Segredos de uma Cidade – Cap. 5

Um conto erótico de RickRiber
Categoria: Homossexual
Contém 1752 palavras
Data: 01/02/2018 18:09:01

Segredos de uma Cidade – Cap. 5

Fiquei até mais leve depois da conversa com papai. Tinha tanto medo de me abrir que ficava imaginando as piores reações dele. Agora eu não precisava mais mentir. Estava bem feliz e as horas foram se passando em total tranquilidade, até o final da tarde. O Leandro me mandou mensagem para sairmos e namorar um pouco. Avisei ao papai e me surpreendi com a fala dele.

Armando: Nada disso!! Ele ainda não veio aqui conversar comigo. Também prefiro que vocês namorem aqui, em casa.

André: Que isso pai?? Voltamos a idade da pedra ou senhor acha que eu sou uma donzela indefesa??

Armando: Garoto me respeita e se respeita. Estou pensando no melhor para vocês dois. E o namoro vai ser assim ou não vai ser...

André: Não estou acreditando nisso... Ditadura dentro de casa... Aff... Só não se esquece que em cinco dias eu me torno maior de idade...

Armando: Como eu poderia me esquecer. Entende o seu pai, isso tudo é novo demais para mim. Estou tentando me ajustar, mas não é assim de uma hora para outra. E tem mais pode ser maior de idade se morar debaixo do meu teto tem que seguir as minhas regras...

André: Essa discussão é perdida... Enfim, vou falar com o Leandro...

Conversei com o Leandro e ele levou na esportiva e até fez piadas. Apareceu aqui em casa todo engomado, fiquei com uma vontade de rir.

André: hahahaha não vamos casar hoje não Leandro!! Que beca é essa??

Leandro: Para você e para o sogrão!! Não gostou?? Rsrsrs

André: Está lindo, só um pouco exagerado!! Meu pai está cansado de te conhecer, não sei porque ele está agindo assim.

Leandro: Deixa ele ser pai!!! Rsrsrs agora me beija enquanto ele não aparece...

Mal nós começamos a nos beijar meu pai chega pigarreando e nos chamando para conversar na sala.

Armando: Então Leandro quais as suas intenções com o meu filho?

Leandro: As melhores sr. Armando, lhe garanto.

Meu pai estava visivelmente constrangido, as bochechas vermelhas. Estava sendo difícil para ele também.

André: Pai, o senhor conhece o Leandro e eu não sou mais nenhuma criança.

Armando: Realmente, nenhum de vocês dois são crianças... Vocês já transaram?

André: Pai??? O que está acontecendo??

Armando: Eu quero saber o que acontece com você! Te proteger! Agora responde...

André: Não pai, nós ainda não transamos, alias eu sou virgem ainda. Satisfeito?

Armando: Espero que vocês não se precipitem... Ainda é muito cedo para essas intimidades...

André: hahahahahaha pai, pelo amor de Deus!! Vamos encerrar esse assunto, por favor!

Armando: Só se você me prometer que vai esperar pelo menos até o dia do seu aniversário. Promete?

André: Prometo, prometo!

Essa preocupação toda do meu pai com a minha vida sexual era estranha e engraçada. Ele estava bem mais confuso que eu. Nos sentamos os três na sala, eu e Leandro em um sofá e ele na poltrona. Parecia uma cena de filme antigo em que o casal namora na sala sob a visão de um adulto. E o papel de pai protetor estava sendo bem desempenhado pelo sr. Armando. Qualquer contato um pouco mais íntimo, ele já pigarreava, tossia. No começo, eu achei até engraçado, mas depois de um tempo encheu o saco.

André: Pai, vai beber uma água para essa tosse!

Armando: Estou bem filho!

Minha paciência estava se esgotando e papai fazendo jogo duro. Cheguei ao meu limite e resolvi ser mais ousado. Sentei no colo do Leandro e tasquei um beijão nele. Meu pai deu um pulo na poltrona e alterou a voz.

Armando: QUE FALTA DE RESPEITO É ESSA?? NÃO ESTÃO ME VENDO??

Leandro estava ali no meio daquela disputa entre meu pai e eu sem saber o que fazer.

André: Desde quando um beijo é falta de respeito?? Leandro veio aqui para isso, para namorarmos.

Armando: Mas não precisa sentar no colo dele. Vou lá para dentro e deixar vocês mais a vontade. Não abusem, estarei de olho.

Finalmente ficamos sozinhos, ou quase. Papai ficou de olho lá de dentro. Pelo menos conseguimos trocar alguns beijos em paz. Conversamos um pouco. Esse namoro com o Leandro estava me fazendo muito bem. Não sabia que estava perdendo tanto tempo sonhando com o Vicente. Esse tipo de amor platônico que nunca se concretiza só traz sofrimento. Enquanto eu e Leandro estávamos em um amasso bem discreto a campainha toca. Muito contrariado vou atender e me surpreendo.

André: Você aqui de novo? Já disse que não quero falar com você...

Vicente: Nós precisamos conversar, André, só alguns minutos...

Assim que ouviu a voz do Vicente, Leandro correu para a porta e se colocou ao meu lado, pegando na minha cintura. Ele parecia estar marcando território.

Leandro: Você é bem insistente e inconveniente. O cara já te falou que não quer papo?? Mete o pé...

Vicente: André, vai ser uma conversa rápida, vamos?

