Senhorita Mirela

Um conto erótico de Maverick
Categoria: Heterossexual
Contém 7114 palavras
Data: 15/02/2018 22:26:27

Aviso para aqueles que não gostam de contos longos:

Esse é muito longo.

Boa leitura.

Olá. Esse é meu primeiro conto, então deixa eu me apresentar.

Meu nome é Mirela, tenho 19 anos e como o foco aqui é sexo, vamos a uma descrição superficial, faço o curso de comunicação e jornalismo, sou uma menina bonita, talvez nunca apareça uma foto minha numa revista, mas tenho autoestima suficiente para reconhecer a própria beleza, ruiva natural, sardas, cabelo crespo cumprido, magra, baixinha (1,52 m) tenho seios médios, cintura fina, coxas roliças, quadris largos sem exagero e a bunda firme, nem grande e nem pequena.

Até imagino que exista quem consegue se manter gostosa sem esforço, não conheço ninguém e não é o meu caso, aqui tem de ralar na academia e fazer dieta, se não, já era.

Sexualmente ativa desde os 15 anos, sempre pensei em sexo como consequência de estar apaixonada, não achava possível sentir tesão sem gostar da pessoa, mas não dificultava as coisas, se estivesse envolvida com alguém e pintasse a vontade, beleza. Sempre fiquei com meninos mais velhos, perdi a virgindade com um cara de quase trinta anos; por ser alfabetizada, ter bom gosto e ter sido bem-educada por meus pais, as coisas sempre foram difíceis para mim nesse aspecto, tenho tesão por gente inteligente, se o cara não consegue desenvolver uma conversa simples, se se veste e fala como bandido, usa colares ridículos e ouve porcaria achando que aquilo é música ou segue qualquer modinha besta… Deus me livre!

Confesso que no começo tudo era mais legal, quando se tem quinze anos e não conhece ainda as durezas da realidade é mais fácil passar o dia inteiro pensando em sacanagem. Depois de um tempo, talvez por causa do estresse com os problemas lá de casa, ter de trabalhar e estudar, a falta de dinheiro e a loucura de tentar uma vaga na faculdade pública, as paixões ficaram de lado e consequentemente o sexo também ficou em segundo ou terceiro plano. E mesmo já estando no terceiro semestre não conseguia relaxar e voltar ao normal, também porque não apareceu ninguém legal.

E se essa história aconteceu, muito foi por participação da Kátia, minha melhor amiga. Nos conhecemos aos oito anos e fizemos quase tudo juntas, inclusive estudamos na mesma faculdade. Ela se considera quase depravada, mas não a vejo como uma pessoa promíscua. É o tipo que sente tesão por todo mundo, menino, menina, mulheres e homens mais velhos, deu tesão ela tira a roupa, não quer nem saber. A gente até tentou ficar uma vez, mas não curti muito, tá certo que a gente só tinha quatorze anos na época, mas isso nunca fez diferença na nossa amizade.

No começo do ano começamos a fazer estágio numa empresa grande aqui da cidade, o serviço era simples e o horário tranquilo e no final da primeira semana, Kátia já estava de conversinha com um menino da estatística e quando viu aquilo, dona Celina, uma secretária cinquentona reuniu todos os estagiários para explicar que era proibido namorar dentro da empresa. Não era proibido namorar um colega de trabalho, mas não dentro da empresa. Ela falou aquilo de boa e terminou a conversa avisando.

— Qualquer problema que qualquer um de vocês tenham, falem comigo ou com o senhor Eustáquio. Tudo bem? Estágio aqui é coisa muito séria. A maior parte dos funcionários foram estagiários nossos e preferimos assim.

— Acho que não conheço esse senhor. - disse um menino que fazia curso de direito.

Eu também nem fazia ideia de quem seria esse Eustáquio, mas imaginava um cara bem velho… afinal, quem hoje em dia tem um nome desses?

— Ele fica no quinto andar, a primeira sala depois do elevador. Anda meio ocupado esses dias e não pode recebê-los como gosta. Se der tempo depois levo vocês para conhecê-lo.

Ela nos dispensou e voltei para o serviço que esperava terminar antes de ir embora.

Quando passava um pouco das cinco horas da tarde, estava desligando o computador e juntando minhas coisas, já tinha mandado mensagem para Kátia me esperar, quando entra no setor um cara com uns trinta anos mais ou menos e para na minha frente.

Eu estava na cadeira colocando minhas coisas na bolsa e ele sentou na mesa na minha frente, ficando perto demais.

— Olha só, que coisinha mais bonitinha você é. Não fomos apresentados. Eu sou Guilherme, supervisor de marketing.

Não gostei da forma como ele me olhava e me apresentei meio constrangida.

Ele estendeu a mão para o cumprimento e quando segurou a minha aquela proximidade toda só aumentou o meu desconforto.

— Mirela, - disse ele segurando minha mão – eu costumo trabalhar até mais tarde, se quiser uns toques sobre como se dar bem na profissão, ou como sua carreira pode evoluir rapidamente na empresa é só me procurar depois do expediente.

E dizendo isso, colocou a outra mão na própria virilha alisando o pênis, que pelo volume na calça não era nada singelo. Eu quase engasguei de susto. O cara era até bonitinho, mas o jeito de cafajeste e a forma como me olhava dava nojo. Puxei minha mão com força e levantei. Ele continuou sentado e com aquele sorriso idiota na cara.

