O SEQUESTRO - Parte 2
Só quando começou o show do primeiro cantor da noite, Sirleide deu pela falta da irmã:
- Cadê Ricarda? - Aperreou-se - Meu Deus, eu me entretive e só agora é que percebi que ela ainda não tinha voltado do banheiro.
- É verdade. É melhor ir dar uma olhada lá. Talvez ela tenha passado mal e não pode voltar - disse uma das amigas da médica.
Esta já se levantava afobada e ia atrás da irmã. O namorado a seguiu de perto. Sirleide, no entanto, não a encontrou no gabinete sanitário. Ficou mais aperreada ainda.
- Talvez ela tenha ficado com raiva e tenha ido embora, depois que vocês discutiram. Ligue para ela...
- Ela não tem telefone. Eu nunca quis que tivesse, para que não ficasse falando com algum namorado às escondidas de mim. E se foi para casa, duvido que atenda ao telefone. Eu a conheço: tem um gênio danado.
Quer que eu pergunte àquele loiro com quem ela estava conversando, assim que chegamos? Talvez ele a tenha visto sair.
O loiro estava tomando sua cerveja tranquilamente, distraído pela música que o cantor interpretava com muito talento. O cara tinha dado uma nova roupagem à velha melodia e a interpretava com primor. Recebia os aplausos da plateia. O sujeito só percebeu o casal quando este estava ao lado da mesa. Sirleide o interpelou:
- Cadê minha irmã?
O loiro fez uma cara de espanto e perguntou:
- Ué, e sou eu que devo dar conta dela? Vocês é que estavam na mesma mesa.
- E teu amigo, cadê ele? - Perguntou o namorado de Sirleide.
- Não sei, oras. Ele é independente. Cada um tem seu carro. Nem sempre saímos juntos. E ele foi embora faz um tempão.
- Viu se minha irmã saiu com ele?
- Duvido. Ele tem uma namorada e gosta muito dela. Deu trabalho eu convencê-lo a vir para cá. Só veio porque ela está de plantão, hoje. Mas pode ter ido apanhá-la no hospital, pois ela já deve estar largando -, disse o loiro, olhando para o relógio digital que usava no pulso direito.
- Minha Nossa Senhora... onde estará aquela maluca? - A médica estava aperreada.
- Não se preocupe, minha linda. Ela já deve estar em casa, amuada. Foi embora de propósito, pra te deixar preocupada.
- Será? Eu preciso ter certeza. Fique com o pessoal, enquanto eu vou até em casa e confirmo se ela está lá. Depois, volto pra cá, está bem, amor?
Pouco depois, a médica saia cantando pneus. As poucas pessoas que estavam no bar olharam em sua direção, incomodadas com o barulho. Sirleide não deu a mínima, preocupada com a irmã. Demorou quase meia hora a chegar em casa. As luzes da enorme residência estavam todas apagadas. Abriu a porta, chamando pela irmã. Não obteve resposta. Acendeu todas as lâmpadas, de todos os cômodos, procurando por Ricarda. Ela não estava em casa.
Ligou para o número do namorado, afobada. Estava quase chorando quando o cara atendeu ao celular. Deu-lhe a má notícia:
- Ela não veio para casa. Infelizmente, vou precisar de você para achá-la, amor. Livre-se do pessoal daí e venha ter comigo. Aqui, veremos o que fazer.
Fez-se silencio por um breve momento. Depois o cara afirmou:
- Volte para cá. Dê um tempo para procurá-la nas delegacias e hospitais. A Polícia, normalmente, pede um período de setenta e duas horas para poder considerar uma pessoa desaparecida. Lembre-se de que meu irmão é policial. Qualquer coisa, podemos contar com ele.
- Eu não vou conseguir passar 72 horas sem fazer nada. Preciso encontrá-la antes.
- Antes, vamos terminar a nossa noitada, minha linda. Se até o final da farra ela não aparecer, damos queixa ao meu irmão.
