Alguns meses depois, Raquel decidiu que era chegado o momento de vingar-se de Rogério; o relacionamento conjugal tornara-se uma prisão silenciosa, onde prisioneira e carcereiro apenas conviviam sob o mesmo teto, conservando aparências e mantendo todos alheios à sua própria realidade. E Raquel sabia que a melhor vingança era aquela que pudesse ser feita em silêncio, e que repercutia em prazer …, a traição!
A primeira vez aconteceu sem muito esforço; foi com o gerente de seu trabalho, um homem de trinta e poucos anos, de nome Gustavo …, insinuar-se para ele foi algo que não exigiu esforço, assim como ir para a cama com ele também não. Saíram do trabalho juntos e rumaram para um motel na região. Gustavo estava afoito e foi logo se despindo, agarrando Raquel e fazendo com que ela ficasse nua para ele. Raquel, por sua vez, adquirira alguma experiência com os homens a partir de seu casamento, e tomou a iniciativa de controlar a situação.
Ela o relaxou, jogou-o sobre a cama e caiu de boca em sua rola que não era muito grande, mas tinha uma grossura espantosa; ela mamou a rola, deliciando-se com as bolas e ouvindo os gemidos do seu parceiro, que sentia-se dominado por ela. Foi assim que Raquel percebeu a qualidade da mulher que a distingue do seu parceiro masculino: a capacidade de sentir prazer, mesmo sem que haja entre eles uma atração emocional.
Antes que o sujeito pudesse respirar, ela subiu sobre ele e passou a cavalgá-lo, conduzindo a relação e extraindo o máximo de prazer que ele podia lhe proporcionar; foi uma foda gostosa, sem compromisso, mas também sem aquela sensação de completude …, apenas algo para saciar o desejo feminino e, no íntimo, vingar-se do marido safado e desrespeitoso. Raquel conteve a excitação de seu parceiro, prolongando o tempo da relação e obtendo orgasmos que lhe fizeram muito bem.
E quanto Gustavo quis gozar, ela não se fez de rogada, puxando-o da cama e exigindo: “Aqui! Goza na minha boca, que eu quero sentir a sua porra quente!”. Gustavo ficou estupefato ao ver sua parceira manuseando sua rola, até que ele ejaculasse no seu rosto; Raquel sentiu parte da carga em sua boca, engolindo-a com certo receio, enquanto a maior parte lambuzava seu rosto e seus seios. No final, tomou um banho e esperou seu parceiro recompor-se. Saiu do motel com uma estranha sensação; uma mistura de prazer e também de vazio …
Embora tivesse obtido prazer, não era isso que ela almejava …, queria alguém que a tratasse com carinho, respeito, dignidade e, principalmente, com valor …, seu valor de mulher. De qualquer modo as experiências (ou melhor, aventuras) revelaram um outro lado para Raquel; ela descobriu que não era preciso roupas sofisticadas, maquiagens exuberantes, ou outro artifício para exercitar a arte de seduzir …, homens seduzem-se com facilidade. Uma facilidade que apenas a mulher sabe controlar para obter o resultado almejado.
Dali para a frente, as aventuras se multiplicaram, e o prazer também! Alheio a tudo isso, Rogério continuava deixando suas roupas impregnadas de perfume barato e, as vezes, algumas marcas de batom; e por mais que isso magoasse Raquel, em seu íntimo ela sabia que quem estava perdendo era ele.
O próximo foi um garoto de vinte anos; seu nome era Wagner e ele era encantador com seu ar despojado e seu jeito de menino; vivia flertando com ela, até o dia em que Raquel foi ousada; eles trabalhavam juntos e quando saíram para ver um cliente, foram no carro dela. No retorno, já passado o horário de expediente, ela lhe perguntou o que ele faria naquele fim de tarde.
-Eu gostaria de te levar para a cama! – foi a resposta dele.
-Então, o que estamos esperando! – respondeu ela, enquanto dirigia-se para um motel próximo.
Wagner demorou a assimilar a informação e apenas se deu conta quando já estavam na suíte; Raquel ajudou-o a despir-se e vibrou ao ver a rola enorme que ele tinha; jogou-o sobre a cama e caiu de boca, mamando gostoso aquela benga enorme e dura como rocha. Novamente, ela o cavalgou, deliciando-se com os orgasmos que a virilidade viçosa do rapaz lhe proporcionava …, e foram vários orgasmos.