— O senhor me desculpe, mas acho melhor eu ir embora.

— Quer uma carona? – perguntou ele.

— Não! Obrigado. - e sai dali quase correndo.

Não falei nada com ninguém, achei que seria infantilidade reclamar por ter sido assediada, mas passei o final de semana muito incomodada com aquilo e pensando em como seria ver de novo aquele cara. Não queria ser a chata da turma, mas lembrei do que a dona Cássia disse e na segunda feira cheguei mais cedo na empresa e fui direto falar com ela. Soube que ela estava de licença médica. Na hora até pensei em desistir, mas sabia que não conseguiria fazer mais nada enquanto não resolvesse aquilo. Então, fui atrás do tal Eustáquio. Bati à porta e uma voz rouca me mandou entrar.

O cara em um senhor mesmo, não tão velho quanto eu imaginava, mas certamente tinha mais de cinquenta anos, quando me viu, levantou da cadeira e veio me cumprimentar. Até então, eu senti que alguma coisa estava acontecendo, como se aquele lugar ou aquele homem conseguissem mexer comigo de um jeito novo, mas assim que ele segurou minha mão, foi como se tomasse um choque elétrico que ligou meu corpo inteiro, minha primeira reação foi de susto, depois meu coração acelerado e a boca seca.

— Deve ser a senhorita Mirela. Acertei?

— Sim, senhor. - minha voz saiu estrangulada e eu comecei a me sentir estranha.

— É a única estagiária que ainda não tive a satisfação de conhecer. Espero que possa me perdoar, tive uns dias complicados nessas últimas semanas. Entre, sente… aceita um café?

Eu estava sem ação, simplesmente não conseguia me mexer. O homem era bonito, não do tipo galã de filme, estava mais para um trabalhador braçal bonito vestido numa roupa boa, era alto, magro, tinha cabelo grisalho meio cumprido, aperto de mão firme, usava calça jeans, coturno e camisa preta, tinha ombros largos, braços musculosos, peitoral forte, sua voz rouca e grave, a boca bonita, nos olhos a tranquilidade de quem se garante em qualquer situação, uma cicatriz num dos lados do rosto fazia uma linha que ia da mandíbula até perto do olho, por algum motivo aquele detalhe me pareceu muito sexy.

Achei estranho me tratar com aquela formalidade misturada com alegria em me ver, mesmo não me conhecendo, mas até aí estava tudo bem, meio abalada, mas bem; a coisa toda piorou muito quando percebi o cheiro dele. Uma mistura de loção pós-barba, suor, cigarro e café que me atraiu de tal jeito que eu me vi, totalmente sem perceber, tentando chegar mais perto para sentir mais aquele perfume. Obviamente ele soltou minha mão e voltou para a cadeira, mas o estrago estava feito e quando tentei dar um passo minhas pernas não saiam do lugar.

Quando me viu parada, me olhou com curiosidade, deve ter percebido que eu estava fora do normal e voltou para junto de mim. Pode parecer coisa de menina histérica, mas enquanto ele se aproximava, ao mesmo tempo queria que ele me tocasse e tinha medo de sentir de novo aquele choque, mas que quando ele me pegou delicadamente pelo braço e literalmente me colocou sentada na cadeira foi ainda mais doido, pois parecia que meu corpo inteiro formigava.

Como não sou nenhuma idiota, aos poucos fui percebendo o que estava acontecendo comigo, sentia um calor monstro como se a temperatura na sala fosse de uns cinquenta graus, não conseguia respirar direito e sentia meu rosto pegando fogo, mas foi quando olhei para os lábios dele e me imaginei beijando aquela boca e senti uma fisgada que foi da minha vagina até a boca do estômago é que entendi que estava exitada como nunca me senti antes. Nem imaginava que fosse possível me sentir daquele jeito, era como se estivesse pegando fogo e meu coração faltava sair pela boca, olhei para meu reflexo em um espelho do outro lado da sala e estava de olhos arregalados e respirando de boca aberta.

Seu Eustáquio me olhou com preocupação, mas não perguntou nada e começou a falar sobre um monte de coisas, no começo não consegui entender, mas a medida que fui relaxando consegui ouvir que era viúvo e morava sozinho, falou que adorava café e bala de canela e um monte de outras coisas. O jeito tranquilo como falava, a caneta Bic balançando nos dedos, a voz hipnótica e a gentileza antiquada com que me tratava aos poucos me ajudou a voltar ao normal, apesar do calor insuportável e da sensação que minha vagina pulsava, depois de um tempo consegui respirar normalmente. Quando ri de uma observação que ele fez sobre andar em elevador lotado, percebeu que eu estava bem e me perguntou de novo o que eu precisava.

— Senhor Eustáquio, - olhei para minhas mãos que tremiam por causa dele e não pelo assunto que fora tratar ali.

Eu nem conseguia encarar o homem de tanta vergonha de estar exitada daquele jeito, só de mexer as coxas uma na outra me dava arrepios no corpo todo.

— Nem sei como dizer isso, mas na sexta-feira no final da tarde eu conheci o senhor Guilherme do marketing e ele… - parei sem saber como continuar.

— E ele? - perguntou o senhor Eustáquio quando viu que eu tinha travado de novo.

— O senhor me desculpe vir aqui e falar essas coisas, mas ele foi… deselegante.

