Oi galera queria começar me desculpando por ter sumido, mas eu e a Raquel passamos um tempo separadas e doía demais lembrar da nossa história. Mais agora estou de volta.
Vou adiantar um pouco a história.
Continuando:
Os dias passavam e eu tentava tolerar dividir a minha loira com a Agatha o fato delas serem amigas de novo e de vê-la o tempo todo perto da Raquel me irritava. Até que enfim é sexta-feira e eu vou ter um tempo com a sós com a minha gata no fim de semana.
Como todos os dias levanto cedo me arrumo e vou para a escola. Chegando lá avisto a Raquel conversando com o seu irmão.
Eu – Bom dia amor. Bom dia cunhado.
Digo cumprimentando cada um. Dou um beijo na Raquel.
Raquel – Oi amor.
Marco – Bom dia cunhada. Já vi que tô sobrando. Vou ali falar com meus amigos.
Eu – Amor eu tava pensando em fazer uma viagem no fim de semana. O que você acha de irmos ao Rio visitar meus amigos?
Raquel – É ... Bem é que eu prometi que iria ao shopping com a Ágatha e as meninas no domingo.
Eu – Você não pode deixar pra ir outro dia.
Raquel – Não. Depois que começamos a namorar eu mal saio com minhas amigas.
Diz ela decidida.
Eu – Quem sou eu pra atrapalhar seu passeio com as suas amigas não é mesmo. Espero que se divirta.
Ela me abraça e fala em meu ouvido.
Raquel – Você pode vir com a gente se quiser.
Eu me solto de seu abraço e falo.
Eu – Não as amigas são suas. Eu vou me divertir com os meus amigos no Rio de Janeiro.
Depois de falar isso eu vou direto para sala. Tô cansada de ser deixada de lado e trocada pelas amigas. Faz tempo que não fico a sós com a Raquel e se ela prefere as amigas eu também vou dar mais atenção as minhas.
Quando entro na sala a Bia já está lá. Chego perto e puxo seu fone.
Eu – Ei gata. Vem sempre aqui?
Bia – Não sempre. Só de segunda a sexta. – Ela reponde dando risada.
Eu – É que eu tenho a impressão de que te conheço de algum lugar.
Eu digo sorrindo. A Bia se tornou uma amiga, depois da tentativa de me beijar, ela entendeu que eu tô com a Raquel e que só podemos ser amigas.
Bia – Para com isso sua chata. Depois você se pergunta por que a sua namorada me odeia.
Diz sorrindo. Ela é linda e se não fosse pela Raquel eu com certeza pegaria a Bia, a Raquel odeia ela com todas as forças, mas eu também odeio a melhor amiga dela então estamos quites.
Nesse momento entra a Raquel e Agatha na sala conversando e dando risada. O sorriso da Raquel vira um olhar de ódio ao me ver sentada em cima da mesa da Bia (um costume meu).
Ela senta na frente no seu antigo lugar ao lado da Agatha e nem se quer olha pra mim durante as aulas.
Bia – Você e a Raquel brigaram?
Eu – Não. Ela só prefere a companhia das amigas delas e eu não vou ficar correndo atrás dela feito um cachorrinho. Ela sabe que a Ágatha me odeia e quer nos separar, mas não desgruda da garota.
Bia – Nossa que chato. O que você vai fazer no fim de semana?
Eu – Vou pro Rio visitar uns amigos.
Bia – Sério? Você bem que podia me levar né. Eu morro de vontade de ver o Cristo Redentor.
Diz ela fazendo cara de cachorrinho que caiu da mudança.
Eu – Tá. Não precisa fazer essa cara. Você pode dormir lá em casa e saímos cedo.
A Bia me abraça e diz que eu não vou me arrepender. Quando olho pra frente, meu olhar encontra o da Raquel e eu já começo a me arrepender, mas se ela pode curtir com as amigas dela eu também posso fazer o mesmo.
