amor bandido

Um conto erótico de coleguinha 123
Categoria: Homossexual
Contém 2020 palavras
Data: 25/01/2018 11:25:26

"Já era a maldita hora de um de vocês aparecerem."

O Detetive Gabriel Ashby fechou a porta da sala de interrogatório atrás dele e levantou uma sobrancelha para o homem que falava. Sentado em uma cadeira, com o longo cabelo escuro passado seus ombros, Angelo Pagan fez uma careta para ele por detrás dos óculos escuros.

Gabe caiu na cadeira em frente, colocando sobre a mesa de metal cinza as fotos da cena do crime. "Eu não sabia que você tinha um lugar mais importante para estar do que aqui, nos ajudando a encontrar o assassino de sua irmã."

"Isso é porque ninguém perguntou sobre meu itinerário." Pagan escovou um fiapo invisível fora de sua jaqueta de couro preta e se inclinou para frente, entrelaçando os dedos. "Eu estou aqui, sem o meu advogado, porque não tenho nada a esconder. Encontrar o assassino de minha irmã é minha prioridade número um. Sentado aqui e jogando conversa fora com você? Nem tanto."

Seu sotaque do Brooklin, áspero e mesclado com espanhol, puxou algo dentro de Gabe. Ele franziu a testa, apertando os dedos na borda da pasta que segurava.

"Nós não fomos devidamente apresentados, Sr. Pagan." Ele estendeu a mão. "Gabriel Ashby. Tire os óculos de sol."

Os lábios de Pagan, cheio e de aparência firme, se curvaram. "Você é novo, não é?" Ele segurou a mão de Gabe, envolvendo-o em calor áspero.

As paredes brancas e maçantes da sala se fecharam sobre Gabe. Um arrepio cobriu sua pele, mesmo quanto o suor correu por sua espinha. Ele engoliu em seco, lutando contra o desejo de fugir como uma criança assustada ao invés do veterano de doze anos que ele era.

Quando ele tinha começado a perceber os lábios dos homens ou a textura de sua pele?

Angelo Pagan era uma figura dominante mesmo sentado. Gabe sabia de seu arquivo consideravelmente grosso que o líder do Los Pescadores, uma das gangues mais notórias do Brooklin, tinha um metro e oitenta e três de altura. Ele não era bonito, pelo menos não no sentido tradicional.

O homem era duro. Seu corpo e rosto eram realçados com a sua estrutura óssea angular e acentuada. Sua mandíbula o fazia parecer o homem perigoso que o NYPD sabia que ele era, mas não podia provar. A camisa preta que ele usava moldava um peito sólido e ombros largos. Seu cabelo reluzia a um vibrante negro azulado na iluminação intencionalmente fraca.

E aqui Gabe estava lutando para não olhar para sua boca. Catalogando as características de Pagan como se ele fosse uma mulher. Cristo Todo-Poderoso. Quando isso aconteceu? Ele balançou a cabeça para clarear seus pensamentos, se lembrando da pergunta de Pagan. "Sim, de fato. Eu sou novo." Cruzando os braços sobre o peito, Gabe olhou para seu reflexo naqueles Ray Bans. "Você gostaria de alguém com quem você está mais confortável?" Ele não chegou a esconder o seu sorriso. "Tire os óculos de sol. Eu não vou pedir de novo."

"Você vai servir por agora, policial." Pagan removeu os óculos de sol e piscou.

Essa última palavra, dita em um rosnado provavelmente para denegrir, aqueceu a pele de Gabe e endureceu o seu pênis.

Ele estremeceu. Que porra é essa?

Os lábios de Pagan se curvaram quando seus olhos castanhos focaram em Gabe, segurando- o no lugar. Seu olhar brilhou fogo, o que provocou um incêndio sob a pele de Gabe, e ele não conseguia desviar o olhar. O brilho zombeteiro nos olhos de Pagan o desafiou a romper primeiro o contato. Ele engoliu em seco, molhando a garganta ressecada quando ele se lembrou de seu trabalho.

E Trish esperando pacientemente em casa.

Isso não é nada. Isso não significa nada. Gabe tossiu. "Onde você estava ontem à noite entre as horas de dez horas e uma hora, Sr. Pagan?"

"Em uma festa de aniversário. Mais de cem pessoas podem atestar isso. Você acha que eu matei minha irmã?"

Ele manteve seu tom calmo, mas Gabe detectou a raiva controlada fervendo lentamente por baixo e propositalmente ignorou a pergunta.