— Deselegante, como? - ele perguntou aquilo visivelmente preocupado e não soube ao certo se era comigo, com o Guilherme ou com a empresa.

A essa altura, por conta do nervosismo e do tesão que me sufocava eu transpirava, gaguejava e tremia como se fosse uma criança.

— Ele deu a entender que esperava favores sexuais caso eu quisesse me dar bem aqui na empresa… - falei tudo de uma vez antes de perder a coragem.

— Aquele moleque filho da puta! – disse ele me interrompendo.

A fúria com que disse isso me fez tremer, mas, ao mesmo tempo, senti minha calcinha encharcar de vez e tive medo de ele percebesse.

Ele não gritou e nem nada, mas seu rosto e o tom de voz transmitiu bem a mensagem. Ele estava muito puto. O senhor Eustáquio olhou pela janela por um tempo, deve ter imaginado que o tal Guilherme tivesse feito algo muito grave para me deixar naquele estado. Quando se acalmou ele voltou a olhar para mim e parecia ainda maior quando falou.

— Em nome da empresa peço que nos perdoe, senhorita. Tem todo direito de fazer uma denúncia formal, isso não afetará de maneira alguma o desenvolvimento de sua carreira conosco. Pense sobre isso, mas esteja certa de que tomarei as providências. Pode voltar para o seu serviço e fique tranquila, nada parecido voltará a acontecer enquanto trabalhar conosco.

Não sei como agradeci, levantei e sai da sala, meus joelhos pareciam de geleia, entrei no primeiro banheiro que encontrei e me tranquei lá, minhas mãos tremiam tanto que não conseguia abrir minha bolsa. Quando desci a calcinha a inundação era tanta que escorria pelas pernas, minha vontade era de gozar ali mesmo, mas além de não ter coragem, tinha medo de que o andar inteiro me ouvisse, já era escandalosa por natureza, naquele dia, então, no grau de sensibilidade em que estava, se começasse a me tocar, só Deus sabe o que aconteceria. Quando me acalmei, me limpei, troquei de calcinha e fui trabalhar. Eu estava quase no meu normal de novo, mas toda vez que pensava no senhor Eustáquio sentia uma onda de calor que me pegava o corpo inteiro.

Quando cheguei em casa estava exausta do esforço de me controlar o dia todo, minhas mãos pareciam ter vida própria e a todo instante se me distraísse, estava lá eu tocando um mamilo ou alisando a vagina por cima da calça. Dei graças a todos os santos por não ter ninguém em casa, meus pais costumavam chegar tarde do trabalho e minha irmã, com certeza, estava com o namorado.

Naquela noite fiz valer o dinheiro gasto com o vibrador.

Normalmente quando me masturbava, ficava satisfeita gozando uma ou duas vezes, mas naquela noite, foi só encostar o Juninho no lugar certo e comecei a gozar como uma louca, os orgasmos vinham um atrás do outro de um jeito que eu nem conseguia respirar direito quanto menos gritar como imaginei que aconteceria, mas também não conseguia interromper. Só quando caí da cama é que consegui fazer uma pausa, me dei conta do descontrole em que estava e tirei o resto da roupa, notei que a coisa tinha sido tão foda que estava com o rosto molhado de saliva.

Tinha me babado toda…

Quando voltei para a brincadeira até tentei ir mais devagar, mas era lembrar de qualquer detalhe daquele homem, do cheiro, da voz, das mãos dele me tocando e quando via já estava apertando o Juninho com força e logo vinha aqueles orgasmos monstros e eu queria gozar mais e mais e aquilo virou uma maluquice tão grande que numa certa hora eu quase desmaiei de tão difícil que era respirar e gozar ao mesmo tempo. Só parei quando acabou a bateria e enquanto eu procurava o carregador minha irmã chegou me obrigando a parar de vez.

Depois daquilo eu não tinha forças para mais nada, foi tomar um banho e deitar, mas para meu constrangimento, acordei de madrugada com a minha irmã me balançando me pedindo para parar de gemer.

Estava na foda mais fantástica do mundo e aquela maldita inventa de me acordar.

Na manhã seguinte ainda estava pegando fogo e cheguei bem cedo na empresa justamente para não encontrar o seu Eustáquio, pois não sabia se conseguiria não pular no pescoço dele. Mas com a minha sorte, quem vejo assim que abre a porta do elevador?

Justamente o dito cujo.

Comecei a rir de desespero, nervosa ao sentir minha vagina molhada de novo. Ele ofereceu um sorriso discreto e me cumprimentando ficou ao meu lado, aí senti o cheiro dele de novo, e o único pensamento que me ocorreu foi que teria de comprar protetores de calcinha. De novo a respiração ficou irregular e o calor me deixou tão atormentada que fiquei tonta. Minha vontade era me agarrar a ele ali mesmo no meio daquele povo.

Assim que sai dali encontrei Kátia que vinha toda alegrinha pelo corredor. Peguei seu braço com força e antes que ela falasse qualquer coisa arrastei-a até o banheiro.

— Kátia, você precisa me ajudar!

Ela deve ter percebido meu desespero e me colocou sentada numa poltrona que tinha ali, coisa de banheiro chique.

— Conta. O que aconteceu? - perguntou ela.

Aí contei como meu corpo reagia na presença daquele homem. Eu não sabia nada dele, nunca gostei de homens maduros, mas aquele exemplar de homem estava me deixando louca.

