Amor tem Gênero? Cap.17 - Nervos à Flor da Pele

Um conto erótico de Kyle Cristopher
Categoria: Homossexual
Contém 1588 palavras
Data: 12/03/2018 20:12:14
Última revisão: 12/03/2018 22:00:30

Peço desculpas por demorar tanto para postar. Minha vida está uma correria enorme. Ontem foi o aniversário do meu filho e eu não consegui estar com ela para comemorar e isso me destruiu por dentro

Vou dedicar esse e o próximo capítulo (que já está pronto) para meu bebê ❤️

O próximo cap vou postar amanhã à noite para revisar algumas coisas

Responderei os comentários nele

Aproveitem o conto

**********************

Mãe: O que foi?

Eu: Mãe é a Jéssica, ela tá no hospital.

Mãe: Como assim menino? O que aconteceu?

Eu: Eu não sei ao certo, parece que ela foi encontrar com o irmão no aeroporto e começou a sangrar e desmaiou.

Mãe: Ai meu Jesus, mas espera desde quando a Jéssica tem irmão?

Eu: Na verdade é meio-irmão, ela me disse uma vez que o pai dela traiu a mãe dela antes dela nascer e dessa infidelidade nasceu um menino. Nunca o conheci, só ouvia a Jéssica falar sobre ele. Mas esse não é o ponto mãe, temos que ir agora pro hospital.

Entramos no carro de minha mãe e fomos até o hospital, naquela hora percebi que estava mais que na hora de comprar um carro pra mim.

Chegamos ao hospital e já fui direto até a recepcionista, e perguntei sobre a Jéssica, a mesma me disse que o médico estava com ela e em breve apareceria para dar notícias.

Me sentei em uma das cadeiras da recepção e fiquei aguardando aflito. É quando percebo um rapaz sentado no lado oposto da sala, aparentava ter minha idade, cabelos loiros, olhos pretos. Ele me olhava como se tentasse me reconhecer de algum lugar, estranhei aquilo mas achei que fosse coisa de minha cabeça.

Após alguns minutos de espera o médico aparece e pergunta

Dr: Quem são os familiares da jovem Jéssica Soares Silva?

Imediatamente me ponho de pé e vou até ele

Eu: Eu sou o pai do filho dela

: Eu sou o irmão dela

Olho para trás e vejo o mesmo rapaz que me encarava se aproximar, tinha a impressão de conhece-lo de algum lugar, mas minha preocupação agora está direcionada Jéssica. Volto minha atenção ao médico e pergunto

Eu: Como ela está doutor?

Dr: Ela está bem agora. O sangramento foi devido a uma ferida no útero dela.

Eu: E o bebê? Está tudo bem com ele?

Dr: Teremos que fazer alguns exames, mas ela não perdeu o bebê e isso já é uma boa notícia.

: Eu posso ver minha irmã?

Dr: Claro, sigam até o final do corredor, o quarto dela é o 109.

Seguimos pelo longo corredor, ambos calados, porém eu sentia seu olhar em mim. Até que ele quebra o silêncio

: Minha irmã falou muito de você, é como se conhecesse desde criança.

Eu: Espero que ela só tenha falado coisas boas sobre mim. E poderia parar de me encarar? Eu notei e me sinto desconfortável com isso.

Ele ia responder quando chegamos em frente ao quarto com o número 109 na porta. Abri a porta devagar e a vi deitada na cama, não estava dormindo, estava apenas quieta. Me aproximei dela

Eu: Vocês me assustaram bastante hein

Jéssica: Nosso filho... Eu perdi ele? - as lágrimas molhavam seu rosto, acariciei suas bochechas e disse

Eu: Fica tranquila, nosso filho está bem. Vai ficar tudo bem. - e a abracei

Jéssica: Senti falta do seu abraço, ele me acalma.

Após sair do meu abraço consigo ver um sorriso tímido em seu rosto, é quando ela olha para trás de mim e vê seu irmão. Ela faz um gesto para que ele se aproxime e o mesmo o faz

Jéssica: Eu quero apresenta-los. Mano esse é o Kyle, o pai do meu filho. Kyle esse é meu irmão Erick.

O cumprimento com um aperto de mão, e fico com a mesma sensação de o conhecer de algum lugar.

Jéssica e eu passamos um bom tempo conversando, enquanto que seu irmão somente nos observava. Após uns 40 minutos mais ou menos, uma enfermeira pede para nos retirarmos do quarto pois a Jéssica precisava descansar.

Fomos em direção à recepção do hospital e já na saída eu o cumprimento.

Eu: Foi um prazer lhe conhecer, pena que não foram nas melhores circunstâncias.

Ele apertou minha mão e quando eu o dei as costas e comecei a me afastar ele grita

Erick: Você realmente não me reconheceu?

Parei no mesmo instante, olhei para ele com um olhar de dúvida

Eu: Desculpe, mas acho que nunca nos vimos antes.

Erick: Você realmente não mudou nada, não é mesmo Pitty

Congelei ao ouvir aquele apelido, só havia uma pessoa que me chamava assim

Eu: Não, não pode ser. Não é possível isso.

Erick: Claro que é possível, tanto que estou aqui.

Eu: Eu sabia que você tinha uma irmã, mas com tantas pessoas no mundo é logo a Jéssica!?

Erick: Coincidência não é. Na hora que você entrou no hospital eu te reconheci, sabia que era você Pitty

Eu: Não me chama assim.

Erick: Mas porque? Quando éramos crianças eu sempre te chamava assim.

