Pra Sempre Você! Capítulo 26

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1466 palavras
Data: 18/01/2018 12:01:01

Me sentia tonto,fraco e cansado. Quando abri meus olhos senti minha cabeça rodar,uma dor passou pela minha cabeça como se ela fosse rachar,eu reclamei, alguém tocou minha mão.

— Você acordou. — Quando ouvi a voz dele me senti melhor, calmo, mas ainda sentia que minha cabeça ia rachar.

— Onde eu estou?

— No hospital. — Olhei em volta reconheci aquele quarto todo branco que me deixava pior do que eu já estava. — Você não se lembra de nada?

— Apenas de ouvir um tiro e então eu cai,depois não me lembro de nada.

— Faz duas semanas isso.

— O que? Eu estou dormindo a duas semanas?

— Você bateu a cabeça Ewerton, e depois caiu na água, não se lembra? — Eu estava tentando me lembrar mais nada. — E claro,levou o tiro.

— E quem atirou em mim?

— Um dos empregados,ele achou que tinha alguém invadindo a fazenda, foi uma reação normal dele.

— Ah e oque aconteceu com ele?

— Eu pedi para que não acontecesse nada com você,ou eu ia matar ele,claro antes eu dei uma surra nele.

— Felipe, não, ele não teve culpa,você vai se desculpar com ele.

— De forma alguma,ele que tem que se desculpar com você. — Ele estava sério. — Como você se sente?

—Eu não estou com dor,bem,só a cabeça.

— Coitadinho. — Ele riu tocando meu rosto.

— Eu estou cansado, mas não quero dormir.

— Você ficou muito tempo na cama,mas tenho certeza que vai sair bem rápido. — Ele beijou minha testa,logo um senhor entrou, ele era o médico,um senhor bem legal. Ele me deu alta e voltei para casa,nada havia mudado lá. Felipe estava mais feliz.

— Que bom que você acordou,eu já não aguentava mais de ver naquela cama.

— Eu estou bem agora. — Estavam batendo na porta apresadamente. Lorenzo entrou bravo por ela.

— Por que você não me contou oque aconteceu com ele? — Gritou ele para Felipe.

— Porque você não tinha nenhum direito de saber.

— Olha aqui seu muleque. — Ele segurou na gola da camisa de Felipe. — A culpa de tudo isso é sua.

— Chega Lorenzo, Felipe não tem culpa de nada,eu não entendo o porque de você estar assim.

— Porque... — Ele parou de falar e se calou. — Como você está?

— Eu estou bem. — Falei irritado, eu odiava ser cuidado.

— Mesmo? Você ficou duas semanas no hospital.

— Mas eu estou bem. — Ele pegou na minha mão.

— Eu não ia me perdoar se algo acontecesse com você. — Eu ficava cada vez mais confuso.

— Quem é você? — Perguntei olhando nos seus olhos, ele se levantou e me olhou antes de sair, seus olhos estavam tristes.

— Eu não sei qual é o problema desse homem. — Felipe estava irritado.

— Ele só está preocupado amor. — Felipe socou a parede. — Você vai se machucar assim.

Ele se sentou perto de mim,eu o deitei no meu colo.

— Eu sei que não esta sendo fácil para você, essas semanas foram difíceis. — Fiz um cafúne na cabeça dele.

— Eu te amo. — Eu sorri.

— Eu também. — Ele dormiu enquanto eu olhava para ele,eu estava cada vez mais confuso com Lorenzo,afinal quem é ele? Por que ele se importa tanto comigo assim? Eu terei de falar com ele,e ele vai ter que me contar a verdade.

°°°

Felipe havia saido,estava frio e eu estava no quarto, era tédioso ficar no quarto sem nada para fazer, então me vesti e fui até o apartamento vizinho. Lorenzo abriu a porta depois de alguns minutos.

— Ewerton. — Ele sorriu.

— Bem,eu vim visitar você. — Ele abriu espaço para que eu passasse.

O apartamento dele era muito bem mobilhado,ele tinha um gosto para a arte impressionante,lembrei de minha mãe, ela era pintora,o estranho é que em alguns quatros tem os traços da minha mãe, devo estar pirando. Tinha móveis de madeira negra lustrosos,lindos. As paredes eram verdes e azuis, eu não moraria em um lugar com essas cores,mas devo admitir que a combinação era perfeita.

— Você quer tomar alguma coisa?

— Um café seria ótimo. — Falei mas sem prestar atenção nele,eu olhava para um estante de livros,grandes classicos da literatura,best sellers famosos. Mais oque mais chamou minha atenção foi achar uma foto da minha mãe em cima de uma mesinha de vidro,e uma outra foto minha,de quando eu era apenas um bebê,eu as peguei na mão, Lorenzo estava na minha frente segurando uma bandeja.

— Você pode me explicar, por que tem fotos minha e da minha Mãe aqui? — Ele não falou nada, apenas colocou a bandeija na mesinha.

— Eu não sei se você vai gostar de saber. — Falou calmo.