Cerca de meia hora depois, Sirleide retornou. Estava amuada, quando sentou-se ao lado do namorado. O resto do grupo já estava sabendo do acontecido e tentou tranquilizá-la. Não houve jeito. Principalmente quando a médica percebeu que o loiro já não se encontrava no recinto. Disse para o namorado:
- Devíamos ter perguntado ao loirinho onde o negrão mora. Talvez minha irmã ainda esteja com ele, em algum outro barzinho. Ou, quem sabe, em algum motel? Ricarda é maluca e bem capaz de fazer isso. Agora, o amigo dele já se foi.
- Quando você saiu, eu perguntei por tua irmã aos garçons. Ninguém a viu saindo. Nem só, nem acompanhada.
- E o pessoal daqui a conhece?
O namorado da médica demorou a responder.
- Estou falando contigo, Paulo.
Só então, ele afirmou:
- Mostrei-lhes uma foto dela.
A médica franziu o cenho. Quis saber como ele tinha uma foto da irmã, no celular. Meio empulhado, Paulo respondeu:
- Ela deve ter mexido em teu celular e me enviado uma das fotos que você possui dela, pelo Zap.
- Cadê a foto que você tem?
- Não vale a pena, minha linda...
- Mostre-me. - Disse a médica, já irritada. O resto do grupo olhava para ambos, preocupados.
Paulo demorou a fazer o que ela pediu. Quando mostrou a foto, Sirleide explodiu de raiva:
- Safado, tem uma foto da minha irmã nua??? Eu nunca nem vi esta foto, seu cachorro.
Dito isso, deu um tapa no rosto do namorado e levantou-se da mesa. Chamou a atenção de todos no bar, que já estava lotado. A médica saiu sem falar com o resto do grupo. Foi embora cantando os pneus do carro, como fez antes.
- Como conseguiu essa foto, Paulo? - perguntou uma das amigas da médica, quando esta se foi - E não minta para mim...
- Note que esta foto foi tirada dentro de um banheiro. Ela deve ter usado o celular da irmã e depois deletado a imagem, para não deixar rastro.
- E por que você não disse nada a Sirleide? - Perguntou-lhe a outra amiga.
- Não queria que as duas brigassem. Então, escondi o fato. Mas me arrependo. Agora, Sirleide ficou com ódio de mim.
- Converse com ela.
- Depois. Agora, não vai adiantar de nada. Furiosa, ela é cabeça-dura.
- Bem, a noite está acabada para mim -, disse Ronaldo - vou-me embora.
- Vamos todos - disse o restante do grupo quase ao mesmo tempo.
Pagaram a conta e, antes de se separarem, Ronaldo perguntou:
- Meu carro não está bom. Acho que vou deixa-lo no estacionamento do bar. Podia nos levar em casa, já que é caminho pra ti?
- É, ele veio estancando de minha casa até aqui. Você deixa meu anjo em casa e depois voltamos juntos, eu e você. - disse a namorada de Ronaldo, piscando um olho para Paulo, na frente do namorado. Este nem ligou, pois sabia que era brincadeira dela. Conhecia-a havia uns dois anos, e ela sempre foi brincalhona.
Pouco tempo depois, paravam na frente da casa de Ronaldo. Ele desceu com a namorada, trocaram um beijo ardente e depois ela voltou para o carro. Quando ela se acomodou, Ronaldo disse:
- Podem ir. Mas todo cuidado é pouco com essa maluca. É bem capaz dela te cantar a caminho de casa. Se eu souber que me traíram, mato os dois - disse o rapaz, em tom de brincadeira.
Todos riram. Depois Paulo encetou a marcha e fez a volta, pois a jovem morava umas duas ou três ruas antes. Ele disse:
- Ronaldo é um cara legal. Confesso que ficaria cismado em deixar que outro levasse minha namorada sozinha para casa.
- E o que você teme, que ela te botasse um par de chifres?
- Claro. Aprendi a não confiar muito em mulheres. Sou desconfiado de que já fui traído várias vezes.
- Ué, mas não é o homem quem trai?
- Normalmente, sim. Mas mulher, quando cisma de trair, é mais perigosa. Fá-lo sem nenhuma crise de consciência...
- Conversa. Eu mesma nunca traí Ronaldo, mas sei que ele já andou se enrabichando por amigas minhas. Uma, inclusive, me disse que ele a cantou várias vezes por telefone.
- Não ficou com ciúmes?
