Resposta aos comentários somente no próximo capítulo, boa leitura.
Coração Ferido - Capítulo XX
Passei uma noite fora de casa. Como eu tinha dinheiro guardado no banco, sim, eu já pensava no meu futuro, acabei ficando em um hotel no centro da cidade mesmo, era melhor eu dormir em algum lugar onde eu poderia esfriar a cabeça, não piorar a situação. Liguei para os meus pais e avisei que eu tinha me desentendido com o Guilherme, mas que já estava tudo normal de novo.
Quando voltei para casa cedo no outro dia encontrei Guilherme sentando no sofá com o olhar perdido e um copo de whisky na mão, ele estava de cabeça baixa, sem camisa com os pelos a mostra e de bermuda de tactel, estava descalço e suas olheiras entregavam que ele não dormiu a noite, bem feito.
- Onde tu tava? – Perguntou ele dando um pulo do sofá assim que viu, notei sua cara de alivio...
- Na rua, onde mais, tu não me mandou sair daqui, então... – dei as costas para ele, eu queria que ele se sentisse culpado, mas antes de entrar no meu quarto senti ele me envolver em seus braços e me abraçar.
- Nunca mais faça isso, tu nunca mais some sem dar notícia ouviu...da próxima vez que eu falar besteira tu pode me xingar, me bater, mas não faz isso... – ele começou a chorar, estava com cheiro de bebida, mas não estava bêbado – eu pensei que tinha te acontecido alguma coisa de ruim que nem aconteceu com teu amigo... – caralho, não pensei por esse lado e logo a culpa da minha iresponsabilidade pesou nas minhas costas.
- Guilherme... – tentei acalma-lo, tão grande e tão emotivo, eu hein.
- Eu fiquei assustado...irresponsável... – Ele limpou o nariz com a mão, que porco.
- Desculpa... – encarei ele nos olhos – eu prometo que não faço mais isso - minha atitude foi infantil, poderia ter causado problemas para ele e para mim, então abracei ele forte sentindo sua respiração em meu pescoço.
- Eu estava desesperado Fabrício, tu não sabe meu estado de nervos, quase chamei a brigada para ir te procurar... – encarei ele e limpei uma lágrima que escorria dos olhos.
- A nona Motta sabia onde eu estava – Ele me encarou surpreso.
- Sabia?! – ele fechou a cara – e por que ela não me falou quando eu fui procurar por você lá na casa deles... – Ele começou a alterar a voz.
- Escuta! – segurei ele pelos ombros - passou, a partir de agora tu vai me respeitar e eu também vou te respeitar... – ele assentiu, a meu ver Luciano estava mais assustado do que eu, mas não foi só isso, ele era carente, como podia isso, um cara grande e gostoso com ele ser carente.
Naquela manhã uma nova etapa da minha, ou melhor, da nossa vida começou. Passamos a realmente ser irmãos. Guilherme a partir daquele dia passou a ser mais companheiro, meio grudento as vezes, carente quando chegava bêbado e queria me contar sobre como tinha sido sua noite e outra vezes alguma fofoca ou novidade no seu trabalho. Eu já não sentia tanta falta de Adriano, ainda doía, mas era suportável, ficou aquela saudade. Janeiro já estava quase no fim quando meus pais ligaram avisando que iriam estenderam a viagem por mais uma semana, minha mãe quis is a conhecer a Alemanha e a Áustria, eles alegaram que a viagem tinha que terminar sendo romântica, então nada melhor do que terminar ela na terra da valsa e do goulash.
Dois dias depois quando eu e Guilherme iriamos encontrar seus amigos em uma churrascaria para almoçar eu fui pegar até seu quarto para pegar um de seus perfumes e encontrei um livro escondido embaixo de seu travesseiro.
- Guilherme, eu achei um livro na sua cama... – ele ficou pálido quando voltei do quarto com o livro na mão. O livro abordava a homossexualidade como algo normal, explicativo, tirava várias dúvidas que até então pessoas leigas tinham.
- Não briga comigo... – disse ele como se fosse uma criança pequena.