"A festa de aniversário planejada por você, sim? Como uma surpresa para sua irmã?"

Um flash de dor, profundo e doloroso, cruzou o rosto do homem antes de ele o esconder e assentiu.

"Sim. Ela completou vinte e cinco ontem."

Compaixão brotou por um segundo, mas Gabe a esmagou imediatamente. Não importava que Pagan, obviamente, se importava com sua irmã. A mulher tinha sido morta a tiros na frente de sua própria casa, no meio da sua rua.

"Catarina foi executada.” Gabe apontou. "Quem queria tanto machucá-la assim?"

Pagan se inclinou para frente, com os cotovelos sobre a mesa.

"Eu não tenho ideia, policial."

Gabe inalou lentamente, pegando uma lufada de hortelã misturada com algo exótico e selvagem. A forma Pagan o chamou de policial fez o seu corpo reagir, o fez desejar. Ele amaldiçoou o seu pau contorcendo, querendo que ele se comportasse, se lembrasse que ele gostava de buceta, não de pau. Deus, ele não podia estar atraído por esta pessoa... Pagan era do sexo errado e um maldito criminoso. Se ele não estivesse lentamente enlouquecendo, ele iria rir da ironia. Seu pênis estava se fingindo de morto para Trish nas últimas semanas, mas despertou a uma palavra rouca de um homem de olhos dourados.

Um criminoso. Um homem.

Gabe não achou engraçado.

"Você acha que isso é engraçado, Pagan?"

Ele empurrou as fotos da cena do crime para Pagan. As fotos coloridas de sua irmã morta no meio da FiftyThird Street com um tiro na cabeça.

"Ela foi executada por causa de seus crimes."

Pagan se recostou, sua mandíbula apertada. "Quem você irritou ultimamente?"

Pagan riu, baixo e rouco. "Eu sou a última pessoa a entrar em qualquer um lado ruim, policial. Eu sou um sedutor." Ele piscou. "Você vai descobrir em breve."

Gabe estreitou os olhos, buscando encontrar uma maneira de limpar o olhar complacente do seu rosto. Tudo isso era bravata, ele sabia que era uma fachada. Qual era o verdadeiro rosto de Angelo Pagan?

"Sua irmã descobriu da maneira mais difícil, não é? Um de seus inimigos queria lhe enviar uma mensagem e ela perdeu a vida."

Os olhos de Pagan escureceram, mas ele não falou.

"Você coloca as pessoas que você alega que se importa em perigo e aqui está você, enterrando sua irmã. Como é a sensação de ser a razão da morte de sua irmã? A razão pela qual sua mãe está com o coração partido?"

Pagan apenas olhou para Gabe, os lábios curvados e os olhos zombeteiros. Inabalável.

Inacessível. Gabe doía por dar um soco na mandíbula dele, bater algum juízo nele. Alguma moral.

Acima de tudo, ele ansiava por tocar no homem, testar a textura dos lábios, e isso não era o mais fodido de tudo? Antes que ele entrasse nessa sala, a sua maior preocupação era como reagir se Trish trouxesse o assunto de casamento de novo, e agora isso.

Cobiçando um criminoso. Gabe empurrou a cadeira para trás e ficou de pé, girando para longe na tentativa de esconder a protuberância em sua calça jeans. Ele se dirigiu até a porta e a abriu antes de virar para Pagan. "Você pode sair, mas acredite em mim quando eu digo que vamos encontrar a pessoa responsável por isso."

Pagan se levantou, pegando seus óculos de sol. Ele passou por Gabe, roçando-se contra ele, o calor do corpo chegando a escaldar ele. Gabe assobiou uma respiração, arrumando suas características em uma lousa em branco. Seus dedos se contraíram, comichando para segurar o abundante cabelo de Pagan.

"Eu te advirto para não fazer justiça com suas próprias mãos, mas eu estou esperando que você vá tentar."

Pagan parou e encontrou seu olhar com uma sobrancelha levantada.

"Eu quero que você tente algo porque eu vou estar lá assistindo," Gabe rosnou. "E eu vou caçar a sua bunda. E vou te tirar das ruas, finalmente."

Um sorriso lento se espalhou pelo rosto de Pagan, genuíno e verdadeiro, pegando Gabe completamente desprevenido. Ele fechou suas mãos em reação com a fome de seu corpo, olhando para longe antes de Pagan pegar quaisquer sinais de sua atração em seus olhos.

