Me apaixonei por um cara, Puta merda (Parte 46)

Um conto erótico de Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 5229 palavras
Data: 07/02/2018 04:48:30

Domingo 29 de Setembro de 2013

Acordei com minha mãe chamando e fiquei muito assustado, e fiquei me perguntando porque dela está ali as 8 da manhã, ela mandou eu me higienizar e descer, que queria todo mundo lá em baixo, que ela queria conversar com a gente. Passei uns 20 minutos no banho e imaginando a bronca que ia levar, fiquei pensando no que iria acontecer, vesti uma roupa e desci e já estavam todos na sala, sentei no sofá e esperei minha mãe vir da cozinha pra começar a falar.

- Mãe: Viemos hoje pra comemorar uma vitoria que tivemos e quero que Henrique e o Heitor limpem a casa porque vamos pegar algumas pessoas da família, vamos dar um comunicado, e vamos usar o salão de festa, e queremos a casa limpa.

- Heitor: Ô Tia, mas porque só a gente?

- Mãe: Por causa da festa que vocês deram, eu to sabendo de tudo.

- Heitor: Tá bom então!

- Mãe: Vamos sair agora pra comprar algumas coisas e pegar o pessoal e vamos demorar um pouco, limpem a casa, e a Clara vai com a gente.

Eles saíram e o Heitor foi na casa do Daniel chamar ele e o Rafael pra ajudarem e começamos pelos quartos, terminamos e fomos tomar café, e depois a sala, e eu chamei o Rafael pra me ajudar a limpar a área de lazer onde fica a churrasqueira, e ficamos conversando, e quando olhamos a hora, já eram 11:00, tentamos fazer as coisas mais rápidas possíveis e fomos pra cozinha, terminei de lavar os pratos e o Heitor guardou, e ficamos sentados cansados, e eu lembrei do salão de festas que não tínhamos limpado e que tínhamos usado na noite anterior, corremos pro quarto da mãe pra pegar a chave, mas o dela ainda tava trancado, então fui tentar passar pala varanda da e olhei pra tela de proteção e fiquei me perguntando como passar, então o Heitor deu uma de homem aranha e conseguiu passar pro quarto de mãe e me deu a chave, corri pra porta dos fundos pra ir pro salão de festas e quando abri, tinha umas garrafas, uns copos e tava um pouco sujo. Iam jogar água mas o Daniel falou que se jogasse iam perceber por que ia molhar lá fora, então varremos e passamos um pano, e assim que terminamos, o carro chega na garagem, trancamos lá e o Heitor correu pra ir deixar a chave lá, e ficamos enrolando na sala.

- Mãe: Vocês não deveriam ter ajudado eles.

- Daniel: É que a gente participou da festinha tia, então tínhamos que ajudar mesmo.

- Mãe: Esse menino é um amor. Cadê o Heitor? Vou precisar que ele vá buscar tua vó Henrique.

- Eu: Ele tá lá em cima, e pra que ela vêm pra cá?

- Mãe: Chamei a família toda, tuas tias, teus primos, tua avó, os vizinhos, todo mundo próximo a gente.

- Eu: Vai anunciar uma gravidez não ne?

- Mãe: Você vai saber na hora... agora vou subir que vou tomar um banho, seu pai deixou a gente e voltou pra pegar uns amigos, e eu to morta de cansada.

- Eu: Mãe... espera, é pra guardar essas coisas?

- Mãe: Pergunta besta, claro que é.

- Daniel: Tia... se quiser, eu posso ir pegar o pessoal também, pego o carro do meu pai e vou.

- Mãe: Mas tu é habilitado?

- Daniel: Tirei minha CNH assim que fiz 18, a minha é pra carro e moto, se quiser eu posso ir pegar eles, só passar o endereço, porque fica melhor e não gasta muito com gasolina.