— Achei que você já tivesse perdido a virgindade… - disse ela me zoando.

— Kátia, é sério, pô… nunca senti nada disso… você não faz ideia de como eu fico quando ele aparece… - eu sabia que estava gemendo mais que falando, mas estava desesperada.

— Me mostra. - disse ela – Vamos, quero ver que reações são essas.

Se fosse num dia comum eu teria notado que ela tinha segundas intenções, mas naquele dia eu só precisava que alguém me ajudasse a entender como uma coisa daqueles podia acontecer. E sem pensar muito tranquei a porta do banheiro e desci a calça e a calcinha de uma vez. Meus líquidos escorriam por minhas coxas e a calcinha estava arruinada de vez.

Ela chegou com a cabeça bem perto da minha vagina e para minha total surpresa colocou um dedo no meu clítoris.

Fui até a lua e voltei, um gemido saiu da minha boca e cai sentada de volta na poltrona.

— Para, Kátia… por favor, não faz isso… - mas ela sabia o que eu precisava.

A gente nunca “ficou” de verdade, rolou uns beijos uma vez, mas só serviu para provar que eu não tinha tesão por menina, mas do jeito que estava naquele momento, até agradeci pela ajuda, principalmente por que ela sabia que eu jamais teria coragem de fazer aquilo sozinha fora de casa. Ela com a mão direita me acariciava o clítoris e com a esquerda metia dois dedos com força bem fundo na minha buceta. Comecei a gozar em questão de segundos e mordia uma toalha para não fazer barulho, não gozei tanto quanto na noite anterior, mas foi o suficiente para me acalmar.

Quando percebeu que eu já estava satisfeita, pegou toalhas e me limpou, sempre com muito carinho, me emprestou uma calcinha limpa e me deixou apresentável de novo. Eu estava acabada depois de ter gozado tanto.

— Bom, agora que você está mais calminha, vamos conversar direito.

Depois de contar nos mínimos detalhes tudo que aconteceu desde o dia anterior, inclusive minha loucura em casa com o Juninho, Kátia sorriu e disse com simplicidade.

— Eu acho que você precisa dar para esse cara. Pelo que vi dele não será tão difícil, ele tem aquele jeito todo certinho, mas tenho quase certeza que deve gostar muito de uma sacanagem. E você é linda, então, tá fácil.

É claro que a coisa não era tão fácil assim.

Nos dias seguintes perdi a vergonha e sempre que acontecia de ver o Seu Eustáquio, mesmo de longe, acabava no banheiro do sexto andar, onde havia o mínimo de privacidade e gozava me tocando e confesso que mais de uma vez pedi a ajuda da Kátia, inclusive, até procurei o beijo dela durante essas sessões de alívio, continuo não tendo tesão por meninas, mas naquela situação ela entendeu. E se por um lado eu queria continuar sentindo aquele tesão descontrolado, por outro tinha medo de enlouquecer com aquela situação. Estava difícil me concentrar na escola e no estágio, eu só pensava em sexo o dia todo. Só pensava em sexo com aquele cara o dia todo.

Poderia bancar a louca e entrar na sala dele e implorar para que me fodesse, se não fosse a possibilidade de ser contratada no final do estágio, a empresa é importante na região, respeitada no meio, minha família não nadava em dinheiro e conseguir emprego ali depois de formada seria maravilhoso, então, não podia simplesmente esquecer as responsabilidades.

Eu só não contava com a insanidade da minha amiga Kátia.

Em dias normais saia da empresa as seis horas e voltava para casa de ônibus, sempre tinha uns trocados na carteira para uma eventualidade e o cartão do banco. Mas numa sexta-feira a Kátia me atrasou no meio da tarde me pedindo ajuda com umas coisas e quando terminei o que tinha de fazer já era quase oito da noite, podia deixar para segunda, mas não gostava de deixar as coisas pela metade. Quando abri a bolsa para pegar o vale-transporte não achei nem a carteira. Na hora soube que era serviço da minha amiga e estava na calçada em frente a empresa tentando imaginar de que forma voltaria para casa.

Liguei para a amiga da onça, mas deu caixa postal, tentei meus pais e minha irmã e não consegui ajuda imediata, então, sentei perto da guarita da segurança e tentei não entrar em pânico. Depois de quinze minutos uma moto grande para na minha frente. Até levantei a cabeça para ver quem era, estava tranquila perto do segurança, mas não esperava ver o Seu Eustáquio.

Assim que ele tirou o capacete a minha boca secou.

— Está com algum problema, senhorita Mirela?

— Não é nada, não, Seu Eustáquio. - a minha voz saiu estridente, bem coisa de gente desesperada.

Ele sentou ao meu lado e acendeu um cigarro.

— A senhorita parece incomodada toda vez que me aproximo. Tem medo de mim?

— Pelo amor de Deus, Seu Eustáquio… é claro que não.

— Mas tem alguma coisa. Não tem?

Eu não sabia como lidar com aquela situação. Era um confronto tão doloroso querer me jogar nos braços dele e não poder. Sem contar que eu estava supondo que ele fosse um cara comum que ao perceber qualquer abertura da menina cairia matando. E se ele gostasse de mulheres mais velhas, se tivesse namorada, se não gostasse de meninas atiradas, se não me achasse gostosa?