No momento seguinte, ele estava sobre ela, enterrando e sacando o pau de sua vagina que mais parecia uma pequena lagoa quente. Raquel gozou com enorme prazer, gemendo a cada novo orgasmo que explodia em seu corpo, causando-lhe arrepios e fazendo-a gemer suavemente. Ao mesmo tempo, o rapaz não descuidava de mamar os peitos de sua parceira, sugando os mamilos durinhos, um de cada vez, o que também repercutia nas sensações experimentadas por Raquel.
Terminaram a foda com o rapaz lhe dando um banho de esperma; foi uma carga enorme que a lambuzou por inteiro; tomaram um banho, e naquele clima de esfregação, acabaram fodendo mais uma vez, com ela de costas com a bunda empinada e ele enfiando sua rola na boceta apetitosa dela.
Após o jovem, Raquel viu-se envolvida com o chefe da segurança de um condomínio empresarial ao qual sua empresa prestava serviços; seu nome era Jonas e era um belo exemplar de macho: alto, musculoso, calvo, pele cor de bronze escuro, sorriso largo e muito charmoso. Era um homem mais decidido, e que sabia chegar junto. Primeiro convidou-a para um café: depois para um almoço e mais outro.
Nesse almoço, ou melhor, ao final dele, em uma sexta-feira, Jonas quis saber o que uma mulher atraente como ela faria ao sair do trabalho; Raquel não perdeu tempo.
-Bem, na verdade, meu expediente hoje já acabou! – ela respondeu com um sorriso insinuante – Porque? Você tem alguma coisa em mente?
-Com você, tenho várias! – respondeu Jonas abrindo um enorme sorriso.
-Como o quê, por exemplo? – quis ela saber com voz macia e olhar provocante
-Como te deixar pelada e dar um trato gostoso em você! – respondeu Jonas de maneira incisiva e repleta de safadeza.
-E se eu te dissesse que, agora, nesse momento, estou sem calcinha? – sussurrou ela, aproximando-se dele – Isso te daria uma pista do que eu tenho em mente?
Jonas mostrou-se sem ação; seu olhar estupefato e a boca entreaberta comprovavam que a frase de Raquel o atingira por inteiro. Ela, por sua vez, divertia-se com a situação; agora eram os homens que se curvavam a ela, não como um mero objeto, mas como alguém com atitude. “Vamos, pague a conta e vamos embora daqui”, ela disse enquanto se levantava da mesa, deixando subir a barra do vestido de maneira insinuante. Dentro do carro, ela apalpou a virilha de Jonas, e entusiasmou-se com o volume que pulsava lá dentro.
Na suíte, Jonas partiu para o ataque, subindo o vestido de Raquel, e acariciando a vagina que já estava quente e úmida; ele dedilhou a grutinha, provocando o primeiro orgasmo em Raquel, que, de costas para ele, rebolava como louca, vez por outra, jogando sua bunda contra o volume que parecia querer rasgar sua calça. Jonas ajudou-a a despir-se e enquanto ela se deitava sobre a cama, ele também fez o mesmo, usando de alguma provocação.
Ao ver o instrumento dele, Raquel ficou embasbacada! Era a maior benga que já vira em sua vida! A cabeça enorme, parecendo o chapéu de um cogumelo, pulsava inchada, e as veias ao longo do mastro, também pulsavam …
Raquel levantou-se e saltou sobre Jonas que a segurou com facilidade; ela o enlaçou com as pernas, enquanto ele a segurava pelas nádegas; Raquel, então, escorregou o corpo para baixo, e com a ajuda dele, deixou-se ser invadida pela enorme rola; no início houve certo desconforto, mas a excessiva lubrificação dela fez a situação tornar-se mais agradável, permitindo que ela apreciasse melhor a penetração.
Como se ela fosse uma criança, Jonas a manuseou com facilidade, fazendo que Raquel subisse e descesse sobre sua enorme rola …, e tal era a intensidade dos movimentos que ela logo sentiu a primeira sequência de orgasmos, volumosos e comemorados com todos os gemidos possíveis. Jonas não esmoreceu, tornando ainda mais rápidos e vigorosos os movimentos, fazendo sua parceira atingir um estado de êxtase em que seus sentidos pareciam perder-se na nuvem de prazer em que estava envolvida.
Suada e sem forças, Raquel pediu um intervalo, mas Jonas sequer a ouviu aumentando o ritmo dos movimentos; Raquel sentia sua energia esvair-se com a pujança daquele macho, e temeu perder os sentidos, já que seu corpo não mais lhe pertencia.
