Me apaixonei por um cara, Puta merda (Parte 45)

Um conto erótico de Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 3733 palavras
Data: 02/02/2018 05:30:41

Terça 16 de Julho de 2013

Acordei com minha mãe me chamando, levantei e fui pro banheiro me higienizar, depois me arrumei e desci pra comer, minha mãe ficou falando por muito, e depois o Heitor foi pegar o carro pra nos deixar no colégio e deixar ela no restaurante, assim que chegamos na portaria, minha mãe viu o Rafa e pediu pro Heitor parar o carro pra ele entrar, avistei a Gabriela e a chamei também. Entraram os dois e apresentei ela a minha mãe e ao Heitor, e minha mãe foi conversando com eles no caminho.

- Mãe: É líder de torcida Gabriela?

- Gabriela: Eu era, mas desde que vazaram umas fotos minhas, me tiraram do time.

- Mãe: Só por causa disso? Reivindique seu lugar, leva o Henrique também pra ver se ele aprende a dançar, ele não tem um pingo de coordenação pra dança.

- Eu: Mãe....

- Rafa: Talvez ele prefira outra coisa, lá tem Judô, capoeira, vôlei, tem basket, teatro e musica também.

- Heitor: Olha o tamanho do Hique, ele não serve nem pro vôlei e nem pro basket.

- Eu: Cala a boquinha.

- Mãe: Tem que procurar fazer alguma coisa meu filho.

Fomos conversando até chegar lá, assim que entramos, fomos logo pra sala da direção, conversaram comigo e me repreenderam, eu expliquei do porque, e mesmo assim eles não economizaram na bronca , me mandaram pra sala e minha mãe ficou lá conversando com eles; assim que entrei na sala, começaram a falar entre eles e eu já sabia o assunto...”Me”, e decidi que não ia ser igual na outra escola, sentei atrás da Gabi, e o dia se resumiu a aula chata, assuntos difíceis, três apostilas pra eu estudar e o pessoal me olhando torto e eu nem ai. A noite quando cheguei, o Daniel tava lá em casa, brincando com o Pietro, e eu não suportava ele, toda vez que olhava pra ele, era uma revirada de olho, por mais que ele fosse um gato, não me descia. Então fui afrontar ele, perguntar o porque que ele disse a minha mãe que eu tinha fugido do colégio, e ele cagou pra mim, me olhou, riu e saiu, e eu fiquei ali parado perto da sala, igual um abestalhado. Fui na parte da lavanderia botar umas roupas na maquina, e lembrei do salão de festas que era ali por trás, mas tava trancado, eu tava na curiosidade pra ver como era por dentro, mas o Daddy nunca deixou ninguém entrar lá e a chave fica no quarto dele, voltei pra comer e depois fui pro quarto, fiquei falando com o Gustavo e fui escrever no meu diário e depois dormir.

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Ficaram dois meses numa rotina sem fim, e sem acontecer muita coisa interessante, a reconciliação com a Esté tinha sido marcada, e se resultou em retratação pública e uma multa da parte dela no valor de 2.700 R$, dinheiro qual foi quase todo pro advogado. Eu me senti poderoso quando fui na minha escola antiga, e ela fez uma retratação na frente de todos, eu via meus amigos todos finais de semana, e meu irmão também ia pra casa todo final de semana, ele continuava sem falar comigo direito, mas só de ele ir pra lá eu já me sentia melhor, eu sai algumas vezes com o Nicolas pra ele ir ver a mãe dele. A Eriika e a Ana estavam um pouco enciumadas, por conta da Gabi, fizemos o aniversário do Pietro, uma festinha pra comemorar os 3 aninhos dele, e finalmente pude ver a sala de festas da casa, era só uma espaço com palco, várias tomadas, um balcão com um freezer e uma prateleira com bebidas e só, mas era um espaço ótimo. Eu comecei a melhorar no colégio, eu até que tava me saindo bem, eu falava com todos da sala, mas só tinha amizade mesmo com a Gabi, o Vinicius e o Rafa, o Vinicius era um garoto muito bonitinho que eu queria pegar, não era paixão, era só aquele tesão mesmo, que você olha pra alguém e pensa “caralho que pessoa atraente, eu quero!”. E foi só isso, durante esses dois meses. Mas as coisas começaram a mudar quando o Daddy e a mãe viajaram e levaram o Pietro.