Eu: Em primeiro lugar eu não sou mais criança, e em segundo lugar você não tem sequer o direito de falar comigo, quanto mais de me chamar por esse apelido idiota. Ou você já esqueceu toda a merda que fez em minha vida?

Erick: Por favor Kyle, vamos esquecer o passado.

Eu: Esquecer o passado? Pra você é fácil falar né, queria ver se você tivesse visto tudo pelos meus olhos. Você me traiu Erick. Pra mim você morreu a muitos anos. E poderia continuar morto.

Erick: Kyle...

Eu: Mano você não entendeu ainda que eu não quero ouvir nada da tua boca? Me deixa em paz velho.

E saí pisando firme, o ódio emanava do meu corpo e acho que seria capaz de empurrar uma senhora gentil na frente de um ônibus se ela viesse falar comigo.

Como ele ousava vir falar comigo como se nada tivesse acontecido? Como se ele não tivesse destruído meu coração? Traição! Foi isso que ele fez, ele me traiu sem pestanejar e agora aparece todo tranquilo? Como eu odeio esse cara.

Fui para casa a pé, decidi não ligar para minha mãe, não queria descontar nela minha raiva e andar sempre me acalma, cheguei em casa já passava da meia noite, tomei um banho e me deitei. E um filme de tudo que havia acontecido naquele dia pai por minha cabeça. O término com o Cadu, a conversa com minha mãe, o ocorrido com Jéssica e o retorno daquele que não deve ser nomeado.

No dia seguinte levantei cedo, liguei para minha mãe e contei o ocorrido com Jéssica ocultando a parte de Erick, afinal minha mãe não sabia do que ele fez comigo.

Tomei meu café e fui a uma concessionária, já estava na hora de comprar um carro. Eu dizia a todo mundo que não sabia dirigir, mas a verdade é que tanto sei dirigir quanto tenho carteira de motorista. Porém nunca senti necessidade de comprar um carro. Após olhar diversos modelos acabei decidindo comprar uma BMW 328i vermelha, custou em torno de R$,00 um valor aceitável na minha opinião. Cuidei de toda a papelada necessária e depois de muita burocracia daí de lá dirigindo meu próprio carro. Fui em direção ao hospital para ver como Jéssica estava, torcendo para não dar de cara com Erick lá, mas como o destino gosta de zuar com nossa cara, assim que entrei na recepção, lá estava ele, sentado numa cadeira mechendo em seu celular.

Assim que me viu ele se levantou e veio em minha direção, mas eu o ignorei e fui falar com a recepcionista para saber se podia ver Jéssica e para meu desgosto eu teria que esperar mais meia hora para o horário de visitas. Agradeço a ela e vou em direção a saída quando alguém segura meu braço, olho para trás e vejo Erick com uma cara nada boa.

Erick: Até quando vai ficar assim comigo? Já faz anos isso, éramos crianças.

Eu: Crianças não deviam passar pelo que eu passei e crianças não fazem o que você fez, agora me deixa em paz. - puxo meu braço com força e saio em direção ao estacionamento.

Assim que entro em meu carro meu celular toca, no visor o nome Amor aparece, droga esqueci de mudar isso.

Atendo já sem paciência

Ligação On

Eu: O que você quer Carlos Eduardo?

Cadu: Nossa, bom dia pra você também

Eu: Quando o dia estiver bom eu aviso, agora fala o que você quer

Cadu: Ja vi que acordou de não humor, desculpa ter ligado então.

Respiro fundo

Eu: Ta desculpa, estou estressado e acabei descontando em você. Me fala, porque está me ligando tão cedo?

Cadu: É que eu tô com saudades de você, queria te ver.

Eu: Você já terminou com sua "namorada"?

Cadu: Kyle não faz assim, não consigo dizer a verdade para meu pai

Eu: Cadu, enquanto você estiver com ela seja de verdade ou fingimento nós não teremos nada. Você tem que decidir o que quer pra sua vida, mas pense rápido porque eu não vou esperar pra sempre.

Cadu: Kyle por favor eu...

Eu: Olha Cadu eu não tô nada bem, to com os nervos à flor da pele, depois nós conversamos. Tchau

Ligação Off

Encostei a cabeça no volante do carro e comecei a pensar no quanto a minha vida estava bagunçada. Porquê o Erick tinha que voltar pra me fazer lembrar de um tempo que fiz questão de esquecer?

CONTINUA...

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Comentários

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Os fantasma do passado sempre voltam pra nós atormentar. Kyle pra seguir com a sua vida tem que parar com a birra e ter uma longa conversa com Erick, despejar toda dor, mágoa e ódio de anos, mas eu creio que voltou o sentimento encubado tanto da parte do kyle quanto do Erick, resta nos aguardar o desenrolar dessa história. Não demora postar

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O PASSADO NUNCA ENCERRA. OS FANTASMAS DO PASSADO PODEM ASSOMBRAR O PRESENTE. MAS ISSO APENAS SE PERMITIRMOS. NÃO CREIO QUE VC DEVA VOLTAR COM ALGUÉM QUE TE TRAIU. SE TEM ALGO QUE NÃO PERDOO NEM APÓS A MORTE É TRAIÇÃO. E CADU TEM QUE SE FERRAR, COVARDE BABACA. QUER TUDO E TODOS. SE LIGA CADU. CRESCE, VIRA HOMEM.

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Caramba que bagunça de vida. Respira homem! E Sinto muito pelo aniversario de sua filha? Mas,provavelmente estará no próximo, não se martirize.

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