-Por favor, Jonas! – ela balbuciou com enorme dificuldade – Você está acabando comigo …
-Sossega, vaquinha gostosa! – ele respondeu com ar de sarcasmo – Você não queria sentir minha rola? Então, aproveita …
Em dado momento, Raquel teve um pressentimento de que aquele homem também a tratava como seu marido …, um objeto …, ou talvez, algo abjeto! E foi pensando assim que ela se sentiu muito mal; queria fugir …, sair dali o mais rápido possível …, mas, isso era impossível! Jonas avançou, e Raquel viu-se dominada por uma onda de prazer que parecia não ter fim, somado com a sensação de ter-se tornado o “brinquedo” dele.
Depois de muito tempo, Jonas sacou a rola e jogou Raquel sobre a cama; ela parecia um corpo inerte, sem forças e sem energia; pensou que ele daria um tempo para que ela pudesse se recuperar; mas não foi o que aconteceu. Jonas subiu sobre a cama, e tomou Raquel, colocando-a de bruços; começou a acariciar as nádegas dela, até que seus dedos vasculharam a região entre elas, buscando por algo mais excitante.
Ela sentiu quando ele enfiou o dedo indicador em seu ânus, simulando uma penetração; Raquel sabia que estava para acontecer, mas não reagiu …, preferia o silêncio de seu próprio abandono; Jonas seguiu em frente, abrindo suas pernas e lambendo seu cu, salivando sobre ele e introduzindo o dedo com mais profundidade.
-Pronto! – ele comemorou em sussurro – Agora esse cuzinho vai sentir minha rola rasgando ele!
Sem esperar por mais nada, Jonas começou a introduzir sua rola no ânus de Raquel; a dor era lancinante, mas a sensação de ser usada como um objeto, doía muito mais; Jonas enterrava sua rola monstruosa sem piedade, forçando a penetração, até que ela sentiu as bolas enormes roçarem suas nádegas. Ele passou, então, a golpear com força, enterrando e sacando a benga com movimentos vigorosos e sem carinho …, Raquel não reagia, estava, pois, entregue à dor de saber-se impotente.
Por muito tempo, ele socou a rola no cu de Raquel, e somente parou quando despejou uma carga de esperma que parecia não ter fim; ao cabo da sessão, Jonas jogou-se sobre a cama, e em poucos minutos estava roncando como um porco … Raquel esperou algum tempo para recuperar suas forças, e assim que pode cambaleou até o chuveiro, esperando que a água morna lavasse seu corpo e também sua alma …, sentia-se imunda e sem valor. Mais uma vez o fantasma do abandono estava sobre ela.
Um pouco recobrada do desgaste, Raquel se vestiu e escreveu um bilhete para Jonas que ainda roncava sobre a cama; disse-lhe que o motel estava pago e que ele permanecesse o quanto quisesse …, apenas isso. Foi para casa, sentindo uma enorme dor em seu peito …, talvez seu marido tivesse razão …, talvez ela não prestasse mesmo! Talvez as prostitutas de perfume barato valessem mais a pena que ela …
Foi uma semana infernal! Raquel estava arrasada! Não sabia mais o que fazer, nem o que pensar …, e em um gesto de desespero quis saber o que seria o certo a fazer. Vestiu uma roupa justíssima e decotada, perfumou-se, colocou saltos altos e rumou para um local que, segundo ela própria serviria para definir seu rumo. Estacionou o carro em frente a um conhecido bordel da região; tão conhecido que supunha ser frequentado, inclusive, por seu marido.
Na verdade, era uma boate que também acolhia em suas instalações um bordel de qualidade duvidosa; Raquel entrou, pediu uma mesa e passou a bebericar; olhava as garotas que circulavam entre os homens, exibindo seus corpos em roupas tão minúsculas que melhor seria se andassem nuas. A população masculina era variada, haviam jovens, homens de meia-idade, alguns mais velhos, mas todos buscando a mesma coisa: sexo sem compromisso!
Por ter excedido um pouco na bebida, Raquel estava eufórica e depressiva ao mesmo tempo; olhou para a mesa do lado e viu dois homens cochichando e olhando para ela; Raquel, então, levantou-se e caminhou a passos incertos até a mesa deles; um pouco tonta pela bebida, inclinou-se sobre a mesa, exibindo parte do conteúdo de seu decote e sorriu.
