SANGUE RUIM - Sétima parte
- Para. Pára. Pára. Páraaaaaaaaaaaa...
A chinesinha ia dizendo a cada estocada do mulato. Estava com os joelhos apoiados nos braços de um pequeno sofá, que parecia ter sido feito para fodas, dentro do quarto do motel. Sua anatomia tornava a posição confortável para o coito anal, se a mulher se apoiasse no encosto do móvel.
O mulato a pegava pelas ancas e metia com força no cu dela, como se quisesse se vingar das porradas que levou da oriental, no rosto e no saco, na madrugada anterior. Era a segunda vez, naquela tarde, que metia em seu cuzinho. A primeira vez, havia sido penosa. Ela quase não aguentou a invasão do seu ânus pela enorme peia dele. Mas a pequena resistiu bravamente. Descansou um pouco, subiu no sofá e pediu que ele viesse de novo, sem pena. Portanto, não iria parar, só porque ela estava pedindo. Estava perto de gozar. Continuou bombeando.
- Páaaaaraaaaaaaaa. Assim, vai me matar de gozar, porra. Não... aguento... mais...
Ele, no entanto, só parou quando ejaculou em seu reto. Uma gozada pífia, pois já não tinha mais esperma, de tanto foder. Mas, quando ela sentiu a rola inchar e lançar sêmen, entrou em convulsão. Gozou também, chorando de prazer. Começou a falar numa língua estranha, que ele supôs ser Mandarim. Aí, ela desfaleceu. Ele retirou-se do cu dela. A pica saiu suja de esperma e sangue.
A pobre havia perdido algumas pregas. Melhor. Não sentiria tanta dor da próxima vez. - Pensou ele.
Ela ficou em má posição no sofá, e ele condoeu-se dela. Pegou-a nos braços e deitou-a na cama. A oriental nem se moveu. Parecia ter perdido os sentidos. No entanto, repetia baixinho, quase inaudível:
- Bom... bom... bom... ah, como foi bom...
Ele sorriu. Havia tempos que queria fodê-la. Pressentira que seria uma ótima foda. Não estivera enganado. Deitou-se ao seu lado e procurou normalizar a respiração. Estava resfolegante.
O delegado Enoque Alves desceu da viatura sem pressa, falou com alguns subordinados que estavam na frente do restaurante, depois se dirigiu para o interior deste. Havia um bando de curiosos sendo mantidos à distância. Um detetive jovem veio cumprimentá-lo:
- Boa tarde, senhor. Que bom que chegou. A situação não está muito clara, aqui. Venha comigo, por favor. - E o delegado o seguiu até um escritório.
- Veja: parece que a primeira morte aconteceu aqui. O velho chinês teve os dez dedos das mãos decepados, antes de morrer. Ainda estão sobre a mesa. Mas ele parece estar rindo. Estranho, não? Qual seria o motivo?
Depois, o detetive chamou o superior à cozinha. Mostrou-lhe uma mulher gorducha esfaqueada no coração. Havia, também, três chineses caídos no chão. Estavam mortos. Um deles era um cadeirante.
- Esta aqui parece ter lutado, mas levou a pior. Foi apunhalada no peito. - Disse ele, pegando um pedaço de carne que estava numa grande panela wok, sobre o fogão. A comida cheirava bem. Levou-a à boca, provando-lhe o sabor. - Os outros não têm ferimentos visíveis.
- Muito gostosa. Mas não consigo identificar que carne é essa... - Falou o detetive, após experimentar um pedaço.
- Os chineses apreciam carne de gato. - Disse o delegado, como se falasse consigo mesmo.
O detetive cuspiu o naco fora. Mas lambeu os beiços. Nunca havia comido um desses bichanos. Seu chefe saiu da cozinha e foi até o local onde eram atendidos os clientes. Vários chineses estavam caídos sobre as mesas, todos de olhos arregalados. O delegado disse:
- Peça para te levarem a um hospital, imediatamente. Já deu para eu saber o que aconteceu aqui: mataram o chinês, mas este parece que tinha envenenado previamente a comida. Vi uma foto do velho com uma mocinha. Deve ser filha dele. Ela deve ter matado a gordinha, e depois acabou com os dois brutamontes que estavam barrando a entrada dos clientes. Alguém ligou para a delegacia, reclamando disso. Acho que as mortes aconteceram logo depois do tal telefonema.
