Dispensadas as apresentações, já que foram feitas no meu primeiro relato, estou de volta para continuar minha história. Peço desculpas mais uma vez por não por um relato completo, fim de férias, trabalho consumindo muito tempo, então quando surgirem brechas irei escrevendo aos poucos.
[Vamos lá...]
Eu estava curtindo demais estar hospedado no quarto do Renan. Nas redes sociais sempre o via com poucas pessoas em fotos, normalmente as mesmas, ele sempre postava coisas legais, textos, músicas, etc. Eu não fazia ideia do quanto ele poderia ser descontraído pessoalmente, um misto de tímido e alegre, não sei explicar.
Fizemos bastantes planos, ele queria me levar para conhecer alguns lugares de Salvador e da Bahia, começando por um local chamado “Ilha de Tinharé” e “Morro de São Paulo”. Aceitei sem nem pensar duas vezes. Eu tinha uma mistura de felicidade e indignação em mim, eu não iria conseguir nada com aquele cara, tudo eram apenas imaginações, eu ficava excitado toda vez que me pegava pensando em transar com ele. Eu queria esquecer isso e só focar no primo como um parceiro que me mostraria o que meu estado natal tem a me oferecer, mas estava difícil. Nossos familiares não esconderam a felicidade em ver o laço dessa parceria, deram todo incentivo para a viagem, até porque eles iriam para uma cidade chamada Jequié, onde há outros parentes nossos, então estávamos livres para essa aventura.
Era segunda-feira do dia 18 de Dezembro, acordamos cedo, arrumamos nossas mochilas e seguimos viagem.
Fomos no carro próprio do Renan, eu não imaginava que seria uma viagem tão demorada, fomos para um lugar chamado Valença para de lá ir até essa ilha. O primo havia dito que tínhamos outras opções, mas que optou por essa para me mostrar alguns lugares, vilarejos, cidades, enfim. E sim, foi realmente uma viagem bacana, longa, porém bacana. Parávamos em alguns locais, tirávamos fotos, eu fui comprando coisas típicas dos vilarejos de um pessoal que vendia frutas, entre muitas outras coisas, próximos da estrada. Foram quase 3 horas de viagem, no carro conversávamos sobre o que víamos, ele perguntava sobre minha vida, até o momento em que ele disse: - Você parece ser um cara muito legal, Matheus. Me desculpe por nunca ter procurado contato ou ter puxado um papo contigo, eu sou meio reservado, tímido, nunca me achei com proximidade o suficiente para iniciar uma conversa. Nunca senti vontade de ir a Curitiba, mesmo com meus pais insistindo tanto, eu sempre priorizava outras coisas, acho que acabei sendo escroto sem perceber. – Relaxa piá, temos um mês inteiro de férias pra repor isso aí, não vão faltar histórias. – Respondi entre sorrisos.
Na verdade, eu também queria me desculpar. Eu poderia ter ido procurar assunto com ele, comentar alguma coisa nas publicações que fazia, dentre outras milhares de oportunidades. Caralho, pensando bem naquele momento, não havia um motivo para que não nos falássemos durante todos esses anos, então por que nunca tentamos ser próximos? Eu não sabia responder.
Bom, chegamos na cidade de Valença, uma cidade bonita, simples, com pessoas bem educadas. Lá eu tive mais uma surpresa: ainda haveria uma travessia de lancha. Confesso que isso me deixou meio assustado, nunca havia andado de barco, mas desde criança eu sempre me imaginei em um e caindo dele, fora a sensação de vulnerabilidade por estar cercado por água, somente água, e isso me dava certo temor. Comentei com o primo sobre meu receio com embarcações, ele não escondeu o riso e me pediu para ter calma, que ele estaria comigo caso houvesse algum problema, mas que eu não deveria ficar tão assustado, porque a travessia seria bem rápida. Renan é praticamente um ser aquático, adorava estar no mar, é um mergulhador profissional e em suas horas vagas surfava, então aquilo já estava no sangue dele. Eu sou só um baiano que se habituou em Curitiba, cujo a praia mais perto é a 120KM. Deixamos o carro em um estacionamento particular e de lá partimos para o porto onde pegaríamos a lancha.
Na embarcação, sentamos lado a lado, até que a mesma ia atingindo sua lotação para finalmente seguir viagem. O balanço do mar me deixava um pouco enjoado, me sentia suando frio, um pouco tonto, então, com o corpo inclinado para frente e braços apoiados nas pernas, abaixei minha cabeça e comecei a respirar fundo. A sensação de fragilidade me incomodava, mas eu não conseguia fugir daquele acontecimento, eu me mantive em silencio, de cabeça baixa, até que senti aquele abraço lateral, pondo a mão em meu ombro e falando com calma próximo ao meu ouvido: - Matheus, sente com postura, coluna reta, com as costas encostadas no banco, mantenha a cabeça erguida, olhando firme para frente e respire profundamente com calma, inspire e expire... Vamos, fica tranquilo que isso vai passar. Desculpe por ter rido quando me disse sobre seu receio, eu não sabia que poderia te incomodar tanto.