Ele ficou enrolando minha mãe até que o Heitor desceu e disse que demorou porque teve que usar o banheiro, e a gente com medo dele ser pego deixando a chave; o Heitor pegou o outro carro e foi buscar minha avó e minhas tias, já eu, tive que ir com o Daniel buscar a Cida e as filhas. Ele pediu o carro ao pai e fomos, eu estava meio envergonhado pelo que tinha acontecido, e eu super queria tocar no assunto mas não sabia como, ele não falava nada, e eu também não, então comecei a mexer no meu celular e liguei pra Cida pra saber se ela estava em casa, liguei pra Eriika e pra Ana depois, pra elas irem também, e entrei Whatsapp pra responder as mensagens e tinham várias do Nicolas, falei com o Gustavo, contei a ele tudo que aconteceu, e fiquei esperando ele responder, eu estava muito ansioso; chegamos a casa da Cida e apenas ela veio com a gente, as filhas dela não estavam em casa, passamos no mercado que o Daniel queria comprar uma água, e eu fiquei conversando com a Cida, ela pensava que ele era meu namorado, elogiou ele, e soltou aquele “Ah se eu fosse nova”, ele voltou com 4 águas, um lanche que não vi direito o que era mas ele deu a Cida e disse que tinha comprado pra ela, e pra mim ele deu uma das águas e deu outra pra Cida, e na minha cabeça eu fiquei o tempo todo “Sério Daniel, eu não ganho lanche também não? Só uma água?”. Não bebi a água, olhei pra ele e botei perto das outras, depois liguei pro Heitor pra saber quem tava com ele no carro e se precisava pegar mais alguém, íamos pegar a Lorrane (minha prima) e minha tia Flora. Fui guiando ele até chegarmos lá, minha mãe tinha ligado antes avisando que a todo mundo que alguém ia pegar eles, foi uma coisa planejada mas que ela poderia ter feito na chácara e iria ser muito melhor, mas ela queria mostrar a casa pro pessoal da família que só minha tia Andreia tinha ido lá. Assim que chegamos fui chamar minha tia e aproveitei pra beber água e ir ao banheiro, fomos pro carro, e assim que entramos minha prima não se segurou.

- Lorrane: Que gato.... ai mãe, não precisava me beliscar. – Disse ela olhando pra minha tia que tinha dado um beliscão nela.

- Tia Flora: Liga não, ela não tem juízo.

- Lorrane: Saiu sem querer moço.

- Daniel: Sem problemas, prazer Daniel, sou vizinho da Dona Margot.

- Lorrane: Minha tia tá é chique, sendo chamada de dona, tu é vizinho da tia, mas não tá pegando o Henrique não ne? Porque o Lucas que era vizinho dele antes, ele pegava meu primo as vezes.

- Eu: Controla ela língua, louca. – Disse fazendo cara feia pra ela.

Eu tava morto de vergonha mas vi que ele estava sorrindo, eu ia pegar a água mas ele foi mais rápido e pegou e passou as duas garrafas pro banco de trás e ofereceu água a elas, eu fiquei olhando pra ele, e o mesmo com aquela cara séria dele, deu vontade de socar ele. E a Lorrane foi o caminho todo falando, e falando, parecia até que não íamos mais chegar, assim que chegamos, passamos pela portaria, fizemos a identificação e depois prosseguimos pra casa. Assim que chegamos a Lorrane já tava toda eufórica, foi descendo e querendo pular o portão que é tipo uma cerca que tem na entrada da casa, liberação o portãozinho no controle e entramos, a Lorrane estava igual a mim quando nos mudamos, ela nem falou com os parentes direito, foi logo correndo pra dentro da casa, falei com minha tia Andreia, com o marido dela, com minha vó, e fui levar a Lorrane pra conhecer o resto da casa, o Daniel veio atrás da gente e ficou na cozinha junto com a Clara, o Heitor e o Ivan (meu primo, irmão mais novo do Heitor). Mostrei meu quarto a Lorrane e o closet, e ela ficou louca no closet, mostrei os outros três quartos vazios, e ela surtou porque queria um quarto, disse que ia falar com minha mãe pra poder morar com a gente, e quando descemos vimos meu irmão na cozinha, eu falei com ele mas ele foi meio seco, depois fomos todos comer, eu já estava com fome, comi horrores, sai da área onde fica a churrasqueira parecendo uma bola, fui pra dentro da casa e pra cozinha, e resolvi responder as mensagens do Nicolas, tinha uns áudios dele também, e ligaram da portaria pra confirmar a liberação da Eriika, da Ana, e do Matheus, e eu tinha chamado a Gabi, mas ela estava com o pai, e não iria poder ir, quando as meninas chegaram, o Matheus me disse que a Jade estava dentro do carro me chamando, fui lá pra mandar a entrar, mas ela não estava só, o Nicolas estava no carro também. E ficou aquela pressão, eles pedindo pra gente conversar, e eu entrei no carro e a Jade ficou. Então ele começou a falar.