Talvez embalada por esses pensamentos, pela fome, o cansaço de ter trabalhado pra cacete o dia inteiro e pela insatisfação de não realizar uma vontade, comecei a chorar. Não aquele choro de soluçar, apenas chorei baixinho, com as mãos no rosto. Seu Eustáquio ficou ali do meu lado sem fazer nada, e quando parei com o choro ele me pegou pelo braço e abraçou.

— Venha, te levarei para casa. - disse ele.

— Não quero…

— E o que a senhorita quer?

— Ficar assim, abraçada no senhor.

Percebi que ele ficou tenso com a minha resposta, num dia normal eu não teria dito aquilo, mas como disse, estava cansada.

Ele desfez o abraço e senti como se o mundo estivesse ruindo, mas ele ainda me mantinha segura pelo braço e me conduziu até a moto, me deu um capacete e sentou. Na mesma hora pulei atrás dele e passei os braços por seu peito. Estava uma delícia ficar assim com ele, mas a corrida foi curta, paramos num restaurante no centro da cidade.

— Eu tenho filhas, senhorita Mirela, sei quando precisam ser alimentadas.

— Eu não sou criança! - respondi brava.

— Disso tenho certeza. - respondeu ele sem se aproximar ou fazer qualquer gesto que denunciasse querer outra coisa além de me alimentar.

Mas estava com ele, então, queria mais era que tudo se fodesse.

— Sua amiga, senhorita Kátia, ligou avisando que está com sua carteira. Alega ter feito confusão, pois as duas são parecidas, pede mil desculpas e espera que não fique brava com ela.

— Ela é meio distraída de vez em quando, mesmo… - respondi agradecendo em silêncio pela armação.

Ele pediu para mim quando o garçom chegou e enquanto eu comia a melhor lasanha do mundo parecia até que estava com um amigo qualquer, mas a verdade era que nunca me senti tão confortável com outra pessoa de quem não soubesse quase nada. Até o tesão estava num nível confortável, mesmo assisti-lo tomando café sem açúcar, fosse uma das coisas mais bonitas que já vi. Quando estava satisfeita ele pediu sorvete para nós dois e enquanto comemos ele voltou a perguntar.

— Então, senhorita, me conte o que acontece que tanto te incomoda.

Na hora minha boca secou de novo e minhas mãos voltaram a tremer tanto que derrubei a colher do sorvete. Na mesma hora um garçom trouxe outra, mas não me arrisquei pegá-la.

— Em algum momento a senhorita terá de me dizer o que está acontecendo.

Quando tive coragem de olhar para ele vi um sorriso sacana na sua cara, discreto, mas estava ali, como se estivesse se divertindo com a minha situação. E para piorar, aquilo trouxe o tesão todo de volta.

— O senhor deve estar de sacanagem comigo, Seu Eustáquio… - deixei escapar.

Ele fez cara de quem não entendeu e aquilo só deixou o sorriso sacana mais evidente.

Normalmente sou bem controlada, muito diferente de como vinha me comportando naquelas semanas, mas alguma coisa no sorriso dele, na forma como me olhava, me deixou tão irritada que esqueci as responsabilidades.

— O senhor tem ideia das coisas que eu sinto quando o senhor está perto, ou mesmo quando o não está perto, mas eu lembro? O Senhor acha que se eu não me obrigasse a pensar nas consequências, já não tinha tomado uma providência? O senhor mandou o idiota do Guilherme embora só ter sido nojento comigo, não posso correr o risco de perder esse estágio só que perto do senhor me dá uma coisa que eu não consigo controlar.

Ele não respondeu, mas se inclinou sobre a mesa e fez sinal para que lhe desse a mão, assim o fiz e o calor que me subiu foi de perder o fôlego. Ele percebeu e até pareceu surpreso, mas se recompôs rápido e alisando a palma da minha mão muito discretamente perguntou.

— Se não houvesse risco da senhorita sofrer consequências no ambiente de trabalho, pois agora, aqui somos apenas duas pessoas jantando, o que sugeriria como solução para esse problema?

— Eu não tenho coragem…

— Nesse caso devo entender que a vontade é menor que a coragem.

— O senhor garante que qualquer coisa que eu disser ou fizer a partir desse momento não terá repercussão dentro da empresa?

— Garanto. - respondeu ele com a cara séria.

Bom, como dá para imaginar, naquele momento eu não fazia ideia de como agir. Nunca estive numa situação semelhante e estávamos num restaurante, rodeados de famílias jantando, não estava usando uma roupa sexy e a mesa era grande demais para levar meu pé até a virilha dele, e além disso estava de tênis. Ou seja, se tivesse de fazer alguma coisa, teria de sair dali primeiro.

— Não quero mais sorvete. - disse num tom quase infantil.

— E o que a senhorita quer? - perguntou ele ainda mais sério.

Segurei firme a mão dele e inclinei o corpo sobre a mesa e disse bem baixinho.

— Quero trepar com o senhor.

O sorriso dele entregou o quanto ele adivinhara da situação, mas mesmo assim não se apressou para chamar o garçom, pagar a conta e me dar o capacete nas mãos quando chegamos ao lado da moto. Ele sentou e eu literalmente pulei nas suas costas me agarrando com força. Dessa vez a corrida foi mais longa, e quando vi estávamos num condomínio caro na parte nobre da cidade. Ele estava me levando para a casa dele.