Eu não consegui responder naquele momento, apenas segui as orientações dele e tentei contornar o enjoo. Ele foi conversando coisas aleatórias, acredito que na tentativa de me distrair. Eu realmente fui me sentindo mais calmo, então ele deu outra sugestão: - Pega seu celular, coloca as músicas que costuma ouvir, fecha os olhos e pensa em outras coisas. – Ele disse.
Eu novamente segui a orientação, peguei meu aparelho, fones de ouvido, coloquei o que para mim é uma boa música, fechei os olhos e acreditem: assim permaneci até atracarmos no destino final. Foram quase 40 minutos que pareceram 40 horas, mas estávamos na tal Ilha de Tinharé. Era quase um final de tarde, estávamos exaustos da viagem, principalmente o Renan que dirigiu até a cidade anterior, não iríamos ter forças para curtir uma praia, apesar do sol ainda se mostrar firme.
Fomos até uma pousada cujo meu primo já tinha pesquisado antes de pegarmos a estrada, lá fomos muito bem recepcionados e direcionados ao nosso quarto. Um belo quarto com duas camas de solteiro, varanda, rede na varanda e visão para o mar, arrumado naquele estilo praia, cabana, me faltam palavras para descrever, era muito aconchegante.
No quarto, deixamos a mochila e para meu espanto o Renan estava extremamente empolgado para ir até a praia privativa que fazia parte da área da pousada, ele estava com uma bermuda daquelas tactel, branca, uma camisa verde bem clara e seu fiel óculos de grau, que o deixava ainda mais excitante. Eu não conseguia demonstrar cansaço vendo aquela empolgação que o fazia parecer um garotinho, então, depois d’eu retirar o que trazia nos bolsos, assim como ele fez, ele deixou o óculos no quarto e lá fomos nós conhecermos a praia. Na verdade, eu fui conhecer, para ele, apesar de muito empolgado, era algo já “rotineiro”, entre nossas conversas ele havia dito que sempre vai todo trimestre para esta ilha, que ele chama de “refúgio”.
Estávamos na praia, era um mar lindo, no caminho e na parte na beira da areia haviam vários coqueiros, uma área muito verde. O sol estava agradável, então me sentei na areia próximo à beira do mar, e o primo foi prontamente retirando sua camisa e bermuda, me entregando.
- Você não vai também? – Ele me questionava sobre entrar no mar com ele.
- Não, vou ficar aqui tomando conta de sua roupa. – Respondi.
- Ah, nada, aqui é tranquilo, ninguém vai roubar isso. – Devolveu.
- Sim, eu sei, na verdade eu estou meio exausto, então hoje eu ficarei só te observando, vai lá Poseidon, o mar te chama! – O disse com um sorriso.
Ele riu com o apelido de Poseidon e aceitou me deixar ali, sentado enquanto ele se banhava. Eu estava encantado com a beleza local, muita gente bonita, era notório a quantidade de turistas. Em alguns momentos eu recebia olhares, sorrisos e acabava até retribuindo instintivamente. Foram uns 10 minutos o tempo que o Renan ficou no mar, então, ali sentado eu percebi algo que deveria ter percebido quase 10 minutos antes: o cara estava apenas de sunga, agora saindo do mar, ajeitando seu cabelo deixando-o todo arrepiado e com o maior sorrisão do mundo. Não deu outra, meu pau pulsou na hora. Mesmo estando no mesmo quarto que ele, eu ainda não o tinha visto sem camisa, sem bermuda então...
Eu me peguei novamente nos pensamentos de ter aquele cara mamando meu pau, de pegá-lo de quatro enquanto metia com toda vontade ouvindo seus gemidos, queria aquele surfista de joelhos em minha frente, me chupando enquanto eu o dava tapas em seu rosto e também batia no mesmo com o pau.
- Acorda, Matheus! – Foi a frase dita pelo Renan, que me tirou do transe. Eu estava totalmente desconsertado, rindo de tão sem jeito, ele havia me pego no susto, eu estava tão perdido no pensamento que desnorteei e não o percebi chegando ao meu lado.
- Estava com a cabeça longe, hein...? Admirando a mulherada da ilha! – Ele afirmava.
- Não, não, estava viajando na paisagem mesmo, pensando em algumas coisas, nada demais. – Respondi enquanto levantava e o entregava suas vestes.
Ele estava sorridente, me perguntava se eu estava gostando do lugar, enquanto dizia o quanto amava aquela praia.
Voltamos para a pousada e já em nosso quarto, percebi que o primo pegou o celular que havia deixado em cima da cama e visto alguma coisa que o deixou meio aborrecido, indiferente.
- Aconteceu alguma coisa, piá? – Perguntei.
- Hã? Ah, não, nada... Só fiquei com o pensamento distante por alguns segundos, tá tudo beleza! E aí, eu ou você, quem toma banho primeiro? – Questionou desviando do assunto.
- Ah, eu vou, se importa? Apesar de não ter tomado banho de mar, eu estou precisando tomar uma ducha.
