Susan tinha 26 anos na época que tudo aconteceu. Ela fazia faculdade de arquitetura e eu de engenharia. Nos encontramos em uma turma de laboratório de física e, por sorte, ficamos na mesma equipe. O meu interesse em Susan foi imediato, mas ela deixou claro que tinha namorado. A aula de laboratório era no fim da tarde, a última do dia e seu namorado, Luciano, sempre vinha buscá-la.
Entretanto as minhas investidas eram pesadas, ficavam entre entre o descaramento e o assédio. E eu já estava ficando sem munição. Os foras de Susan eram sempre elegantes. Mas um dia ela me disse que se não fosse comprometida ela toparia sair comigo.
— Isso significa que, se ninguém souber, da certo, porque eu não me importo com seu namorado.
— Mas eu sim.
— Olha só, Susan, — falei com o rosto bem perto do rosto dela — se você não mudar seu comportamento perante ele, quero dizer, se você continuar tratando ele bem, nossa relação não trará prejuízo nenhum a ele.
Ela sorriu e o sorriso dela era meu ponto fraco, os dentes brancos muito bem alinhados contornados por lábios delicados. Impossível não se apaixonar. Parou de rir e mordeu o lábio inferior. Eu sabia que era a minha deixa. Segurei em sua cintura e beijei seus lábios de leve. Ela cedeu.
Ficamos nessa de beijos e abraços por pouco tempo, até que ela me disse que o seu namorado, Luciano, era casado. Começaram a namorar há um ano. No início, eles se encontravam todos os dias, mas agora os encontros eram duas ou três vezes por semana. Quando eu soube disso eu pirei. “A menina era amante de um cara casado e tava se mostrando como uma santa pra mim”.
Exigi que, ou ela ia comigo para meu apartamento, ou eu não ia fazer o papel de bobo. Ela tinha que escolher. Aquela representação teatral dela de santinha não estava compatível com seu papel de amante.
Ela cedeu mais uma vez e fomos para meu apartamento, mas, quando investi para comê-la, ela deu um pulo no meio do quarto e disse que não podia porque respeitava muito seu amante e tinha combinado de sair com ele mais tarde naquela noite e etc…
Na hora fiquei puto, mandei ela ir embora. Estava decidido que não faria aquele papel. Ou ela ficava comigo inteiramente ou não ficaria de jeito nenhum.
Uma semana depois, durante a aula de laboratório de física, ela me procurou. Disse que precisava conversar comigo. Aceitei e até fiquei ansioso para saber o que ela diria. O fato é que ela era muito linda e tinha o corpo malhado de academia.
No fim da aula nos encontramos e ela se abriu:
— Lucas, — dizia ela — eu sempre fiz tudo errado, troquei os pés pelas mãos uma centena de vezes e não queria errar de novo. Meu pior erro foi me apaixonar pelo Luciano, mas não foi o único. Na época do colégio, eu já saia com os caras mais velhos. Perdi a virgindade com treze anos.
O rosto dela estava ruborizado.
— Eu fico muito envergonhada de te contar essas coisas, mas eu preciso. — Continuou —, não quero que você me julgue, mas se não quiser mais olhar na minha cara eu vou entender. Eu sai com alguns caras mais velhos como eu disse alguns casados. Mas agora, eu vejo que preciso ter um relacionamento sério e casar. Não quero mais essa vida.
Nós nos beijamos e ela me prometeu acabar seu relacionamento com Luciano em breve. Dois meses depois éramos só nós dois. Namoramos por mais um ano e nos casamos.
Susan era uma excelente arquiteta e não lhe faltavam trabalhos, muitas vezes, ela precisava viajar para implementar algum projeto. Eu trabalhava na empresa de energia do estado. Vivíamos confortavelmente. O fato de Susan ganhar mais do que eu não me incomodava. O que me incomodava mesmo era o excesso de viagem. Às vezes ficávamos semanas sem nos ver. Eu também viajava bastante para o interior do estado, mas na maioria dos casos eram viagens curtas de um dia ou dois.
Há três anos, Susan chegou em casa de mais uma de suas viagens, ainda era começo da tarde quando ela chegou. Eu não havia ido trabalhar naquele dia, pois estava tirando uma folga que há muito tempo eu tinha direito. Ela estava mais leve, cantarolava uma canção de ninar, seu sorriso era fácil. Fiquei feliz que ela estivesse assim, era uma sexta-feira e passaríamos o fim de semana inteiro juntos.
Á noite, quando comecei a beijá-la de modo mais sensual, ela se esquivou. Disse que estava cansada e com sono.
— Amanhã faremos tudo que você quiser eu prometo.
No dia seguinte porém, ela me evitou o dia todo, á noite, eu não me contive e perguntei o que estava havendo.
— Faz mais de um mês que a gente não fica junto aí um fim de semana que temos para aproveitar, você fica me evitando. O que está havendo.
— Não é nada, só que estou cansada com dor de cabeça…
— Não. Basta. Me diga agora a verdade. — Fazia tempo que eu estava incomodado com essa situação e algo me dizia que havia muita coisa errada com aquilo.