- Nicolas: Eu tô me péssimo com o que aconteceu véi. Eu não sabia!

- Eu: Eu não te culpo, eu sei que você não sabia, mas é muito sacanagem você chegar aqui, e falar tudo o que você falou, sabendo que sua namorada estava fazendo um inferno com a minha vida, Nicolas, eu tive que mudar de colégio, deixar todos que eu conheci, todos.

- Nicolas: Calma, eu terminei com ela, eu conversei com muito com minha mãe, com meu pai, porque eles gostam muito de você, e eu não tava conseguindo pensar direito nessa situação, eu terminei com ela, eu sei que fui um idiota, e eu gosto de você, não como eu devia, mas eu gosto.

- Eu: Veja bem, a Soraia (Mãe dele) já me disse várias vezes do porque você me tratava tão bem, pra provar de alguma forma (que até hoje não entendi porque daquela forma ) que você me via apenas como um amigo, e que não sentia nenhuma atração por mim.

- Nicolas: Mas cara, eu gosto de você, já não é o bastante? Eu sei que você é pirado em mim, se você quiser, a gente pode ser amigo, e pode vê como vai funcionar daqui pra frente.

- Jade: Pera ai... deixa eu vê se eu entendi, tu terminou com aquela coisinha, e agora vêm atrás dele pra dizer que quer tentar algo com ele, mesmo não você não sentindo o mesmo que ele?

- Eu: É isso mesmo, mas saiba que comigo só funciona se for recíproco, e eu sei que da sua parte não é, e da minha um dia já foi. Se eu sentia alguma coisa por você Nicolas, morreu agora.

- Jade: Tu é muito burro mesmo, nem parece que é meu primo, tu fazendo esse tipo de coisa, só vai fazer o Henrique se afastar mais de você, seu jumento.

- Eu: Escute, eu não sinto rancor ou raiva de você, apenas fico bravo por você ter vindo praticamente me dizer que ta com pena de mim, e que quer tentar algo comigo só porque tá se sentindo mal. – falei chorando

- Nicolas: Deixa eu tentar reconquistar sua amizade, eu faço qualquer coisa, se quiser uma noite comigo, eu estou disposto também.

- Jade: Ah não! Já chega... – disse descendo do carro.

- Eu: Sabe como to me sentindo Nicolas? Humilhado, essa é a palavra, nem uma humilhação que a Esté me fez passar,, se compara com essa, nenhuma.

Sai do carro, limpando as lágrimas e passei sorrindo pelo pessoal na área de lazer, e fui direto pra dentro da casa, pra ir pro meu quarto chorar, gritar, berrar, as meninas vieram atrás e contei como tava me sentindo e elas me abraçaram e a Ana desceu saiu do quarto morrendo de raiva e dizendo que ia arrancar os olhos dele, e eu corri atrás e pedi pro Daniel segurar ela, já que ele tava perto da escada, chamei ela pro quarto, e ficamos conversando, e depois o Matheus e a Jade entraram, e disseram que o Nicolas tinha ido na casa de um amigo dele que morava ali no condomínio, e pediram desculpas, porque pensaram que ele ia ser um anjo, e não um babaca como foi. O Daddy veio conversar comigo pra ajudar ele a botar o microfone na caixa amplificada que estava no salão de festas. Depois todos que estavam presentes foram pra lá, e minha mãe finalmente ia revelar o que era.