O nervosismo dificultava a tarefa de soltar o capacete e ele com a mesma tranquilidade de sempre se aproximou e soltou o fecho, puxou o capacete e colocou-o em cima da moto, ajeitou meu cabelo num rabo de cavalo e com a dose certa de selvageria segurou forte uma boa quantidade de cabelo me obrigando a virar a cabeça para cima. A medida que seu rosto de aproximava comecei a tremer e quando seus lábios tocaram os meus foi com suavidade surpreendente, mas que fez explodir alguma coisa dentro de mim e quando vi estava agarrada a seu pescoço e abrindo os lábios para sua língua invadir minha boca.

Já tinha percebido a constituição forte dos músculos sentada na moto, mas ali, abraçada a ele, para quem estava acostumada com pessoas comuns, foi como abraçar o homem mais forte do mundo.

Comecei a me sentir tonta, mas não conseguia soltá-lo e foi ele quem tirou meus braços do seu pescoço e me obrigou a interromper o beijo. Eu estava sem fôlego como se estivesse me afogando, minha calcinha já era de tão molhada e quando me afastei dele meus joelhos falharam, Seu Eustáquio me pegou no colo como se eu não pesasse nada e entramos pela porta da sala, novamente me agarrei como se, tendo experimentado uma amostra, quisesse e precisasse de muito mais.

Quando entramos fui colocada no sofá, ele levantou, acendeu a luz e saiu. Depois de um tempo consegui perceber as coisas a minha volta, o lugar era simples e luxuoso, na sala apenas o sofá visivelmente caro e uma televisão gigante, fotos espalhadas discretamente nas paredes e umas plantas, o tapete tão branco que tive medo de pisar e a luz suave fez parecer que o lugar combinava tão bem com o dono que era quase uma continuação dele.

Eu estava anestesiada, largada no sofá meio deitada e quando ele voltou meu coração começou a correr que nem um louco, antecipando o que viria. Seu Eustáquio tinha tirado a camisa e os sapatos, o corpo musculoso sem exagero me pôs em estado de alerta até que notei que ele trazia na mão um copo grande.

— Beba, senhorita. - ordenou ele com gentileza.

Bebi o copo todo de uma vez. Ele passou a mão por meu cabelo prendendo-o atrás da minha orelha sempre me olhando nos olhos. Havia uma dúvida ali, como se ele ponderasse se seria certo ou não continuar com aquilo. Virei o rosto e beijei a palma da mão que me segurava, ele me puxou para mais perto e me aninhei em seu peito. Nunca antes me sentira tão segura com alguém, era como se confiasse nele por instinto. Beijei o peito musculoso e enlacei sua cintura passando as unhas por suas costas e fui agraciada ao senti-lo arrepiando com o toque, levantei a cabeça para olhar para seu rosto e quando fiz isso tive sua boca procurando a minha com intensidade e fome. Sem parar de me beijar ele me puxou para sentar no eu colo e quando senti a dureza do seu pau na minha coxa quase tive um orgasmo.

Mas ele, ao contrário de mim não tinha pressa, me beijava com pequenas pausas para eu respirar e em certo momento sua mão foi até meu seio. Gemi alto dentro da sua boca quando ele me apertou o mamilo. Coloquei as mãos em seus ombros e me afastei e como se soubesse o que eu queria tirou minha camiseta e jogou-a longe. A partir dali parecia que o homem tinha dez mãos e enquanto continuava me beijando não deixou de tocar nem uma pequena parte da pele exposta, me fazendo gemer e rebolar em cima daquele caralho que parecia grande, ainda aprisionado na calça.

Quando desceu a boca pelo meu pescoço e abocanhou um dos mamilos apertando o outro levemente entre os dedos eu gozei a primeira vez, foi um daqueles orgasmos fininhos que vem devagar e continua assim até passar, me fazendo gritar histérica mais pela surpresa que pela intensidade. Ele sorria ao assistir minhas reações e assim que voltei a beijá-lo me pegou no colo e fomos para o quarto.

A cama era imensa e fui deitada no meio dela com carinho, sempre com a boca na minha. Senti seus dedos abrindo o botão da calça e descendo o zíper, quando olhei para baixo tinha uma mancha na calça de tão molhada que estava e fiquei com vergonha, mas ele nem ligou e me deixou de calcinha, mais uma vez fiquei envergonhada, a calcinha era meio velha com desenhos de bichinhos, ele riu sem maldade ao ver aquilo e voltou a me beijar. Seus dedos passearam na minha vagina por cima do tecido molhado me fazendo gemer alto.

Não sei como, mas ele tirou a calça e a cueca sem que eu notasse e me puxando para a beirada da cama, colocou minha calcinha de lado e posicionou a cabeça do pau que eu ainda não tinha visto. Quando começou a entrar percebi que era grande, não monstruosamente grande, mas bem grande e grosso. A entrada foi complicada, nunca tinha recebido nada daquele tamanho, mas foi a cabeça passar e comecei a gozar. O pau não estava nem a metade dentro de mim e eu gozava com mais intensidade que em qualquer siririca. Ele foi entrando e eu gozando até que bateu no meu útero me causando um choque misturado com dor que trouxe um orgasmo tão forte que perdi os sentidos.

Quando acordei ele estava na mesma posição, seu pau ainda encostado no fundo da minha buceta e olhando nos meus olhos ele disse:

— Vê-la gozando é uma das coisas mais lindas que já tive o prazer de assistir, senhorita.

