SANGUE RUIM - Décima segunda parte
Odilon não poderia voltar para casa. Decerto, o delegado já teria colocado alguém de tocaia, esperando por ele, já que não conseguiu localizar a japonesa. Encaminhava-se para o puteiro, torcendo para que não houvesse policiais por lá. Não tinha.
As mulheres fizeram uma festa. A loira veio beijá-lo na boca, e o mulato não se esquivou, como normalmente fazia ao ser assediado por putas. Disse que queria um favor: que alguém fosse à sua nova casa e lhe dissesse como estava a situação por lá. Explicou que a Polícia o procurava, e que tão cedo ele não poderia voltar. A loira ficou de ir. Ele mandou um recado, pedindo que a negra viesse ter com ele. Perguntou quem tinha celular. Todas tinham. Aí, ele pediu o número de todas elas, caso precisasse se comunicar com alguma. A negra era a única que não tinha aparelho, isso ele já sabia. Deu dinheiro à loira para ela ir e voltar de táxi, trazendo a outra.
Não demorou nem uma hora, as duas chegaram. A negra ficou feliz em vê-lo. Perguntou o que ele queria. Ele explicou:
- Acabo de comprar o restaurante chinês. Mas não posso ir ainda lá, pois corro o risco de ser pego pelo delegado. Então, quero vocês duas à frente dos negócios.
- Oxente, mas você não disse que eu ficaria na administração? - Reclamou a loira.
- E você ficará. Mas quero as duas responsáveis por reformas e o que faltar, lá.
- Okay, obrigada por cumprir com a palavra. Não terei problemas em trabalhar com Neide.
Neide era a pretinha magérrima. Odilon nunca teve curiosidade de saber seu nome. Deu uma olhada para as duas. Disse:
- Antes, vamos passar por uma loja de roupas e comprar algo para vocês. Terão que parar de se vestir como putas.
As duas se abraçaram a ele. Beijaram suas faces, ao mesmo tempo. A loira, no entanto, perguntou:
- Já recebeu tua herança? Como conseguiu dinheiro? Sempre te vi liso...
Odilon não quis dizer que a grana tinha sido da japonesa. Tomara-a emprestado. Cho-Cho lhe havia dado um bom dinheiro, para que ele fizesse as reformas necessárias, mas ele recusou a enorme quantia. Ela insistiu. Depois, disse que ele podia pegar o dinheiro e pagar depois. Deu-lhe o número de sua conta no Brasil. Só então, ele aceitou.
Pouco depois, as duas provavam roupas finas em uma loja. Ele comprou, também, umas roupas esportivas, para elas usarem em ocasiões menos chiques. Depois, levou ambas para jantar num restaurante fino da cidade. Elas ficaram maravilhadas. Beberam do melhor vinho do restaurante, mas não ficaram embriagadas. Na volta para o puteiro, vieram agarradinhas a ele. Depois que se despediram, ele rumou para onde estava a gueixa. Antes de chegar lá, ele ligou para a advogada. Uma voz de homem atendeu:
- Diga.
- É o irmão de Rosa, a advogada?
Fez-se silêncio do outro lado da linha. Depois, o cara continuou a conversa:
- Não, aqui é o delegado, cretino. O que quer com a minha garota?
O mulato ficou surpreso por o policial ter atendido, mas lembrou-se que agora ele é quem fodia a advogada. Não se intimidou:
- Oh, eu queria saber se você já prendeu a japonesa. Ia perguntar à ela...
- Pra que quer saber? Sabe onde ela está?
- Se soubesse, já teria me vingado. Sabe que ela me feriu, aquela puta. - Mentiu ele.
O delegado esteve quieto, depois disse:
- Não conseguimos prendê-la. A essa altura, já deve ter chegado à China. Lá, não temos condições de pegá-la. Mas vou apelar para as autoridades internacionais. Ela não vai me escapar.
O mulato sorriu. Daria a notícia a Cho-Cho. Ela teria que dar um tempo pelo Brasil. Melhor para ele. Queria foder com ela mais vezes.
No entanto, quando chegou ao motel, a japonesa já não estava mais. Deixara um bilhete dizendo que ia utilizar o disfarce comprado por ele, para sair do País. Ele ficou frustrado, mas já contava que ela fizesse isso. A última foda teve um gostinho de despedida. Suspirou. Ficara sem opções de fodas, já que não queria trepar com nenhuma das putas. Aí, lembrou-se de Anitta. Como ela estaria, depois da perda do namorado?
