Fogo Cruzado - Capítulo 46

Um conto erótico de Lollitta
Categoria: Homossexual
Contém 843 palavras
Data: 15/03/2018 21:45:23

Capítulo 46

-Tudo bem. Eu adoro cozinhar. -Falei tentando convencê-la.

-Ok. Você venceu. -Disse com um sorriso maravilhoso nos lábios.

Eu devolvi o sorriso e acabamos nos beijando. Foi mais como um selinho, mas mesmo assim, foi bom. Depois, ela me perguntou:

-O que devo comprar para o almoço?

Ao que prontamente respondi:

-O que você gostaria de almoçar?

Ela me deu uma olhada de cima abaixo e só então me lembrei que ainda tava pelada. Mas dessa vez, por incrível que pareça, eu não me intimidei. Fiquei olhando aquele rosto bonito. Cansado, mas bonito. Desci um pouco e olhei sua boca...

-Isabella? Você ouviu? -Me chamou a atenção.

Eu não havia ouvido bulhufas nenhuma. Estava ocupada demais pensando em um milhão de besteiras que envolviam aquela boca.

-Não, me desculpe... -Respondi, já corando. Será que ela havia notado?

-Eu disse que gostaria de comer uma à la minuta, se fosse possível.

-Claro. -Respondi no automático.

Será que eu havia fantasiado a cena em que ela me olhou? Fiquei intrigada com aquilo.

-É melhor eu me vestir, antes que eu não saia daqui. -Disse me dando mais uma olhadela e respondendo assim a minha pergunta.

Mas logo eu parei de pensar nisso quando ela se levantou e foi se vestir.

"Ai..." Pensei. Talvez eu tivesse babando e nem sentia a baba escorrer. Era uma pena que tudo estivesse sendo coberto

-Bem, vou ao supermercado. Logo estarei de volta ok? -Disse passando um pente no cabelo, em frente ao espelho do guarda roupas.

-Tudo bem... -Respondi.

Quando ela estava saindo pela porta, pareceu se lembrar de algo. Virou-se pra mim, falando:

-Ah, pode ficar a vontade pra usar banheiro se quiser tomar um banho e use roupas minhas se precisar. -Dito isso, ela se foi, sem esperar por uma resposta minha.

Eu levantei da cama num salto e fui logo bisbilhotar o guarda roupas de Cássia, em busca de algo que me servisse. Acabei optando por uma calça e uma camiseta, ambas largas, no entanto, nada iria ficar certo, já que Cássia era maior que eu.

Fiquei tentada a pegar também uma de suas calcinhas para vestir, mas pensei que seria muita invasão de privacidade. Sendo assim, fui reto ao banheiro. Tomei um banho rápido, procurei no balcão do banheiro por algum hidratante ou loção corporal. Nada.

"Como alguém sobrevive sem isso?" Pensei.

"Como pode ter a pele tão macia sem usar hidratante." Foi impossível não ter o segundo pensamento. Era tão verdade que me assustei. Por fim, desisti de encontrar algo que servisse, juntei minhas roupas do dia anterior do chão do banheiro e saí do banheiro indo a procura da minha bolsa e do meu celular.

Assim que achei o que precisava, liguei pra minha mãe, avisando que passaria o dia na casa de uma amiga. Ela me questionou sobre onde eu havia pousado e por que não havia ficado na casa de Léo. Eu inventei uma desculpa esfarrapada e desliguei. Era engraçado como minha mãe confiava tanto em Léo, mesmo sabendo que ele era gay. Ela o aceitava e o admirava muito, o tratava como um filho.

Fui pra cozinha com a intenção de adiantar as coisas para o almoço. Cheguei na pia e olhei para dentro: haviam duas taças lá. Uma estava suja de batom... Aquela cor de batom eu conhecia bem... Senti uma uma pontada no peito. Mas tentei me manter calma, afinal, o problema não era meu.

Peguei a jarra elétrica de cima da bancada e a enchi, colocando a água para esquentar. Abri a geladeira e tive outra surpresa: uma garrafa de alguma bebida alcoólica que eu não quis saber o que era, pela metade.

"Mais um golpe desses e eu desabo" pensei sozinha. Minha consciência estava "cagando e andando" pra mim.

Tinha quase certeza de que Bruna esteve ali, na noite anterior, antes de mim. Antes da delegada ir para a boate.

"A intrusa aqui e você, querida" minha consciência zombou. Parece que resolveu se intrometer de novo.

Fechei a geladeira, não tinha mais interesse em nada que tinha ali.

Me sentei numa das cadeiras da mesa de vidro que tinha do outro lado da bancada da cozinha. Fiquei pensando no que poderia ter acontecido ali no dia anterior.

"Talvez nem o lençol ela tenha trocado." Minha consciência adorava me torturar.

Tentava pensar no fato de que ela havia me convidado pra passar o dia com ela, mas era impossível conter as zombarias que se passavam na minha cabeça.

Fiquei minha mente na noite anterior, uma boa opção pra não pensar no que Bruna estaria fazendo ali ontem e por consequência não ficar triste.

-Desculpe a demora, havia uma fila enorme no mercado. -Virei pro lado e vi Cássia surgindo com algumas sacolas. Não pude conter o sorriso. Esqueci até do que havia visto na cozinha.

Continua...

Galera peço desculpas pela demora. Meu PC estragou e esteve no conserto. Pra piorar, perdi alguns capítulos que eu já tinha escrito, mas não pude fazer nada... Felizmente voltarei a postar mais assiduamente já que o recuperei de volta.

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Comentários

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Faz tempo que não leio contos aqui no site, resolvi voltar e o primeiro que li foram os seus.

Passei pra dar um Oi☺, estou acompanhando ;)

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eu te desculpo também kkkk, continua que esta muito bom

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Olha ela, Quem é vivo sempre apareci rs.. ta Disculpada, Quero o proximo.. 😋

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