- Tranquilo, vai lá! – Respondeu.
Fui ao banheiro, não tirando a cena daquele cara gostoso pra caralho, saindo do mar. Sabe aquelas cenas de filmes americanos de quando o ator sai do mar, tem até um efeito slow motion para enfatizar aquilo? Eu estava reproduzindo a cena da mesma forma. O cara tem um físico maravilhoso, estava com uma sunga verde escura e parecia ser bem dotado, não que me interessasse, como eu disse, sou ativo, porém foi possível também notar que ele possuía uma bunda maravilhosa, não muito grande, nem muito pequena, apenas na média. Imaginar tudo aquilo fazia meu pau pulsar, babar, queria abrir a porta do banheiro e falar “deixa eu te foder, cara” mas isso seria o cúmulo da insanidade. Eu massageava o pau por cima da bermuda e já estava prestes a bater uma punheta no banheiro, quando percebi que havia esquecido a toalha em cima da cama. Saí para pegá-la, quando notei que o Renan estava na varanda. Sem maldade, peguei a toalha e fiquei admirando-o de costas, até perceber que ele ouvia áudios que provavelmente eram do whatsapp, eu não entendia bem o que era, porém parecia ser a voz de um cara. O que me chamou à atenção foi o pensamento em voz alta que ele teve, quando disse “porra de cara chato”. Acho que desde que eu havia chegado, era a primeira vez que o via “xingando”.
- Calma, Renan. – Falei, assustando-o. Ele virou para trás rápido e sorriu meio sem jeito. Isso começou a me intrigar, não sei se minha mente estava querendo forçar algo que não existia ou se eu realmente estava indo rumo a um bom caminho. Sorri de volta e voltei para o banheiro, tomei meu banho, saí enrolado na toalha e lá estava ele na varanda.
- Sua vez, Poseidon. – O avisei.
Ele ria toda vez que eu o chamava assim, era divertido até, vê-lo sorrindo era maravilhoso. Claro, eu sou um cara discreto, do tipo machão, é meu estilo mesmo, sem forçar. Eu não demonstrava que aquilo me despertava algo.
Ele foi para o banheiro e aquele momento era o exato para executar o plano que eu tinha imaginado no chuveiro.
Peguei meu celular, liguei para a minha mãe, ela atendeu e eu conversei por alguns segundos e de propósito desliguei o telefone.
- Droga! Exclamei. – A porcaria do telefone descarregou. Renan, se importa se eu pegar seu celular e ligar para a tia? Quero falar com a mãe que chegamos bem e saber como foi a viagem deles. – Pedi.
- Claro, pega aí. O código de desbloqueio é: ... – Ele dizia o código.
Eu sabia que aquilo era errado, afinal é a privacidade do meu primo, mas eu estava com muita vontade de pegar aquele cara e algo me dizia que eu encontraria uma resposta em seu Whatsapp, pela forma que ele reagiu ao áudio de alguém. Poderiam ser várias coisas, mas a razão tinha sido consumida pelo tesão e eu queria apenas saber se eu poderia ou não investir em algo com aquele cara.
Abri o aplicativo!
Para meu espanto, o primeiro contato que estava mandando mensagens para ele naquele momento era um de nome salvo como “Leonardo Tinder” e como eu não poderia abrir a mensagem pois ele saberia o que eu fiz, apenas fiquei por alguns segundos lendo as mensagens incompletas que ficam visíveis na janela, que diziam: “vc quem sabe...” “seu primo fica até...”
Ele curte! Foi o que pensei na hora, até sorri de tanta felicidade, na verdade, aquilo podia significar várias coisas, mas era um homem com o contato de um outro cara salvo e ressaltado como Tinder, isso era o suficiente para que eu desse um próximo passo. Na verdade, depois que li aquilo eu toquei um “dane-se” e iria dar algum jeito de comprovar e ter aquele cara só para mim. Tudo em curtos minutos, logo depois liguei para a tia e questionei como havia sido a viagem e informando que a nossa foi ótima e que já estávamos na Ilha, logo depois desliguei o telefone e coloquei no lugar. Eu estava ali de toalha, com o pau completamente duro, fui rápido me vestir antes que o Renan saísse do banheiro.
Ele saiu, também enrolado em uma toalha. Caralho, era provocante demais aquela situação. Por que não ir até ele, puxá-lo, jogá-lo na cama e fodê-lo até não termos mais força? Era loucura...
Mas no retorno da praia ele falou sobre sairmos a noite, falava também sobre um restaurante maravilhoso que tinha até som ao vivo.
Então naquele momento eu decidi que seria naquela noite que eu iria arriscar tudo!
[To be continue...]
Quase um livro, amigos. Acho que estou detalhando demais, certo? É costume, eu sou muito detalhista e acreditem, eu apaguei muitas coisas. Eu não sei se ainda essa semana eu conseguirei um tempo para redigir a continuação, mas não deixarei vocês na mão.
Confesso que fico super excitado enquanto digito e relembro.