- Mãe: Como vocês já sabem, eu sempre quis ter uma filha, e eu realizei esse sonho, agora eu tenho minha menininha, ela veio num momento bem conturbado das nossas vidas, mas foi a melhor coisa que já me aconteceu, eu viajei pra poder resolver uma última coisa que faltava, e agora que consegui eu to muito feliz, eu posso ter decidido isso por impulso, mas foi a melhor decisão que eu já tomei na minha vida. Clara, agora você vai ser legalmente minha filha, e eu to muito feliz por isso, eu to tremendo de emoção, além de uma filha, eu ganhei um netinho lindo e maravilhoso. – Falava ela chorando e cheia de emoção. (Só de lembrar eu já começo a chorar).

- Daddy: Fomos atrás dos pais dela, conversamos muito com eles e ficamos muito felizes quando eles passaram a guarda dela pra gente. Foi uma luta ganha, eu no confesso que quando a Margot disse que ia mover céu e terra pra conseguir sua guarda eu fiquei um pouco assim, mas não me arrependo nem um pouco, porque agora posso dizer que tenho 3 filhas.

Já estávamos todos chorando, e a Clara foi abraçar eles, e chorava mais que tudo, a única pessoa que vi reclamando foi minha vó e a madrasta do Daniel.

- Lorrane: Tia, me adota também, eu quero morar com a senhora.

- Tia Flora: Fica quieta menina, eu vou te dar é uma surra.

Ninguém aguentou e todos começamos a rir, foi o que quebrou o clima de choro e começou a todos brindarem e todo mundo começou a parabenizar minha mãe, a abraçar a Clara, minhas tias a dizerem que ela já fazia parte da família, e eu tava tão feliz por ela, mas não conseguia disfarçar que o Nicolas tinha me dito tinha me afetado, e eu estava morrendo de dor de cabeça, já tava com medo de ser aquelas fortes que tenho, então abracei todos, e disse que tava morrendo de dor de cabeça e ia deitar, o Pietro veio atrás de mim e ficou dizendo “titio” a todo momento e eu tava com minha cabeça quase explodindo, peguei ele no braço e dei ao Daniel que era a pessoa mais próxima que eu vi, e pedi pra cuidar dele. Fui pro quarto, tomei um banho, um remédio e fiquei escrevendo esperando a dor passar, mas nada dela passar, e eu acabei dormindo.

Segunda 30 de Setembro de 2013

Acordei melhor, me higienizei e fui pra escola, na van escolar eu fui conversando com a Gabi sobre o acontecido e tudo mais, e falei que estava de castigo, e ela me aconselhou a não ligar pra nada, tentar não me abalar com a situação do Nicolas, não me precipitar e/ou criar expectativas com o Daniel, e deixar as coisas indo acontecendo, mas sem perder o controle, disse pra eu ser mais frio também, e disse que se eu quisesse uma noite com o Nicolas, não tinha problema, que depois eu poderia fazer ele sumir da minha vida. Mas eu achei esse último conselho ruim, eu não queria usar ninguém. Chegamos na escola e ficamos conversando antes das aulas começaram. Já a tarde, no intervalo, uns 3 garotos do 3° ano vieram falar com a gente, pedindo pra serem convidados na próxima festa, que bebidas não iam faltar. E fiquei tipo “O que?”. A Gabi perguntou ao Vini se ele tinha dito algo a eles, e ele disse que não, fomos atrás do Rafa, e ele tinha mostrado um vídeo que ele tinha gravado na festa pra algumas pessoas .

- Gabi: Você é burro ou só se faz? – disse tomando o celular da mão dele e apagando o vídeo.

- Rafa: Eu não fiz nada demais, só mostrei como foi legal nossa festa.