— Claro que eu vou,eu quero entender o porque um homem que eu mal conheço se importa tanto comigo.

— Você tem razão,eu também ficaria espantado.

— Por favor me diga. — Eu implorei olhando para ele.

— Eu não sei como dizer

— DIGA DE UMA VEZ CARALHO. — Gritei.

— EU SOU SEU PAI. — Ele se levantou, deixei as fotos caírem no chão,a moldura das fotos se partiu em pedaços,já que eram de vidro.

— Não,você não pode ser. — Eu olhava para o chão tentando ordenar meus pensamentos, e lutando contra a vontade de chorar.

— Eu sei que você não pode me perdoar, mas esse foi o único jeito de me aproximar de você.

— Não me toca,eu sempre quis entender porque você me fazia também bem. — Ele chegou mais perto. — Não chega mais perto. — Me afastei. — eu odeio você, odeio você com todas as minhas forças,você abandonou minha mãe quando ela estava grávida.

— Deixa eu explicar.

— Não, eu não quero te ouvir. — Sai do apartamento dele correndo, quando cheguei em casa me deixei cair no chão e comecei a chorar,não era possível Lorenzo ser meu pai,mesmo uma parte de mim dizendo que ele era,agora eu entendi porque me sentia protegido com ele, porque queria ficar sempre perto dele,e essa é uma realidade que não me agradou. Felipe voltou e me viu caído no chão, desnorteado.

— O que aconteceu?

— Lorenzo. — Apenas falei, Felipe ficou com uma cara seria e começou a gritar

— O que ele te fez? Ele tocou em você? Eu vou matar ele. — Ele se levantou e eu segurei seu braço.

— Ele é meu pai. — Falei baixo.

— O que? — Soltei seu braço e voltei a me encostar na parede,ele me abraçou.

— Você não está nada bem né?

— O que você acha? Ele,meu pai a pessoa que eu mais odeio no mundo. — Me levantei e fui até a cozinha,achei oque procurava,a garafa de wisky de Felipe, tomei no gargalo,ardeu muito, era ruim,mas eu continuei tomando.

— Ewerton, você não pode se embebedar. — Ele tentou tirar a garafa de mim.

— Você não sabe oque eu estou sentindo, está doendo tanto. — Tomei outro gole.

— Mas você gosta dele.

— Por isso,é bem pior,eu não devia gostar dele,eu tinha que odiar.

— Por favor amor,fique calmo,me de essa garafa.

— Não, eu vou beber até esquecer ele. — Tomei de novo,e mais uma vez e outra, estava quase no final quando Felipe conseguiu tirar a garafa de mim. Tudo estava rodando e borrado. — Eu vou ir falar muitas verdades na cara dele.

— Se você conseguir sair. — Ele cruzou os braços. Eu mostrei o dedo do meio para ele. Cambaliei quando tentei sair da cozinha,e sorri,comecei a rir. E chorar em seguida.

— Ele não pode ser meu pai. — Felipe me abraçou eu apertei ele.

— Você não está bem amor. — Senti tudo rodar e então mergulhei na escuridão.

°°°

Acordei sem entender o que havia acontecido e com uma dor de cabeça muito pior,eu estava pelado e Felipe estava deitado do meu lado,também pelado, a cama estava toda bagunçada,tentei me levantar mais minha cabeça deu uma pontada.

— Ai droga.

— O que foi?

— Minha cabeça, está doendo demais.

— Ah,fique deitado logo vai passar,depois do porre que você tomou. — Deitei minha cabeça junto com a dele.

— O que aconteceu aqui?

— Você tinha desmaiado,então te trouxe para o quarto,você acordou e me agarrou,e o resto você deve imaginar.

— Odeio beber,odeio fazer as coisas e não lembrar.

— Se lembra o porque você bebeu?

— Lembro, não quero mais voltar a ver ele. — Ele tocou meu rosto.

— Certo, então vamos nos mudar.

— Não precisa amor.

— Claro que precisa,quero te ver tranquilo pra ficar tranquilo. — Me deixei no peito dele,ele me embrulhou em seus braços.

— Tudo bem.

— Amanhã mesmo vamos ir ver uma casa bem bonita pra você.

— Para nós,Felipe, nós. — Falei fazendo circulos com o dedo no abdomem dele.

— Certo. — Ele me apertou. — Vamos dormir agora, você não tera mais dor quando acordar. — Fechei os olhos e pela primeira vez nada veio a minha cabeça, eu pude dormir tranquilo. Com a proteção de Felipe.

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Comentários

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DE FATO ESSE LANCE DO TURO TÁ MAL EXPLICADA. COMO TB TÁ MAL EXPLICADA A FALA DO FELIPE EM COMPRAR UMA CASA PRO EWERTON E NÃO PRA AMBOS. FIQUEI COM UM PÉ ATRÁS. VOU ODIAR FELIPE SE ELE ESTIVER ENGANANDO O EWERTON, SE BEM QUE ATÉ QUE MERECIA PRA LARGAR MÃO DE SER TÃO BABACA.

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Sabia. E que historia mais estranha essa do tiro.

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