Olá amado leitores, realmente, sumi faz um mês, mas é falta de tempo mesmo. Tô postando um capítulo curtinho, mas é pra dar sinal de vida e dizer que em breve, a nova fase vai começar. Um beijo a todos que acompanham, perdão se andei sumida e agora vou tentar responder mais pelo insta. Bora pro conto?
Continuando...
Durante o caminho aquele silêncio de cansaço, ao chegar na casa dos tios, tratei de tomar um banho e ir dormir. Quando acordei pela tarde aquela sensação de ressaca que parecia não passar, fui pra varanda pegar um ar, e encontrei Pâmela, ela estava lendo um romance e eu fiz uma piada leve.
- Não sabia que acreditava no amor kkk. – Disse eu.
- E não acredito, só busco ler até onde vai os clichês.
- Tá dizendo...
- Me diga... O que há entre você e aquela mulher? – Ela mandou na lata.
- Que mulher?! – Perguntei sem entender.
- A mãe de sua amiga.
- Nada ué, tá louca?
- Sério que você quer me enganar?
- Você é meio paranoica sabia?
- Não me enrole, fale a verdade.
- Não tenho nada a dizer.
- Eu vou confirmar Camila, sabe que eu vou.
- Tá bom, tá bom, eu falo. Ela e eu ficamos algumas vezes.
- Sabia! Mas ela é meio obcecada por ti. Acredito eu que ainda mantém um caso.
- Você devia jogar na loteria, tá acertando muito esses dias kk.
- Sem piada, quero saber o que sua amiga acha disso. Isso se ela souber é claro.
- Ela não sabe.
- Camila qual seu problema? Com tantas mulheres, por que a mãe de sua melhor amiga? Será que você é tão galinha a esse ponto?
- Epa, galinha não, calma aí.
- Ela é mãe da sua amiga, será que ainda não entendeu?
- Pra que esse estresse todo, se eu que estou ferrada.
- Deve ser, porque você e a Cris são duas pessoas com falta de maturidade, que quando se metem em confusão, sobra pra mim ter que livrar vocês ou ter que escutar sermão, a diferença é que você mora longe, mas mesmo assim, vocês juntas, acaba sobrando pra mim. – Falou ela alterada, mas com um tom calmo.
- Calma Pâmela, isso é uma coisa que eu tenho que resolver sozinha sem magoar a Yasmim, apesar que eu não sei como resolver essa última parte.
- E você sabe como resolver a primeira?
- Estou fazendo jogo duro, uma hora ela vai entender que eu não sou dela e que não teremos mais nada.
- Você realmente não sabe de nada mesmo. Quer saber? Dane-se, quando a bomba estourar, eu quero estar bem longe daqui e de preferência sem levar a bronca da responsabilidade. – Ela falou se retirando e eu segurei seu braço.
- Espera, eu não sabia que você sempre levava a culpa, desculpa por todas as vezes.
- Camila, realmente, pra você entender, só quando passar por isso, agora eu preciso ir, tenho mais o que fazer da minha vida.
- Namoradinho? – Falei eu levantando as sobrancelhas com aquela cara maliciosa.
- Não.
- Namoradinha? – Ainda com aquela cara safada.
- Camila, sou hétera, nunca beijei uma garota, ok? E não estou namorando!
- Não tem curiosidade não?
- Tchau!
A Pâmela não é sempre chata, ela é apenas séria, até demais as vezes. Minha segunda foi meia cansativo, mas ainda saímos pra comer uma pizza. A Beatriz levou a nós todas e bem receptiva e amigável, se comportava como uma adolescente sem perder a atitude, seriedade, elegância e etc. No shopping, Cris e Yasmim inventaram de passar em todas as lojas que queriam (patricinhas sendo patricinhas), Beatriz não foi com elas e inventou de fazer companhia a quem? Isso aí, a mim. Ela me encarava tanto que parecia querer sexo ali mesmo. Mas eu permanecia calada e só observava, então fui ao banheiro e ela me seguiu.