O detetive estava amarelo. Não sentia dor, mas uma estranha letargia no corpo. Caiu de joelhos. Um policial acorreu. O delegado falou:
- Leve-o para um hospital. Diga que foi envenenado. A droga deve causar letargia, já que os clientes que estão dispostos às mesas não conseguiram se levantar.
- Não deveriam ter morrido babando, senhor? Envenenamento causa isso.
- Deve ser um novo tipo de veneno. Causa paralisia, antes de matar. Socorra o detetive depressa.
O policial levantou o companheiro do chão e carregou-o correndo, levando-o às costas, até uma viatura. Logo, partia em disparada.
O delegado tirou um celular do bolso e fez uma ligação.
**********************
Eudes ouviu seu celular tocar, mas não o atendeu imediatamente. Estava sentado na cama, num quarto de motel. Sabrina estava nua, deitada ao seu lado, e ele estava frustrado. Primeiro, ela havia tirado várias selfies dos dois, no celular dele, lá no bar onde a havia conhecido. Depois, ela mesma o chamou para um motel, depois de beijá-lo várias vezes. No entanto, quando chegaram no quarto, ela se fez de difícil. Não queria mais trepar. Ele irritou-se e deu-lhes uns tapas. Ela partiu pra cima dele, mas levou a pior. Então, o cara a estuprou.
No início, a jovem se debateu. Depois, desfaleceu de repente. Mas ele não parou. Continuou fodendo-lhe o cu, até gozar. Ela não mais se moveu. Auscultou seu peito. Ela estava viva, e ressonava como se estivesse a sono solto. Aí, o telefone tocou. Atendeu, depois de olhar para a tela:
- Oi, mano. O que é que manda?
- Tenho um caso em mãos que acho que vai te interessar. Uma chacina. Venha para cá, antes que os malditos repórteres saibam da notícia. Você pode cobrar pelo furo de reportagem...
- Não vai dar, mano. Não estou com a minha câmera.
- Estás onde?
- Num motel.
- Reatou com a tua namorada?
- Sim e não. Mas não é com ela que estou.
- Entendo. Mas vai se arrepender de não ter vindo. Tiraria muitas fotografias. O crime vai ter repercussão internacional. Há chineses envolvidos.
- Bem, fica pra próxima. Obrigado pela dica, mano. Depois, te mando a foto da nega, nua. Sei que você curte. Já vi várias fotos de mulheres nuas em teu computador.
- Você não anda espalhando isso para todo mundo, não é? - Preocupou-se o delegado.
- Claro que não. Pode confiar. Mas vai cuidar da tua vida, que eu quero foder mais um pouco...
**********************
A dona do motel bateu à porta. gritou:
- Nego, liga a tevê. Estão falando do restaurante chinês.
O mulato agradeceu e ligou o pequeno aparelho, dentro do quarto. O delegado dava uma entrevista. A chinesa despertou justamente quando falavam da morte do seu pai. Começou a chorar. Jorge a confortou. Ela, no entanto, estava com raiva:
- Ainda falta um filho da puta morrer. O filho do aleijado. Enquanto não acabarmos com ele, não poderei cuidar do enterro do meu pai.
- O que pretende fazer?
- Ainda não sei. Mas vou precisar, de novo, que me ajude.
- Olha, eu estou preocupado. Não posso me envolver mais nessa história. O melhor seria você se entregar ao delegado e contar tudo. Ele, decerto, compreenderia a tua situação...
- E se ele estiver na folha de pagamento da Máfia chinesa? Muitos recebem de nós, para proteger nossos negócios. Esse delegado tem cara de corrupto. Não posso me arriscar.
- Eu tenho um amigo que disse que o irmão é delegado de Polícia. Se for este, poderemos falar com meu amigo. Ele dirá se o irmão é corrupto ou não.
- Você acha? Cuidado para não nos botar em encrenca. Lembre-se que você é meu cúmplice nesta história.
- Deixa comigo. - Disse o mulato, vestindo-se.
- Já vai? Claro que não vou te deixar ir embora.
- Eu volto, bela.
- Sei que volta. Mas não é isso. Quero dar outra foda contigo, imediatamente. Desta vez, prefiro que descabace a minha xoxotinha...
FIM DA SÉTIMA PARTE