SANGUE RUIM - Décima parte

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 3316 palavras
Data: 10/03/2018 06:40:12
Última revisão: 12/03/2018 15:06:26
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

SANGUE RUIM - Décima parte

Não era nem dez horas da manhã, quando bateram à porta do quarto. O mulato acordou sobressaltado. Estava tendo um sonho ruim, mas não conseguiu lembrar qual era. Bateram novamente:

- Nego, tem uma dona lá embaixo querendo falar contigo.

Era a dona do motel. Viu que a chinesa já não estava no quarto. Decerto, saíra para cuidar do enterro do pai. Vestiu-se e desceu. Qual não foi a sua surpresa ao se deparar com Rosa, a advogada ninfomaníaca? Ela estava lindíssima, metida num vestido leve. Quando o viu, sorriu de uma maneira bem triunfante. Ele disse:

- Que grata surpresa. Como me encontrou?

- Não foi difícil, mas tive que investigar toda a tua vida, para isso. - Ela disse, beijando-o nos lábios. A dona do motel sorriu e se afastou, deixando o casal sozinho.

- Ah, mesmo? E o que descobriu?

- Descobri que teu nome é Odilon, que você não conheceu teus pais, que foi criado por uma prostituta que te obrigava a ir à escola, pois você não gostava de estudar. Mesmo assim, terminou o segundo grau. Mas a prostituta ficou muito doente, e você passou a cuidar dela, por isso nunca conseguiu um bom emprego. Desde então, vive de biscates, depois que foi condenado a dez anos de prisão, após ter matado um cara.

- Muito bem. Fez o teu dever de casa. Mas ainda não disse como conseguiu me encontrar...

- Estive no restaurante. Soube da chacina e que você estava lá, na hora. No puteiro, peguei informações da pensão onde costuma se hospedar. Fui lá, e me disseram que você havia se mudado de repente. Concluí que estava fugindo de algo. Procurei em todas as pousadas e motéis, aí consegui te encontrar aqui. O que houve, garoto?

- Bronca pesada. A coisa fedeu, lá no restaurante chinês.

- E, por que não me falou nada?

- Eu te procurei, mas não te encontrei em tua residência.

- Meu irmão me disse. Podia ter deixado recado...

- Achei melhor não. E não queria te envolver. É coisa muito perigosa.

- Não quer falar sobre?

Ele esteve indeciso, depois resolveu se abrir com ela. Contou-lhe o que havia acontecido no restaurante, da fuga com a chinesa e da herança que estava por receber.

- Quem é a advogada que está resolvendo a papelada de tua herança?

- Uma tal de Ana Lúcia, procuradora da coroa que me deixou tudo.

- Ana Lúcia... Uma coroa bonitona?

- Sim.

- Então, você vai ter problemas, garoto. Essa mulher é uma puta vigarista. Deve estar aprontando alguma. Contou a história da sobrinha da cliente?

- Sim, por quê?

- Ah, eu sabia. Depois de tantos anos, ela não mudou a estratégia do golpe. Essa moça é sobrinha dela, e não da cliente. Faz o herdeiro ou herdeira do cliente ficar responsável por ela, enquanto trama roubar toda a grana envolvida. Já a confrontei por duas vezes, mas ela sempre consegue se sair. Deve ter as costas quentes.

- Bem, a tal sobrinha dela deve chegar hoje. Gostaria que você me ajudasse nisso. Pode ser?

- Claro. Mas vou querer algo em troca, além dos meus honorários...

Ele sabia o que ela iria querer. Mesmo assim, perguntou:

- Como resolvemos isso?

- Bem, o primeiro passo é me eleger tua procuradora legal. Desse modo, ela não poderá falsificar documentos, te lesando, já que eu vou estar sempre de olho.

- Feito. Iremos juntos, quando for para me encontrar de novo com ela. Enquanto isso, você vai preparando os documentos necessários.

- Mas, preciso estar em contato permanente contigo. Como soube que não tem celular, te trouxe um zerado. Só existe os meus telefones, na agenda.

- E eu saberei usar uma porra de um celular? Nunca tive nenhum...

- Não é difícil. Toma. Você é um garoto inteligente. Irá se sair bem. Vai a algum lugar, hoje à tarde? Estarei livre...

- Hoje, tenho umas pendências a resolver. - Ele não queria contar que estava para assassinar um chinês. - Talvez à noite. Quero conhecer minha nova morada, e ela fica bem perto da tua casa.

