Passei alguns meses amargurado, meu aniversário foi horrível 14 anos e a tristeza tomava conta de mim, no dia 1 de janeiro era aniversário do meu primo e eu não fui na festa preferi ficar em casa, afinal meus últimos meses eram resumidos em escola e casa. soube que a amizade dos dois só florescia e eu era o único que sabia a verdade sobre aquela amizade.
Quando as aulas retornaram eu decidir que mudaria não iria mais ficar para baixo e sozinho, a conversa da minha mãe com minha tia me assombrava e eu não queria ser destituído da minha família foi então que resolvi arrumar uma namorada, mesmo gordinho eu era paquerado pelas garotas e então comecei a namorar uma menina chamada Daiane, a conversa logo se espalhou pela escola e eu até que melhorei, mas obviamente eu não conseguia me apaixonar por ela, ela por sua vez coitada estava completamente envolvida. meus pais adoraram a ideia principalmente minha mãe.
passaram-se três meses de namoro e o Alexandre não sai da minha cabeça, sempre via ele pela escola e ele me olhava era incrível como eu adora o olhar dele, a Daiane fazia de tudo para me agradar, eu era super agradável com ela a tratava com muito carinho mas ela sentia que algo estava estranho e o estranho que estava acontecendo era que eu queria o Alexandre, mesmo depois de tudo eu ainda o amava e não consegui esquecer aquele menino
Na festa junina daquele ano eu e a Daiane minha namorada decidimos que iriamos dançar e ela queria ser a noiva do festival de quadrilha e então me chamou para fazer o teste.
- Alan eu estava pensando em sermos os noivos esse ano o que você acha. Eu não me importava com nada então falei para ela que se fosse importante para ela que a gente faria.
- A Day se você quiser meu bem nos fazemos. Dois dias depois toda a escola ficou sabendo que faríamos o teste. Para minha surpresa no dia do teste tinha um rosto conhecido no meio dos garotos, um rosto o qual eu não queria ver, ou melhor eu até queria só que não podia, minha vida estava entrando nos eixos minha mãe estava diferente comigo me deixa mais livre, meu namoro com a Daiane estava ate legal, ainda não tínhamos feito sexo apenas falado sobre ela ainda era virgem e queria ficar assim por mais algum tempo, para o meu alivio ela não queria fazer sexo por enquanto graças a Deus.
O Teste foi super tranquilo tínhamos que decorar umas falas e fazer uma dança então ensaiamos muito e eu e a Day no saímos muito bem, o bom foi ver a cara de frustração do Alexandre quando o professor anunciou nossos nomes ele ficou com o Papel do padre, Isso não foi nada agradável porque sendo assim teríamos que ensaiar juntos o casamento passaríamos alguns momentos juntos. Os ensaios transcorreram muito bem, eu evitei o máximo contato com ele sozinho não porque eu não queria mas sim porque eu não podia. No dia da apresentação era assim meninos em uma sala, meninas em outra, e logo todos estavam prontos e sairão.Ele enrolou até que estávamos sozinhos e ele então veio falar comigo, era a primeira vez que ele falava diretamente comigo em meses, mesmo nos ensaios eu apenas falava o necessário e nada a mais.
- Quando que você vai me perdoar? eu apenas ignorei.
- Estou falando com você, quando que você vai me perdoar? falou isso puxando meu braço fazendo com que eu me virasse para ele.
- Eu não sei do que você esta falando não tem nada ao que ser perdoado, para mim não exite, existe para você? eu estava sendo tão frio que até eu tive medo de mim, mas por dentro parecia que eu estava recebendo uma descarga de energia enorme o toque da mão dele no meu braço fazia com que meu corpo acelerasse ao máximo.
- Não faz isso comigo, não faz isso com a gente, eu te amo e estou sofrendo com sua ausência. ele me falava com ternura.
- Ama? não sabia que o amor mudou de nome que se chamava canalhice, você não tem o direito de me pedir isso, você me traiu com meu primo você usou ele, você foi sujo.
- Eu amo sim eu sei que errei, estou pagando pelos meus erros, mas eu te amo, eu to pagando um preço tão alto que você não faz ideia. ele pareceu cansado, desistindo de algo.
- Você esta pagando? Eu acho é pouco quero que pague muito mais, tenho certeza que tudo que esta passando não é nem a metade de tudo que eu passei e ainda estou passando.
- Se você soubesse não falaria assim.
-Alem do mais você tem seu ombro amigo o David esta ao seu lado pode conversar e eu, eu estou sozinho não posso desabafar com ninguém. eu tinha que sair dali se não eu ira desabar, e eu não podia eu tinha uma aprestação para fazer, não podia decepcionar a Daiane, ela não merecia isso. Não falei mais nada e também não deixei ele falar quando sai na porta a Daiane estava la meio que empacada me deu um frio na espinha sera que ela estava ouvindo.