- Vini: Cara, tu as vezes não pensa, já pensou se algum professor vê isso?

- Rafa: E o que é que tem? Não fizemos isso dentro do colégio.

- Eu: Garoto entenda a situação, somos de menores, estávamos consumindo bebida alcoólica, cê acha que vai sair algo bom dessa história?

- Rafa: Eu não tinha pensado nisso, foi mal gente.

- Gabi: Toma teu celular, e fique calado sobre o que aconteceu lá, o que aconteceu lá, fica lá.

- Eu: Pois é, acho que você não gostaria que as pessoas soubessem o que fizemos naquela madrugada, aliás... queria poder repetir.

Sai dali e deixei eles com caras de conta isso direito, o que aconteceu, mas na verdade não tinha acontecido nada, era só pra deixar ele de boca calada.

- Gabi: Já pode me contar o que aconteceu entre vocês.

- Eu: Nada, ele só dormiu no mesmo quarto que eu, e quando acordou ficou pensando que tínhamos transado, mas não fizemos nada. O Daniel também dormiu no mesmo quarto.

- Gabi: Esse é o espírito garoto, esse é o espírito. Você pode ter ele nas suas mãos.

- Eu: Não exagera.

Assistimos o resto das aulas e depois fomos pra casa, chegando em casa minha vó estava lá, cuidando do Pietro, e meu primo Ivan tava lá também. Apesar de não ter muita intimidade com ele, eu fiquei conversando com ele depois que me higienizei, ele não era tão bonito quanto o irmão mas ela super legal, depois fui pra sala e fiquei deitado no sofá mexendo no meu celular, e vi um monte de mensagens do Nicolas, eu visualizava os pedidos dele de desculpas e não respondia, fui vê as mensagens do grupo da sala (tinha umas 18 mensagens), o pessoal falando que eu não os tinha convidado pra festa e dizendo “lembrem de mim na próxima”. Eu não ia responder, mas tinhas alguns que vierem no meu chat pra perguntar quando ia ter outra e eu não queria ser grosso, mas foi o jeito. “Vocês nem de mim gostam, quando cheguei no Colégio só falavam comigo por causa do Rafael, e desde que comecei a andar com a Gabi, as únicas pessoas que fiz amizade foi o Vini, o Rafa e o João, e agora porque souberam que dei uma festa, todo mundo tá querendo ser meu amiguinho, pois próxima festa vai ser na chácara dos meus pais, e não vou chamar nenhum de vocês, seus falsos”. Depois dessa linda mensagem, sai do grupo e algumas pessoas vieram falar comigo com a história de sempre gostar de mim e tal. E eu nem liguei, fiquei falando com a Eriika, a Ana, o Gustavo e o Vini. Depois escrevi no meu diário e dormi.

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Eu na quarta fui conversar com a Clara, porque como eu tive o problema da doe se cabeça e tudo mais, pareceu que eu não tava feliz por ela. Então conversei com ela, o que tinha acontecido e conversei com minha família também. Já minha relação com o Daniel tinha esfriado bastante, quando não estávamos dando patadas um no outro, era uma coisa bem superficial, só falávamos o necessário e sem muitas palavras. Mas fomos pra uma festinha no condomínio mesmo e bebemos e a Clara disse que eu e ele tínhamos ficado no banheiro feminino, mas não passou disso e nem tocamos no assunto, e minha mãe até veio conversar comigo e estranhou porque a gente tava agindo assim se tínhamos ficado, e eu não tinha uma resposta concreta. E os dias foram passando e as e não aconteceu nada de muito relevante pra contar, só que a Jade e o Heitor começaram a namorar. E ela fazia Aniversário em outubro e foi bem no dia do Enem, e como nenhum de nós íamos fazer Enem, planejamos uma surpresa pra ela na chácara, minha mãe confiou a chácara a gente e me disse pra não consumir bebidas alcoólicas, e eu disse que não ia consumir. E bem na semana do aniversário dela, algumas pessoas da sala iam fazer o Enem, e estavam tirando a paciência de qualquer um, com aquele ar de superioridade, achando que iriam tirar nota boa só porque estudavam ali. E aconteceu que na aula de educação física, um garoto me provocou, me chamando de bichinha, dizendo que eu tava manjando o pau dele, e nem pra ele eu tinha olhado. Eu tava secando o Vini como de costume, mas ele estava muito convicto que eu tava olhando pra ele. Fui debater e o garoto quis me bater, resultado... a sala toda suspensa de uma atividade recreativa que ia ter fora do colégio. E ficaram com raiva de mim, só as pessoas que já falavam comigo continuaram a falar. Foi então que resolvi cutuca-los de uma forma que eu sabia que ia funcionar.

