O SEQUESTRO - Parte 1
Ricarda adorava farrear, mas não estava à vontade naquela noite. Viera com a irmã e mais duas amigas desta, e só ela não estava de namorado. Pediram para juntar duas mesas e se sentaram, num barzinho famoso por apresentar shows de música ao vivo. Só voz e violão ou teclado. O bar costumava pagar o maior cachê da noite ao artista que mais fosse aplaudido durante a sua apresentação, mas desse detalhe o público não sabia. Isso fazia com que os profissionais se empenhassem em mostrar seu melhor repertório e sua melhor performance no palco.
No momento em que chegaram, o bar não estava muito cheio, porque ainda estavam testando o som. Um técnico destrinchava um emaranhado de fios e plugava-os em seus devidos lugares. Um negrão ajeitava a iluminação e ajudava o cara a carregar os pesados instrumentos. O namorado de sua irmã sabia bem que ela só tomava cervejas, então deixou-a dando uma olhada no cardápio enquanto um garçom foi chamado para o pedido de bebidas. Ronaldo, o noivo de uma das amigas de sua irmã preferia tomar Campari, ao invés de cervejas. Os outros pediram cervas e um deles perguntou se podia fumar ali. O garçom respondeu que não, pois, mesmo sendo um lugar aberto, a fumaça poderia incomodar algum cliente. Não houve protesto. Até porque só um do grupo de sete pessoas, sentado naquela mesa fumava. Ricarda costumava pegar bituca de quem fumasse, mas não era viciada.
Escolheu dois pratos do cardápio e os submeteu à aprovação do grupo. Enquanto se decidiam, ela olhou em volta, procurando alguma cara conhecida. Não havia. Mas dois homens sentados numa mesa próxima atraiu a sua atenção. Um negro e um loiro. Ambos eram bonitões, mas Ricarda se interessou mais pelo afrodescendente. No entanto, quem olhava para ela com maior interesse era o branco. O outro parecia concentrado na leitura de um livro de poucas páginas. Ela apurou a vista, mas não deu para ler o título. O loiro, percebendo sua insistência em olhar naquela direção, ergueu o copo, fazendo-lhe um convite a beber naquela mesa. Sua irmã, sentada ao seu lado, cochichou:
- Não vá. Não gostei do loiro. O negrão é mais simpático, mas parece estar alheio às pessoas no bar. O loiro, porém, parece ser desses machos bem safados, que só pensam em satisfazer seus instintos bestiais de sexo.
Ricarda não deu atenção às palavras da irmã. Também não se deu ao trabalho de dizer que também tinha gostado mais do negrão. Às vezes, detestava a irmã por viver o tempo todo se metendo em sua vida. Como era a caçula, e não tinha nenhuma fonte de renda, ficava à mercê dela. Todas as vezes que arranjava um pretendente, a irmã sempre botava "areia" na sua escolha. Tinha sempre um defeito a apontar em seus pretensos namorados. Por isso, não gostava de sair com a irmã. No entanto, desde que esta estava de namorado novo, tinha relaxado mais a vigilância sobre ela. Por isso, contava conhecer alguém naquela noite. Acompanhada de um macho, talvez sua irmã a deixasse em paz.
- Ouviu o que eu disse, Ricarda?
- Ouvi sim, Sirleide. Vê se me deixa em paz, ôxe.
- Não invente de sair de perto de mim, como fez da última vez. Senão eu faço vergonha a você na frente do cara que estiver contigo.
- Porra, você não é minha mãe. Portanto, para de me aporrinhar.
- Não sou tua mãe, mas sou mais velha que você. E fiquei responsável por ti desde a morte dela. Então, enquanto você não se casar e ter tua própria casa, terá que me obedecer.
- E como posso casar, se você vive sempre atrapalhando minhas relações com os namorados que consigo?
- Ei, eeeeeeeeeeei, nada de arengas. Obedeça tua irmã e pronto. Não estrague a nossa noite.
- Vai te foder - disse se dirigindo ao namorado da irmã - você manda em tua irmã e quer mandar em mim também, caralho?
- Boca suja! - disse o cara, perdendo o interesse em discutir. Sirleide agradeceu a intervenção dele, mas disse que ele não devia se meter nas discussões entre ela e Ricarda. A outra poderia ficar chateada com ele e não querer sair mais com o grupo.
