Ficamos uma semana na fazenda. Mais tempo do que eu havia planejado, a verdade era que eu não queria voltar, e usei meu braço como desculpa, falando que meus pais iam ficar desesperados se me vissem machucado. Mas como nada nessa vida é perfeito. Tivemos que voltar para a realidade.
— Eu não quero entrar Pablo!
— Não seja manhoso, você sabe que eu também não quero que você vai, mas por favor colabore comigo! — Ele me deu um selinho.
— Quero mais!
— Assim? — Ele me deu outro selinho.
— Não Pablo, eu quero assim! — Eu pulei em cima dele e o beijei, eu estava pegando fogo, fui subindo sua camisa, passando minha mão no seu abdômen sarado.
— Vítor estamos dentro do carro na frente da sua casa, quer ser pego?
— Quero, quero muito, não me importa! — Eu o beijava mais ferozmente!
— Mas não vai ser bom! — Pablo se afastou de mim!
— Que droga Pablo. — Eu me encostei no banco!
— Não fique bravo comigo, você estava arrancando minha roupa, teríamos feito sexo aqui no meio da rua!
— Estamos dentro do carro e os vidros são fumê! — Ele me olhou e começou a rir.
— Você está querendo tanto assim transar comigo?
— Não mais! — Eu abri a porta do carro e fui até o portão, Pablo segurou minha cintura!
— Ei calma ai Vítor, não fique bravo!
Eu não estava bravo com ele, estava bravo comigo porque não consigo me controlar quando estou com ele.
— Você tem que ir trabalhar? — Perguntei segurando a gola da sua camisa!
— Não, hoje não.
— Então vai fazer o que? — Eu estava curioso!
— Vou resolver meu problema com Katarina. — Ele ficou desanimado e eu fiquei inquieto!
— Então tudo bem, eu vou ver Marta, nunca mais soube dela.
— Tudo bem, mas a noite você é meu, eu vou te levar pra jantar!
— O que te faz pensar que eu vou com você? — Falei o desafiando.
— Você vai vir comigo! — Ele falou sério.
— Ok então! — Eu dei um beijo nele e entrei, vi ele ir embora, isso me deu um aperto no coração.
— Hey Family! — Gritei.
— Meu filho. — Minha mãe apareceu do nada e me abraçou. — Onde você estava? — Agora ela estava zangada.
— Com Pablo.
— Por que você não me avisou? Você sumiu por uma semana, sua amiga também não sabia de você. — Ela gritava.
— Tá mãe, desculpa!
Fui para meu quarto, minha mãe era dramática demais e com certeza iria fazer a maior cena, não estou disposto a isso!
Eu tinha lembrado agora que eu estava sem meu celular a uma semana, ele tinha ficado carregando!
Tinha varias mensagens,da marta, da minha mãe e de Carlos!
— Carlos? O que ele quer agora? — Perguntei pra mim mesmo zangado.
*Carlos: sera que você não gostaria de sair comigo hoje?
Depois de uma hora ele mandou outra.
*Carlos: Ainda estou esperando sua mensagem!
Depois de quinze minutos ele mandou outra!
*Carlos: Por favor me desculpa por tudo, não faz isso comigo!
Eu parei de ler ali, eu não quero voltar a ver ele tão cedo!
Uma mensagem da Marta chegou
*Marta: Olha aqui seu viado, ou você vem aqui em casa ou você ira sofrer toda minha ira, seu gay!
Não me troquei sai de casa vestido como estava, minha mãe não estava lá, estranho, ela sempre me fala quando vai sair. Bom ela deve ter saído apressada.
°°°
Eu estava na frente da casa da marta!
— Vítor! — Ela veio correndo me abraçar, e depois me deu uns socos.
— Ai, o que é isso?
— É pra você aprender a nunca mais sumir sem avisar sua melhor amiga! — Marta fechou a cara.
— Calma eu vou te contar tudo.
Comecei a falar tudo oque havia acontecido para Marta, que ouvia a fazia caras de espanto quando eu falava certas coisas.
— Então ele te roubou na escola, te levou para uma fazenda no meio do nada, você quebrou seu braço, fez a pior comida da sua vida e...
— Tá Marta todos já sabemos de tudo isso, ele não me roubou!
— Que seja Vítor, isso é muito romântico, se o Edy fizesse isso comigo! — Ela se levantou e começou a rodar!
