— Você está sendo muito descuidado com ele Felipe,primeiro o tiro e agora isso,o que você acha que esta fazendo?
— Não venha me cobrar nada, eu só me descuidei.
— Felipe? — Eu estava meio tonto.
— Eu estou aqui amor,como você está? — Felipe pegou na minha mão.
— Estou me sentindo quebrado. — Senti que Felipe sorria.
— Bom,eu espero que você se recupere. — Falou Roger saindo pela porta. Felipe tocou minha testa e depois a minha buchecha,eu me sentia mais cansado.
— Eu te amo,você sabe disso não é? — Ele estava quase que desesperado.
— Eu sei amor,por que você está assim?
— Eu não estou comprindo o trato que fiz com a sua mãe. — Ele começou a chorar eu fiquei desesperado sem saber oque estava acontecendo.
— Felipe está tudo bem. Ele saiu do quarto, eu não conseguia me levantar. Felipe não era de se descontrolar assim. Me sentei na cama com muita dificuldade,minhas costas doiam. Me levante lentamente e fui para a sala.
— Felipe,você está bem?
— Por que você se levantou Ewerton? — Ele me ajudou a me sentar.
-Eu fiquei preocupado com você! — Ele sorriu e tocou meu rosto.
-Desculpe,não devia ter te preocupado, eu só estava com medo de te perder,mas isso nunca vai acontecer. — Ele tocou meu rosto. — Eu vou cuidar melhor de você daqui em diante. Quem te bateu?
— Gustavo. — Felipe fechou a cara.
— Eu vou acabar com ele.
— Tudo bem, ele só está com cíumes por eu ter te levado. Não vai fazer nada com ele.
— Vou sim. — Eu ia falar algo mas me calei quando ele me beijou me deitando no sofá, eu senti minhas costas doerem mas não reclamei,o beijo dele era desesperado como se isso dependesse a vida dele. Ele passou sua mão na minha perna me fazendo arrepiar,sua língua passou pela minha boca e eu a mordi,quando eu beijava Felipe era sempre como a primeira vez, era inesquecivel. Ele parou de me beijar e segurou meu rosto.
— Ninguém vai tirar você de mim,nem que eu tenha que morrer,você não sai de perto de mim! — Ele me abraçou me apertando.
— Você está me machucando.
— Eu acho que ele o Gustavo gosta de você!
— Bobagem. — Ele se sentou do meu lado. — Ele só esta com raiva porque você me tirou do grupo,você me mudou Ewerton. — Eu sorri.
— Que bom! Coloquei minha cabeça no ombro dele. — Você comprou os moveis?
-Comprei tudo,você vai amar!
— Eu sei que vou. — Ele me deitou no colo dele,eu o abraçei.
Os dias foram se passando sem nenhum evento importante,Felipe estava cada vez mais perto de mim não me deixando sozinho nenhum minuto,essa super proteção dele era estranha, era como se ele estivesse com medo de alguém aparecer do nada e me matar.
Já tinhamos nos mudado para nova casa,e meu espanto foi tão grande quando eu vi a casa toda mobilhada com cores fortes,incríveis.
— Temos que fazer uma grande festa para comemorar. — Falou Felipe me abraçando por trás e mordendo minha orelha.
— Claro,podemos organizar,mas no fim de semana.
— Tudo bem, vou deixar você arrumar tudo!
— Mas Felipe, eu não sei nada sobre festas.
— Bom, como a minha mãe sempre diz,se vira. — Ele subiu a escada e eu corri atrás dele.
— Se tudo der errado não me culpe. — Gritei.
— Claro que vou. — Ele subiu para o quarto.
— I'll cry until my pity party's in flames. — Cantei triste,isso ia ser o mico do ano!
Era noite e Felipe não havia descido do quarto, eu preparei o jantar e fui atrás dele. Ele estava dormindo na cama de casal,jogado,cama era feita de marmore,eu não entendi como eles conseguiram fazer uma cama assim,era muito confortavel,por incrivel que pareça. Felipe estava de cueca box roxa,eu fiquei tentado em arrancar ela.
Eu reparei o corpo dele melhor agora, ele tinha uma bunda muito grande,as pernas eram fortes e torneadas,mas eu nunca vi ele na academia,não mais. Que bruxaria era essa?
Me deitei perto dele não queria acordar ele,estava dormindo tão calmo como uma criança tendo sonhos bonitos. Eu era tão feliz com ele,em pensar tudo que passamos até agora, só coisas boas,ele deve me amar muito para me aguentar tanto tempo ou é apenas louco. Passei minha mão na suas costas nuas,sua pele era tão lisa e quente e conseguia me causar muitas sensações. Ele se mexeu mas não acordou,me levantei.
— A onde você pensa que vai? — Falou ele me puxando pelo braço, eu cai de volta na cama.
— Você não estava dormindo?
— Não, mas pode continuar me tocando. — Eu sorri.
— Seu bobo.
— Você é tão doce. — Ele me olhava fixamente nos olhos.
— Não sou não, na verdade sou agridoce.
— Isso é verdade. — Ele riu — Mas é doce sim e bondoso,gosto disso.
— Que lindo,mas por que está falando isso?
— Ah sla estou falando coisas sem sentindo! — Ele subiu em cima de mim,segurando meus braços.
— Isso não é justo. — Falei tentando me soltar.
— E quem te disse que a vida é justa? — Falou ele no meu ouvido,eu me arrepiei todo.
— Já ouvi isso antes. — Ele me calou com seus lábios,ele estava em cima do meu membro e não pude deixar de ficar excitado.
— Está todo animado aqui em. — Falou ele sorrindo maliciosamente. Ele rebolou em cima do meu membro, eu me contorci de tesão.
— Não faz isso comigo.
— Vai chorar bebê?
— Não me provoque.
— Ou vai fazer o que? — Eu tirei ele de cima de mim e fiquei sentado no colo dele. Sorri triunfante.
— Você está mais forte em. — Ele lambeu os lábios. Eu sai de cima dele e arrumei a minha roupa.
— Eu espero você lá em baixo. — E sai deixando ele sem entender nada,é claro que eu estava maltratando ele.
Na mesa do jantar Felipe se mostrou calado,isso era estranho vindo dele.
— O que houve?
— Nada,só estou um pouco cansado!
-Mas você passou o dia dormindo. — Estranhei. — E você nem tocou na comida, esta ruim? Eu errei no ponto da carne? Eu sabia que havia errado…
— Não, não é nada disso,a comida está ótima,eu apenas estou sem vontade.
— Ah. — Olhei para meu prato sem nenhuma vontade de experimentar ele. — Me fala da sua família, você conhece todos?
— Não todos,bem,tios e tias,primos. E você?
— Não conheço meu avô, eu tenho uma foto dele,mas minha mãe disse que eu nunca devia querer conhecer ele, ela também quase não falava dele. — Eu sorri dando uma garfada na carne. Crua. Sorri desapontado.
Meu avô tinha uma expressão seria, passava um ar de mandão e líder,cabelos grisalhos,olhos azuis,um senhor de idade bem de saúde. Me levantei levando os pratos para a pia. Felipe me ajudou a tirar a pia e a lavar a louça. Depois ele me levou para o quarto no colo,eu o beijava,nos quase caimos da escada.
— Você não se cansa de mim?
— Nunca, você é tudo para mim. — Ele tocou meu rosto, estávamos deitados na cama um olhando para o outro. Cada dia que passa eu amo mais ele,e todo dia o conheço mais,é como se ele fosse uma caixa de surpresas.
Dormi ouvindo as batidas do seu coração.