Era verdade. Ricarda não simpatizava com o sujeito. Talvez por ele estar sempre do lado de Sirleide, dando sempre razão a ela. O cara parecia um cachorrinho, obedecendo à irmã. E era um desocupado, que usava a desculpa de não querer trabalhar para nenhum patrão para camuflar a sua preguiça de encarar um emprego. Mas os pais dele eram abastados, e ele não tinha problema em pedir-lhes dinheiro para as farras. Mas nunca soube se ele e a irmã já tinham transado. Ela nunca falava sobre os seus relacionamentos, apesar daquele ser o terceiro namorado da vida dela. O sujeito também não parecia ser muito interessado em sexo. Nunca vira nem um beijo trocado pelo casal. Já ela, vivia o tempo todo pensando em sexo, apesar de ser ainda virgem. Era doida pra dar sua "perseguida" a alguém. Nem se fosse só pelo prazer de dar. Não pensava em se casar, tão cedo. Mas o negrão que estava no bar havia lhe despertado o interesse. Olhou em sua direção, mas ele não estava mais lá. Procurou-o em todas as direções e não viu o cara dentro das dependências do bar. Num ímpeto, levantou-se da mesa e caminhou decidida em direção à mesa onde ele havia estado sentado. O loiro ajeitou uma cadeira, para ela se acomodar.
- Onde está seu amigo? Gostei dele. - Corou, se percebendo tão oferecida.
- Foi ao sanitário, mas deve voltar logo. Sente-se aí, pra gente conversar. Quer um copo de cerveja?
- Depende. E se eu aceitar a bebida, como irei te pagar? Não tenho dinheiro.
O loiro riu. Um riso malicioso. Piscou-lhe um olho e respondeu:
- Não se preocupe com isso. Acharemos um jeito de você me ressarcir, já que não aceita beber de graça...
Mas aí Ricarda sentiu a mão de sua irmã apertando-lhe o braço. Sirleide estava com raiva. Disse-lhe:
- Vá já para a mesa. Eu não posso me abestalhar nem um segundo, que você sai de perto de mim.
Ricarda fez cara de zangada, livrou-se da mão da irmã, mas voltou para a mesa, amuada. Não ouviu o loiro falar para Sirleide:
- Deixe a menina aqui na mesa, não vai acontecer nada demais com ela. Quero apenas conversar. E você está por perto, para cortar o nosso barato...
- Ela está esperando o namorado -, mentiu a médica - e o cara é ciumento e violento. Estou tentando evitar problemas para você e para ela.
- Ok, também não quero confusão. Obrigado por me alertar.
Quando Sirleide voltou para a mesa, Ricarda, ainda zangada, disse-lhe:
- Vou ao sanitário. E não me dirija a palavra pelo resto da noite.
E a jovem saiu bufando. A irmã quis ir atrás dela, mas o namorado a impediu:
- Deixe-a. Não faça uma cena aqui. Detesto isso. E ela já é de maior.
- Sim, é de maior, mas você bem sabe como ela é. Por isso, tenho o maior cuidado.
- Relaxe. Sei que se sente responsável por tua irmã, por ela ser a caçula, mas às vezes eu acho que você exagera...
Ricarda parou perto da área dos sanitários e molhou o rosto. Estava com ódio da irmã. Um rapazinho saiu do banheiro masculino. Ela perguntou:
- Viu um negrão lá dentro? Ele está sozinho?
- Está sozinho, sim, moça. As outras cabines estão todas desocupadas.
Ricarda esperou o jovem lavar as mãos e, quando ele se afastou, ela olhou em volta. Ninguém parecia prestar atenção a ela. O cara loiro estava entretido, tomando sua cerveja, e talvez nem a tenha visto sair de junto do grupo. Ajeitou-se, enquanto tomava coragem. Depois, invadiu o W.C. masculino e trancou a porta por dentro. Viu o negrão de calças arriadas, livro na mão, sentado no vaso sanitário. Olhava para ela, espantado. Disse:
- Aqui é o banheiro dos homens, moça. O das senhoritas é o ao lado.
- É este mesmo que eu quero. E quero você. Você vai ter que me dar o que eu quero.
O sujeito fez cara de quem não estava entendendo bulhufas. Perguntou para ela:
- E posso saber o que a senhorita quer? - o negrão estava curioso.
- Que livro é este que está lendo?
O cara estranhou a pergunta. Tanto que teve que pedir que ela repetisse, para ele poder entender.
- Quero saber que livro é esse, que te deixa tão interessado. E estou vendo que está excitado - O sujeito escondeu o sexo com o livro. Ela pode ver o título. Era um livro erótico.
- Gosta de ler safadezas?
O cara estava vermelho de vergonha. Mesmo assim, respondeu:
- Gosto muito. E esse autor é dos bons. Ehros Tomasini, um dos melhores escritores eróticos que eu já tive o prazer de ler.
