– Você está me secando ou secando ela?
A pergunta apanhou-me de surpresa, enquanto eu depositava meus olhos nos seios que escapavam pelo decote generoso, embora, dois minutos antes, tivesse me perdido admirando as suculentas nádegas do garotão que a acompanhava.
À beira da piscina, naquele final de tarde deserto, eu bebericava uma dose de whisky, distraído, pensando em nada, quando os dois chegaram, vindos do interior da pousada, feito duas gralhas espalhafatosas – ele mais do que ela.
A primeira olhada foi para as coxas carnudas e redondas dela, que iniciavam (ou terminavam – a depender da direção do olhar de quem as apreciava) em atrevida em empinada bunda, que não se retinha no minúsculo short que tentava contê-la.
Depois foi o rosto, belíssimo, emoldurando dois encantadores olhos verdes e um sorriso arrasador, que se dirigia ao rapaz com quem conversava extrovertidamente.
Somente então percebi o interessante corpo do alegre mancebo. Rosto imberbe, bastante jovem, com um sorriso que começava nos dentes brancos e alinhados, e se espalhava pelo olhar vivo. Trajava uma camiseta colada ao corpo, definindo o tronco magro, embora, no lugar das mangas, ostentasse generosa cava, a fazê-la quase uma regata. Pude apreciar o contorno de seu peito e a brancura suave e depilada de suas axilas.
Por momentos, empurravam-se, numa boba brincadeira, feito duas crianças traquinas, e, aos tombos, cochichavam, rindo muito.
Eu, normalmente tímido e retraído para essas coisas, fixava meu olhar no belo pacote que se desenhava entre as pernas do animado garoto, e, no instante em que fui pegar um pouco de gelo, numa espécie de quiosque, que ficava à disposição dos hóspedes, o rapaz estava lá, para pegar sei-lá-o-quê; rocei meu braço, “distraidamente”, nas coxas dele, e por pouco meu cotovelo não tocou sua rola.
Voltei para minha cadeira e ele para o lado da amiga, saltitando e rindo.
Em seguida, meus olhos se perdiam nos rígidos bicos dos seios da gostosa loirinha, que se abaixava, tentando se livrar de uma amistosa tapa do companheiro. Tive-os inteiros, os dois, diante de meus olhos, do tamanho exato para serem carinhados.
Agarrados, percebi que novamente cochichavam, e que os braços magros dele pressionavam os seios dela, fazendo-os ainda mais proeminentes. Ele então largou a amiga e veio em minha direção. Achei mesmo que iria passar direto, buscar algo no interior da pousada, e já aprumei os olhos para o belo pacote que vinha à frente de seu calção apertado.
Ao chegar perto de mim, parou de repente, sacudindo afetadamente a cabeça, agachou-se ao meu lado e perguntou, mãozinha na cintura, fingindo brabeza:
– Você está me secando ou secando ela?
Como despertado de um sonho, abruptamente, senti o coração dar uma disparada; devo ter ficado vermelho, mas a coragem etílica superou tudo, e ousei à altura da interpelação:
– E por que não os dois? – respondi.
Ele baixou a cabeça, teatralmente, riu, e, ao levantar o rosto, os olhos e o sorriso, empinou o corpo esguio, levantou-se e fez um sinal para que a amiga se aproximasse.
Quando ela chegou junto, levantei-me, estendi a mão e, dizendo meu nome, puxei-a para mim e sapequei os três beijos de apresentação (eu precisava estar muito tonto mesmo, para seguir esse ritual, que a mim me parece tão bizarro):
– Cláudio, prazer.
– Rita.
Estendi a mão ao garoto, que a apertou (quase mais suave que a dela), e, antes que eu pudesse sequer pensar, ele me abraçou (gostei de sentir seu corpo), e, ao afastar-se conseguiu dar um selinho:
– Prazer, Alvinho.
Convidei-os a sentar comigo e ofereci a bebida. O serelepe garoto, agradecendo, não aceitou – estava elétrico demais, já. Mas ela disse que queria experimentar. Ofereci meu copo e ela tomou um trago, fazendo uma breve careta, mas demonstrando que gostara. Alvinho não perdeu a chance de zoar:
– Eita, tomou no mesmo copo, vai descobrir os segredos!
E a conversa encaminhou-se por aí, com a profundidade de uma poça d’água. Vez ou outra, risadas e toques, mais ou menos ousados. Falei da minha bissexualidade e de quanto o “B” do LGBT é discriminado duplamente, pelos héteros e pelos próprios homos. Eles concordavam e contavam casos de amigos, que ilustravam minha opinião. Eu já não podia (nem queria) disfarçar a rigidez de minha rola, nem os dois (principalmente ele) disfarçavam as gulosas e demoradas olhadas. Aliás, aqueles seis olhos passeavam desavergonhadamente pelos corpos uns dos outros.