Sexta 25 de Outubro de 2013

Acordei, me higienizei como de costume e fui pra portaria do condomínio junto com o Rafa e a Gabi, estávamos combinando como seria a festa da Jade, e tudo mais. E eu tinha feito uns convites (nem ia precisar porque as pessoas já sabiam), mas era pra poder cutucar as pessoas da sala, entregando o convite na frente deles. E eu iria com o Heitor pra chácara, porque iria dormir lá, porque eu iria preparar as coisas da surpresa, e queria que um deles fosse com a gente, pra não dormir só nós dois lá. E a Gabi disse que não iria poder ir, e o Rafa ficou meio assim e depois de eu insistir ele disse que ele ia ver com o pai dele, e quando chegamos na escola, até que as aulas tavam passando um pouco rápidas, e aproveitei na troca de professores onde a aluno não pode sair da sala, pra entregar os convites. Comecei pelo Rafa que tinha a turminha mais popular.

- Eu: Aqui Rafa, o convite da festa da chácara de amanhã.

- Rafa: Valeu...

- João: E o meu?

- Eu: Pera que tá na minha mochila.

- Gabi: Vinícius, já falou com tua mãe pra tu ir? Vai ter que dormir lá na chácara.

- Vini: Eu falei, mas não sei se ela vai liberar eu ir não.

- Eu: Relaxa, eu peço pra minha mãe ligar pros pais de vocês, caso eles fiquem em duvida.

O resto do pessoal da sala ficou tipo que esperando receber o convite, mas eu só chamei os que realmente eram meus amigos e que conheciam a Jade, claro. E na hora do intervalo algumas pessoas vieram falar comigo, e eu lembrei a elas que elas nem comigo falavam, que me olhavam com desdém, principalmente depois do episódio com o menino na aula de educação física. E uns meninos do terceiro ano já estavam sabendo e vieram atrás de mim também, tinha um tão bonitinho que eu quase disse “vamu”. Mas eu mantive o meu discurso de “você só ta vindo falar comigo pra poder ir, senão nunca que tinha falo e que ia levar só os meus amigos mesmo”. E eu tava conversando com a Gabi e o Vini sobre a gente sermos os excluídos da sala, e o Vini deu a idéia de fazer algo só com as pessoas que eram como a gente, excluídos. Pedimos pro Rafael ir nas outras salas e vê quem eram as pessoas que menos interagiram ou que as pessoas excluíam mesmo. Ele fez uma lista de umas 14 pessoas, e decidimos falar com essas pessoas, e fazer um evento com elas. A iniciativa foi boa, até uma professora concordou e disse que conhecia alguns alunos que tinham que participar. E fizemos um clube chamado “o grito dos excluídos”. E ficamos de falar com as pessoas na segunda, no intervalo. As aulas terminaram e fomos pra casa, cheguei em casa, tomei banho e fui separando as coisas, que eu ia levar, e peguei um dinheiro pra comprar algumas coisas, pra eu comer lá. Já que íamos ficar até domingo e a surpresa dela tava marcada para 6 da tarde, eu teria que fazer almoço, então já tava pensando no que comprar. Fui falar com o Rafa pra vê ele ia com a gente, e ele disse que o Daniel já ia,, então não ia ser preciso ele ir.