- Fugindo de mim? – Perguntava ela.
- Como se estive ao seu lado todo tempo?
- O banheiro está vazio.
- Sim, está...
- Sabe o que significa?
- Você não perde a oportunidade, não é?
A gente começou a se beijar ali mesmo, eu subi ela pro balcão da pia e fiquei beijando seu pescoço e apertando seus seios, até ela pedir pra entrarmos em um dos toaletes pra não chamar atenção. Estávamos nos agarrando e ela sempre descia minha mão pra sua ppk, eu já estava penetrando e ela querendo gemer alto, então tapei sua boca com um beijo. Fiquei naquilo até ela dar sinais que ia gozar, só que eu escuto umas vozes e decido parar. Eram Cris e Yasmim que tinham entrado. Eu praticamente gelei e olhei pra Beatriz, que por sinal parecia nem se importar. Elas duas não tinham percebido que estávamos lá e ficaram conversando.
- Cris depois temos que voltar, abandonamos minha e a Cam kkkkk.
- Temos sim, mas está tão bom, será que elas se importam?
- Acho que não, a Cam nunca curtiu muito a demora das compras e minha mãe nunca foi de sair tanto comigo, apesar que agora ela está tentando. Ambas estão fazendo companhia.
- Isso é verdade, parece até que sua mãe está criando uma amizade com a Cam pra ficar mais próxima de você, isso é bom.
- Sim, muito bom por sinal, ver que ela está se tornando aquela mãe que sempre quis.
- E sobre o fato dela curtir garotas?
- Eu não sei se ela curte de fato, mas se ela se identificar, e se descobrir, porque afinal, quando a gente começa a gostar de alguém, não é pelo gênero e sim a pessoa, então eu ficarei contente, pois ela estará sorrindo mais.
- Achei engraçada aquela citação que sua mãe fez com a Cam kkkk.
- Eu também, mas acho que a Cam ficou sem graça.
- Sem graça foi pouco, ela ficou mais vermelha que camarão kkkk.
- Tadinha, a Cam fica um pouco nervosa de mamis, acho que é surpresa ou não sabe como agir, afinal, ela tá se aproximando agora.
- Deve ser surpresa mesmo. Mas me diz algo, naquela hora que sua mãe falou que até ficaria com a Cam se não fosse sua amiga, sei que ela falou brincando, mas você ficou de um jeito. Tu gosta da Cam é isso?
- Gosto dela como amiga, aquela pessoa especial e tals. Até o momento só isso, mas não duvido, a gente é tão próxima, que as vezes acho que se não fossemos tão diferentes, rolaria algo sério. Mas eu prefiro a amizade, pois ela dura muito mais que certos relacionamentos, jamais estragaria isso com ela.
- E sua mãe se realmente curtisse algo nela, você se importaria?
- Talvez, não sei sabe. A Cam é minha melhor amiga e é alguém legal, mas estamos falando da minha mãe. Eu quero que ela seja feliz, mas porque justo com minha amiga? Não me importo se um dia ela namorar uma mulher, mas a Cam, sei lá, isso afetaria nossa amizade de um jeito forte.
Elas ficaram conversando mais um pouco e saíram. Eu praticamente após aquilo fiquei mal, Beatriz permaneceu calada e nós saímos. Voltamos pra praça de alimentação e ela ainda me encarava, mandando piscadas e eu nem ai.
- O que você tem Camila? – Perguntava ela.
- Sério que você me pergunta isso, após ouvir tudo aquilo no banheiro. É muita frieza da sua parte.
- Sim e daí? Yasmim pode até não aceitar agora, pois, ela tem medo de te perder. Mas acredite, não perderá. E minha cara, tudo que temos é sexo, nada além, então não esquente a cabeça com isso. – Ela queria segurar minha mão e eu soltei.
- Para Beatriz, para! Não estou com cabeça pra isso, enquanto elas demoram, vou assistir algum filme.