Só de ouvir ele me chamar de senhorita numa situação como aquela, me deu uma coisa que conhecei a mexer a pelve provocando o entra e sai daquele pau delicioso em mim, mas parei em menos de dois minutos, pois outro orgasmo se anunciava e estava com medo de desmaiar de novo.

— É sempre assim, Seu Eustáquio?

— Goze, criança, goze o quanto aguentar.

E ouvindo aquilo voltei a me mexer e quando gozei foi ainda mais forte, mas consegui manter a consciência e quando parei de mexer, pois estava em espasmos pelo corpo todo foi a vez de ele segurar minhas pernas e começar a meter em mim, devagar no começo, mas foi aumentando a força e a velocidade e quanto mais ele metia, sempre cuidando para não atingir o fundo da vagina com muita força, era uma onda nova de orgasmos e quando percebi estava me babando toda, revirando os olhos e fazendo um som estrangulado com a boca até que ele parou, mas, mesmo assim, ainda gozei por uns dois ou três minutos, como se meu corpo já não me pertencesse.

Nova pausa cheia de beijos e assim que voltei ao “normal” ele voltou a meter e eu voltei a gozar, mas ele parava quando o descontrole ficava sério e assim ficamos ali naquela mesma posição durante um bom tempo.

Eu estava morta, minhas pernas tremiam em espasmos musculares como se tivesse levando choque, minha buceta estava doendo, mas pulsava querendo que a surra de pica continuasse, meu corpo inteiro estava molhado de suor e respirar era uma tarefa difícil. Mas eu queria e precisava fazer aquele homem gozar.

Até então, nunca tinha feito anal com um caralho daquele tamanho, mas tinha intimidade com o assunto. Me enchi de coragem e falei ao ouvido dele.

— Seu Eustáquio… O senhor quer comer minha bunda?

Ele sorriu como se tivesse ganho um prêmio e saindo da cama foi até o closet e voltou com camisinha e lubrificante. Talvez sabendo que não conseguiria me manter de quatro, na mesma posição em que estava ele tratou apenas de colocar minhas pernas em seus ombros e passar os dedos no meu cu besuntando de KY.

— Vou até onde a senhorita aguentar. Ok? Sem maluquice, sem não aguentar diga e eu paro.

Eu apenas balancei a cabeça concordando e quando senti a cabeça forçando a entrada até pensei em desistir, mas precisava ver aquele homem gozando de qualquer jeito e na minha buceta tava difícil. Quando o caralho começou a abrir passagem para dentro do meu cu, parecia minha primeira vez e as pregas foram cedendo uma a uma, a dor era de matar, eu trincava os dentes e tentava escapar, mas minhas pernas não tinham força. Seu Eustáquio pareceu não notar meu sofrimento e continuava, devagar e sempre introduzindo aquela rola sem fim no meu rabo, a essa altura eu chorava e gemia, mas não pedi para ele tirar. De repente ele parou, seus pelos estavam colados em mim e isso significava que aquela ferramenta imensa estava toda, inteira dentro do meu rabo. Me senti até orgulhosa, apesar da dor.

Ele deu um tempinho sem se mexer e quando começou a tirar para começar a me comer, senti o anel estendido ao máximo apertando o pau dele, ele jogou mais uma boa quantidade de lubrificante e empurrou de volta, quando tirou novamente ao mesmo tempo com o polegar apertou meu clítoris com um pouco de força me fazendo gritar de prazer e instintivamente empurrei o corpo em direção a ele sentindo o pau entrando mais depressa na minha bunda. Quando estava de novo inteiro dentro de mim comecei a gozar de novo, só que dessa vez, apesar de forte foi um orgasmo mais tranquilo, como se ele controlasse a intensidade com o polegar no meu botão e isso me permitiu continuar empurrando a bunda no pau dele e quando cansei ele, literalmente, começou a me fuder, com força e velocidade, batendo a virilha na minha bunda, sempre com o polegar no meu botão. Quando achei que enlouqueceria com aquilo ele pegou meu clítoris entre o polegar e o indicador e apertou com força me fazendo ver estrelas e gozando de um jeito que me deixou paralisada, o corpo arqueado, só meus ombros tocavam a cama e quando desabei e voltei a respirar ele tirou o pau do meu cu e tirando a camisinha veio em minha direção. Mesmo nunca tendo recebido porra na boca, segurei o pau dele entre meus lábios e com um urro animalesco ele começou a gozar e encher minha boca. Engoli a primeira vez e continuou saindo porra que foi no meu rosto, mas logo abocanhei novamente a cabeça daquele caralho maravilhoso e deixei que ele terminasse de gozar antes de engolir tudo.

Ele deitou ao meu lado, me puxou para o seu peito e assim adormeci.

Quando acordei já era de tarde, Seu Eustáquio estava nu sentado ao meu lado, encostado na cabeceira da cama, com um tablet na mão e do meu ângulo de visão ele parecia mais jovem que antes, o cabelo desarrumado e a barba por fazer e seus olhos pareciam alegres. Senti o tesão voltando, mas minha vagina inteira estava dolorida e tinha medo de conferir as condições do meu rabo, mas ali, pela primeira vez, consegui me controlar e aquilo me fez rir. Ao me ver acordada deixou o tablet no criado-mudo e me beijou o rosto.

— Café da manhã ou almoço, senhorita?

Ele cheirava a sabonete, mas não quis nem saber…

— Preciso de um banho. Mas não sei se consigo sozinha.