- Ótimo -, Disse a advogada, dando-lhe um rápido beijo de língua - mas, agora, preciso ir. Tenho uma causa para defender, logo mais. Eu te espero à noite.

Ele encaminhou-se para o puteiro. Esperava encontrar a tal "sobrinha" da falecida, lá. Ela tinha acabado de chegar.

- Pronto, olha ele aí... Parece que adivinhou.

A tal sobrinha era lindíssima. Porém, tinha uma tristeza no olhar que deixou o mulato penalizado. Apresentou-se como Jorge, a ela. Não queria que ninguém soubesse que se chamava Odilon. Não que não gostasse do nome. É que a puta que o criou costumava chamá-lo de Sangue Ruim, e ele acolheu o apelido. Tinha muito haver com a sua personalidade. A puta loira, boazuda, no entanto, o chamou a um canto. Queria falar a sós com ele.

- Diga, estou ouvindo. Qual a bronca?

- Essa mulher não é sobrinha, nem coisa nenhuma da falecida. É uma puta e vigarista safada. Eu a conheço. - cochichou ao seu ouvido.

- Obrigado, minha linda. Eu já sabia. Já haviam me dito. O que sugere que eu faça com ela?

- Receba, primeiro, tua herança. Depois, eu e as putas saberemos o que fazer. Dez cabeças pensam melhor que uma...

- Fechado. Agora, vou levá-la à casa de Boa Viagem. Levarei a negrinha, também. Com ela lá, ficarei mais tranquilo.

- Leve-me, também. Não quero mais ficar neste puteiro...

Ele pensou um pouco. Depois, afirmou:

- Vou precisar de você aqui, para administrar o bordel. Só confio em ti, para isso. Depois, veremos o que fazer, tá?

- Posso sugerir?

- Claro.

- Compre o restaurante chinês. Mande nós todas para lá. Faremos uma cooperativa, entre nós, e botaremos aquele restaurante pra frente.

- E o puteiro?

- Alugue para alguma empresa. Ou venda. Puteiro, hoje em dia, não mais dá dinheiro. Deixe que transformem isso aqui num grande negócio.

- Bem pensado. Farei isso, se a filha do chinês quiser me vender o restaurante. Mas acho que não haverá problemas. Aí, você fica como administradora de lá. As outras te ajudarão na cozinha. Que tal?

Antes que ele pudesse evitar, ela o beijou na boca. Ele reclamou e ela lhe deu outro beijo. De língua. As outras bateram palmas, menos a tal sobrinha de dona Solange. Esta continuou com sua carinha triste. A negrinha já chegou pronta.

- Vamos?

Finalmente, a moça triste se manifestou:

- Ela vai conosco? Iremos ter companhia de uma puta?

O mulato ia responder, mas a negrinha pediu que ele não o fizesse. Disse à moça:

- Me esculhambe de novo, e eu acabo com a tua raça. Sou magra de ruim, sua porra. Se não quer apanhar, fique na sua.

As outras voltaram a aplaudir. A novata botou o rabo entre as pernas e seguiu com ela, em direção a um táxi que estava aguardando-os.

*************************

Pouco depois, chegavam à residência de Boa Viagem. Como supunha Odilon, a casa era quase vizinha à da advogada sexo-maníaca. Mas estava em regular estado de conservação. Precisava urgente de umas reformas. Pela primeira vez, a moça triste sorriu, ao ver o imóvel. O mulato olhava para ela. Achava-a, realmente, muito bonita. Mas, preferia a beleza oriental. Ou a da puta loira, pois tinha um corpo escultural, mais do que a da advogada ninfomaníaca. Não percebeu que a negra o observava com ciúmes. Entraram na residência.

- Eu preciso tomar um banho, pois estive viajando até há pouco. Sabe onde encontro toalhas?

- É a primeira vez que venho aqui. - Respondeu o mulato.

- Você procura uma toalha para mim, enquanto me banho?

- Claro. Vá para o banheiro. Deve ficar pra aquele lado.

- Ficou afim dela, não é? Deixe que eu procuro a toalha... - Disse a negra.

- Não. Quero ver a sua intenção. Já estou sabendo que ela é uma vigarista. A loira me disse.

- Ah, assim fico mais tranquila. Achei que não soubesse. Todo mundo no puteiro já sabe.

