DANDO A VOLTA POR CIMA - Cap. 6

Um conto erótico de Bruno Del Vecchio
Categoria: Homossexual
Contém 1191 palavras
Data: 14/02/2018 14:07:51

DANDO A VOLTA POR CIMA

Capítulo 6

- Aqui em casa tem Regra e até as Hospedes tem que seguir.

- E que regras são essas? – Indagou Carla.

- Todo dia alguém fica responsável por lavar a louça, varrer a casa e passar pano, varrer o quintal, colocar o lixo para fora, lavar todas as roupas sujas, lavar os banheiros, passear com os cachorros.

- Diga logo que entrei para o quadro familiar. – Falou Carla.

- Davi, eu posso apenas ficar responsável por dormir não? – Falou Renata.

Risos

- Claro que não fofa, aqui não é a sua casa, então temos que colaborar. Eu vou tomar um banho e já volto. – Falou Davi saindo do quarto.

Carla e Renata se entreolharam e começaram a rir. Carla sentou-se na cama e Renata se aproximou e sentou junto dela.

- A ficha ainda não caiu... Prefiro pensar que isso é só um pesadelo e que logo vou acordar. – Falou Carla.

- Eu poderia dizer o mesmo, porém achei até bom, assim não vou ter que olhar pra cara da minha irmã. Ela sempre fez infernizou a minha por causa de inveja. Só por que nasci mais bonita que ela.

- Mas tua irmã não é feia. – Falou Carla.

- Só não é bonita mulher. A senhora precisa arrumar um emprego né?

- Verdade... Ainda bem que eu terminei meu ensino médio e já dá pra conseguir um emprego. A gente podia depois alugar um quitinete e irmos morar juntas.

- É... Até que não é uma má ideia. Eu já trabalho, mas o que recebo é pouco. Precisamos ter outra fonte de renda. Mas queria saber como... Bem que Deus poderia nos mostrar uma luz.

- É só ter fé que essa luz aparece. – Falou Carla.

- Pois é... Vamos arrumar esse quarto? Tá muito bagunçado.

- Verdade! – Falou Carla levantando.

Nove Meses Atrás...

Marcelo estava chegando a sua casa quando notou que havia uma luz acessa e vozes alteradas em sua casa. Minuciosamente foi pela lateral da casa e conseguiu ver tudo o que um dia não queria ver.

Era o chefe da boca de fumo, portando uma arma em mãos. Ora apontava para a mãe de Marcelo, ora apontava para o Pai de Marcelo. As pernas de Marcelo ficaram bambas, o seu coração batia a mil. Ouve um breve momento de silêncio e em seguida ouviu-se vários disparos.

Marcelo viu seus pais serem assassinados a queima roupa. Rapidamente ele correu e fugiu dali, ao chegar em uma praça sentou-se no banco.

- A Culpa é minha! A culpa é minha! A culpa é minha. – Marcelo ficou repetindo essa frase enquanto as lágrimas desciam pelo seu rosto.

- A culpa não é sua! – Falou à voz que ecoou atrás de Marcelo.

Rapidamente Marcelo se virou e o rapaz se sentou ao seu lado.

- A nossa vida é feita de escolhas e essas escolhas refletem o nosso futuro. Não se martirize, seja forte e mude a sua vida. Eu agora preciso ir... Tchau! – Falou indo embora.

- Ei... Espera! Qual teu nome? – Falou Marcelo.

Já era tarde, o rapaz já estava longe e não voltou.

Marcelo se abrigou na casa de um amigo naquela noite e na manhã seguinte voltou para casa. Ao entrar encontrou poças de sangue. Móveis revirados, projéteis de bala pelo chão.

- Olá! – Ecoou a voz atrás de Marcelo.

Ao se virar Marcelo deu de cara com um Policial.

- Olá! – Respondeu olhando todos os cantos da casa.

- O que está fazendo rapaz? – Indagou o Polícial.

- Eu moro aqui... – Falou se virando de um lado para outro se lembrando da cena da noite passada.

- Eu sinto muito, mas...

- Eu já sei o que aconteceu aqui! – Falei interrompendo.

- Como você sabe? – Indagou.

- As notícias correm soltas, bairro pequeno, gente fofoqueira. Sabem mais de nossas vidas do que nós mesmos.