"Te vejo em breve, policial."

Gabe se virou para ele, vendo como Pagan permitiu que sua máscara escorregasse por um segundo. Lá. Escrito por trás daqueles olhos piscando ouro estava o mesmo calor. A mesma atração.

Então ele piscou e isso desapareceu.

Pagan caminhou para fora, deixando o coração de Gabe batendo e seu corpo dolorido.

* * * * *

"Todo mundo em posição?"

Concentrando-se na pesada porta do armazém escondendo mais novo carregamento de armas de Angelo Pagan, Gabe falou em seu fone de ouvido. "Pronto."

Os outros homens – oito no total – situado em diferentes posições ao redor do prédio responderam afirmativamente. Parece que o negócio não parou, mesmo que a irmã do líder da gangue morreu. Gabe apertou seus dedos enluvados sobre sua arma e esperou pelo sinal. Ele salivava com a ideia de trancar o bastardo Pagan, talvez então ele fosse descansar um pouco dos pensamentos eróticos que corriam pela sua cabeça nos três dias desde que ele colocou os olhos sobre ele. Ele não devia estar se perguntando sobre a sensação dos lábios de Pagan sobre os seus ou que gosto ele teria.

Não que ele tivesse alguma coisa contra gays. Seu irmão era gay pelo amor de Cristo, mas Gabe tinha uma namorada que queria um compromisso. Ele não poderia dizer a Trish que a razão para a vida sexual inexistente deles fosse as suas fantasias sobre outro homem.

"Tudo bem, pessoal," McCabe, o líder da força tarefa, falou no fone de ouvido. "Temos algumas pessoas. Dois na parte inferior e uma em cima. Preste atenção a suas bundas. Vão. Vão. Vão."

Ao lado de Gabe, dois outros agentes derrubaram a porta do armazém com dois balanços do aríete. Todos eles entraram.

"NYPD, ninguém se mexa!"

Os ocupantes do armazém correram através das caixas empilhadas por todo o lugar, do chão ao teto.

Gabe se virou para a esquerda, enquanto policiais e criminosos se dispersavam, movendo- se em direção ao som de passos com a arma em prontidão. Com o coração batendo, ele pisou com cuidado, um pé na frente do outro enquanto ele espiou ao virar um canto. Ele pegou a silhueta de um corpo correndo para o segundo nível.

Gabe subiu as escadas, pisando levemente. "NYPD, saia com as mãos para cima." Vozes baixas chegaram aos seus ouvidos. "Angelo Pagan, por favor, apresente-se." Eles não tinham nenhuma prova real de quem estava no armazém esta noite, mas Gabe não poderia imaginar Pagan ficando nos bastidores. Quando o informante lhes contou sobre a nova remessa que chegava hoje à noite, todos na Força-Tarefa da 72ª aproveitaram a oportunidade a para prender Pagan e seu grupo. Gabe se moveu rapidamente assim que ele chegou ao patamar do segundo andar, examinando cuidadosamente a primeira das duas salas atravancada com barris e caixas. O lugar

estava vazio, então ele se moveu para a próxima.

Um baixo ruído alcançou Gabe antes de entrar na próxima sala. Ele fez uma pausa, dedo no gatilho. "Quem está aí saia com as mãos para cima."

Um tiro ressoou, zunindo por sua cabeça. "Foda-se." Ele correu atrás de um barril e se agachou. Pagan estava atirando nele ou ele tinha ordenado que seu pessoal cuidasse de Gabe? O pensamento deixou um gosto amargo na sua boca.

O som de tiros parou. Pés correndo e gritos ecoaram no andar de baixo. Ele rastejou por trás de seu esconderijo, arma levantada. Satisfeito a área estava vazia, ele deu um passo adiante e congelou.

Angelo Pagan e outro homem saíram de trás de uma porta, fuzis apontados para ele. Gabe ignorou o outro homem, mantendo sua atenção em Pagan.

"Pagan."

Aqueles olhos cintilaram. "Policial." Algo parecido com lamento tomou conta de seu rosto antes que ele suavizasse suas feições.

Gabe balançou a cabeça. "Pagan, não – ” Ele não ouviu o tiro, mas ele sentiu a explosão de fogo de dor em seu ombro esquerdo. Seus joelhos se dobraram e ele caiu. E apagou.

amando o pecador- pecador de brooklyn

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