No meio da aula eu peço para professora me dispensar. Digo que tô passando mal (na verdade eu só queria ir embora). A diretora liga pra minha mãe e pede pra ela vir me buscar.
Mãe – Filha o que houve? O que você tá sentindo? Quer que eu te leve no médico?
Pergunta desesperada quando entramos no carro.
Eu – Eu só queria ir pra casa mãe. Amanhã eu vou pro Rio visitar os meus amigos e vou levar a filha da Sandra comigo.
Mãe – A Raquel não vai com vocês? A Sandra comentou que a filha morre de vontade de conhecer o Rio de Janeiro. Isso é muito legal da sua parte.
Eu contei pra minha mãe o que a Raquel falou quando a convidei, e também que ela estava cada vez mais afastada de mim.
Mãe – Sinto muito que você tenha que passar por isso filha. Mas agora eu lembrei que seu aniversário é no domingo, você vai voltar antes disso?
Eu – Não vou passar meu aniversário com quem gosta de mim de verdade. A senhora poderia ir no domingo pro Rio isso me deixaria muito feliz.
Mãe – Claro que eu vou filha. Agora vá pra casa e não faça nenhuma besteira entendeu.
Me deu um beijo e me deixou no portão de casa. Eu subi pro meu quarto e apaguei, acordo com a campainha tocando insistentemente e vou abrir a porta. Assim que eu abro a Raquel acompanhada da Agatha entram em minha casa.
Raquel – Você tá bem? A professora disse que você passou mal.
Eu – Tô bem sim. Só queria vir pra casa para arrumar as malas que vou levar.
Agatha – Você vai pro Rio amanhã que horas?
Eu – Cedo.
Ela abre a bolsa pega um embrulho e me entrega. Eu fico besta e com medo de abrir porque um presente vindo da minha prima não pode ser coisa boa.
Agatha – Abre. Prometo que não vai explodir. -. Diz ela rindo da minha cara.
Quando abro fico surpresa. Eu uma foto nossa de quando éramos crianças, eu enxugando uma lágrimas no rosto dela. Lembro que ela começou a chorar porque um garoto a chamou de gorda e disse coisas horríveis, eu bati no garoto e depois fui consolar ela.
Eu – De onde você tirou essa foto?
Agatha – Minha mãe me deu um dia em que me encontrou chorando e dizendo que te odiava. Ela me disse que você sempre me defendia e que sempre cuidou de mim.
Eu – Eu odiava te ver chorando.
Agatha – Como domingo você não vai estar aqui, resolvi da seu presente hoje. Feliz aniversário Isa.
Raquel que até agora estava quieta levanta do sofá e vem em minha direção.
Raquel – Eu não acredito que esqueci do seu aniversário, tem tanta coisa rolando. Desculpa amor, a gente pode fazer uma grande festa na casa da minha irmã e ...
Eu – Você está surda ou o quê? Será que você não ouviu a Ágatha dizer que me deu o presente hoje porque não vou está aqui no domingo.
Raquel – Eu não acredito que você vai me trocar por aqueles seus amigos. Ainda mais em um dia tão especial.
Eu – Você tem feito isso o tempo todo, por que eu não posso fazer o mesmo. Dia especial? Qual é? Você nem lembrou.
Nessa hora a campainha toca e a Raquel vai abrir. Ela me olha com raiva ao ver a Bia com uma mala na mão e um presente na outra.
Bia – Desculpa. Eu atrapalho.
Raquel – Sempre.
Eu – Não fala assim com ela. Você quer saber pra mim chega desse seu joguinho. Acabou Raquel.
A Raquel começa a chorar e tenta me bater, mas a Ágatha segura ela.
Raquel – Depois de tudo que eu passei e de tudo que eu perdi por você. Você simplesmente diz que acabou. Você não sabe de porra nenhuma, dizia que me amava, mas me trocou pela primeira puta que apareceu pela frente.