- Não vou brigar, fico feliz por você estar se esforçando, mas não acha que é melhor me perguntar ao invés de ficar gastando seu dinheiro e lendo livros, esse é um assunto tão tranquilo, não precisa ser científico ou um tabu... – Ele coçou a cabeça sem graça e assentiu.
- É que eu tenho vergonha e medo... – ele respondeu sem graça.
- Por que? – Perguntei.
- Medo que você vá se ofender e vergonha de que você acha que eu sou um ignorante – fitei ele.
- Se você continuar lendo esse livro aí que eu vou achar mesmo – Ele sorriu e assentiu, depois desse episódio toda dúvida que ele tinha, eu digo, toda mesmo, ele vinha e tirava comigo.
Em um domingo depois de almoçarmos e passarmos o dia com Valmir e Carmem para entretê-los eu e Guilherme voltamos para casa já quase no fim do dia e isso por que declinamos de jantar com eles, isso seria um passo para pousar lá também. O dia estava quente, janeiro na serra era brabo, chegamos em casa e eu fui logo tomar banho, logo depois voltei e encontrei ele na sala. Me aproximei dele que cochilava e com o movimento que fiz ao sentar no sofá
- Que cansado que eu estou... – dito isso ele tirou os tênis e a camisa e se esparramou no sofá me puxando para junto dele e me fazendo cafuné na cabeça – gostou do dia de hoje mano? – Perguntou ele todo carinhoso.
- Sim, foi bom... – comentei com ele. Essa situação me deixou tenso por que me lembrei do dia das palmadas e não gostei do rumo que esse nosso comportamento iria.
- Tem certeza? – Perguntou ele fazendo carinho no meu ombro.
- Tirando o fato que você e o Valmir pareciam dois malucos fanáticos assistindo jogo e gritando pelo grêmio e que você comeu quase toda a naked cake de creme de avelã e chocolate que Carmem fez, sim o resto foi legal – ele riu, mas era um riso um pouco galanteador, meu irmão estava tentando me seduzir.
- Bobo, estou te perguntando se eu virei o irmãozão mais legal do mundo – no fim ele tinha virado sim, só tinha que mudar algumas coisas, ele tinha que arranjar uma namorada e parar de querer me arranjar um junto com Júlio e Arthur.
- Irmãozão? – Fitei ele querendo rir, descobri nos últimos dias que ele odiava ser o centro das atenções, ainda mais quando se mostrava bobo demais.
- É por que eu sou mais velho e todo grandão, então irmãozão... – Minha cara pegou fogo.
- Guilherme...posso te fazer uma pergunta? – Ele me olhou e sorriu, ele então me puxou para um abraço.
- Pode, mas se for sobre meus pés eles não estão suados, nem cheirando... – Ele riu e mexeu os pés olhando para ele, eu dei um soquinho no ombro dele, não entendi o por que dele falar disso.
- Não...na verdade não quero saber sobre isso, por que acha que eu quero saber sobre isso? – Esse comentário dele me deixou excitado.
- Então o que é? – Perguntou ele coçando sua barba.
- Quero saber por que no dia que você me bateu, quer dizer, me deu aquelas palmadas no sofá você se excitou? – Ele ficou vermelho e se afastou de mim – você não é hetero? – perguntei, era hora da verdade.
Ele então se levantou, até pensei que ele ia para o quarto, mas não, ele tomou coragem, me encarou e sorriu.
- Por que eu gostei muito daquilo – minha cara caiu no chão com sua franqueza.
- Gostou de me bater? – Perguntei totalmente confuso.
- Gostei de te ver submisso a mim... – Ele me fitou.
- Mas eu não sou submisso... – tentei argumentar.
- Você não entendeu, eu digo no sentido de o mais velho castigando o mais novo - Guilherme apertou o volume no meio das suas pernas - sua bundinha macia e quente arrebitada no meu colo, eu queria cair de língua nela, você me olhando nos olhos e se remexendo sobre meu pau só me excitou ainda mais, eu sei que é doente, é pecado, você é meu irmão, mas eu teria te traçado com vontade se você não tivesse saído da sala.... – Me afastei dele assustado, ele percebeu e tentou se aproximar.