Ela começou a chorar. Subiu as escadas chorando e eu fui atrás. Ela entrou no nosso quarto e se deitou na cama.
Estava de costas pra mim, tinha um corpo espetacular e não me deixava aproveitar. Era injusto.
Me aproximei, agora mais calmo. Coloquei a cabeça dela no meu colo.
— Eu te amo — ela disse.
— Então me diga o que está havendo com a gente, quem sabe assim não possamos resolver juntos?
— Não, não podemos.
— Já chega, Susan, — eu disse com veemência. — você não vai mais me enrolar.
— É o Sr Teodoro.
— Quem? — Eu nem me lembrava mais da figura.
— O Sr Teodoro do projeto da filial no Rio de Janeiro.
Lembrei do homem, um milionário do ramo imobiliário. Fomos convidados para inauguração de um dos empreendimentos que ele desenvolveu em parceria com a construtora em que Susan trabalhava. Quando soube que ela tocou o projeto do Hotel Marines, quis que ela chefiasse a equipe da nova filial da incorporadora que seria iniciado em breve. Uma parceria milionária entre a sua incorporadora e a construtora em que Susan trabalhava.
***
— Faço questão de que ela esteja presente em cada detalhe desse projeto desde a concepção até a execução. Um talento desses tem que ser muito bem eproveitado.
Olhou para Susan. — Quero você amanhã de manhã no meu escritório. Temos muito a discutir.
Como o Sr Teodoro era um parceiro de longa data do dono da construtora em que Susan trabalhava, ela foi liberada para tocar exclusivamente aquele projeto. No início foi ótimo, pois na fase de projeto ela viajava muito pouco, mas quando a fase das obras começou...
***
— Sim, lembrei o que tem ele? — Eu não sabia aonde ela queria chegar. Sabia que o empreendimento foi bastante desgastante para ela, a filial da incorporadora ficava no Rio de Janeiro e nós morávamos em São Paulo. Foi um período angustiante, mas já fazia dois meses do fim da obra e ela ainda falava nisso.
— É uma longa história, — ela disse ainda cm lágrimas nos olhos. — tudo começou naquele mesmo dia quando fui ao seu escritório.
“Vigésimo andar — me disse a recepcionista. —Coloquei o crachá de visitante e subi no elevador privativo. O Sr Teodoro me esperava em seu sofá, me chamou e sentei ao seu lado. Não posso negar que ele é um homem charmoso e educado; bastante novo ainda: quarenta e dois anos. Começou me contando que herdou a empresa do pai e que agora se iniciava a fase de expansão da empresa. Mas de repente ele parou de falar da empresa e disse que ia direto ao assunto. Pegou a minha mão entre as suas e disse que minha beleza era muito mais cativante do que todo o meu talento. Eu me assustei, tirei as mãos de dentro das dele, mas aceitei como um elogio e sorri com educação. Eu sou elogiada sempre e sem lidar com essa situação. Entretanto ele insistiu, passou a mão em meu cabelo ao lado do meu rosto de trás para frente, foi sutil confesso. Enquanto passava a mão, não tirou o olhar de dentro dos meus olhos, foi me dizendo que eu era uma mulher muito atraente, que seria um desperdício ser mulher de um homem só. Então se levantou. Botou uma dose de Wiski, eu fiquei no sofá estava petrificada. Então ele me olhou de cima. — O projeto é seu, — disse, — isso já foi decidido. Mas, como eu dizia, seria um desperdício imperdoável se nós não pudéssemos aproveitar tudo o que esse empreendimento pode nos proporcionar.
“Confesso que fiquei curiosa, ele me conduzia por caminhos perigosos. O nosso segundo encontro foi estritamente profissional, falamos sobre as diretrizes básicas do projeto e as partes legais, jantamos juntos no seu escritório mesmo e concluímos cedo. Ele fez questão de pedir para seu motorista me trazer até em casa. Já no terceiro encontro foi diferente. Teodoro pediu o jantar com vinho e você sabe como fico quando bebo”.
Ela não chorava mais.
“Ele me perguntou porque ainda não tínhamos filhos, eu expliquei, ele tem duas meninas, mostrou-me as fotos delas. Disse que a mulher dele era ótima companheira, mas na cama, não era o que ele esperava, deixava a desejar, precisava de uma mulher como eu. Explicou: desde a primeira vez que me viu, percebeu que eu não era uma mulher comum. Sabia que havia algo diferente em mim, não sabia bem o quê, mas queria descobrir. Ele se aproximou, como eu disse, era charmoso. Eu pensei em você. Eu não queria traí-lo, mas havia um frio na minha barriga, um sentimento que há muito tempo não sentia. Ele quis me beijar, mas eu não deixei, eu me afastei e disse que ia pra casa. Ele recuou. ‘Eu te levo’.