— Tá Marta chega, senta aqui, mas eu ainda não sei oque vai ser da gente, agora com Katarina...
— Essa Katarina, se você quiser eu arrasto a cara dela no asfalto!
— Não, não precisa, eu vou esperar notícias do Pablo!
Já era tarde, voltei pra casa andando, oque me ajudou a pensar em muitas coisas. Eu nem tinha percebido que um carro estava me seguindo,ele parou e alguém abaixou o vidro.
— Vítor! — Falou Carlos.
— O que foi? Agora esta me perseguindo?
— Estou, você não respondeu minhas mensagens! — Eu parei e olhei na cara dele.
— Eu achei que tinha ficado claro que eu não quero mais te ver.
— Mas eu preciso me desculpar com você! — Ele falou um pouco triste!
— Não quero suas desculpas, tchau.
E deixei ele ali, por sorte ele não me seguiu. Eu sentia falta dele, mas não acho que devo desculpá-lo.
°°°
— Boa noite pai, o que esta assistindo?
— Uma reportagem muito interessante!
— Ah! — Olhei para a TV mas sem nenhuma vontade de saber o que estava passando, eu estava esperando Pablo me ligar, quantas vezes eu olhei para o relógio e as horas passavam e nada dele!
— Hmmm você esta cheiroso filho, vai a algum lugar? — Meu pai agora me olhava.
— Eu estou esperando Pablo, ele falou que ia me levar pra jantar hoje, mas pelo que parece ele não vai aparecer! — Olhei para o chão!
— Filho? Você esta triste? Não fique assim! — Ele me abraçou, meu pai era um ótimo homem sei que ele faria de tudo pra me ver feliz!
— Eu encontrei seu tio hoje! — Eu fiquei assustado, será que ele tinha contado para meu pai do soco que eu dei nele?
— E o que ele queria? — Tentei manter minha voz calma!
— Ele só disse que a noiva do Pablo estava muito feliz organizando a festa de casamento dela!
— Como? Então vai haver casamento? — Minha voz subiu de tom.
— Não sei ao certo, mas ele me deu a entender que sim!
Agora eu estava zangado de verdade, não é possível que Pablo ainda não tenha terminado com ela. Nesse momento alguém toca a companhia eu corri pra porta, era Pablo.
— Oi Vitor! — Falou ele sorridente.
— Oi é o caralho. — Empurrei ele. — Pai não precisa me esperar! — E sai puxando Pablo!
Não falei nada até entrar no carro.
— O que aconteceu? — Ele estava curioso!
— É o que vai acontecer! — Falei zangado.
— E o que vai acontecer?
— Seu casamento. — Eu percebi que ele ficou sério. — Você já falou com aquela mulher?
— Não,bem sim.
— Falou ou não? — Eu levantei a voz.
— Falei. Ela não quis me ouvir, ela não aceitou o fato de ser abandonada com uma filha por causa de um homem!
Eu estava tomando todas aquelas palavras, examinandos cada uma.
— Ela saiu e me deixou sem resposta, mas eu falei com o meu pai, ele acha que eu estou fazendo errado em deixar ela!
— E DESDE QUANDO AQUELE VELHO SABE DE ALGUMA COISA?
— Calma Vitor, aquele velho é meu pai, seu tio, então calma!
— Que se foda, não vou admitir que ele se meta nessa conversa!
Pablo sorria, acho que ele achava bonito o fato de eu estar bravo.
— Por que você está rindo? Tem algum palhaço aqui? — Lancei um olhar de furia pra ele!
— Você não sabe o quanto fica lindo quando está bravo! — Pablo colocou a mão dele na minha coxa e apertou. — Isso me da muito tesão. — Ele falou com uma cara de safado!
Eu tirei a mão dele da minha coxa!
— Pra onde você está me levando? — Percebi que estávamos saindo da cidade.
— Em um lugar!
— Pra onde droga?
Ele nada disse só sorria. Ficamos meia hora em silêncio, foi ele quem falou primeiro!
— Chegamos! — Eu não via nada além do escuro!
— O que exatamente eu tenho que ver?
— Espere um momento. — Ele desceu do carro e sumiu na escuridão. Logo em seguida luzes foram acesas, muitas luzes. Era uma casa, uma grande casa!
Eu desci do carro e quase cai porque tropecei no degrau da caminhonete. Eu nem percebi que ele estava de caminhonete, claro, pra chegar nesse lugar só com um carro desses!