Alguém me chama e me toca o ombro.
- Oi Camila, olá Beatriz, boa noite. – Era a Pâmela.
- Oi Pâmela, que surpresa. É você mesmo?
- Sou, não tá vendo?
- É que geralmente você tem uma vida social meio fechada.
- Meu trabalho Camila, meu trabalho.
- Estávamos indo ao cinema, nos acompanha? – Ela entendeu meu olhar de socorro.
- Ah, por que não? Estou de folga mesmo.
Durante o caminho, fomos as três, Beatriz parecia estar incomodada, mas não demonstrava por ser muito fina.
- Trabalha com que Pâmela? – Perguntava Beatriz.
- Sou juíza, mas não posso falar pra todos, sigilo.
- Entendo, é uma profissão muito bonita e ao mesmo tempo arriscada.
- Sim, mas são os riscos que fazem a diferença. Mas e você?
- Tenho uma empresa que faz investimento em microempreendedores.
- É algo bem interessante e que com certeza arriscado, afinal, a pessoa investe esperando o retorno certo?
- Exatamente, a intenção é essa, então torço pra que nunca haja falhas.
Entramos no cinema e durante o filme, cada uma ficou do meu lado. Eu sentia o incômodo da Beatriz por Pâmela ter encostado a cabeça em meu ombro. Ao acabar o filme, saímos e fomos encontrar as doidas.
- Finalmente em, compraram o shopping inteiro foi?
- Nem demoramos tanto Cam. – Dizia Yasmim.
- Não? Deu pra assistir um filme e vocês ainda estavam nas lojas.
- Pãmela você aqui? – Perguntava Cris surpresa.
- Sim, por que? – Perguntava Pâmela
- É que eu não esperava, geralmente você nunca saí com a gente.
- E eu não saí, vim sozinha, aliás nem sabia que estavam aqui, eu vim porque queria ver um filme mesmo, e por acaso encontrei Beatriz e Camila.
- Ah entendi. – Dizia Cris.
- Então, compraram o que? – Perguntava Beatriz curiosa.
- Compramos tanta coisa mamis, cada coisa mais linda que a outra. – Dizia Yasmim.
- Tem que ver Beatriz, compramos até pra vocês duas. – Dizia Cris.
Pâmela revirava os olhos pra aquela cena e eu só fazia rir. Iam dar 22:00 hs, e íamos embora. Pâmela nos levou e Yasmim fora com sua mãe. Ao chegar na casa dos tios, Cris foi brincar um pouco os cachorros e eu fiquei na varanda conversando com Pâmela.
- Obrigada Pâmela por me ajudar.
- Foi um acaso Camila, eu estava lá por pura coincidência, queria ver o filme mesmo.
- Mas obrigada mesmo assim.
- Não me agradeça, não fui contigo por você, foi pela Yasmim, que imagino a dor que ela sentirá quando descobrir.
- Mas...
- Nada de, mas, Camila, você se faz de durona, pegadora, que não se importa, mas lá no fundo se importa sim e eu quero ver quando vai amadurecer e crescer. Pois, se faz de adulta, mas não passa de uma criança imatura.
Ela disse isso em um tom sério e se retirou. Aquilo me fez pensar e ver se tomava uma atitude.
“Beatriz não era fácil, mas a atitude maior tem que vir de mim, acho que por isso demorou uns 5 anos pra eu tomar e chegar onde está hoje. ”
CONTINUAAAA...
A leitora Day90, percebeu que a notificação não aparece, é por isso que eu sempre aviso, vou liberar a solicitação, não tinha visto kkkkkk.
Barby, então neh, quem sabe Charlo e Pri voltam, tô dando um tempinho pra elas, pois, também foi difícil pra mim me despedir daquele conto, até eu reconheço que o final foi longo, porém corrido, quem sabe eu melhore, são muitas alternativas kkkkkk.
Um beijo a todos e em breve (em menos de 1 mês de preferência, eu retorno kkkkk).
