Laços Do Destino - Capítulo 16: Confronto

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1867 palavras
Data: 24/01/2018 01:37:39

Acordei em uma cama de hospital, óbvio. Eu fui atropelado e bati em alguma coisa dura, é a única coisa que eu lembro até perder a conciência, agora eu sei que bati minha cabeça, ela estava latejando de dor, eu fico espantado com a minha falta de sorte.

Mas a dor fisíca não se comparava com a dor da alma, eu me lembrei de tudo que havia acontecido e isso me atormentou.

Senti o cheiro de flores, eram as flores da campina, elas estavam perto da minha cama. Meus olhos encheram de lágrimas.

— Filho. — Minha mãe invadio o quarto.

— Oi mãe. — Respondi enxugando o rosto.

— Eu estava muito preocupada com você nem dormi a noite, O QUE DEU EM VOCÊ DE ATRAVESSAR A RUA DAQUELA FORMA?

— Mãe, não grita comigo, desculpa.

— Eu sei que você está mal pelo que houve. — Ela olhou para as flores que eu estava tentando pegar. — Ele esteve aqui, e estava muito preocupado, na verdade ele ficou desesperado quando eu falei que você tinha sido atropelado.

— Mãe, a senhora não devia...

— Claro que eu devia, e ele não parava de dizer que você se matou por culpa dele.

— Mas eu estou vivo, não está vendo? Foi um acidente. — Eu cruzei meus braços. — agora eu quero explicações.

— Você vai sair daqui em breve, o doutor Beto já está vindo!

Oh não, Beto não.

E lá estava ele me examinando, Beto não estava bravo comigo nem nada ele parecia normal. Estávamos em silêncio.

— Beto — Eu disse primeiro. — Você tem alguma coisa a ver com o que ouve ontem?

— Não. — Ele estava sério. — Na verdade eu estou tão surpreso quanto você. Olha, eu não quero seu mal, só estava com ciúmes, e depois de ver que você ama ele a ponto de perdoar uma traição, eu decidi que o melhor é me afastar dele! — Ele sorriu. — E você não é nem um pouco fraco, minha boca ainda está dormente depois daquele soco.

— Você mereceu. — Se ele esperava que eu ia pedir perdão, ele estava muito enganado.

— Eu sei.

— Mas não adianta nada você deixar ele em paz, eu preferia mil vezes perder ele pra você, do que pra uma mulher, é humilhante. — Ele deu de ombros.

— Ei, você ama ele, e é esse amor que vai livrar ele daquela vadia, tira ela do seu caminho, você chegou primeiro, e se precisar de ajuda eu estou aqui. — Eu sorri, não sei porque mas eu me daria bem com Beto. Mas eu sempre vou ficar com um pé atrás com ele.

— Então você não vai me dar nada pra eu morrer né? — Ele deu gargalhadas.

— Não, mas se você der um susto como esse em todo mundo de novo, eu vou ter que te dar veneno! — Ele falou sério e eu fique com medo. Mas logo ele sorriu.

Falar com Beto, foi bom, me deu uma certa coragem, e ele estava certo. Eu vou tirar essa vadia do meu caminho.

°°°

Eu já tinha ganhado alta, claro Beto me ajudou nessa parte. Eu tinha apenas alguns arranhões. Achei melhor ir atrás de Pablo e tirar essa história toda a limpo de uma vez. Cada minuto que passava eu ficava mais agoniado.

— Vai sair filho?

— Ah, vou sim.

— Mas você devia ficar descansando.

— Eu estou bem, e descanso depois.

Eu sai pela porta do quarto deixando ela lá sozinha. Peguei o carro do meu pai, felizmente ele não achou que seria um risco pra mim.

Fui até a loja, eu não sei porque achei que ele estaria aqui.

Quando entrei eu me lembrei do dia que eu havia passado mal, e ele me ajudou e desde então começamos a se dar bem. Tive que me segurar pra não chorar. E então percebo meu tio me olhando, ele estava encostado na porta.

— O que faz aqui? — A voz dele estava muito calma.

— Eu vim atrás do Pablo!

