Antes de iniciar a leitura do meu primeiro conto, que se trata de uma história fictícia, deixo claro que, ela abordará a vida da forma que ela é, com seus altos e baixos, com suas perdas e ganhos. Acreditar que a vida gira em torno apenas de um lugar bom com pessoas boas é pura piada e ilusão. Espero, de fato, que o leitor se identifique em algum momento e que consiga extrair o melhor para si. Estarei sempre aberto à críticas e comentários pertinentes ao texto. Boa leitura.
Oi! Deixe-me apresentar, me chamo Fábio Bittencourt, tenho 19 anos, o resto você vai conhecer ao longo da história. Te convido, leitor, a fazer parte a partir desse momento dessa história, mas lembre-se as decisões finais sempre serão minhas.
Enfim, moro em Ipanema, no Rio de Janeiro, pra quem não conhece, desde que nasci. Para sorte do azar ainda dependo de meus pais, sinceramente não entendo como essas pessoas conseguem viver a vida toda nas costas dos pais, não vejo a hora de seguir minha carreira de professor e ter a minha independência.
Minha mãe se chama Regina Bittencourt, professora integral de linguística numa universidade bem conhecida da região. Suou muito até chegar onde está, terminou seu pós-doutorado neste ano. Falo dela de "boca cheia" pra todo mundo, sua trajetória de vida e seu jeito de ser só me dá orgulho e inspiração.
Meu pai faleceu quando eu ainda era criança, por volta dos 10 anos, deixando pequenas lembranças para mim, mas que ainda tomam uma dimensão enorme. Tudo isso é convertido numa saudade imensa. O que me conforta nesse momento é saber que se ele está num lugar agora, esse lugar é bom.
Mudando um pouquinho a rota, eu sou o tipo de pessoa que costumo respeitar as decisões dos outros, acho que me intrometer é o pior a ser feito, evito confusões e futuros problemas. Foi dessa forma que tive e ainda tenho que aguentar (com todas as minhas forças), a infiltração de meu padrasto em nossa família, não que ele não trate minha mãe bem ou que seja de classe social diferente da nossa, até porque nem me importo com isso. Mas sim por não ser o tipo de pessoa compatível com a minha personalidade. Quer que eu resuma? Nosso santo não bate. Dificilmente conseguimos conversar abertamente sobre algo, por ser uma pessoa limitada e conservadora. Os resultados das discussões são agressões verbais e gritos, que se não fosse por intervenção de Regina, um de nós não estaria aqui nesse momento para contar história.
Tenho uma meio-irmã, digo meio-irmã porque ela não participa muito da minha vida como irmãos de verdade participam, chama-se Liz. Ainda não tenho como fazer seu diagnóstico, pois não a conheço muito. Ela cursa turismo e está mais turistando do que em casa. Poderia caracterizá-la como uma pessoa distante e neutra. Que falta me faz a presença de um irmão!
Continuo em breve...