Pouco depois, o mulato parava à porta do banheiro. Gritou:

- Está aqui a toalha.

- Entre, querido. A porta está apenas encostada.

Ele entrou. E não conseguiu deixar de admirar o corpão da mulher. Ela era ruiva, talvez de farmácia. Suas curvas eram abundantes. Foi impossível para o cara permanecer imune à sua beleza. O pau ficou duro. Ela saiu do chuveiro e veio até ele. Com uma mão, pegou a toalha. Com a outra, alisou o caralho duro dele.

- Disseram que você ia cuidar muito bem de mim - ela ainda tinha o olhar triste - e eu fico muito agradecida. Mas seria melhor que fôssemos amantes, e não simples condôminos, não é mesmo?

- Você é bem direta, porém eu sou comprometido.

- E daí? Eu não ligo para isso. Não tenho namorado, nem ninguém por mim. E estou doidinha para trepar, não vê?

Ele ainda pensou em dar-lhe uma peiada, mas o dever o chamava. Tinha que comparecer ao enterro do pai da chinesa. Não gostava de faltar com os compromissos. Disse:

- Tenho umas coisas para resolver. Quem sabe, não nos conhecemos melhor mais tarde?

Ela tentou dar-lhe um beijo, mas ele recuou. Disse:

- Não beijo putas. Tua tia teria te dito isso.

- Ela me disse, mas eu achei que era brincadeira dela. - Mentiu a ruiva.

- Como é mesmo teu nome?

- Rita, esqueceu?

- Pois bem, Rita. Vou ter que ir embora. Deixei uma grana com a negrinha, se virem vocês duas sem arengar, ok? Mais tarde estarei de volta.

Pouco depois, ele rumava num táxi para o restaurante. Estava sentado no banco de trás, e ajeitou a pistola que levava às costas. Havia contratado uma Kombi de aluguel, para levar as putas. O cortejo sairia de lá do restaurante. A chinesa já as atendia, e havia escolhido as mais bonitas. As outras, receberiam a grana, mas não tinham necessidade de seguir o cortejo. Nenhuma reclamou. Quando o mulato chegou, correram para abraçá-lo. A chinesa fechou a cara, mas não disse nada. Um homem esperava sentado a uma das mesas. Como ele era parecido com o cinegrafista, Odilon supôs que era o delegado, irmão de Eudes.

- Onde está o meu irmão? - Perguntou o cara, antes mesmo do mulato se apresentar.

- Não sei. Desde ontem que não o vejo.

- Ok, senta aí, mas me entrega antes a pistola. Pegue-a apenas com dois dedos, por favor.

O mulato gelou. Não poderia ficar sem ela. Tinha um assassinato a realizar.

- Vamos, rapaz. Já percebi que está armado. Bota logo essa porra da arma encima da mesa, ou atiro.

O delegado já apontava um revólver para o sujeito. Este fez o que lhe era pedido.

- Ótimo. Agora, desembucha: como conheceu meu irmão?

- A namorada dele não te contou? Ela deve ter te ligado, querendo saber dele...

- Sim, foi ela quem me falou de ti. No entanto, estranhei quando chegou armado. Pra que a pistola?

- Posso confiar em você?

- Talvez. Dê sua versão da história e eu decido.

A chinesinha meteu-se na conversa:

- Eu já contei a ele que você esteve comigo no restaurante, no dia da chacina, e que havia me tirado daqui. Mas ele está mais preocupado com o desaparecimento do irmão.

- Bem, da última vez que o vi, estava com uma moça que morava na mesma pensão que eu...

O delegado botou a mão no bolso, retirou um celular e perguntou:

- A mulher é essa? - Mostrou uma imagem tirada por celular.

O mulato reconheceu a foto da doida. Tinha vários selfies. Num deles, ela estava em close, mas logo se percebia que estava nua.

- Essa mesma.

- Era o que eu mais temia. - Disse o delegado, agora desesperançado.

- Ei, que houve. Por que essa atitude?

- Essa mulher é fichada pela Polícia. É uma espécie de viúva negra, procurada em vários estados. Matou vários amantes. Havia desaparecido, por uns tempos.

- Já procuraram na pensão onde eu morava?

- Sim. Foi lá que achamos o telefone do meu irmão, jogado no chão. Mas, nem sinal da mulher. Disseram que ela esteve lá com ele, mas logo saíram. Estavam aos beijos, segundo testemunhas. Decerto, haviam vindo ou foram para algum motel. Mas não encontramos o casal em lugar nenhum.

