amor, ele vai além de qualquer coisa. — Ele sorriu.
— Essa é a resposta certa. — Logo estávamos todos sujos com massa de bolo. Eu ria dele fazendo palhaçadas.
— Quando você vai crescer?
— No dia que você deixar de ser maduro. — Eu sorri.
°°°
Estávamos sentados um de frente para o outro, o que eu seria sem ele agora? Tão incompleto,ele é aquele garoto que você diz que nunca vai gostar de outro porque você se apaixonou por ele,e de fato era assim,eu nunca ia gostar de outro, além dele.
— Não podemos ficar muito tempo aqui.
— Por quê?
— Minha Mãe, meus tios vão vir passar uns dias em casa, eles querem me ver.
— Ah,tudo bem, vamos ter tempo para ficarmos assim juntos.
— Eu sei,eu não queria estragar o seu fim de semana.
— Nada disso amor,eu estou bem.
— Tenho que te contar, meu pai me deu a direção da empresa dele, ele está cansado para continuar trabalhando,eu sei que para ele é dificil, e como eu sou o único filho.
— Isso é legal, mas por que está me escondendo essas coisas?
— Desculpe,é algo tão sem importância.
— Pra você, pra mim não. — Ele sorriu.
— Vamos voltar amanhã,tudo bem para você?
— Claro. Ele veio até mim e me abraçou, ele começou a me beijar,mas de uma forma que ele nunca fez antes,era desesperado,como se ele precisasse daquilo,ele colocou sua mão dentro da minha camisa, seu toque me dava arrepios,ele tirou a minha camisa e a jogou para um canto do quarto. Eu mordia os labios enquanto ele procurava o ziper da minha calça,e quando ele o achou abriu com preça.
— Por quê?
— Xiii! Ele colocou o dedo na minha boca pedindo silencio,foi oque eu fiz.
Ele arrancou a minha roupa toda, e me jogou na cama.
— Apenas relaxe. — Ele sorriu para mim mostrando seus dentes perfeitos. — Ele tirou sua roupa toda,eu pude contemplar seu corpo,perfeito e malhado,o que ele tinha no meio das pernas me assustou na primeira vez, estava duro,ele viu que eu olhava para seu membro e o segurou com a mão e começou a balançar.
— Você quer? — Eu acenei com a cabeça, tudo que eu mais queria. Ele se sentou na cama,não precisou dizer nada,eu abocanhei deu membro,era o melhor sabor,ele ofegou,eu era bom nisso,claro depois de praticar tantas vezes,ele forcou minha cabeça contra seu membro, rápido, não ligava para as vezes que eu engasgava. Ele então me parou me dando um beijo que tirou todo o meu folego, ele começou a me penetrar,nós não precisavamos fazer tanta cerimonia nessa parte,meu corpo pegava fogo,devia estar,eu sentia o fogo me consumir mas de uma forma muito prazerosa,é claro que eu não estava queimando mas a sensação era igual. Eu me masturbei enquanto ele me penetrava,eu queria gritar, ele estava me torturando dessa vez,indo rápido demais,seu rosto estava sério mostrava uma furia que eu nunca tinha visto,isso me deixou um pouco assustado. Ele me colocou de lado,começou a me penetrar e mordia meu ombro, agora eu gritava e ele ia cada vez mais rápido, a dor era tão grande como se eu estivesse sendo rasgado ao meio,comecei a chorar e isso deixou ele mais exitado. Ele urrou dando a última estocada. Felipe caiu do meu lado,eu estava banhado em suor e ele também.
— Uau. — Falou ele.
— Eu acho que você me machucou. — Ele me olhou.
— Desculpe por isso,você me transforma em um animal.
— Então eu desperto oque é de pior em você. — Me levantei e fui tomar banho. Eu estava sangrando,não liguei, eu sorria foi sim a melhor transa que tivemos,eu não me reconhecia mais,acho que o Ewerton que gostava de delicadesas não existe mais.
— Me desculpe,eu não queria te machucar.
— Tudo bem. — O beijei — No fim eu gostei,um lado selvagem seu que eu nunca tinha visto a fundo. — Ele riu mordendo minha orelha.
— Você me desperta coisas. — Abraçei ele.
— Espero que boas.
— Na maioria das vezes. — Eu sorri. Ele desceu,foi preparar o jantar, Felipe não deixava eu de forma alguma cozinhar,as poucas vezes são apenas para fazer meus experimentos comestiveis. Me arrumei e desci,ouvi vozes vindo da cozinha.
— Eu sei,mas não posso ir te ver agora — Houve uma pausa — Eu também estou morrendo de saudade,ele as vezes me cansa,prometo te ver amanhã quando eu voltar,beijo. — Ele desligou o celular, eu fiquei tentando entender oque eu tinha acabado de ouvir, mas nada que eu pensava fazia sentido.
— Com quem você falava? Ele levou um susto,ficou nervoso derrepente.
— Com ninguém, você está com fome?
— Me diga uma coisa Felipe, você não seria capaz de me trair não é?
— Claro que não, eu amo você, você não acha que eu estou te traindo não é?
— Eu não sei,você está todo nervoso ai.
— Você me assustou,eu estava falando com a minha tia,meu pai está dando muito trabalho para ela. — Então me dei conta do quanto eu sou idiota.
— Desculpe. — Me sentei na cadeira.
— É inacreditável como você desconfia de mim. — Ele saiu da casa.
— Felipe espera ai. — Mas ele não estava mais lá fora,eu sai na escuridão a procura dele,mas ele não estava em parte alguma.
— Felipe, por favor. — gritei, Eu vi uma luz,parecia a luz de uma lanterna,então do nada eu ouvi um disparo,senti uma dor muito forte no peito,senti que eu cai em algo duro minha cabeça parecia que tinha sido rachada no meio,e mergulhei em algo molhado,parecia água. Minhas vistas escureceram e eu não lembrei de mais nada.