Ele sorriu e me pegou no colo, a facilidade com que me levantava era sempre uma surpresa, do mesmo jeito como parecia natural ficar nua com ele. A banheira pronta tinha espuma e sais de banho, minha bolsa estava em cima da pia, ele saiu para me dar privacidade e quando fiz xixi tudo lá embaixo ardeu, aquilo me deixou trite, mas, pelo menos, tive a noite mais deliciosa da minha vida, mesmo que nunca mais acontecesse aproveitei ao máximo, escovei os dentes e quando ele voltou só a forma como me olhou, como desejo e admiração me fez sorrir como uma criança, ele entrou na banheira e me colocou sentada na sua frente, lavou meus cabelos e com uma esponja me lavou o corpo inteiro. Quando o tesão bateu forte mais uma vez e senti que não tinha condições de nova rodada, comecei a chorar.

— Aconteceu alguma coisa, senhorita? - perguntou ele preocupado.

— E quero mais do senhor, mas está tudo doendo… - e continuei chorando.

Ele ligou o chuveiro e me lavou, me enrolou numa toalha, voltou a me pegar no colo e me colocou deitada, os lençóis eram novos, ele tirou a toalha e me beijou os lábios com carinho. A forma como ele me olhava, quase com veneração fazia com que me sentisse a mulher mais poderosa do planeta.

Sem afastar a boca da minha disse baixinho:

— Para tudo existe uma solução, senhorita.

E descendo a boca por meu corpo, beijou minhas sardas nos ombros, fez uma rápida parada em cada um dos meus seios e continuou até prender meu clítoris gentilmente entre os lábios, soltei um gemido alto e ele parou, pegou um pano qualquer e amarrou minhas mãos na cabeceira da cama. O laço frouxo indicava que ele queria apenas que eu participasse da brincadeira e aceitei com prazer. Quando voltou com a boca para minha buceta passou a explorar cada parte com a língua e logo estava eu gozando de novo. Dessa vez conseguia me controlar um pouco, mas rapidinho estava me contorcendo agarrada a cabeceira da cama, sua língua parecia entrar inteira na minha buceta e aquilo era muito gostoso. Depois de um tempo ele parou e deitou em cima de mim, mas não tentou me comer, eu sentia seu pau babando de tão duro, mas na minha coxa. Eu queria muito senti-lo dentro de mim, mas sabia também que levaria dias para me recuperar.

Me soltei do pano que me prendia e fiz ele perceber que queria inverter a posição, ele deitou e fiquei por cima, coloquei a bunda no seu peito e pegando o pau pela base coloquei o que dava na boca, não era tarefa fácil, mas consegui engolir um pouco mais da metade. Fazer boquete para mim era algo prazeroso, fácil até, e estava determinada a fazer aquele homem gozar na minha boca, apesar da grossura que me esticava os lábios; trabalhei com afinco com a língua e os lábios e quando meu rosto começou a doer o vi erguendo o corpo, tensionando as pernas e enfim, gozando, urrando como na noite anterior e me senti realizada.

Na posição em que estávamos ele puxou meu corpo para mais perto da boca e meteu a língua no meu cu. Aquilo foi mágico, mas a coisa ali estava complicada e ele apenas brincou um pouquinho e voltamos para o chuveiro.

Na cozinha a mesa posta para o café e nós dois pelados, eu no colo dele com uma mão me servia e comia e a outra enlaçada em seu pescoço. Conversamos bastante entre muitos beijos e carinhos controlados, e ele me pediu para passar o final de semana ali. Aceitei na mesma hora e depois ainda no colo do Seu Eustáquio liguei para casa, mas meus pais nem deram bola para a minha noite fora de casa, liguei para Kátia e contei sem muitos detalhes o que acontecera. Seu Eustáquio ria ao me ouvir contando a minha versão resumida.

Mesmo depois de seis meses eu ainda não sei explicar como aquele homem desperta tanta coisa em mim, mas continuamos juntos. A diferença de idade nem me preocupa, fiquei meio na neura quando conheci os filhos dele, todos mais velhos que eu, mas me trataram tão bem e ficaram tão felizes do pai ter uma namorada, ainda mais como disse o mais novo, “gatinha como eu” que está sendo até divertido conviver com eles. Passo mais tempo na casa dele que na minha, meus pais não gostaram muito no início, mas ao conhecerem o Seu Eustáquio passaram a aceitar. Com o tempo me acostumei com seu tamanho e força e por absurdo que pareça, ele continua me dando tanto tesão como no primeiro dia e me faz gozar monstruosamente toda vez que a gente transa.

Ele continua me chamando de senhorita e eu o chamo de Seu Eustáquio.

E estamos muito bem juntos, obrigado.

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Comentários

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Belíssimo conto, meus Parabéns! Adorei a forma e a intensidade como foi narrado.

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Adorei este conto romance e sexo na medida, me lembrei de um caso que tive e quase larguei tudo por ele, mas na hora H, mostrou-se extremamente ciumento o que me afastou dele, mas nunca eu o esqueci....

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Deve haver quase dois anos não comento na página, ainda que leia quase todo dia. Concordo com a Fernandinha, a escrita, a história... Estão formidáveis! Parabéns!

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Excelente relato. Desejo que voce tenha muitos anos ao lado do seu homem e venham partilhar com outros casais os prazeres

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