- Guilherme...não... – Me levantei constrangido, meu irmão tinha acabado de confessar que estava com tesão em mim.
- Por favor, não fique com medo de mim... – disse com receio – eu não quero te machucar e em momento nenhum me passou pela cabeça te pegar a força... – Ele engoliu em seco.
- Não estou com medo, estou envergonhado... – baixei a cabeça.
- Olha aqui... – ele puxou sua bermuda jeans para baixo, seu pênis duro pulou para fora da cueca, eu fiquei assustado – eu sei que eu sou um tarado pervertido, sou teu irmão, mas não deu para segurar, eu me punhetei pensando em você...não fica envergonhado... – interrompi ele que começava a se tocar, seus mamilos rosados ficaram duros.
- Para Guilherme! – ele se tocou me olhando.
- Vem ajudar o mano... – Ele me esticou a mão, mas eu não peguei – vem me ajudar a gozar... – Seus olhos me fitaram.
- Não! Guarda essa porra... – Ele baixou o shorts e ficou nu.
- Tem certeza? – Perguntou tentando me instigar.
Pensei bem, por um momento voltei alguns meses, na verdade e 4 meses atrás. Eu tinha transado com meu primo, ele foi um filho de uma puta comigo, mas transamos gostoso. Meu irmão estava ali se oferecendo para mim, seus mamilos rosados pareciam estar duros e os pelos arrepiados, ele não estava com vergonha ou receio, ele estava mais a vontade do que eu.
- Fabrício...o que acontecer aqui vai morrer aqui, eu sou teu irmão, provavelmente o homem em quem você mais deve confiar, estou aqui todo para você, olha minha pica babada...vem... – foi aí que eu percebi, eu estava duro e piscando, me repreendi por isso.
- Se veste antes que nós dois possamos nos arrepender... – eu estava assustado e excitado.
- Vem – ele então se livrou da bermuda com o pé, sentou no sofá de perna aberta e me esticou a mão, seu pênis como eu imaginava era grande, algo em torno de 20 ou 21 cm, rosado, minha boca aguou e eu me odiei por isso, eu era um puto pervertido, não, mas eu não era nenhum pouco inocente, nem iludido.
- Guilherme, por favor...para... – ele então começou a se tocar e enquanto fazia isso mordia o lábio e olhava para mim, seus olhos queimavam de desejo, eu estava ali, duro feito pedra, meu corpo dando espasmos de tesão.
- Vem aqui Fabrício... – me aproximei devagar, seria rápido, o chuparia e pronto. Me aproximei dele, Guilherme me puxou e me beijou de língua.
- Por que você me beijou?! – Estranhei isso, na verdade achei um pouco nojento até por ele ser meu irmão, mas foi repentino.
- Por que não beijaria? – Ele sorriu e me deu mais um selinho – eu seria um canalha se não fizesse isso, se tu vai me chupar e dar para mim por que eu não posso te beijar? Ainda mais eu sendo seu irmão, um dos homens em quem você mais deve confiar... – Pensar nisso me excitou, muito mesmo.
- Encarei Guilherme que acariciava minha cabeça, seu membro dava pinotes e babava.
- Gosta do membro do mano, é bonito? – Perguntei ele cheio de tesão.
Seu pênis era rosado, cabeça roxa, era do tipo carne, grosso da base até a cabeça, seu saco peludo com bolas grandes fazia jus ao volume, o cara era grande, tinha que ser grande no meio das pernas também.
- Sim... – respondi timidamente.
- Está com vergonha... – ele aproximou seu rosto do meu – não fica, eu sou teu irmão, confia em mim, prometo te dar todo o amor de irmão que eu tenho por você nessa transa, não sou um macho de rua, sou o de dentro de casa, quero ver você me chupar lentamente... – então me aproximei, peguei seu pênis e segurei na base enquanto nos encarávamos, essa noite prometia muita coisa.