Sexta 27 de Setembro de 2013

Acordei e fui pra escola, já estava tudo certo, meus pais tinham viajado, o Heitor ia sair com o Daniel, e a Clara e o Rodrigo iriam pro shopping a noite, então marquei com algumas pessoas de irmos lá pra casa, levarem bebidas e iriamos usar o salão de festas. Assim que entrei na van conformei com a Gabi, e o Rafa ficou meio receoso em ir, liguei pra Eriika e pra Ana, e elas confirmaram. Passei o dia ansioso por causa disso, falei com o Vini quando chegamos na escola e ele perguntou se poderia dormir lá, e eu na intenção de pegar ele, disse que poderia. As aulas passaram bem devagar, até que finalmente chegou a noite e as meninas chegaram, e depois o Vini, todos com bolsas com bebidas e roupas pra dormirem.

Assim que a Clara saiu, fui no quarta da mãe mas tava trancado, e a chave do salão de festas estava lá dentro, pensei em entrar pela varanda, mas as meninas preferiram que fosse no meu quarto mesmo, que também era enorme, estávamos bebendo já, quando o Matheus ligou pra Eriika perguntando onde ela tava e eu quem atendi, chamei ele pra eIe pra ir pra lá e levar bebida, ele perguntou se a Jade podia ir e eu concordei. Depois de um tempo chegaram com 3 litros de Vodka; a Clara ligou dizendo que ia dormir com o Rodrigo e que só ia voltar no outro dia, e com certeza o Heitor não ia voltar tão cedo (pensei). Assim que volto pro quarto, tocaram o interfone e era o Rafa, mandei ele ir pro meu quarto, que eu ia beber água, assim que viro as costas o Heitor entra junto com o Daniel e eu fico com cara de “E agora? O que faço?”.

- Heitor: Acho Lindo senhor Henrique, dando festa enquanto os pais não tão em casa, e o pior, não me chama.

- Eu: Só subir pro meu quarto e participar, e aproveita e pega tua caixa amplificadora que a minha caixinha é baixa.

O Heitor subiu e o Daniel ficou na cozinha olhando pra mim.

- Daniel: Eu sabia da festa, só contei pra ele porque você não me convidou.

- Eu: Deixa de ser chato garoto.

- Daniel: Nunca... – falou saindo da cozinha.

Assim que voltei pro quarto, as coisas estavam ótimas, e precisávamos de mais espaço, falei com o Heitor e ele foi pela varanda no quarto da mãe pra pegar a chave do salão de festas, e a Gabi perguntou se a prima dela podia ir pra lá , que ela tava na casa dela (Gabi) e que estava só. Eu deixei e ela foi buscar a prima, com poucos minutos depois ela chegou com a menina, ela era legal, tinha 18 anos, e se chamava Geovana. Estávamos quase bêbados, e eu já tava pensando no que ia acontecer caso minha mãe soubesse; o Matheus veio e me entrou o celular dele, era o Nicolas querendo ir e eu deixei. Começamos a brincar do jogo da garrafa (Eu, Daniel, Rafa, Gabi, Ana, Vini e Geovana), já o resto foram pra outros quartos, a Jade foi pro quarto com o Heitor, e a Erika e o Matheus foram pra um dos quartos. Assim que começamos a jogar, caiu na Ana e na Gabi, e elas se pegaram e eu fiquei tipo “Uau, não esperava por isso”. Depois a Geovana beijou o Rafa, e depois disso, a Ana beijou o Vini, e la foi minha esperança da noite. Ai a Gabi sugeriu um beijo triplo entre mim, o Daniel e ela. Aceitamos, fiquei até surpreso pelo Daniel ter aceitado, então ela nos puxou pra dentro do meu Closet e fechou aa portas. E fomos encostando as bocas, e começamos a beijar (foi diferente e um pouco estranho), então a Gabi sai o beijo e deixa só nós dois, e quando eu vim me dar conta, ele tava com aqueles braços na minha cintura e eu tentei me afastar, foi quando ele se deu conta também.

- Daniel: Caralho, eu nem percebi que tava te beijando, desculpa.

- Eu: Foi tão mal assim meu beijo pra ta me pedindo desculpas?

Daniel ficou meio sem jeito, ia dizer algo mas a Gabi o interrompeu.

- Gabi: Foi tão excitante ver vocês se beijando, eu juro que to molhada, eu preciso de um boy pra mim.

Ela saiu e eu fiquei rindo, e depois o Daniel saiu também, sentei no chão e botei a mão na boca, lembrando do beijo e dos braços em meu corpo, e tive que sair do transe quando meu celular tocou e era o Nicolas, pedindo pra eu ir liberar ele na portaria, e assim fiz, ele veio com o Natan e trouxe mais bebidas, depois disso fomos todos pra sala de festas, e a Gabi pegou o Natan, e eu fiquei conversando com o Nicolas, ele ficava dizendo que estava faltando mais garotas.

