Capitulo 5
– Sente-se aqui, querida! – Pedi apontando para o sofá. Olho a minha esposa com carinho e temor ao mesmo tempo.
– Pode começar a falar, Juan. – Disse ignorando meu pedido.
– Meu amor, eu quero que saiba que independentemente de qualquer coisa... – Pauso tentando encontrar as palavras certas para que ela me compreendesse. – Eu a amo muito. O que vou contar-lhe agora a deixará confusa, entretanto o meu sentimento por nossas filhas e principalmente por você é verdadeiro. Sei que será muito difícil de entender a minha situação, mas peço que faça uma balança dos momentos em que vivemos, estamos vivendo e vivenciaremos futuramente. – Completei angustiado.
– Deixe de enrolação e vá direto ao ponto, Juan, por favor!
– Está bem, amor. – Falo em tom de rendição. – Seja o que Deus quiser. Nós somos irmãos biologicamente falando. – Digo de uma vez só. Ela me olha séria e arqueia a sobrancelha.
– Que história é essa? – Pergunta sentando-se no sofá.
– Você é filha da minha mãe Joana com seu Atílio, o médico ginecologista da família. Você é fruto de um estupro, porém quando veio ao mundo seu pai a vendeu pra Dona Mercedes, na qual a criou como sua filha.
– Isso é loucura, Juan! – Gritou desesperada.
– Não é não, mamãe. – Sophie anunciou da porta.
– O que você tem a ver com isso. - - Chistine disse ainda exaltada.
– Tudo. – Afirmou séria. – Mamãe, eu descobri que você e o papai são irmãos quando vi a carta que o vovô ficou encarregado de entregar a senhora, entretanto aquele maldito acidente o levou sem que o mesmo tivesse chance de impedir o casamento de vocês. E... – Christine interrompeu-a séria.
– Deixem-me sozinha, por favor. Preciso processar essas informações.
Saímos do escritório, desolados.
– Estou preocupado com sua mãe. – Comentei.
–A mamãe vai se recuperar do choque, mas o que me preocupa é o que ela vai decidir depois desse processo.
– Simples se separar do papai. - Julie disse despreocupada.
– Acho que não. – Falei desconfiada.
– Concordo com Julie, Sophie. – Sibilei. – Sua mãe desde o começo do nosso relacionamento estava dividida sobre criá-las da mesma forma que fui criado.
– Ela aceitou, pai, portanto, eu acho que ela não tomará nenhuma providencia em se separar de você. Entretanto, eu suponho que vai pedir-nos um tempo pra organizar seus pensamentos. E se eu não estiver enganada irá correndo para os braços da vovó Rosalinda. – Minha pequena explicou.
Ficamos uma hora conversando sobre o assunto, quando a porta se abriu e minha linda esposa saiu com o rosto inchado, devido ao choro.
– Tomei uma decisão. – Disse olhando-nos atentamente. – Vou ficar um mês na casa da Dona Rosalinda, mas peço-lhes que cuidem do pai de vocês na minha ausência. – Completou. Olhei para Sophie perguntando como ela acertou a decisão da mãe. Apenas balançou os ombros.
Um mês depois...
– A mamãe deveria chegar hoje, né, mana. – Julie comentou com sua cabeça nas minhas pernas. – Sinto falta dela. – Completou com uma lágrima descendo de seus lindos olhinhos.
– Era sim. – Confirmo tocando-lhe com carinho. – Ela voltará transformada. – Acrescento relembrando-me das palavras da vovó Rosalinda.
– Como assim?! – Pergunta num misto de curiosidade e desconfiança ao mesmo tempo.
– No momento certo você saberá. – Provoco marota. Aproveita que levantou o meu colo pra questiona-me sobre minhas palavras pra ir em direção à cozinha.
– Sophie! – Julie me chama de forma inocente. Sinal de quer alguma coisa comigo. Se eu não estiver enganada, ela quer fazer amor comigo na cozinha, pois visualiza o lugar e o brigadeiro que estou colocando na travessa de forma prazerosa.
– Julie, eu não acho certo fazermos isso aqui. – Falo tentando ser o mais sensata possível.
– Fazer o quê? – Pergunta maliciosa.
– Você sabe muito bem. Não me faça de inocente, pois você está longe de ser. – Retruquei séria.
– Chata. – Fala dando língua.
– Vou mostrar-lhe quem é chata. – Sibilo puxando-a pra mim e beijo-a com fervor. Após o nosso beijo, eu a sento no balcão, dispo-a da cintura pra baixo.
– O que pensa que está fazendo?
– Nada, ainda. – Respondo concentrada no meu trabalho. Abro suas deliciosas pernas e toco sua intimidade com minha língua. Ela começa a gemer de prazer. Pego um pouco do brigadeiro e vou passando lentamente em sua vagina, logo em seguida passo minha língua na mesma dando-lhe uma sensação deliciosa. Os gemidos de Julie aumentam e somos interrompidas por uma voz nada feliz com nossa intimidade. – O que pensam que estão fazendo?
– Estávamos nos curtindo, mamãe. – Falo revirando os olhos e desço Julie da mesa. A mesma encontrava-se fria, devido ao susto de ver nossa mãe e avó em nossa frente.
– Olha o respeito comigo, Sophie Potter Mclareen. – Afirmou áspera. – Minha cozinha não é lugar para esse tipo de cena. – Completou respirando fundo. Doeu vê-la assim. Odeio discutir com um deles. Ambos são minha vida.
– Perdão, mamãe! – Pedi e as vi ficarem estáticas com meu pedido. – Digamos que é difícil eu pedir desculpas, pior ainda pedir perdão. Eu tenho que está muito errada pra que isso aconteça. – Eu não quero que culpe Julie, pois ela não tem nada ver com isso. A culpa foi minha por provocá-la. – Falo caminhando em direção a porta, mas escuto suas últimas palavras.
– Ok. – Respondeu se dando por vencida. – Nós cinco precisamos conversar.
– Mãe, eu tomei uma decisão. – Julie se manifestou temerosa.
– Qual seria?
– Se você se separar do papai, eu vou sair de casa.
– Não me venha com ameaças, Julie. Não estou com clima pra isso. Christine afirmou séria. – Vá ficar com sua irmã. – Mandou séria.- Nós vamos ter uma conversa definitiva sobre esse assunto.