Como podia voltar para casa, já que o delegado não desconfiava que ele tivesse ajudado a nipônica, pegou um táxi e rumou para a residência dela. A moça estava inconsolável. Percebia-se que havia chorado muito, pois seus olhos estavam inchados. Beta, a ruiva gostosa, não saia do lado dela. Ele disse:
- Vejo que mentiu, ao dizer que não gostava mais do rapaz...
- Sim, só agora percebi que eu o amava. Não sei se conseguirei viver sem ele.
- Conseguirá, sim. Infelizmente, logo o terá esquecido. A vida continua.
- O que faz aqui? Veio me pentelhar? - Disse ela, irritada com as palavras dele.
- Não. Vim ver como você estava. Desculpe a grosseria, mas eu sou assim mesmo.
- Por favor, vá-se embora. Hoje eu não estou boa. - E, voltando-se para a ruiva: - Beta, acompanhe-o até a porta, por favor.
Beta fez o que lhe era pedido. Mas, antes de transpor a saída, disse para o mulato:
- Ficou chateado, não é? Veio para trepar com a patroa, mas ela não está afim. Posso ver isso em teus olhos...
- É verdade, Beta. Vim para fodê-la. Mas não tem importância. Melhor assim. Não quero ferir a memória do cinegrafista.
- Foi triste o que aconteceu. O delegado não disse que ele foi assassinado por uma mulher, mas eu sei. Lá no velório do irmão, ele me falou. Mas pediu que eu não dissesse a ela, entende?
- Entendo. Infelizmente, você terá de esperar outra oportunidade para atuar em algum filme.
- É uma pena, seu Jorge. Eu queria tanto contracenar com o senhor. Até sonhei com o teu bilolão, sabia?
Ele olhou fixamente para ela. O cacete ficou duro. Perguntou:
- Está me dizendo que ainda foderia comigo, Beta?
- Sim, mas aqui não. Dona Anitta pode não gostar. Antes, ela havia dito que gostaria de ter transado com o senhor.
Pouco depois, chegavam a um motel. Já no quarto, ela quis fazer um strip-tease para ele. Rebolando, foi tirando cada peça de roupa. Ele perguntou:
- O que disse a Anitta, para ela te deixar sair?
- A verdade. - Ela falou, sem parar de dançar sensualmente. - Ela sabia que eu havia ficado afim de ti.
- E o teu namorado?
- Eu fiz a besteira de dizer para ele que ia participar de um filme pornô. Achei que nunca deveria haver mentiras entre casais. Mas ele não reagiu muito bem...
- Ele te bateu?
- Não, porque eu corri. Mas jurou me dar uma surra, quando me visse novamente. Ainda bem que não sabe onde trabalho. Nunca veio aqui.
Odilon, que estava sentado na cama, levantou-se e começou a se despir. Ela reclamou:
- Não. Eu também quero ver você fazer strip-tease. Assim que terminar o meu.
Ele suspirou. Não gostava dessas frescuras. Estava com tesão, sim, mas comparava os gestos dela aos da japonesa. E a nipônica ganhava de goleada. Mas não disse nada. Voltou a sentar-se na cama e ficou só assistindo.
Quando ela se livrou da última peça de roupa, acercou-se dele. Beijou-lhe carinhosamente os lábios. Ele correspondeu ao beijo de forma suave. Ela estremeceu quando ele lhe enfiou a língua entre os dentes. Gemeu de prazer. Então, ele soube que ela era muito quente, na cama.
Meteu-lhe um dedo na racha, e esta pingava gozo. Ela espremeu com as coxas a mão dele. Odilon beijou-lhe a barriguinha, depois desceu com a boca, até tocar-lhe a vulva. Ela urrou, com um simples toque. Ele lhe forçou as pernas, fazendo com que ela se abrisse. Lambeu o clitóris dela, fazendo-a urrar novamente. Aí, o grelo cresceu a olhos vistos. Ficou parecendo um pequeno pau. Ele chupou aquela protuberância, e ela ejaculou imediatamente no rosto dele. Ele tentou encontrar-lhe o tal ponto G, mexendo por dentro da vagina, e ela não parava de urrar. Quando ele pressionou uma pequena saliência dentro da vulva dela, ela ejaculou novamente. Ele continuou masturbando-a, enquanto lhe lambia o grelo. Ela o puxou para si, com as duas mãos. Ele levantou-se. Ela o beijou com fúria, machucando os seus lábios. Então, irritado, ele meteu seu cacete, até à metade, na xoxota dela. Ela foi à loucura.
FIM DA DÉCIMA SEGUNDA PARTE