- Preocupante. Posso pegar minha arma de volta?

- Pra que você precisa dela?

- Por causa dos chineses. Prometeram matar Xia-Yan, se a encontrassem. Quero protegê-la.

- Tem porte?

- Não. Nunca precisei dela. E já paguei seu preço. Passei dez anos preso.

- Isso não te dá o direito de usá-la. Vou confiscá-la. A proteção à mocinha, agora, cabe à Polícia.

O mulato já esperava por isso, e não estava disposto a ficar desarmado. Achava que o policial estava na folha de pagamento da Máfia. Por isso, atacou-o sem aviso. O cara levou um murro tão potente na cara, que perdeu os sentidos. Para a surpresa do mulato, a chinesa disse:

- Agora, esmurre-me também. Depois, fuja. Vá para onde eu disse e me espere lá. Numa posição que dê para me ver ir embora, depois de falar com o miserável mafioso.

- Você vai ficar bem? Não quero te bater...

- Bata. E bata com força. É preciso convencer o delegado que...

Não terminou a frase. Ele deu-lhe um murro, de repente, fazendo-a desmaiar. As putas o olhavam, assombradas, quando ele bateu na chinesa. Ele explicou:

O delegado quis me prender, por não ter porte de arma. Mas vou precisar dela. Dei um murro na chinesa porque ela me pediu. Quando o delegado acordar, vai querer saber do meu paradeiro. Desacordada, ela não saberá dizer. E vocês, não sabem pra onde eu fui.

E não sabemos, mesmo. Deixa com a gente. Apontaremos a direção contrária. - Disse a puta loira, piscando-lhe um olho.

O mulato deu-lhe um rápido beijo nos lábios, que a fez suspirar. Depois, foi para o local de encontro com o mafioso. Levava a pistola guardada às costas.

O local marcado para o ultimato era um cemitério de automóveis abandonados. Ficava fácil ele se esconder entre as carcaças de carros. Escolheu um bom lugar e armou-se de paciência. No entanto, adormeceu por causa do cansaço.

Despertou assustado, com o toque alto do celular. Demorou a atender, pois ainda teve de descobrir como usar o aparelho. Era a advogada:

- Que merda você está fazendo? Soube que nocauteou um delegado e fugiu armado. Foi isso?

- Sim, vou precisar da arma. Depois, te conto. Dá para quebrar meu galho com o homem da Lei?

- Vou tentar. Mas vai ficar me devendo mais essa. Onde você está? Te procurei no motel, onde falamos...

- Não posso te dizer, tá? Pelo menos, por enquanto...

- Está bem. Mas olha lá o que vai fazer, viu? - E ela desligou.

Em seguida, o mulato percebeu a aproximação de um carro caindo aos pedaços. Achou que era o chinês que viera sondar o terreno. Ele parou o carro bem junto de outros em igual estado, e desceu com uma katana, uma espécie de espada. Estava mascarado e todo vestido de preto, como um ninja. Rondou o local, mas não viu Odilon. Este se escondera bem. Mas estava enganado. Não se tratava do noivo da chinesa. Quando o personagem tirou a máscara, deixou ver os cabelos compridos e o rosto de uma mulher bonita. Só então, lhe percebeu os seios. A mulher ficou olhando em volta, talvez procurando um lugar para se esconder. Então, o mulato resolveu tentar uma cartada perigosa: esgueirou-se silenciosamente, até chegar perto dela. Avisou:

- Não se mova, ou eu atiro. - Tinha sua pistola apontada para ela.

Ela estancou. Abriu mais as pernas. Ele tornou a dizer:

- Já disse que atiro.

De repente, ela virou-se rápido e lançou a katana. A lâmina cravou-se no ombro do mulato. Ele atirou, mas não a acertou. O coice da arma fê-lo soltar a pistola. Esta, caiu no chão. Em seguida, foi a vez dele dobrar os joelhos e cair ajoelhado. Não conseguia se mover.

Ela caminhou até ele, retirou-lhe a lâmina do ombro e, finalmente, perguntou:

- Quem é você? Lacaio de Chang?

- Não sei de quem fala. - Disse ele, já fraco.

- Chang é meu marido, lá na China. Soube que iria se casar com outra, aqui no Brasil, e vim atrás dele. Prefiro-o morto, a casado com alguém que não pertença ao nosso clã.