— Ah, Pablo. — Sua voz foi de desafio. — Não devia mais procurar ele!

— Ora tio, eu vim ver meu primo e...

— Não se torture, por favor, você precisa esquecer ele. — Meu tio me olhava de cima a baixo. Eu fiquei com um certo medo dele.

— Não me diga oque eu tenho que fazer, seu filho me ama eu sei disso. — Minha cabeça estava começando a latejar, eu tinha me esquecido de que eu havia batido ela.

— Não, meu filho é um homem, e ele só estava se divertindo com você. — Ele veio mais perto de mim, sua voz estava muito calma.

E então eu descobri que todos da família de Pablo, todos não valiam um centavo, meu próprio tio, aquele que eu acreditei ser meu amigo na verdade é um falso.

— Nós nos amamos!

— E você acredita nisso? Ele pediu aquela mulher em casamento, Vítor não seja tolo!

Eu estava com uma mistura de raiva e dor.

— Você é tão provocante, Vítor claro que meu filho ficou tentado, e quem não ficaria.

— Do que você está falando?

— Ah esse seu corpo, você é tão apelativo, essa sua boca carnuda! — Meu tio me puxou para o seu corpo e me beijou, sua língua me invadiu e eu senti nojo dele!

O empurrei e lhe dei um soco na cara, ele caiu no chão. Me olhando espantado e depois com um sorriso de deboche.

— Nunca, nunca mais chegue perto de mim, eu tenho nojo de você. — E sai da loja.

Eu estava com nojo, meu tio nunca demonstrou nada por mim, era nojento, não que meu tio fosse um velho, porque ele é bem jovem, forte cabelos negros, nem parecia que tinha 52 anos.

Mas eu não ligava, eu precisava falar com Pablo, eu precisava ir até a casa dele.

Foi a primeira vez que eu tive medo de entrar naquela casa. Algo gritava dentro de mim me dizendo pra não entrar. Mas eu não tinha escolha, eu já estava aqui.

Toquei a campainha, não queria entrar na casa mesmo tento a chave de reserva. Luiza veio abrir a porta pra mim. Luiza é a empregada de Pablo, ela me olhava como se quisesse perguntar oque eu estava fazendo ali.

— Luiza eu preciso ver o Pablo!

— O senhor Pablo não está! — Ela disse nervosa.

— Luiza quem está ai? — Perguntou uma mulher com uma voz familiar. A onde eu ouvi essa voz?

— Se...senhora Katarina, é só Vítor, o primo do Pablo. — Luiza estava muito nervosa.

— Vítor, então é você. — Ela me olhou da cabeça aos pés. — É um prazer conhecer o famoso "primo do Pablo"!

Eu olhei pra ela e levantei uma sobrancelha, não sei oque essa mulher estava aprontando, mas dance conforme a música.

— O prazer é todo meu Katarina! — Eu estiquei a mão pra ela, mas ela só a olhou.

— Saia Luiza me deixe falar com Vítor! — Luiza não se mexeu, ela estava com muito medo, eu não entendi o porque. Katarina lançou um olhar ameaçador pra ela.

— Luiza pode ir eu vou falar com Katarina!

— Sim senhor Vítor! — Ela se retirou!

— Vejo. — Katarina falou. — Que a criadagem obedece você muito bem não é? Vítor! — Ela cuspia meu nome, e eu odiava toda vez que ela dizia ele.

— Sim, Pablo me deixou no controle da casa. — Eu sorri, queria irritar essa piranha de salto.

— É? Vocês são ótimos primos então.

— Vai me deixar entrar ou vamos falar aqui mesmo?

— A perdoe a minha educação, entre, a casa é sua!

— De fato, com licença querida! — Falei todo debochado e ela riu.

— Você e Pablo se dão muito bem não é? — Ela se sentou no sofá.

— Ah pare de espetáculos, todo mundo sabe que eu sou o namorado dele! — Pra minha surpresa ela só levantou um lado das sobrancelhas e cruzou as pernas! — Era você não era? Que estava me ligando, e foi você que tentou me atropelar.

— É você quem está falando. — Ela estava olhando para suas unhas.