Eu – Não te troquei por ninguém. A Bia é minha amiga. Você foi quem se afastou e se é pra ter uma namorada que nem fala comigo direito. Prefiro ficar solteira.
Agatha – Isa vai com calma, você não sabe os motivos dela. Vocês deveriam conversar antes de terminarem assim.
Bia – Eu concordo com a Gata.
Eu – Me fala o motivo então. O motivo de você ter me abandonado.
A Raquel fica quieta e me olha nos olhos, parece ter medo de alguma coisa.
Raquel – Não importa. Se você quer terminar então tudo bem. Vamos Agatha.
Elas vão embora e eu fico ali chorando, a Bia me consola e diz que tudo vai se resolver. Durmo chorando e acordo no outro dia com o rosto horrível. A Bia faz uma maquiagem, eu decido dirigir o carro q ganhei da minha mãe. No domingo faço 18, ela me deu de presente mas eu só deveria dirigir depois de conseguir a habilitação, mas eu não tava nem aí.
Tirei o carro da garagem e fui buscar as malas com a Bia. Ela era contra eu dirigir, mas eu a convenci.
Pegamos a estrada e eu estava andando na velocidade permitida. Na minha frente aconteceu um acidente e na hora que fui freiar o freio não funcionava eu decidi puxar o freio de mão. O carro girou pra fora da pista e eu só lembro da Bia me puxando de dentro do carro antes dele explodir.
Bônus (versão Bia).
A Isa estava nervosa tentando freiar sem conseguir, ela me olha e puxa o freio de mão e eu me preparo pra batida. Quando me recupero do impacto vejo q tá pegando fogo no motor do carro, então eu saio do carro e puxo a Isa assim que consigo arrastar ela pra longe o carro explode. Eu ligo pra ambulância.
A Isa tá desacordada e perdendo sangue. Estou preocupada com ela, não posso deixá-la morrer assim. Ligo pro meu pai.
Pai – Alô.
Eu – Pai eu preciso de você.
Pai – Bia o que aconteceu?
Eu – A Isa bateu o carro. Ela tá muito machucada, pai preciso q você salve ela.
Pai - Eu vou mandar a ambulância praí agora.
Eu passo a indicação do lugar e pouco tempo depois a ambulância chega. Meu pai e médico cirurgião, conseguiu um emprego a pouco tempo no melhor hospital da cidade. Ele desce da ambulância junto com dois enfermeiros que colocam a Isa em uma maca.
Eu – Pai ela perdeu muito sangue. E está muito machucada.
Pai – o que aconteceu?
Eu – havia um acidente em nossa frente, ela tentou parar mas o freio não funcionava. Então ela puxou o freio de mão pra tentar nos salvar.
Pai – Eu vou fazer o possível pra salvar sua amiga. Preciso que você seja examinada também e depois ligue pra família dela. Eu já liguei pra polícia e eles vão investigar o motivo da falta de freio.
Os médicos me examinam, mas fora alguns ferimentos e depois de fazer os curativos e levar alguns pontos me liberam. Ligo pra minha mãe e peço pra ela falar com a mãe da Isa. Depois ligo pra Agatha e peço pra ela comunicar a Raquel.
Todas chegam preocupadas e eu conto tudo o que aconteceu, a mãe da Isa chora desconsolada. Depois de muito tempo meu pai vem em nossa direção.
M. da Isa – Doutor como está minha filha?
Pai – Sua filha é uma guerreira. Foram seis horas de cirurgia, três paradas cardíacas e ela resistiu bravamente. Ela está em coma induzido e na UTI. Infelizmente a senhora só poderá vê-la pelo vidro.
A mãe dela chora e agradece a meu pai por ter salvo sua filha. A Raquel que observava de longe sai ao escutar que a Isa tá viva.
Continua...
Tá aí mais um capítulo. Já sabem comentem, elogiem, critiquem. Espero q gostem.
Bjss Gatas.