-Algum de vocês está a fim de trepar comigo? – ela perguntou com voz embargada.
Os homens se entreolharam e, em seguida, riram com certa impassividade.
-Acho que não! – respondeu um deles – Aqui está cheio de ordinárias …
Raquel sentiu um soco no estômago, e empertigando-se, voltou para sua mesa. Olhou ao redor e teve a impressão de todos os olhares estavam sobre ela; bebeu mais um pouco, e ao ver um homem solitário em uma mesa, levantou-se e foi até ele.
-Então, gostosão? – disse ela exibindo seus dotes – Quer dar uma trepada bem gostosa?
-Saí pra lá, sua vagabunda! – respondeu ele com tom de ira – Tem coisa melhor por aqui …
Repentinamente, tudo começou a girar e Raquel teve a impressão de que estava sendo objeto de todos os comentários, sussurros e cochichos que tilintavam pelo ambiente. Sentindo-se a pior pessoa do mundo, ela cambaleou até a pista de dança, subindo nela e passando a gritar em desvario: “Ninguém quer foder comigo? Ninguém aqui quer uma mulher disponível? Que merda de homens são vocês!”, e a medida em que gritava começou a se despir, até ficar inteiramente nua!
Em total desatino, Raquel gritava e se exibia, provocando um verdadeiro tumulto no local; de longe, a cafetina olhou o espetáculo deprimente, e depois de observar que a situação poderia tornar-se irremediavelmente descontrolada, fez sinal para que os seguranças dessem um jeito. E eles começaram a dirigir-se para a pista, quando foram interrompidos por um homem, que, olhando para a cafetina, sinalizou que controlaria a situação. Ela acenou com a cabeça, deixando que ele agisse.
O sujeito caminhou com passos largos e decididos até a pista; colocou-se a frente de Raquel, olhando-a com firmeza, mas também com carinho; ela fitou aqueles olhos profundos, e sem saber porque, sentiu-se segura; ele se abaixou, pegou o vestido dela e ajudou-a a vestir-se. Enlaçou-a com seu braço, e juntos, desceram da pista caminhando em direção da saída. Já do lado de fora, Raquel ainda tentou esboçar alguma reação …, mas, aqueles olhos ...
-Não se preocupe – disse ele em tom amável e acolhedor – Vou levá-la para casa, depois mando buscar seu carro …
-Não, para casa, não! – ela pediu, com voz miúda – Me leve para qualquer outro lugar …, para casa não!
-Está bem! – ele respondeu com um sorriso – Posso então, levá-la para minha casa?
Raquel olhou para ele, e sem forças para reagir, apenas assentiu com a cabeça. Ele a conduziu até seu carro, e juntos, saíram dali. Raquel sentia-se acolhida por aquele homem gentil; fitou seu rosto e viu que tinha certa idade, embora aparentasse menos. Quando ele imbricou o veículo na entrada da garagem, ela olhou para cima e viu que se tratava de um condomínio suntuoso na melhor região da cidade.
Subiram pelo elevador, e assim que entraram na ampla sala iluminada por refletores indiretos, Raquel percebeu que estava em um ambiente de certo requinte. Ele e acomodou no sofá e desapareceu pelo corredor lateral, de lá retornando com uma bandeja onde descansavam um bule e duas xícaras de porcelana. Ele a depositou sobre a mesa lateral e serviu Raquel com café quente e forte.
-Beba isso, vai fazer com que se sinta um pouco melhor – disse ele, estendendo a xícara para ela.
Raquel sorveu a bebida, que mesmo amarga lhe causava uma sensação boa. Ele fez o mesmo sentando-se ao seu lado, permanecendo em silêncio. A proximidade daquele homem gentil e respeitoso impactava no âmago de Raquel. Jamais conhecera alguém tão sóbrio e também tão gentil.
-Me perdoe pelo espetáculo deprimente – Ela disse, olhando para o vazio.
-Creio que você devia ter uma razão muito forte para agir daquela maneira – ele devolveu com um sorriso.
Novamente o silêncio reinou …
-Olhe, nos conhecemos há pouco – ele retomou a conversa em tom ameno – Mas senti que você é alguém especial …
-Não, não sou! – interrompeu ela, já com os olhos marejados – Sou apenas uma mulher mal amada.
-Não, você não é – ele comentou – Você é uma mulher carente …, que sofre por não ser amada como merece …, e que o tempo e a vida souberam maltratar.