- Nicolas: Todo mundo se pegando e eu aqui sem ninguém, sacanagem.

- Eu: Tá sem ninguém porque quer.

- Nicolas: Desculpa mas eu gosto de buceta velho, senão já tinha te traçado.

- Eu: Já sei disso – Falei virando metade de um copo de vodka pura.

- Nicolas: Você poderia ter deixado eu trazer a Esté, num sei porque essa briga entre vocês.

- Eu: Tu tá me tirando ne?

- Ana: Que foi? Tá tudo bem?

- Nicolas: Tá tudo tranquilo.

- Eu: caralho Nicolas...

- Nicolas: É sério Henrique, eu gosto muito dela pow, e eu queria até tua ajuda pra pedir ela em noivado, tava até pensando se tu poderia deixar esse orgulho de lado e me ajudar.

- Eu: Vai se fuder Nicolas.

- Ana: Tu tá falando sério Nicolas?

- Nicolas: Tô sim! É que vocês não deixam ela mostrar que é legal de novo.

- Ana: Legal? Legal é o Henrique que foi estuprado enquanto ia pra tua festa, legal foi a forma que tu tratou ele depois disso, legal é a sua cara de pau, isso sim é que é legal.

Eu sai dali depois disso, meu assustado, acho que o efeito do álcool passou na hora, fui direto pro freezer pegar umas cervejas que tavam lá e a o Nicolas veio atrás mas a Ana não deixou e ficou discutindo com ele, Bebi uma latinha de cerveja tão rápido que nem vi que nem percebi que o Daniel tava do meu lado.

- Daniel: Vai com calma jovem, tá bem, aconteceu alguma coisa.

- Eu: Cala a boca... – falei puxando ele pra dentro de casa e levando até o meu quarto.

Entramos no quarto, tranquei a porta, peguei o copo de vodka que ele tava, bebi de uma vez, depois empurrei ele em cima da cama, ele ficou sentado e eu empurrei de novo umas 3 vez pra ele deitar, depois subi em cima dele e comecei a beijar ele, fui beijando ele, mordendo o queixo e a orelha, e chupando o pescoço dele. O mesmo já estava louco e perguntou “tem certeza?” e eu acenei que sim com a cabeça, ele me levantou comigo no colo dele, me jogou na cama, tirou a camisa dele, e começou a beijar meu pescoço, e depois minha boca, ele tirou minha camisa e o short dele, ficou só de cueca e me virou de costas e começou a se esfregar em mim, ainda de roupa, e eu acabei lembrando do estupro na hora, mas tentei relevar. Ele ia tirar meu short e eu pedi pra ele alagar a luz, e assim ele fez, depois voltou a me beijar e a tirar o short devagar, e pegou na minha bunda e começou a apalpar, depois começou a alisar e eu fiquei com vergonha por causa das estrias, ele passou a mão devagar em cima delas, e eu fui perdendo a vontade, e assim que ele disse “Você é uma delícia, que bundinha gostosa de pegar”, me remeteu ao estupro de novo, e eu afastei ele e comecei a chorar.

- Daniel: O que foi? Eu fiz alguma coisa?

- Eu: Não, é que eu não consigo, eu fico assustado e com medo.

- Daniel: Você é virgem?

- Eu: Não garoto, é que depois que fui estuprado, eu não consigo mais transar, tudo me remete a aquilo.

- Daniel: Desculpa , eu não lembrava disso. – disse passando a mão na minha bunda, bem em cima das estrias.

- Eu: Eu também não deveria ter feito isso, você vai acordar amanhã com um arrependimento enorme se lembrar – Falei tirando a mão dele de cima da minha bunda.

Vestimos a roupa e eu comecei a desabafar deitado na cama com a cabeça no colo dele, o Nicolas bateu na porta e pediu pra falar comigo, o Daniel abriu a porta e ele ficou me olhando e eu pedi pra ele sair um pouco.

- Nicolas: Desculpa Henrique, eu juro que não sabia, eu juro.

- Eu: Sem problemas, não ia fazer diferença se você soubesse também.

- Nicolas: Talvez fizesse, talvez...

- Eu: Talvez nada! E eu não quero que fique com pena de mim, não quero uma amizade forçada por pena, assim como não quero conversar agora. – falei interrompendo ele e saindo do quarto logo em seguida.