— Gostou? — Ele apareceu do meu lado me dando um susto.
— Que casa é essa?
— É meu meu lugar secreto, eu disse que iria trazer aqui a pessoa mais importante da minha vida!
Eu me senti tão importante agora, tão especial. Eu olhei pra casa observando ela, oque me deixou muito encantado é que a casa toda era feita de vidro, cada canto dela, cercada por cortinas coloridas, era muito difícil qualquer um encontrar esse lugar. Ele era cercado por uma floresta. Tinha dois andares.
— É linda!
— É, mas ela não pode competir com com você aqui. — Ele me abraçou por trás! — Meu bravinho!
— Me solta Pablo, nada disso vai mudar meu humor. — Ele mordeu minha orelha!
— Mesmo? Que pena! — Ele falava bem baixinho no meu ouvido!
Eu estava todo mole dos braços dele. Ele sabe como me deixar louco!
Eu beijei ele calmamente mas depois foi aumentando, eu não sei como entramos na casa mas já estávamos na sala!
Sua mão apertou minha bunda eu soltei um gemido baixo. Eu rasguei a camisa dele e a joguei pra longe!
— Calma Vítor! — Ele falou rindo.
— Cala a boca. — Joguei ele no sofá e tirei o tênis dele e também joguei pra longe, e depois desci a calça, deixando ele só de cueca. Seu membro estava bem marcado na cueca, parecia que ia rasgar o tecido.
Eu beijei seu volume dando uma leve mordida ele soltou um gemido alto e jogou a cabeça dele pra trás!
Ele me pegou e colocou no colo dele. Chupando meus mamilos, eu estava totalmente entregue ao prazer!
— Vamos para o quarto! — Eu falei.
Ele me pegou no colo e me levou me beijando!
Quando chegamos no quarto ele me desceu e começou a tirar a minha roupa, fiquei totalmente nú. Eu ainda tinha muita vergonha quando ficava nú na frente dele.
Voltei a beijar ele, mordia seu pescoço, sua orelha. Então joguei ele na cama e tirei sua cueca. Seu membro saltou pra fora, fiquei louco com aquela cena e cai de boca no membro dele. Era muito grosso, eu não conseguia colocar tudo na boca, fiz um movimento de vai e vem, ele gemia alto. Eu tive que praticar muito nisso, eu quase não engasgava mais. Descobri também que existe truques para chupar um homem, isso tudo é bem estranho. Risos.
— Isso é bom. — Falou ele se contorcendo!
Ele colocou a mão na minha cabeça, aumentando a velocidade!
Fiquei uns dez minutos só chupando ele, quando ele disse que ia gozar, e eu comecei a bater uma punheta pra ele enquanto chupava e ele gozou na minha boca. Eu quase vomitei, sério, não tinha um gosto muito bom, mas não era o pior gosto, doce e salgado, eu engoli tudo!
Ele me deitou na cama e começou a me chupar. Eu soltei um gemido alto, na verdade eu gritei. Ser chupado era a melhor coisa, a melhor sensação do mundo.
Pablo parecia que sabia oque estava fazendo, ele era mil vezes melhor nisso do que eu, e ele é ativo, é meio estranho, eu sempre achei que os ativos tivessem nojo de chupar seus parceiros, mas é óbvio, eu sempre estou errado.
Eu não consegui segurar, então gozei na boca dele. Ele também engoliu tudo.
Ele se deitou do meu lado me olhando. Eu toquei seu rosto, ele fechou os olhos.
— Eu não sei porque estou aqui com você. — Confessei.
— Porque você me ama. — Ele sorriu.
— O mundo está caindo lá fora, e nós dois aqui se pegando. Eu me sinto sujo. — Dei de ombro.
— Por que? Você é meu, não é?
— Eu não sei, você vai se casar, e isso me da agonia. — Agora eu lutava para não chorar. Ele não me disse mais nada, apenas me abraçou e assim ficamos até que cada um pegasse no sono.
Eu dormi me sentido vazio, como se toda a minha felicidade estivesse sendo drenada do meu corpo pouco a pouco. As vezes eu penso como as coisas seriam fáceis se eu tivesse aceitado ficar com Carlos, talvez eu fosse feliz, talvez não apareceria uma ex namorada dele dizendo que tem uma filha, e talvez Carlos não estivesse que se casar com ela pro bem dessa criança.