Ela pediu o livro, enquanto ele escondia o sexo com as duas mãos. Continuava sentado no vaso sanitário. Ela leu alguns trechos e depois olhou para ele, com uma expressão bem tesuda no rosto.
- Eu adoro putarias. Mas minha irmã não me deixa ler.
- Você é de menor idade?
- Que nada! Acabei de completar vinte e dois anos. Doida para dar uma peiada.
Ele riu. Corrigiu-a:
- Acho que você quis dizer uma xoxotada. Quem tem peia é o homem.
Ela pensou um pouco e depois concordou com ele. Perguntou:
- A tua é grande? Deixa eu ver?
Ele esteve indeciso, depois retirou devagar as duas mãos da frente do sexo. Deixou à mostra um caralho enorme. Duríssimo, com quase trinta centímetros de tamanho.
Ela arregalou os olhos:
- Porra. Caralho... acha que eu conseguiria aguentar tudo isso na minha xoxotinha miúda? Eu sou virgem, cacete. E doida para dar meu cabacinho. Mas também não quero ficar arrombada. E não quero engravidar, principalmente agora, que ainda moro com minha irmã.
- Você não tem namorado?
- Porra nenhuma. Tem dias que só falto subir pelas paredes, de tanta vontade de foder. Fico vendo pornôs na Internet, mas só quando minha irmã não está em casa. E ela pouco sai.
- Ela não trabalha? - perguntou o negro, levantando-se do vaso. Não havia nenhuma sujeira, como se ele estivesse sentado ali só para ler. Ela percebeu. Respondeu-lhe a pergunta:
- Trabalha sim, mas em casa. Tem uns putas equipamentos médicos e cuida de idosos. Deixa-os internados em nossa casa e cuida deles dia e noite. A maioria, doentes terminais. Você não estava cagando?
- Oh, não. Vim aqui para ler, pois temi que vissem minha cara de tarado lá no bar. Eu estava na melhor parte erótica do livro. Confesso que ia bater uma bronha antes de voltar para a mesa.
- Deixa que eu bato uma pra você. - Ela disse com a cara mais safada.
Claro que não. Alguém pode aparecer e nos flagrar. Aí, seríamos expulsos do bar.
- Eu não me importo, - disse ela jogando o livro no chão sujo do banheiro e se aproximando do negrão. - Eu quero dar um beijo nessa rola enorme.
- Eh, peraí. Você não tem cara de ter a idade que diz ter. Deve ser de menor, ou está grávida de algum cara e quer jogar a culpa pra mim. Só pode ser isso.
- Relaxa, negrão, e come logo esta minha boceta. Mas, antes, deixa eu te dar uma chupada bem gostosa. Eu vejo as putas masturbarem e mamarem nos paus dos caras e sempre tive vontade de conhecer o gosto de um caralho. Não vou perder esta oportunidade.
- Caracas, você deve ser louca...
- Sim, louca por rola. Me dá logo essa porra.
Em seguida, Ricarda agachou-se perante o sujeito e pegou seu cacete entre as mãos. Alisou, cheirou, lambeu e depois atolou o bicho na boca, fazendo o negrão gemer.
- Isso. Diga o teu nome, quando estiver perto de gozar. O meu é Ricarda.
Não demorou muito e o sujeito falou, com grande dificuldade:
- Meu... nome... é... Guilhermeeeeeeeeeeeee...
A mocinha chupava muito bem, apesar de dizer que era virgem. Parecia ter anos de prática. Logo, o gozo aflorou do âmago do negrão. Ela aumentou os movimentos dos lábios e da mão, punhetando o cara enquanto lambia, chupava e mordiscava levemente a chapeleta enorme do caralho dele, assim que percebeu que estava para gozar.
- Para... Renataaaaaaaaaa... senão... vou gozar na... tua... bocaaaaaaaaaaaaa!
Guilherme disse a útima palavra da frase despejando um jato forte de porra. Ela não esperava, por isso engasgou e começou a tossir.
- Continua. Continua, putinha, pois estou gozando, caracas...
Mesmo tossindo bastante, ela continuou a punheta. Um novo jato de esperma espirrou bem no seu rosto. Ela se lambuzou com a porra, rindo feliz.
- Goza. Goza mais, meu garanhão bravio. Me enche a cara de porra. Adorei o cheiro e o gosto - E meteu a pica de volta aos lábios, pois já tinha parado de tossir. Mas estava vermelha da tosse e já quase sem fôlego.
FIM DA PRIMEIRA PARTE