Voltei pro salão de festas e fui beber, eu ainda tava sóbrio, eu queria esquecer de tudo, a Eriika, a Gabi e a Ana tentaram me consolar, mas me deram cachaça mesmo. Depois disso eu toda hora fugia do Nicolas, fizemos até Karaokê. E eu e a Eriika quem mais cantamos lá, depois que a bebida acabou, fui tomar banho e eu gravei um áudio enorme contando pra mim mesmo o que tinha acontecido, caso eu não lembrasse e acabei dormindo no meu quarto junto com o Daniel e o Rafa. A Gabi e a Geovana tinham ido embora, o Vini dormiu com a Ana, a Jade dormiu com o Heitor, a Erika com o Matheus, e eu com os esses dois.

Sábado 28 de Setembro de 2013

Acordei e o Rafael estava do meu lado, eu ainda estava meio sonolento e tudo rodava, o Daniel estava deitado no chão, fui escovar os dentes e lavar o rosto, e eu estava com uma camisa enorme e de cueca por baixo, desci pra procurar algum remédio de dor de cabeça, e comi umas bolachas com leite, e me assustei quando o Daniel perguntou se tinha algum remédio pra dor de cabeça, eu disse que sim, e lhe dei o remédio, e ele ficou comendo bolacha e tomando leite junto comigo, fui lembrando das coisas e ficando com vergonha, lembrei do áudio no meu celular e subi pra pegar ele e assim que desbloqueio, percebi que o áudio que eu tinha gravado, tinha sido no Whatsapp, e eu tinha enviado pra mãe. Eu quase gritei de raiva quando percebi, e ela tinha mandado outros 5 áudios, e eu estava com medo de escutar, desci pra cozinha e a Ana tava lá conversando com o Daniel e eu já estava com uma cara de desespero e ela percebeu.

- Ana: Que cara é essa Henrique?

- Eu: Vê só a burrada que fiz... – falei mostrando a tela do celular pra ela.

- Ana: Eu não acredito que tu conseguiu estragar a atualização do aplicativo, é pra mandar áudio só quando tiver algo importante pra falar e com preguiça de escrever. HenriqueEu: Calma, eu nem sei o que se esse áudio é o que eu narrava o que aconteceu nessa festa.

- Daniel: Me da aqui, vamos ouvir...

- Eu: Melhor não!

- Daniel: Fica só entre nós três o que for escutado aqui.

Começamos a escutar, e eu percebi que estava fudido, eu me entreguei sobre a festa, disse que estava bêbado, e na hora que comecei a falar que eu tinha ficado com o Daniel, eu fui logo tomando o celular da mão dele e eles ficaram me olhando, e o áudio continuou rolando, e tava coisa bem indecente, eu dizendo que eu ia dar pra ele e não tinha conseguido e que ele tinha uma pegada boa, eu fiquei morto de vergonha e subi pro quarto, e como o Rafael tava dormindo ainda, entrei no banheiro e comecei a escutar os áudios que minha mãe mandou, ela brigou tanto, disse que eu ia me levar em um psicólogo, chorou, disse que se me pegasse bebendo de novo, ia me mandar pra casa do meu pai. Mãe falou tanta coisa que eu me senti muito culpado. Quando sai o Rafa tinha acabado de acordar e ficou olhando pros lados.

- Rafa: A gente dormiu junto?

- Eu: Dormimos sim!

- Rafa: Caralho, desculpa, eu estava bêbado, eu nem lembro o que aconteceu, mas não conta a ninguém que a gente transou, por favor.

- Eu: Calma rapaz, a gente não transou.

- Rafa: Uffa, então não aconteceu nada entre a gente?

- Eu: Claro que não ne Rafa. – Falei saindo do quarto e pensando na reação dele, e como seria a reação do Daniel ao falarmos sobre o assunto.

Desci e voltei pra cozinha, ele e a Ana estavam conversando e eu fazer o almoço pra quando o resto do pessoal acordasse e a Clara chegasse, comerem, a Ana disse que ia voltar a dormir e subiu pro quarto, e eu fiquei nervoso por ter ficado sozinho com ele, e ficava imaginando que a qualquer momento ele tocaria no assunto, eu estava torcendo pra alguém descer e nos fazer companhia. Mas ninguém desceu, e ele levantou e perguntou se eu queria ajuda, e eu recusei, mas ele insistiu em me ajudar e eu fiquei meio nervoso e sem querer cortei o dedo, um corte bem pequeno, saiu pouco sangue, mas ele veio me tocando pra vê se eu tava bem, pegou em minha mão e eu puxei a mão ligeiro e fiquei olhando pra ele com uma cara de nervoso, e ele ficou me olhando como se não tivesse entendido nada e eu disse a ele que não eu tava bem, coloquei um band-aid e pedi pra ele ir temperando as carnes e mostrei onde tava os temperos.