°°°
Acordei no dia seguinte muito feliz, e assustado. Assustado porque eu não reconheci o lugar, mas aos poucos eu fui me lembrando.
Procurei Pablo e lá estava ele, dormindo e nú. Ele parecia uma escultura de tão lindo, um anjo. Eu levantei e o cobri. Fui até o banheiro tomar um banho que lavou até a minha alma!
Quando sai ele já estava acordado, sentado na cama!
— Oi você vem sempre aqui? — Perguntei rindo!
— Quase sempre! — Ele veio e me beijou!
— Eca, você ainda não escovou os dentes.
— Você está com nojo de mim é?
— Claro que não! — Eu abracei ele e o apertei!
— Você precisa fazer academia, você é muito fraco. — Ele me levantou no colo e me jogou na cama!
— Cala a boca!
— Eu vou ir tomar banho pra te levar pra casa.
ALGUNS MINUTOS DEPOIS...
— Já está pronto? — Perguntou Pablo.
— Sim senhor!
— Então vamos!
Descemos e fomos para o carro, mas antes eu parei e admirei a casa!
— Eu sei, é difícil sair daqui!
De certa forma eu me sentia em casa aqui. Era um refúgio de verdade!
Uma hora depois já estávamos em casa, mas dessa vez era diferente eu sentia que nunca mais ia ver ele, que algo ia dar errado entre nós!
— Vítor? O que foi?
— Nada não, só estava pensando! — Eu sorri pra ele. Um sorriso forçado.
— Bom é melhor você ir, eu tenho que trabalhar!
Eu desci do carro e ele veio atrás de mim. Eu corri e o abracei meus olhos estavam cheios de lágrimas, eu não sabia o que estava acontecendo.
— Você está chorando?
— Não, é melhor você ir ou você chegar atrasado.
— Primeiro fala o que houve? — Ele tocou meu rosto enxugando minha buchecha!
— Nada, só estou com saudade já! — Eu era um péssimo mentiroso, mas parece que essa colou!
— Não seja bobo, vamos nos ver mais rápido possível! — Ele me deu um leve beijo e foi embora.
Eu fui direto pro meu quarto. E coloquei meus fones de ouvido, começou a tocar Born To Die da Lana Del Rey.
Eu já estava chorando só queria saber porque eu sentia esse vazio dentro de mim, é como se eu dependesse de Pablo para viver!
Minha mãe entra no quarto e eu não dou o trabalho de disfarçar minhas lágrimas. Ela já veio me abraçando!
— O que foi príncipe?
— Não sei!
— Você é estranho, chora e nem sabe porque! — Eu sorri.
— Mas por que você veio aqui?
— Falar com você, Sobre Katarina!
— A não mãe não quero saber dela! — Eu me levantei!
— E nem que ela foi comprar o vestido de noiva dela? E que eles se casam daqui dois meses?
Meu coração apertou eu senti uma pontada. Tirei os fones de ouvido.
— Não, isso só pode ser brincadeira não é mãe? — Eu perguntei desesperado!
— Não, é a verdade, e você tem que falar com Pablo e tirar essa história a limpo de uma vez!
Eu não falei nada só fiquei pensando, minha cabeça estava doendo.
— Eu vou ir fazer comida! — E minha mãe me deixou ali!
Eu me deitei na cama e me encolhi, as lágrimas começaram a cair. Ele não podia estar de casamento marcado com ela. Ele não pode fazer isso comigo. Ele estava brincando comigo esse tempo todo. Me fazendo acreditar que tudo estava quase resolvido. E agora isso, dois meses, em dois meses eu vou perder Pablo.
Eu dormi aquele dia todo, acordei quando já era noite. Nenhuma mensagem de Pablo nem de ninguém. Me levantei da cama e quase cai.
Desci e as luzes estavam apagadas, meus pais estavam dormindo. Sai pra rua, eu não sei porque eu fui pra rua, o ar gelado me fazia tremer. Eu estava na praça já era 23h34, me sentei no banco e fiquei lá.
Nada aconteceu, eu voltei pra casa e fui pra cama de novo.
Eu não sabia o que fazer, eu estava atormentado, me sentia doente, eu precisava de Pablo,mas ele está com ela,e talvez estejam na mesma cama agora.
Eu teria que resolver isso logo,ou eu não teria mais paz.