O capataz e eu

Um conto erótico de Beo
Categoria: Homossexual
Contém 1097 palavras
Data: 08/02/2018 23:08:07
Assuntos: Fetiches, Gay, Homossexual

Fernandinho tinha acabado de fazer 18 anos, mesmo que seu jeito insolente e atrevido ainda fizesse todos pensarem que ele ainda era um adolescente irritante.

Filho único e apesar de não pertencer à uma família rica, tinha sido criado como se fosse.

Fruto de um casamento que não tinha durado muito, Fernandinho não sabia o que era dividir qualquer coisa que fosse, ou a mínima noção de que as coisas não giravam ao redor de si. Fazia o que bem lhe desse na telha, quando e onde quisesse. Seu pai, que já tinha uma idade avançada cedia aos caprichos do filho cansado demais pra corrigir uma cria que era incorrigível.

Num verão quente e abafado o pai de Fernandinho resolveu reformar a casa e os reparos durariam um tempo significativo. Como seria uma mudança que requeria uma supervisão mais incisiva do que o senhor poderia dar, o mesmo decidiu chamar seu empregado de maior confiança para supervisionar a obra.

Seu Tide apesar do nome não era senhor. Pelo contrário, apesar de não ser mais um jovem rapaz não tinha mais que trinta anos de idade. Era de estatura mediana, mãos calejadas do trabalho árduo, membros superiores e inferiores um pouco torneados também, no entanto não era sarado. Uma barriga saliente se fazia presente em seu tronco, não do tipo flácida e caída, mas a típica barriga de quem não se privava do que gostasse de comer e uma boa cerveja.

Seu Tide era um homem comum.

Mas para Fernandinho a figura daquele homem que ele conhecia desde que se lembrava, mas só agora com os hormônios à flor da pele se dava conta do erótico da situação que se seguia, aquele homem era um tesão. Seu Tide se mudaria para os aposentos dos fundos, permanecendo até que as alterações na casa acabassem, o que queria dizer que ele passaria um bom tempo morando sobre seu mesmo teto, e convenientemente seu quarto dava para o quartinho do quintal. Apenas a piscina separava um aposento do outro.

Fernandinho observou quando seu Tide chegou numa manhã de sábado, com sua trouxinha de roupas e não demorando muito a supervisionar os outros trabalhadores.

Fernandinho sentiu o corpo esquentar conforme sua imaginação ia criando cenários e no quanto aquela situação lhe excitava. Dar para o capataz de seu pai, logo o de confiança era uma fantasia que nem ele mesmo tinha se permitido, mas o acaso se encarregava de lhe propor aquela deliciosa e proibida aventura.

“Seu Fernadinho”, Seu Tide o cumprimentou com um aceno de cabeça.

Fernandinho respondeu com um sorriso malicioso, fingindo sede ao bebericar um copo de água só para se mostrar para o recém-chegado. Seu Tide estranhou o gesto, mas preferiu se concentrar nos seus serviços.

Fernandinho então se programou para a preparação de seu bote.

Apesar de seu jeito atrevido era virgem. Mas não era porque perderia sua virgindade com um servente que se permitiria ser desleixado. Fernandinho sabia que para seduzir o capataz teria que contar com uma boa preparação e uso de bons cosméticos, mesmo porque queria deixar uma boa impressão sem sua primeira transa.

Pediu o cartão do pai sem cerimônia e seguiu para o shopping center mais próximo.

Primeiro começou escolhendo a melhor loção que melhor combinasse com a ocasião. Entre fragrâncias cítricas que eram mais calmantes do que excitantes queria optar por algo mais picante.

“Quero que ele me pegue não que durma”, pensou consigo mesmo.

Seguiu entre aromas e mais aromas, adquiriu óleos e mais essências pra que acabasse decidindo quando chegasse em casa. Certa vez tinha ouvido falar em desodorante genital, mas fazer o esforço de ir a um sex stop parecia extravagante demais.

“Acho que está de bom tamanho”, constatou averiguado a cesta recheada de frascos perfumados na boutique de perfumaria.

Já passava das onze da noite e tudo era silencioso na casa. Fernandinho sentia o coração palpitar e o corpo tremer de nervosismo. Não era porque era audacioso que também não ficasse nervoso, principalmente por se tratar de sua primeira vez. Apesar do frio que a noite fazia e de não achar que precisasse de asseio, seguiu para tomar um banho.

Ritualisticamente estreou o corpo com cada espuma, sabonete e óleo que tinha comprado mais cedo. Certificou-se de higienizar bem a zona íntima e deslizar o depilador para aparar pêlos inconvenientes. Tremia enquanto enxugava com delicadeza o corpo para não extrair os aromas que se concentravam em seu corpo. A tremedeira não passou mesmo quando enxuto e logo Fernandinho percebeu que realmente estava nervoso.

A sensação só piorou quando ele decidiu cobrir o corpo apenas com uma camiseta tamanho G, um tecido de algodão grosso que terminava no meio de suas coxas (caso tivesse que agachar não seria de se admirar que sua retaguarda ficasse à mostra).

Seguiu então em destino à cozinha que ficava ao lado de seu quarto e dava acesso aos fundos da casa. Àquela altura seu pai já estaria dormindo e tudo ocorreria em segredo já que a casinha nos fundos ficava a uma distância segura.

Caminhando lentamente, na ponta dos pés, Fernandinho segurava as chaves pata abrir a porta da cozinha que se encontrava fechada. Seria difícil não emitir barulho com aquele molho de chaves, principalmente quando sua mão tremia, os nervos à flor da pele. Por um momento sentiu ouvir alguma coisa atrás de si, esperou um instante e logo constatou que era sua imaginação devido a tensão do momento. Prosseguiu em abrir a porta e quando finalmente a destrancou, apesar da cautela, a porta emitiu o ranger típico de filme de terror.

Fernandinho rangeu os dentes. Esperou mais um instante certo de que seu pai surgiria, pensando se tratar de algum assaltante. Mas ele não apareceu.

Com maior cautela ainda, Fernandinho prosseguiu em empurrar a porta. Mas ele não contava com o que estava prestes a se deparar.

Aos fundos, próximo.à piscina estava seu Tide, com uma garrafa de cerveja na mão. Trajava um short de tecido fino, mostrando suas coxas grossas encostadas na cadeira em que sentava. O peito gostoso dourado de sol, seguido da barriga protuberante e deliciosa. Podia-se apostar que ele não usava cueca. Ao seu lado, o pai de Fernandinho. Os dois bebiam e conversavam. Agora, ao notarem a presença de Fernandinho eles o observavam de longe.

“Ainda acordado, rapaz?”, Seu pai o indagou. “Estamos tomando umas. Venha, sente aqui com a gente.”

Fernandinho marchou em direção aos dois. Sentindo o corpo nu, a camiseta dois números maior dançando em sua pele, mas nada podia excitá-lo agora que seus planos tinham ido por água abaixo.

Continua...

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Comentários

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Interessante, boa escrita com detalhes que sempre me fazem ficar mais excitado. Parabéns!!!

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INTERESSANTE. AQUI CURIOSO PRA SABER O QUE VAI ACONTECER.

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