— Ridícula.

— Eu sou a noiva dele, na verdade a mulher, eu sempre fui. Você não tem nada pra fazer aqui.

— Vim ver Pablo.

— Eu não sei a onde ele se enfiou. — Ela me encarou de cima a baixo e riu. — Todos sabem que eu sempre fui mulher do Pablo.

— Quem sabe disso? — Eu estava tentando ser cuidadoso, eu não podia correr o risco de ir pra cima dela e acabar indo pra cadeia, por ter batido em uma mulher.

— Além dos pais dele? Seus pais também sabem e sua amiga Marta soube a pouco tempo também! — Ela ria se divertindo com minha expressão de espanto!

— Está dizendo que minha família e minha melhor amiga são falsos?

— Chame do que você quiser, eles mentem pra não te machucar claro, a verdade ia doer mas não adiantou nada!

Eu ia xingar ela mas não consegui falar minha boca não abria, quando eu ia falar eu ouvi mas uma voz doce e angelical.

— Mamãe eu não acho o Kany! — Era uma garotinha, ela estava usando um vestidinho todo florido com uma sapatilha rosa, seu cabelo tinha umas fitas em cada uma das tranças!

— Que feio Stellinha não viu que a mamãe tem visita! — A garotinha olhou pra mim e sorriu, ela tinha olhos verdes.

— Oii você é amigo do meu pai? — Eu me abaixei pra falar com ela.

— E quem é seu pai lindinha?

— Meu pai Pablo! — Na hora eu me levantei e entendi tudo. A garota tinha os olhos verdes, e o mesmo cabelo loiro, mas seu rosto tinha traços de Katarina!

— Agora eu entendi tudo. — Eu sai corredo da casa, escutei Katarina rir, essa mulher era muito cruel, pobre criança.

°°°

— Vítor, entre por favor! — Falou Marta me puxando pra dentro da casa dela.

— Eles tem uma filha Marta, Pablo tem uma filha! — Eu estava tremendo muito.

— Vítor acalme-se por favor, você vai ter um ataque.

— E você sabia disso não é? — Eu a acusei, ela se encolheu.

— V eu não sabia dessa filha, e soube dessa mulher a uns dias eu não queria dizer nada.

— Eu sei, você não queria me ver triste!

Mas não adiantou nada no final das contas, eu estava tão machucado quanto poderia estar.

— É eu queria te prevenir de um sofrimento! — Ela me abraçou. — Mas não adiantou nada, eu ainda não acredito na traição de Pablo e ele dizendo que ama ela. — Marta estava furiosa. — Eu quero socar a cara dele!

Eu também de certa forma, eu sentia uma mistura de raiva e amor. Não importa, eu só queria saber onde ele foi se enfiar? Onde está Pablo?

Eu fui em todos os lugares que eu achava que ele poderia estar, foi um dia muito difícil já era a noite e eu estava na praça sentado no banco. Estava perdido nos meus pensamentos e nem percebi que alguém havia se aproximado de mim.

— Oi V! — Essa voz, não pode ser.

— Carlos. — Eu me viro e dou de cara com meu pior pesadelo, Carlos. Dessa vez eu não tinha mais proteção, dessa vez eu estava perdido, dessa vez eu não tinha meu super herói pra me salvar.

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Devo alertar todos os leitores, porque eu gosto muito de vocês lkkk. A história daqui pra frente vai ficar cada vez mais complicada, e revoltante. Daqui pra frente, muita gente vai ficar revoltada,estressada, e vai nascer o estinto de assassino. Hahaha.

Ps: Eu tô amando os comentários. ❤

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Comentários

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NEM QUERO ACREDITAR ESSE TIO. NEM QUERO ACREDITAR QUE OS PAIS DE VITOR SABIAM. NEM QUERO ACREDITAR QUE VITOR VAI SE ENVOLVER COM CARLOS PRA DAR REVANCHE AO PABLO. SE FOR ASSIM NINGUÉM NESTE CONTO VALE NADA. INGUÉM PRESTA. TENTADO A PARAR DE LER URGENTE.

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