Leandro: Vai ficar me ignorando mesmo?? Otário

Os dois começaram a se provocar na porta da minha casa. Eles estavam se encarando, com o peito inflado e soltando várias ofensas. Fiquei sem saber o que fazer, se eles saíssem no tapa eu não teria como separar. Estava ficando muito nervoso e quanto mais eu pedia calma, mais eles ficavam raivosos. O barulho da confusão chamou a atenção do papai, que logo veio ver o que acontecia. Chegando na porta ele se deparou com Vicente e Leandro se empurrando e se chingando. Papai tratou logo de separá-los e acabar com a discussão.

Armando: O que vocês que estão fazendo na porta da minha casa? Não tem respeito?? Pode tratar de seguir cada um o seu caminho...

Vicente: Desculpe sr. Armando!

Leandro: Perdão André! Perdão sr. Armando!

Leandro ficou muito envergonhado e saiu de cabeça abaixada. O Vicente entrou no carro e saiu cantando pneu. Meu pai ficou furioso e fechou a porta com brutalidade.

Armando: Nunca pensei que ia ter de separar briga de macho na porta de casa.

As palavras dele tiveram o mesmo efeito que um tapa. Fiquei muito triste, eu não tinha culpa da briga deles. Só queria viver a minha vida em paz. Fiquei trancado o resto da noite no quarto e só sai para comer. Chegando na cozinha, meu pai estava lá com uma cara de poucos amigos.

Armando: Meu filho, me desculpe, eu não devia e nem queria falar contigo daquele jeito. Fiquei muito nervoso com aquela confusão.

André: Algumas palavras machucam mais que agressões físicas. Não estou conseguindo entender o que está acontecendo com a minha vida ultimamente. Vou tentar te desculpar.

Armando: Eu só quero o seu bem!! Não quero que você seja hostilizado ou sofra algum tipo de violência. Aquele tipo de exposição é muito prejudicial. Muitas coisas só devem ser ditas e feitas sob quatro paredes...

De certa forma meu pai tinha razão. Tentaria entender o lado dele e ajudaria a ele entender o meu.

A segunda-feira seria de muitas novidades. Acordei cedo para aguardar o oficial de justiça que traria a lista de lugares nos quais eu teria de prestar o serviço comunitário. Para minha surpresa não era uma lista, havia apenas um local escrito no oficio. Era a casa de repouso Amália Franco. A única casa de repouso que havia na cidade. Só conhecia esse lugar pelo lado de fora. No oficio dizia que eu deveria me apresentar as nove horas da manhã daquele mesmo dia. O oficio havia sido entregue por volta das oito horas da manhã. Por ser próximo a minha casa, pude ir caminhando até a casa de repouso. Chegando ao local fui recebido pela Roberta, uma espécie de coordenadora da casa. Ela é uma mulher muito simpática e bem elegante. Depois de me mostrar alguns cômodos do imóvel, Roberta ou Berta como gostava de ser chamada, me levou até o escritório do dono do lugar. O sr. Felipe era um homem muito elegante e educado. Os cabelos grisalhos davam um ar charmoso a ele. As covinhas no queixo e nas bochechas completavam o charme desse coroa. Eu já o conhecia de vista, muitas vezes nos cruzávamos na rua pela manhã, eu indo à escola e ele a academia. Acredito que o sr. Felipe não tenha mais que 45 anos.

Felipe: Bom dia sr. André, como está?

André: Bom dia sr. Felipe!! Só André, por favor!! Estou bem! Obrigado!! E o senhor?

Felipe: Vamos parando com esse senhor. Afinal não sou tão velho assim... hahaha preparado para nos ajudar aqui na casa?

André: Sim. Farei o meu melhor!!

Felipe: Esse é o espirito garoto!! Fazer sempre o melhor para os nossos hospedes...

André: O senhor... digo você chama os idosos de hospedes?

Felipe: A maioria dos nossos idosos ficam aqui por curtos períodos de tempo. Há pouquíssimos que são realmente residentes. Muitas vezes a família não consegue dar o devido cuidado que eles merecem e pedem a nossa ajuda, então aqui é como um hotel para eles, entendeu?

André: Entendi!!

Felipe: A Berta já deve ter te mostrado boa parte das nossas instalações. Agora vou te dar a primeira tarefa.

André: Claro senh... Felipe.

Felipe me levou até o terceiro andar da casa de onde havia uma escada que dava acesso para um sótão. O Felipe é um homem muito educado e carismático. Além disso ele cativava todos ao seu redor. Durante o caminho até o sótão ele cumprimentou todos os idosos e funcionários da casa de repouso. A bagunça que estava aquele sótão era impressionante. Nunca tinha visto tantas caixas empoleiradas, tantas papeis espalhados. Teria muito trabalho a fazer ali.

Felipe: Bom, você já deve ter percebido que esse sótão precisa ser arrumado... rsrsrs eu tenho planos de tornar esse lugar num segundo depósito, então preciso que além de arrumar, você separe o que ainda presta e o que não.

André: Como eu saberei o que guardar e o que jogar fora?

Felipe: Álbuns de fotos, documentos, livros devem ser guardados, o restante você pode jogar fora e o que te causar duvidas é só perguntar a mim ou ao meu pai.

André: O seu pai mora aqui também?

Felipe: Hahahaha mora, mas não como hospede ou residente. Ele não admite ser chamado de idoso. Apesar da idade, o coroa está em plena forma...

André: Entendi... Desculpe a pergunta...

Felipe: Por mim tudo bem!! Só não toque no assunto com ele... rsrs Bom deixarei você aqui trabalhando... Servimos o almoço ao meio-dia... Bom trabalho!!

Felipe saiu e me deixou no meio de toda aquela bagunça sem saber por onde começar.

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Comentários

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Esse conto parece ter só putaria. KKK acho q o André é traido pelo Leandro, e vai sair dando kkk

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