- Não, pois ela o conheceu antes de mim, rá, rá, rá. Apaixonei-me por ele quando ainda eram namorados...
- E aí, me conta como ficou essa história?
- Ah, começou quando um dia eu elogiei a beleza de Ronaldo, quando estávamos sozinhas. Ela me confessou que não era apaixonada por ele e estava doida para se livrar do cara, pois já tinha alguém em vista. Deu-me o telefone de Ronaldo e pediu que eu desse em cima dele. Fiz isso e começamos a namorar dias depois. Mas me arrependi. O cara é um gelo na cama.
- Paulo olhou para ela, desconcertado. Jamais esperou uma confissão daquelas. Mas não disse nada, concentrando-se na direção.
- Você é?
Paulo não entendeu a pergunta.
- Sou o quê?
- Um gelo na cama, oras.
Ele ficou empulhado. Mesmo assim, respondeu:
- Nunca reclamaram do meu desempenho sexual. Mas confesso que não tive muitas namoradas. Sou um tanto tímido.
- Do que você mais gosta no sexo? - Perguntou ela maliciosamente, enquanto abria o zíper da calça dele. Estavam quase defronte à casa dela. Ele diminuíra a velocidade do carro, desde que começaram a conversa apimentada.
- Eu gosto do que a mulher também gostar. Prefiro não forçar a barra. - respondeu, depois de alguns segundos pensando.
- Eu adoro uma boa chupadinha. Estou com a xereca molhadinha, só de pensar, quer ver? Bote a mão no fundo de minha calcinha - Disse ela, ainda empenhada em expor o cacete do cara. A tarefa ficou difícil, quando o bicho ficou duro. Ele a ajudou a baixar a calça, e só depois levou a mão entre as pernas dela.
- Tem certeza de que quer mesmo isso?
Ela não respondeu. Levou a boca ao colo dele, assim que libertou seu caralho. Não era grande, porém era bem grosso. Um tanto deformado, pois a cabecinha era visivelmente menor que o resto do corpo. Ela sussurrou, como se ele pudesse ler seus pensamentos:
- Sim, a cabecinha é bem minúscula, do jeito que eu adoro. Minha boquinha é pequenina, aí eu não consigo abarcar um caralho muito bem. Mas me contento em chupar a cabecinha. Estou quase a gozar, só de pensar.
E trabalhou bem a língua na glande do cara, sempre retirando com ela a baba que saía do buraquinho. Passava o dedo mindinho, excitando-o ainda mais. Ele perguntou:
- Você me daria o cuzinho, também?
Ela parou de chupá-lo e olhou um tanto zangada para ele. Disse:
- Experimente me surpreender, ao invés de perguntar se gosto disso ou daquilo. Que mania vocês têm!
E voltou a chupar o cara. Cada vez mais carinhosamente. Ele enfiou-lhe o dedo na tabaca, que estava encharcada. Ela gemeu:
- Devagar, meu anjo. Gosto de fazer sexo bem gostoso...
Ele, no entanto, não estava para preliminares. Fê-la sentar-se em seu colo, tentando encaixar a rola grossa em sua racha.
- Ai, devagar. Assim você me arromba, meu anjo.
Mas o cara estava tarado. Enfiou tudo de uma vez, fazendo-a gritar de dor.
- Ai, danado. Assim, eu faço um escândalo, ouviu? Todo mundo na rua vai me ouvir gritar de tesão.
E ela começou a subir e descer no colo dele, apoiada com as mãos em seus joelhos.
- Ai. Ai. Ai que caralho bom. Bota ele todinho.
Paulo não quis dizer que já estava tudo dentro. Concentrou-se nos movimentos dela, curtindo o apertadinho da sua xoxota.
Aí ela começou a falar alto que estava para gozar. E apressou os movimentos, fazendo aquele barulhinho característico de quem está fodendo: choc, choc, choc. De repente ela se levantou, deixando escapar o cacete da greta:
- Aaaaaaaaaaaaah, danado. Estou... go... zan... doooooooooooo...
E libertou uma grande quantidade de um líquido branco da xoxota, molhando o colo do rapaz.
FIM DA SEGUNDA PARTE.