- Você e o Alexandre sumiu já vamos começar. ela disse meio que engasgada.
- Fazia muito tempo que você estava ai? perguntei meio afoito e com medo da resposta, a unica coisa que ela respondeu foi:
- Tempo suficiente. Deu um sorriso e me puxou para o campo onde seria a apresentação.
Apesar da minha mente esta a mil eu me sai bem a Daiane ficou super feliz com o resultado até disse que no próximo ano seriamos de novo.
- Nossa foi muito legal, vamos ficar bem populares, ano que vem seremos de novo. a empolgação dela era para ser contagiante, e seria se eu não estivesse com a cabeça para explodir, porque ele fez aquilo para me desestabilizar e cagar na apresentação ou realmente ele estava arrependido eu não sabia o que pensar.
- Ai Alan você esta muito estranho parece que não esta feliz.
- O Day eu estou demais fomos super bem, é que minha cabeça esta muito dolorida eu preciso ir para casa. respondi meio sem animo. Ela me observou e do nada soltou:
- Vocês namoraram quanto tempo?
- Do que você esta falando?
- Eu ouvi a conversa Alan entre você e o Alexandre, desculpa mas eu ouvi. Eu queria que a terra me engolisse naquele mesmo instante não sabia o que fazer nem ao menos o que dizer.
- Tudo bem Alan, fica tranquilo seu segredo esta a salvo comigo, mas e a gente você nunca me amou? me bateu uma angustia eu tinha tanto medo de machucar ela, e no fim foi exatamente isso que eu fiz.
- Daiane eu te agradeço e te peço mil desculpas mas vamos conversar amanha pode ser, amanha eu vou a sua casa e a gente conversa?
- Claro que pode, e saiba que eu admiro e gosto demais de você eu te amo. eu não soube o que responder apenas abracei ela e fui procurar meus familiares queria ir embora o quanto antes.
Quando cheguei junto deles o Alexandre estava la, nossa como ele podia fazer aquilo comigo e qual era o motivo daquilo, falei com meus pais que não estava bem e que queria ir embora.
- Mas filho terá outras apresentações culturais ainda. disse minha mãe que amava festas juninas.
- Mas eu estou morrendo de dor de cabeça.
- Eu posso pelo menos então ir embora na moto do irmão e depois ele e a namorada dele vai com vocês.
- Nem pensar ta doido filho, isso é perigoso. Disse meu pai e quando ele falava não tinha alternativa o velho turrão.
O Alexandre estava sentado a mesa conversando com meu irmão não sei desde de quando mas os dois tinha se tornado umas especie de amigos, companheiros de caça ou algo parecido, ele então olhou para mim e disse ao meu pai.
- Olha se o senhor quiser eu posso deixar ele em casa, minha mãe disse para eu vir e quando acabasse minha apresentação fosse embora. Nossa eu olhei para ele com ódio, se meu olhar tivesse a dom de matar ele estaria morto, eu duvido que aquilo fosse verdade a mãe dele não determinava suas horas de voltar para casa .
- Não precisa se incomodar Alexandre eu espero meus pais.
- Não filho vá com ele, desculpa a mãe é que as meninas da Igreja vão recitar umas poesias e a mãe quer ver se não a gente ia embora te levar, eu sei como é ruim ficar numa festa passando mal. Minha mãe podia odiar ter um filho gay mas ela era uma mãe adorável para seus filhos héteros.
- Vamos Alan eu te deixo em casa. O sorriso que eu odiava e que ao mesmo tempo ainda amava brotava em sua face, eu dei uma breve reparada nele, nesses meses ainda não tinha feito isso ele estava ainda mais lindo, acabara de brotar alguns traços de homem em seu rosto o que já era perfeito estava ficando escultural. Não tive escolha tive que voltar para casa com ele, na moto não dei uma palavra não segurei nele como antes quando andávamos, nem ao menos encostei meu corpo no dele. Ao chegar na minha casa desci da moto e sai o mais rápido que pude mas ele me alcançou e me pediu um minuto, estávamos sozinhos tinha medo da minha reação mas acabei cedendo.
- Um minuto se não acabar em um minuto vai ficar falando sozinho.
- To com tanta saudade dessa sua marra. ele disse se aproximando
- Alexandre seu tempo esta passando. disse fazendo cara de paisagem.
- Volta para mim?
- O que ?
- É isso mesmo, me da mais uma chance mas agora teria que ser mais escondido do que antes.
- Esta vendo você não muda, não adianta.
- Você não sabe o que eu tenho passado.
- Fala então me conta, me conta o que você tem passado duvido que não é diferente de mim.
- David contou para o Gilson meu cunhado ele disse para eu deixar isso para la e te esquecer e ser homem, o David disse que viu a gente juntos e ele acreditou porque sempre fomos muito grudados .
- Te chantageou como assim?