- Daniel: Eu não sei temperar carne, eu uso o que?

- Eu: Tinha esquecido que você não tem o costume de cozinhar, sabe cortar verdura pelo menos?

- Daniel: Cara, tu é debochado. Eu sei cozinhar, é que eu não como carne, por isso não tenho o costume de temperar.

- Eu: Ah, desculpa! É que todo churrasco que fazem na minha ou na sua casa você está perto das comidas.

- Daniel: Lógico, é onde os adultos ficam, junto com os frios, aquela maionese da sua mãe, o pão de alho, e aquela cebola assada.

- Eu: Ok, já entendi. E você vai comer o que já que não come carne?

- Daniel: O que fizermos, menos a carne ué.

Até que interagimos bem enquanto fazíamos o almoço, eu ia perguntamos aquelas coisas chatas que todo carnívoro faz a um herbívoro, e ele respondia numa boa, sem ignorância. Depois as pessoas foram acordando e nossa relação foi voltando ao normal, quase não nos falávamos, ou quando falávamos era no deboche; o resto da tarde passou rápida, e as pessoas foram indo embora, até restar apenas eu, o Rafael, o Daniel e o Heitor. A Clara chegou com o Rodrigo e já era de noite, íamos jantar as sobras do almoço pra não ir pro lixo; eu tinha acabado de voltar do banho quando escutei o Rafael falar sobre o beijo triplo, e estavam perguntando ao Daniel como tinha sido, voltei de novo pro quarto, e comecei a escrever no meu diário, eu sabia que ele ia dizer que não gostou, ou que gostou por causa da Gabi, ou algo do tipo, eu nem fiquei pra escutar e já tava todo paranoico, o Daniel demonstrava não gostar muito de mim, eu pra ele parecia ser aqueles colegas da escola que você não tem nenhuma intimidade mas fala por educação. Depois de escrever tudo da noite anterior, e do dia, voltei pra cozinha. E as garotos já estavam terminando de jantar, a Clara tinha esperado por mim, o Rodrigo jantou e se despediu da gente, e Rafa e o Daniel foram embora também, já tava na hora mesmo, tinha que tomar um banho, trocar de cueca, sempre ótimo. Fui com a Clara pro quarto dela, que ela tava me contando como tinha sido a noite e o dia dela, e quando ela ficou tomando banho e falando e eu deitado na cama dela e conversando com ela enquanto ela tomava banho. Quando ela saiu que já de roupa de dormir, vi uma mancha na perna dela, parecia um hematoma.

- Eu: Vejo que o Rodrigo é bem selvagem viu... – falei apontando pra perna dela

- Clara: Ah, isso... não foi ele, as vezes aparece umas manchas assim. E tu e o Daniel, como foi esse beijo mesmo?

Contei a ela sobre tudo que tinha acontecido, e mostrei os áudios de mãe.

- Clara: Mas você tá gostando dele? Como tá esse coraçãozinho?

- Eu: Na verdade eu nem sei, mas mudou alguma coisa, eu não sei dizer o que é, acho que é só medo mesmo, ou a ressaca ainda.

- Clara: Ou essa implicância dele com você, deve ser algo a mais.

- Eu: Com certeza não, ele só se deixou levar porque estava bebendo.

- Clara: Até que queria ver vocês dois juntos, ele tem aquela cara de bravo mas ele é bem bonito.

- Eu: Eu sei, chega a ser um pouco sexy, mas ele é tão chato que chega a ser repulsivo.

Ficamos conversando muito a noite toda, até sermos interrompidos pelo Heitor, pedindo pra passar pela varanda pra deixar a chave do salão de festas no quarto de mãe, e assim ele fez. Depois fomos pra sala assistir um pouco e minha mãe liga perguntando como estávamos, botou o Pietro pra falar com a Clara e disse que tinha novidades, fiquei curioso pra saber o que era mas ela não disse e desligou, depois que o filme acabou, fomos cada um pro seu quarto e eu comecei a escrever no meu diário, e não tinha visto as mensagens do meu celular, tinha um monte do Nicolas. Nem olhei e fui dormir!

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Comentários

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MAS QUE BABACA. PERDEU A GRANDE CHANCE DE TRANSAR COM O DANIEL. MUITO ESTÚPIDO. O QUE PASSOU, PASSOU. JÁ É MAIS QUE TEMPO DE SUPERAR ISSO E SER FELIZ POW. NICOLAS REALMENTE MERECE ESTÉ. É OUTRO RETARDADO, IDIOTA.

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