Até que resolvi partir para a ação. Simulando determinação, pousei uma mão na pica de Alvinho e a outra na virilha de Rita, olhei-os resolutamente e procurei ser firme na proposta:
– Está na hora de subirmos os três.
– Demorou! – grasnou Alvinho.
– Pr'o seu apartamento ou pr'o nosso? – ciciou Rita, com voz de cio.
Fomos para o meu. Ao entrarmos, Alvinho correu, subiu na cama, e começou a dançar desajeitadamente, simulando um palco de cabaré. Mas o striptease que se seguiu não foi simulação. Em pouco tempo, o esguio corpo nu do garotão se contorcia sensualmente, a dura rola palpitando e a redonda bunda tremendo, aos seus movimentos.
Eu e Rita assistíamos à exibição de Alvinho, lado a lado, em pé, ao pé da cama. Ela rindo muito e zoando o amigo. Ria loucamente, com o braço sobre meu ombro. Eu sentia o aroma gostoso daquele corpo lindo, e me aproveitava da pequena balbúrdia, enfiava minhas mãos, ora por dentro de sua blusa, catando seus seios durinhos, ora subindo pela coxa e sentindo a maciez de sua buceta, a essa altura encharcada.
Rita, então, virou-se pra mim, e, cara a cara, ficou séria de repente, e colou seus lábios aos meus, provocando uma revolução de línguas e uma simultânea viagem ousada de quatro mãos entre os dois corpos. Em pouco tempo, estávamos nus e nos esfregando, acintosamente, aos gemidos e sussurros, derrubados sobre a cama. Alvinho, sentado sobre a bancada, acima de nossas cabeças, manipulava com lubricidade seu membro teso, ele agora se fazendo plateia do sensual meneio de pica e buceta que se desenrolava na cama.
Rita catou minha rola com sua boca e demonstrou ser uma especialista na milenar arte do boquete. Girei meu corpo, alcançando sua buceta, que emanava um perfume de extrema excitação, combinado com um delicioso gosto de sexo, e por alguns minutos nos embriagamos no sessenta-e-nove, rebolando na cama, alternando um e outro por cima. Minha língua friccionava o grelo daquela galega, e ela pinotava de prazer, agarrando-se com mais vontade e desejo a minha rola. Num dos momentos que fiquei por cima, senti o toque do dedo fino de Alvinho bolinando meu cu: senti raios de energia percorrendo meu corpo. Em instantes, sua rola enfiava-se delicadamente dentro de mim; ele ficava parado, apenas aproveitando os movimentos de vaivém que eu fazia.
Era uma gemedeira louca. Sussurros, risadas, putarias pornofônicas enchiam aquele quarto.
Houve instantes em que consegui captar a rola de Alvinho, sentir toda a sua maciez na minha boca e retribuir o boquete que recebera de Rita. O beijo de Alvinho, com nossas bocas melecadas dos líquidos sugados, fazia-se de uma gostosura ímpar.
Agora eu comia avidamente a buceta de Rita, com estocadas em que se alternavam suavidade e vigor. Ela entregava-se, lancinante e louca. Enquanto isso, Alvinho enfiava a língua no meu cu, arreganhando-o bem, enfiando um ou dois dedos, na cratera de carne que ele ia construindo. Na posição em que ele se encontrava, eu conseguia prosseguir no boquete enquanto penetrava Rita – em pouco tempo, senti a rola de Alvinho avolumar-se e golfadas violentas de seu mel invadiram minha boca, adoçando-a com o gosto bom daquele sêmen jovem. O fresquinho gritava escandalosamente.
Enquanto isso, Rita retesou todo o seu corpo e urrou, ao gozar espalhafatosamente, com meu cacete atochado em sua xoxota; aos poucos, foi relaxando e caindo de lado, respirando sofregamente, de olhos semicerrados – no semblante, a felicidade plena.
Mas minha pica, ainda dura, ansiava por mais prazer. E havia um cu a ser visitado. Posicionei-me sobre Alvinho, que se arreganhou inteiro para mim, e meu pau foi entrando suavemente naquele buraco úmido; as estocadas provocavam mais gritinhos histéricos no rapaz, que rebolava os quadris de forma inusitada, engolindo e prendendo minha rola dentro de si.
Senti que o gozo vinha chegando, de forma inevitável, incontrolável. Colei-me, então, ao corpo suado de Alvinho, e apenas deixei que a natureza fizesse o resto: jatos de gala arrancaram-me gritos de prazer e lavaram costas e nádegas do garotão. Desabei de cansaço, por cima dos dois corpos saciados dos meus companheiros de suruba.
Um descanso de minutos, até nos percebermos necessitados de um banho. E fomos os três, agarrados um ao outro e aos trancos, até a banheira, sob o chuveiro. Deixamos que a água caísse sobre nossos corpos, enquanto nos acariciávamos, nos beijávamos e novamente despertávamos nosso mútuo tesão.