- Eu: HEITOORRR! – Saí gritando pela casa.

- Heitor: Precisa gritar? O que foi?

- Eu: Porque você chamou o Daniel pra ir com a gente?

- Heitor: Porque ele é meu amigo e ele vai ajudar.

- Eu: Ok! Então fica com a ajuda dele porque a minha você não tem mais.

Fui pro meu quarto, e comecei a escrever no meu diário, depois desci pra cozinha e fui comer, e fiquei falando com a Clara, quando a mãe e o Daddy chegaram, e o Heitor foi chamar o Daniel, e eu fiquei emburrado como uma criança mimada.

- Mãe: O que foi, vai arrumar as coisas pra ir com os meninos não?

- Eu: Não vou mais, eles que vão só.

Bem na hora que os meninos chegaram.

- Mãe: Heitor, o que foi que o Henrique não vai mais?

- Heitor: Ele tá com birra porque o Daniel vai com a gente.

- Mãe: Vai arrumar logo as coisas pra você ir, e deixe de coisa.

- Eu: Esse garoto não sai mais daqui, tudo que vamos fazer ele tem que tá pelo meio, ele é mais parte da casa que os móveis, sempre ele.

- Daniel: Se não quiser que eu vá, beleza. Mas eu não tenho culpa, eu sou convidado pra vir aqui, não estou de intruso.

- Mãe: Vai pegar as tuas coisas, e desce aqui e pede desculpas ao Daniel na minha frente.

Era só o que me faltava, subi, peguei as coisas e liguei pra Eriika e pra Ana pra saber se elas não queriam ir, conversei com a mãe da Ana rapidinho e disse que minha mãe ia também (mentirinha do bem pra amiga poder sair, quem nunca?). E a mãe da Eriika deixou de primeira. Desci e o Heitor estava falando ao telefone com a Jade, ela queria sair com ele pra quando fosse meia noite eles comemorarem o aniversário dela, e os planos da gente mudaram.

- Heitor: Daniel, tem como ir só com o Henrique? Ela quer sair agora a noite e não posso inventar desculpas.

- Eu: Ele vai me matar lá, vocês sabem que ele não gosta de mim.

- Mãe: Henrique, eu vou te dar um cascudo, e você vai sim com o Daniel, sem reclamar, e ainda vai tratar ele bem.

- Daniel: Por mim tudo bem.

- Eu: Mas como vai fazer? Amanhã o Daddy trabalha e vai precisar de um dos carros, e tenho certeza que o seu Magnum não vai emprestar o carro a esse menino.

- Heitor: Eu deixo vocês lá, porque tem que pegar umas coisas que o Matheus deixou na casa do tio.

- Mãe: Leva a Lorrane também, ela nunca sai de casa, e ela tava querendo vir pra cá esse final de semana.

- Eu: Só assim eu não fico só com esse garoto.

Fomos nós pro mercado comprar algumas coisas, e eu liguei pras meninas pra confirmar se elas iam, e elas confirmaram. Pedi pra ele ir buscar elas, e ele relutou um pouco mas foi, porém, ele passou primeiro na casa do Nicolas pra pegar algumas coisas que iriam ser lavadas pra lá, que eram: bebidas, decoração, e mais algumas coisas. Ele foj deixar as coisas do porta malas, e eu não saí do carro e nem o Daniel. E ele veio até a janela do carro pra falar comigo.

- Eu: Finge que tá falando comigo.

- Daniel: Eu não, resolve ai teu B.O com ele.

- Eu: Deixa de ser ruim garoto.

O Nicolas ficou batendo no vidro do carro e me chamando pra conversar, abaixei o vidro e fiquei fazendo cara da paisagem e comendo doritos e ele falando.

- Daniel: Ei cara, vamos ter que ir agora, porque eu vou dormir lá com ele e o Heitor tem que voltar, então temos que ir logo que parece ser longe.

- Nicolas: Vocês vão dormir lá sozinhos?

- Eu: Sim! – disse subindo o vidro.