“Dessa vez, não havia motorista, éramos só nós dois em seu carro esportivo. A viagem foi silenciosa até chegarmos aqui em casa. Eu teria descido do carro e entrado, mas alguma coisa tinha se acendido dentro de mim. Você tinha viajado naquele mesmo dia. Eu não desci do carro. Fiquei esperando algo, eu não sabia o quê, talvez ele soubesse. Se inclinou no banco do carro, estava próximo, meu coração acelerou. Ele sentia meu cheiro e eu sentia seu hálito de vinho doce. Aproximou-se do meu pescoço. Fiquei arrepiada. Os lábios entreabertos, a respiração profunda e rápida. Mas de repente reuni as últimas forças e sai do carro. Antes de bater a porta do carro disse ‘até amanhã’ e entrei em casa. A noite foi longa.
“No outro dia, acordei cedo, tomei um banho bem caprichado, me depilei mesmo sabendo que não ia te ver. Coloquei um conjunto novo de calcinha e sutiã que estava guardando para nosso aniversário de casamento. Mas apesar disso eu tinha decidido que não ia te trair. Estava decidida.
“No escritório, Teodoro foi bastante cavalheiro. Perguntou como passei a noite. Não me lembro o que respondi. Ele afirmou que não dormiu, passou a noite pensando em mim. Eu sorri, não sei porque sorri. Mas ele ignorou. Começamos os trabalhos. Precisávamos decidir a cor do granito, entre outras coisas. Decidimos almoçar em um restaurante perto do trabalho. Mais um pouco de vinho branco. Teodoro ficou animado quando eu disse que você estava viajando. ‘É uma boa oportunidade’ ele disse.
“À noite, mais uma vez, ele me trouxe em casa. Dessa vez conversávamos muito, ambos estávamos empolgados com os avanços do projeto. Eu tinha uma ideia do jardim e estava animada para contar, mas sem um papel para desenhar era impossível. Quando ele parou o carro aqui em frente, convidei-o a entrar. O arrependimento foi imediato, mas ele aceitou.
“Entramos, ele se sentou no sofá e eu fui pegar os papéis. Apresentei minhas ideias e ele acompanhou atentamente. Gostou de quase tudo mas discordou das palmeiras. Ficamos debatendo um pouco e eu ofereci um wiski, ele aceitou mas com uma condição. Eu tinha que beber com ele. Aceitei. Fiz uma dose dupla pra ele e uma simples pra mim com um pouco de água. Depois da primeira dose, eu tirei o salto, queria tirar as meias, mas elas começavam muito em cima. Trocamos alguns olhares e comecei a sentir um formigamento na barriga. Eu me levantei e ele se levantou junto, parou na minha frente. Olhos nos meus olhos. Segurou na minha cintura. Meu coração acelerou, lábios entreabertos, respiração profunda. ‘Você não vai me negar esse beijo’. Ele me beijou, eu correspondi. Sua língua invadiu minha boca. Fechei os olhos e deixei rolar.
“Ele desabotoou os dois primeiros botões da minha blusa, deixando o sutiã à mostra. Eu queria tomar banho, mas ele me segurou, disse que tinha pouco tempo. Viemos para o quarto, tirei a blusa e o sutiã. Vi em sua face que ele gostou do que viu. Tirei a saia, meias a calcinha. Ele já tinha se livrado das suas roupas também. Abaixou entre as minhas pernas e respirou fundo sentindo meu cheiro. Beijou minha virilha depilada, eu me arrepiei. Então passou a me chupar toda. Deitei e ele me chupou mesmo sem eu ter tomado banho.
“Eu estava deitada com as pernas abertas e ele se deitou sobre mim, eu estava bastante excitada, a boceta bem lubrificada, mas mesmo assim, o pau dele entrava com dificuldades. Elogiou o aperto da minha boceta. Eu me sentia totalmente preenchida e ele fodia com vigor. Eu disse que podia gozar dentro porque eu tomava remédio. E ele me inundou com sua porra volumosa. Eu gozei em seguida. Alucinada, eu queria que ele tomasse um banho, mas ele precisava ir.
“No outro dia você chegou então fomos para um motel antes de voltar pra casa. Lá ele disse que queria que eu parasse de me depilar. Lembra quando eu fiquei bem peluda? Trepamos todos os dias no primeiro mês. Depois as obras se iniciaram e nós viajamos para o Rio. Ficamos no mesmo quarto do hotel. Ele me comia com maestria, fazia milagre com o pau dentro de mim. Me chupava mesmo quando voltávamos da obra. Deixei ele gozar dentro de mim sempre que ele quis. Aos poucos fui me acostumando com o tamanho do pau dele. Já não doía mais, mas ele acabava comigo.
Susan parou, me olhou nos olhos, disse que, a puta que estava adormecida dentro dela, ressurgiu. Que tentou fazer tudo certo comigo, mas aquela era a natureza dela. Era mais forte que ela.
Eu olhei nos olhos de Susan.
— Você deu o cu a ele?
— Ah, amor, — ela começou a chorar de novo — dei, dei tudo fiz tudo que ele quis. Fui a puta dele, a garota de programa.
— E você me conta assim? Você me botou chifre por quase um ano e me conta assim?
— Você já me conhecia quando quis se casar comigo, eu te disse que era a puta da escola e você ainda assim aceitou. Agora estou te contando porque o Teodoro tem uma proposta pra fazer.
— Que proposta?
— Ele quer fazer uma dupla penetração em mim e quer que você participe.