Raquel fitou aqueles olhos profundos e sorriu discretamente; Aquele homem era capaz de fazê-la sentir-se bem …, seu carinho e sua atenção eram marcantes. Conversaram mais um pouco; seu nome era Omar, descendente de árabes; tinha sessenta anos, viúvo e morava sozinho. Era um homem charmoso, simpático e de voz acolhedora. A medida em que conversavam, Raquel sentia-se ainda mais segura ao seu lado.
Omar confidenciou que não costumava frequentar ambientes como aquele em que se encontraram, mas, por razões que desconhecia foi até lá. “Estava escrito!”, ele disse sorrindo e recebendo um sorriso de volta. Conversaram muito sobre tudo, e cada frase de Omar calava fundo em Raquel. Em dado momento, ela pediu que ele a levasse até seu carro.
Ele pegou o celular e ligou para alguém, pedindo que trouxesse o carro dela até onde estavam. “Amigos são para essas coisas”, comentou ele sorrindo ainda mais.
Já na rua, Raquel agradeceu a Omar pela gentileza, dizendo que ele, além de encantador e charmoso era um homem muito bom.
-Olhe, Raquel – ele respondeu com voz doce – Não sei se devo pedir isso …, mas, queria ter a oportunidade de te reencontrar …, isto é, se você quiser …
-Seria um enorme prazer! – ela respondeu com os olhos cheios de alegria, mas ainda marejados.
Trocaram números de telefone, e Raquel partiu, sentindo vontade de ali permanecer. Foi para casa, esquecendo daquela noite péssima, exceto por ter conhecido Omar. E nos dias que se seguiram, houve uma intensa comunicação entre eles; trocavam confidências, e cada vez mais sentiam uma proximidade inexplicável. Omar foi ao trabalho de Raquel e convidou-a para almoçar, ao que ela aceitou de pronto.
E dos almoços, vieram outros encontros casuais, onde Omar se mostrava um excelente ouvinte e confidente. Sua gentileza e seu carinho conquistavam Raquel dia após dia. E houve momentos em que ela desejou estar com ele, senti-lo …
Certo dia, durante uma conversa telefônica, entre amenidades, risos e gargalhadas, Raquel disse a ele que passaria o fim de semana sozinha, pois Rogério, seu marido, e seus filhos viajariam com uma excursão da escola a qual ela não foi convidada.
-Você aceitaria um convite meu para passar o fim de semana comigo? – ele perguntou com certa insegurança – Acredite que isso me deixaria muito feliz …, e faríamos apenas o que você quisesse fazer.
Raquel hesitou, ficando em silêncio por alguns minutos, e, em seguida, desconversando por um momento. Omar não insistiu e prosseguiram em seu papo agradável.
-Olha, Omar – retomou Raquel em dado momento – Pensei no seu convite e acho que seria bom aceitá-lo …, se é que você ainda quer estar comigo …
-Claro que quero, minha querida! – interrompeu ele em tom quase eufórico – Te pego no sábado para almoçarmos …, combinado?
Raquel concordou, mas pediu discrição, ao que Omar concordou plenamente. E no sábado, por volta do meio-dia, eles se encontraram. Omar a levou a um restaurante muito requintado, localizado nos arredores da cidade, onde havia uma estância e um resort. Foi um almoço alegre e divertido, repleto de risadas soltas e comentários leves. Depois do almoço, Omar convidou Raquel para cavalgar, e embora ela jamais tivesse montado em um cavalo, aceitou de pronto.
Foi um passeio divertido, e Raquel sentiu-se muito à vontade ao lado de Omar; ele lhe trazia paz e tranquilidade e a tratava com respeito e também com carinho, tudo que uma mulher anseia em um homem. Assim foi que a tarde fluiu entre os dois. Ao anoitecer, Omar quis saber de Raquel dela se haveria algum inconveniente de passar a noite ali naquele recanto. Raquel olhou hesitante e em dúvida do que fazer.
-Não se constranja, por favor! – emendou Omar, antes que a situação se tornasse tensa – Tomei a liberdade de reservar dois quartos para nós …, então, você não tem com que se preocupar …
Raquel aquiesceu com a sugestão e sorriu; foram até a recepção, onde apanharam as chaves magnéticas dos quartos. Dentro do elevador, Omar ainda reservou uma surpresa: “Comprei algumas roupas para você usar …, espero que goste!”. Mais uma vez, Raquel olhou para ele com surpresa, e limitou-se a sorrir.