- Também estou aqui para impedir esse casamento...

- Como assim?

- A noiva dele, daqui, ia casar obrigada. Ontem, mataram o pai dela e tentaram matá-la. Teu noivo marcou um encontro aqui, mas prometeu assassiná-la. Eu vim matá-lo, antes que ele a mate.

- O que você é dela?

- Amante. Ela não quer casar, principalmente se o cara é o assassino do seu pai.

A oriental descansou a espada. Esteve pensativa. Depois, arrancou a manga da própria roupa. Disse para o mulato:

- Tire essa camisa manchada de sangue. Vou te fazer um curativo. Depois, você vai embora, ok?

- Não irei embora até que tenha certeza de que o cara está morto.

Ela esteve, novamente, pensativa. Ele já havia tirado a camisa. Ela ordenou:

- Tire as calças, também, e vire-se de costas.

Quando o cara o fez, levou uma pancada na nuca que o fez desabar no solo. Ela carregou seu corpo, quase sem esforço, para um esconderijo, e cuidou do ferimento dele. Não se furtou de olhar para o seu enorme caralho. Deu um assovio. Mas não mexeu com ele. Pegou suas roupas, a arma, e depositou tudo em algum carro, longe de onde estavam, para que não fosse sentido de longe o cheiro de sangue. Depois, pegou o celular dele que estava entre as roupas e voltou para o seu posto. Permaneceu alerta. Logo, dois carros apareceram, quase ao mesmo tempo. Um, era um táxi. A chinesa desceu dele, e pagou ao motorista. Este foi-se embora. Do outro carro, desceu o marido da espadachim. Estiveram discutindo e, quando parecia que iam se separar, a jovem o atacou pelas costas, com um punhal. Ele ainda tentou reagir, mas ela lhe deu uma nova punhalada. Em seguida, limpou a lâmina nas próprias roupas. Olhou em volta. Como não viu ninguém por perto, gritou:

- Amor? Onde você está? Venha já para cá...

Nada. Então, ela puxou uma pistola de dentro da manga do vestido oriental. Era igualzinha à que a esposa do chinês tinha suprimido do mulato. A mulher voltou a gritar, chamando pelo homem. Depois, apontou a arma bem de perto para os ferimentos do cara e atirou. Dois tiros, um em cada ferimento. Feito isso, enterrou a arma num local escondido. Em seguida, pegou o celular e fez uma ligação. Não demorou muito, e apareceu um carro de Polícia. Dele, desceu um cara que a esposa do mafioso não conhecia. O sujeito deu um longo beijo na chinesinha. Ainda olharam em volta, ambos, mas resolveram ir embora, deixando o chinês lá, caído no solo.

A mulher que estava escondida havia filmado tudo, com a câmera do celular tirado do mulato.

- Concubina maldita -, pensou a esposa do morto - preparou uma armadilha para o crioulo. Estava mancomunada com o policial. Matou o meu marido, para botar a culpa no crioulo. Se este tivesse aparecido, iria ser alvejado por ela, ou pelo cúmplice. Tenho que levá-lo daqui, antes que chegue outra viatura. Claro que irão ligar para a delegacia, dando uma denúncia anônima. Já, já virá algum outro carro de Polícia, averiguar a tal denúncia.

******************************

Odilon acordou sendo chupado. Sentiu a dor do ferimento. Achou que era a chinesinha tarada, Xia-Yan. Ficou surpreso quando reconheceu a esposa do noivo da chinesa.

- O que houve?

- Ela interrompeu a chupada por um instante, para dizer:

- Não consegui me conter. Você tem o maior pênis que já tive o prazer de ver. Não resisti. Adoro chupar um pau.

- Pergunto o que houve lá. Onde estou? Preciso matar o desgraçado e salvar minha pequena.

- Sem pressa. Não vale a pena. Relaxe. Depois te explico tudo direitinho.

Ele olhou em volta. Estava em algum lugar decorado ao estilo japonês, e não chinês.

- E você, quem é?

- Já te disse: esposa de Chang, o mafioso. Só que eu sou japonesa. Agora, relaxe. Deixa eu te mostrar minha técnica de felação. Sou o que chamam de gueixa. Fui criada para satisfazer bem um homem. Aproveite, pois te escolhi para ser o meu novo parceiro sexual...

FIM DA DÉCIMA PARTE

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