O Abraço da Serpente I

Um conto erótico de K
Categoria: Homossexual
Contém 1393 palavras
Data: 09/03/2018 01:29:39
Última revisão: 17/10/2019 01:00:28

Olá galera, eu sou o K do conto O Capeta em pele de Anjo, lá eu expliquei a minha proposta de relatar minhas experiências desde o momento do meu despertar sexual até a aceitação, essa história ocorre em paralelo ao conto do Capeta.

Seguindo o baile, lá estava eu com os meus 11 anos negro, meio cheinho, um tanto marrento e metido a pegador, como falei na época eu era mega extrovertido, facilmente fazia amizade até com um leão faminto se deixasse kkkk, estudava em um colégio num município vizinho, estava na 5ª série e era meu primeiro ano em uma escola pública, com os diversos cursinhos que meus pais começaram a colocar a mim e ao meu irmão ficaria apertado pagar também colégios particulares, então optaram por nos colocar no ensino público assim que entrássemos na segunda metade do fundamental, enquanto faríamos os diversos cursos complementares, eu e meu irmão estudávamos em colégios diferente e em munícipios diferentes graças a Cher!

Infelizmente no sistema público de nosso país é comum ver casos de alunos com 15/16 anos na 5ª série, no meu caso havia até mesmo um de 17, mas vida que segue, cheguei já de transferência um pouco mais de um mês que as aulas tiveram seu início, advindo de um colégio municipal da minha própria cidade, afinal esse colégio apesar de público tinha uma boa reputação (só reputação mesmo, mas mestres e mestras maravilhosas que faziam além do que dava), já na primeira semana fiz amizades e bati algumas bocas, inclusive com um dos Diretores (eu era terrível rs, por Veveta do meu Brasil, ainda bem que me acalmei aos 13), na escola havia “oficialmente” apenas um homossexual assumido (mas o tanto de carinha encubado que não negava um cuzinho dava para preencher um internato só de meninos), e o meu jeitão extrovertido da época chamava muita atenção, apesar de me achar o “macho alfa pegador”, a minha voz um pouco anasalada e a forma de me expressar muito com as mãos nem sempre me ajudaram com minha fama kkk, então tinha que ficar pegando uma mina atrás da outra no colégio, mas mesmo assim alguns babacas mais velhos tentavam tirar um sarro com a minha cara e aí vinha a porrada!

E justamente nesse ano que os desejos secretos começaram a despertar, ao mesmo tempo que rolava todo aquele lance de admiração por alguns caras mais velhos na hora do futebol e ia vendo os garotos de 15/16 anos com o uniforme da escola apertando seus músculos, trocando de roupa no vestiário após as aulas de Ed. Fisíca e na natação onde uma turma de garotos mais velhos estava sempre nos chuveiros quando era hora de me arrumar para a minha aula, também enfrentava um conflito interno enorme, já que aquilo tudo ia mexendo comigo de uma forma que não queria acreditar, não queria aceitar, era doloroso, mas também era uma curiosidade forte, uma necessidade á flor da pele.

E assim aquele ano foi seguindo, e com o tempo até os caras mais velhos da escola e da turma que implicavam com a minha voz viraram meus colegas, entre esses o mais chato, perturbado, que parecia que tinha um saci no corpo de tão atentado era o Renato, ele tinha 16 anos, zoava todo mundo o tempo todo, não parava um segundo, e mesmo ele tendo aliviado na zoação verbal em por em dúvida minha sexualidade na época, ele fazia de um tudo pra me provocar, desde sarradas, mão na bunda, beijo por trás no pescoço etc., lembra que falei que passei a esperar o vestiário esvaziar para tomar meu banho? Então volta e meia o safado dançava pelado na porta do vestiário fazendo pirocoptero antes mesmo do termo existir, e aquela rola maciça minha nossa, eu me segurava, mas por dentro era só a saliva, isso me entristecia muito, afinal eu não queria ser assim.