- Isso é verdade! Os corpos dos seus pais foram levados para o IML.

- Eu conheço todo o procedimento. – Falou enquanto as lágrimas caiam.

- Como assim você conhece? – Indagou se aproximando de Marcelo.

- Quando minha avó morreu eu acompanhei a minha mãe pra fazer a liberação do corpo.

- Entendi... Mas você tem ideia de quem possa ter feito isso?

- Não sei... Mas creio que tenha sido latrocínio. – Falou Marcelo.

- Por que você diz isso?

- Porque o vidro perto da maçaneta da porta está quebrado. – Falou apontando para a porta. – A Televisão que ficava ali naquele rack foi levada. Acho que só.

- Foi o que a perícia contatou. Você poderia ser perito. Devia seguir essa carreira.

- Não obrigado... Cabo Almeida, né? – Perguntou Marcelo ao tentar ler o nome do Policial.

- Sim... Cabo Almeida. – Falou se aproximando. - Você é um jovem bonito. – Falou passando a mão no ombro de Marcelo.

Marcelo ficou surpreso com a atitude do Policial. Nesse momento o Policial recebeu uma chamada pelo rádio.

- Bom... Eu preciso ir, pois tá tendo um assalto a um banco e o assaltante fez um refém. Eu sinto muito pela perda dos seus pais.

- Obrigado! – Falou Marcelo.

O Cabo Almeida saiu e Marcelo foi pegar alguns documentos e seguir para o IML.

Dias Atuais...

- Eu te amo tanto Amadeu... Meu amor... – Falou Davi enquanto dormia.

- Acooooorda!!! – Gritou Renata.

- Aaaaai que susto, filha da puta. A pessoa não pode nem sonhar. – Falou com cara emburrada.

- Sonho não, viu bebê. Você estava era tendo um pesadelo mesmo. – Falou Carla.

- Será que algum dia eu esqueço ele? – Indagou olhando para as duas.

- Esquece sim baby. Eu mesmo já esqueci aquela embuste. Quero mais é que ela Dane-se. Não suporto quem me faz de trouxa quando na verdade eu faço de um tudo pela pessoa. Pra ver ela feliz eu me sujei toda nos meus cartões.

- Agora ela tá mais suja que pau de galinheiro. – Falou Carla.

- Ela não gosta de pau não amor. É de xoxota mesmo. – Falou Davi levantando.

- Amoooo uma pretcheca. Pra mim tem que tá bem depiladinha. – Falou Renata.

- Ninguém merece pelo na boca né amores. Gente, vamos dar uma volta hoje? – Perguntou Renata.

- Sem condições! – Falou Carla.

- Por quê? – Perguntou Davi.

- Estou menstruada, quero remédio pra cólica. – Falou Carla alisando a barriga.

- Acho que minha mãe deva ter. Pera que vou verificar. – Falou Davi saindo do quarto.

- Vou até olhar o meu calendário menstrual. Odeio ficar menstruada, é cada cólica babado. Que só Jeová na causa. – Falou Renata.

- Tô aqui pensando em como matar a cachorra com quem eu fiquei um tempo atrás. Foi por causa dela que minha mãe descobriu minha sexualidade. – Falou Carla se contorcendo de dor.

- Mata não mulher. Ela te fez foi um favor, pensa por esse lado. Agora estamos aqui nós três. E a vida continua... – Falou Renata olhando para ela.

- Voltei... Olha aqui o remédio pra quem tá de boi. – Falou Davi entregando uma xícara com o remédio diluído com água.

Carla pegou a xícara e tomou o remédio fazendo caras e bocas.

- Que foi menina? O remédio é ruim? – Indagou Davi.

- Horrível é pouco, isso tem um gosto péssimo. Eu vou colocar tudo pra fora...

- Nem ouse vomitar! Deixa de ser fresca que quando eu estou com cólica eu tomo e não faço esse show. Eu adoro esse remédio. – Falou Davi.

Continua...

Espero que estejam gostando, comentem... Espero vocês no próximo capítulo.

Created By

Bruno Del Vecchio

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EITA, DAVI QUE AMA AMADEU QUE AMA E DÁ PRO MARCELO. COMPLICADO ISSO.

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