Heitor veio, e seguimos pra buscar as meninas e depois fomos pra chácara, quase não chegávamos e eu já estava sem paciência. Peguei o quarto de casal porque sou espaçoso e também tinha uma tv de tubo lá e alguns DVDs. Eu tinha comprado mais besteira e percebi que tinha que ter comprado uma pizza, ou um bolo. Mas os outros não ligaram pra isso, pularam na piscina gelada, e eu tava mais preocupado no meu bucho, no que comer. E também no Daniel, eu não sabia se ele tinha comido antes de sair de casa, e como ele não comia carne, ia ficar mais difícil fazer algo pra ele comer, fiquei pensando, pensando e fui perguntar a eles.

- Eu: Meninas e Daniel... eu lembrei que temos que jantar, e comprei coisas pra almoço de amanhã e bastante, mas bastante lanche mesmo, e acabei esquecendo da janta, o que vamos comer?

- Eriika: Por mim a gente come os lanches mesmo, eu e a Ana jantamos em casa, agora vamos comer só um pouco mesmo.

- Lorrane:: Eu jantei, mas eu quero comer mais, porque a Ana veio no meu colo e sugou todas minhas energias com a bunda dela.

- Eu: E você garoto? Tenho certeza que não comeu, eu comprei farinho de trigo, queijo, ovo, fermento, e umas coisas pra fazer um bolo pro café da manhã. Mas posso fazer agora pra você, quer?

- Daniel: Vou vê se da pra fazer uma pizza, melhor que o bolo.

- Lorrane: Eu amo pizza, vai ter que dar pra fazer a pizza.

Ele veio atrás de mim pra cozinha da chácara e eu mostrei a ele as coisas que eu tinha comprado e ele disse que dava pra fazer a pizza, mas só que não tinha molho de tomate, e ele fez um molho caseiro com os tomates que tavam lá, eu cozinhei o frango e ele até que tava bem falante, e quando terminamos, botamos no forno e fomos limpar o freezer pra botar as bebidas que tínhamos pegado no Nicolas, eram muitas, e as meninas na piscina, e toda hora se ouvia os gritos da Lorrane, ela é meio louquinha, e só fala alto. Fomos comer e estava gostosa a pizza dele, a de frango tava ótima, mas a de tomate com cebola que dele tava uma delícia. Depois ficamos decidindo se íamos limpar a chácara e ornamentar as coisas naquela hora ou no outro dia de manhã cedo. E ficou que íamos limpar no outro dia de manhã, então fui pro quarto botei um filme e fui tomar banho, aproveitei e levei o meu diário pra escrever como tinha sido o dia enquanto eu fazia o n° 2, quando saí do banheiro que fui pro quarto, a Lorrane tava escolhendo outro filme e gritou o pessoal pra assistir, deitou todo mundo na cama e eu fiquei entre o Daniel que tava na ponta e a Lorrane que não parava de rir feito uma hiena, e eu não entendia o porque ela tava rindo se o filme era de terror. A Ana e a Eriika gritavam as vezes, e minha única reação em algumas cenas, era esconder o meu rosto virando pro Daniel, ou apertar o braço dele, nessa parte do braço que parece um pão francês, e eu percebi as veias, eu alisava as veias do braço dele e nas cenas apertava, e acabei dormindo.

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MEU DEUS HENRIQUE DE FATO É U BABACA E MUITO GALINHA. QUEM TUDO QUER NÃO VAI TER NADA. OUTRA COISA, ENTENDO O NICOLAS. ATÉ RECENTEMENTE NAMORADO DE ESTÉ, PROVAVELMENTE SE DESCOBRINDO GAY TEM QUE TER MESMO SEUS MOMENTOS DE SURTO. E HENRIQUE E MUITO CHORÃO, MIMADO. RECLAMA DE TUDO MAS SABE MUITO BEM FAZER ARTE. CRESCE HENRIQUE. SEJA HOMEM, SE É QUE ME ENTENDE SEU IDIOTA.

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