O Renatinho, bem vamos pintar o quadro, um moreno jambo de cabelos negros arrepiado com luzes (bem favela mesmo), magro, porém definido, olhos castanhos cheios de malícia e uma cara sapeca de um moleque encapetado aliado a um sorriso que era pura maldade de tão lindo, aquela rola maciça e morena eu vou deixar pra pintar mais na frente, dias que passam e eu havia tido minha primeira experiência com o Capeta e apesar de estar naquele embate interno, eu bem que queria mais e nada do Capeta do Rick dá sinal de vida kk, mas vamos deixar satanás pro outro conto, estava no hall da entrada do colégio esperando o sinal tocar para subir até a sala de aula e conversava animado com alguns amigos, até que sinto aquele corpo quente encostar em minhas costas, aquele membro duro e pegando fogo imprensado na minha baixa coluna, foi menos de um segundo porquê eu pulei, mas a sensação perdurou pelo resto do dia, me virei puto da vida pronto pra brigar, mas meus amigos me seguraram e ele com aquele sorrisinho de lado debochado falando que era só uma brincadeira.

O sinal tocou e fomos pra sala, ele que era da galera do fundão sentou atrás de mim, que costumava sempre sentar na frente da sala, e ficou roçando seu joelho na minha bunda por baixo da carteira até dar a hora de descer pra Ed. Física no 3º tempo, eu não tinha nem como chegar pra frente porque a mesa da professora era colada na minha, estava com muita vergonha e não tinha coragem nem de levantar e brigar já que eu estava excitado e com medo de que ficasse visível no short da escola, pois bem, lá fomos nós pra quadra da escola e jogamos handebol (não sou muito afeito, mas melhor que futebol), no final conversei um pouco com o professor por que na época queria entrar para o time de basquete da escola e ele era o técnico, quando o vestiário esvaziou fui para lá tomar meu banho, quando entro debaixo da ducha (sempre tomava banho de sunga de praia e short que levava nesses dias) o Renatinho entra no chuveiro bem em frente, como estava de costas não o tinha visto do contrário teria corrido dali, ele ficou tomando banho ensaboando o peito e o abdômen, e alisando aquele pau moreno que mais parecia um sorvete de caramelo, eu terminei de me enxaguar rápido e sai dali para ir me vestir e enquanto me vestia ele se aproximou, só estávamos eu e ele lá no vestiário, com a toalha no ombro ele chegou perto de mim e começou a puxar a assunto.

- E aê Kevin, muito papinho com fessor – abriu aquele sorriso sacana – tá dando um trato nele.

- Vá se fuder Renatinho, caralho! Oh, não tô afim de problema não, mas continua falando merda pra tu ver.

- Calma, calma Kev, tô só brincando – e riu – tu sabe que a gente brinca assim – colocou uma mão no meu ombro – te falar, tu tem mó cara de que curte um game, tô errado?

- Que tipo de game? – perguntei desconfiado.

- Pô vídeo game cara, tu é lezado? – ele falou e eu me “emputecendo” – queria te chamar para ir lá em casa, já que não temos aula no último tempo hoje, tem um jogo que tô perdidão e tu tem mó jeito de nerd que entende dessas coisas.

Estava puto por ele me chamar de nerd – apesar de ser praticamente um nerd vidrado em animes, mangás, comic books, ficção científica, action figures e etc. – eu me achava um cara descolado, pegava umas minas, arrebentava quem me desaforava, gostava de alguns esportes e mantinha uma boa média (eu e meus preconceitos internos projetados, novamente graças a Mariah que me "desconstruí"), mas eu sabia o que ele queria, ele já vinha me sondando há meses e eu resistia àquela serpente sedutora que silvava em meus ouvidos para morder aquela maçã do éden, até aquele momento...

Fala galera, este é meu segundo conto passando pelos momentos do meu despertar e todo conflito de aceitação, o primeiro é O Capeta em pele de Anjo, foram momentos tensos, mas consegui atravessá-los e lá na frente clareia, muitos anjos de verdade passaram no meu caminho e me ajudaram nessa empreitada e por isso os tenho sempre em meu coração. Suas críticas são sempre bem vindas, beijos e até o próximo conto! el.kevin.conka@gmail.com

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Comentários

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brazilianblackguy hahahaha né menino? Quantos renatos não existem por aí nesse mundo a fora, seja para o bem ou para o mau, mas vida que segue rs.

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Obrigado pelo feedback, tentarei postar regulamente.

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INTERESSANTE. GOSTO DA SUA FORMA DE ESCREVER. SEMPRE DE FORMA CLARA, COERENTE E DE FÁCIL ENTENDIMENTO. MAS VEREMOS VC E RENATO...

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