- Ele falou que se eu voltasse com você contaria para meus pais e para todo mundo que eu era um viadinho, me desculpa eu fui fraco eu sou fraco, mas eu te amo não consigo viver sem você, não posso eu prefiro morrer esses meses estão sendo os piores da minha vida.
- Mas você me traiu com o David, se me ama porque fez aquilo.
- Eu fui mais fraco ainda. ele se ajoelhou aos meus pés e chorou, chorou demais, eu não podia vê-lo daquela jeito, peguei ele pelo braço e o levantei, ele estava mal.
Fomos para dentro de casa fiz um copo de água com açúcar para ele, a traição dele ainda doía, não sabia se podia perdoar ele por ter feito aquilo comigo.
-Eu não sei como seu primo descobriu aquele teatro dele no meu quarto aquele dia fingindo que não sabia que eramos namorado é mentira, ele me disse que queria transar comigo igual a gente transava se eu não fizesse ele contaria.
- Mas você não fez porque ele contou ? Eu não sabia mais em que acreditar.
- Sim mas ele queria mais e mais, eu não aguentava mais e não quis mais, vocês não percebeu que antes dele se mudar nos estávamos afastados foi por isso que ele contou . Nossa meu próprio primo que desgraçado eu queria matar ele ainda bem que ele não morava mais perto da gente tinha se mudado para outra cidade.
- Eu não sei se acredito nisso Alexandre eu te amo não vou negar mas tem muitas magoas cara, não sei se vale a pena tentar talvez seja melhor a gente matar esse amor. Nessa hora o desespero dele voltou, ele me abraçou.
- Por favor não faz isso eu não devia ter sido fraco, eu devia ter dito não para seu primo para meu cunhado, me desculpa volta para mim meu amor. Eu nada fiz apenas retribui o abraço e assim ficamos por um longo tempo, abraçados em silencio.
Naquela noite não dei resposta nenhum não queria fazer nada sem antes conversar com a Daiane e sabia que essa também não seria uma conversa tranquila, ele foi para casa depois de muito conversar e decidimos que iramos conversar mais para frente que eu iria pensar, na verdade eu queria ganhar tempo não sabia o que fazer de uma coisa eu tinha certeza e era absoluta eu o amava.
No dia seguinte fui a casa da Daiane e conversamos uma conversa muito tensa com muito choro mas ela foi uma princesa comigo me entendeu e para minha surpresa ficamos ainda mais próximos, ela disse que já vinha sacando alguma coisa a tempo porque sempre foi apaixonada por mim, e aquele dia na festa ouvir a conversa foi só para confirmar mas que era para eu ficar tranquilo que ela não iria falar sobre isso com ninguém. Voltei para casa até mais leve mas não sabia o que fazer com o Alexandre.
Os dias se passaram ele me procurava na escola mas não falávamos muito, chegou meu aniversario fizemos uma festinha na sala, e a Daiane convidou ele, ele foi o único convidado de outras salas eu gostei de ter ele ali na minha sala para meu aniversario ele ficou pertinho de mim de uma forma que eu podia sentir seu perfume,naquela hora eu sabia que já tinha o perdoado só não queria aceitar.
- Ei queria te pedir uma coisa?
-Peça então se eu puder fazer.
- Queria te ver la no celeiro hoje. ele disse meio acanhado eu já imaginava o que ele estava idealizando.
- Se der eu pinto por la pelas 10 quando meus pais forem dormir pode ser?
- Pode sim ele respondeu todo sorridente. Ai e que sorriso que era aquele meu Deus, como poderia ter alguém tão lindo.
Cheguei em casa todo ansioso, a hora não passava e quando meus pais dormiram eu fui, cheguei estava tudo escuro parecia que não tinha ninguém já era quase 11 horas da noite, pensei que ele já tinha ido embora, mas para minha surpresa quando estava saindo do celeiro ele pula na minha frente me fazendo gritar de medo, me da uma abraço e um longo beijo. Tudo estava muito bem eu o havia perdoado o amor é assim mesmo, mas ainda teríamos que passar por muitas coisas naquela mesma noite minha mão me surpreendeu ao voltar para casa disse que tinha me vigiado e que viu a gente no celeiro aos beijos.
- Meu Deus como isso é possivel eu tenho um filho bicha- disse ela transtornada
- Calma mãe eu posso explicar. Eu não sabia o que falar, o que fazer nem como agir. Minha estava na minha frente parecendo uma serpente pronta para dar o bote.
- Alan vá para seu quarto ore a Deus para tirar isso de você e durma tudo vai terminar bem.
Eu nada fiz, nada falei apenas obedeci minha mãe não sabia mesmo o que falar, naquela noite dormi muito pouco tudo me remetia aquela cena da minha mãe me desmascarando com seria agora que ela sabe que tem um filho bicha.
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Bem amores aí está mais um vou ver se consigo dar uma adiantada na história pois ela é muito longa tô pensando em cortar umas partes oq acham espero o feedback de vcs ... E lembre-se vcs são muito especiais ❤️