MULATA NOTA 10 - Primeira parte
Da varanda do pequeno hotel onde estava, dava para ver, com binóculos, uma das entradas da Favela da Rocinha, considerada a maior do País. O homem loiríssimo estava atento a todas as mulheres que desciam o morro. Até então, nenhuma lhe havia chamado à atenção. Pousou o binóculo sobre uma mesinha de vidro e pegou uma pequena garrafa de uísque. Ela já estava pela metade. No entanto, não tinha rótulo.
O homem bebeu um grande gole da boca da garrafinha e esteve pensativo. Pretendia entrar na favela e inspecioná-la, mas sua missão parecia muito difícil. Se ousasse se aproximar do morro, poderia ser parado pelo crime organizado. Logo, descobririam que ele era estrangeiro e dificilmente teria chance de sair vivo de lá. Não. Precisava de um bom plano. Ele já tinha engendrado um mas, para que este desse certo, teria que ter a cumplicidade de alguma moradora da favela. Estava difícil descobrir qual. Não poderia errar na escolha, pois assim botaria tudo a perder. Sentia-se entediado com o calor do Rio de Janeiro. Não podia estar na rua, ao ar livre, porque logo denotaria não ser brasileiro. Sua tez ficaria facilmente avermelhada, se fosse exposta ao sol quente. Queria terminar a sua missão e ir embora de volta a sua terra, os States.
Foi ao banheiro da pequena suíte, deu uma demorada mijada, depois voltou para a varanda. Quando levou o binóculos, novamente, à face, sorriu. Lá estava seu bilhete de entrada na favela. Sim, tinha que ser ela.
Ela era uma mulata bonita e muito gostosa, conhecida por todos na Rocinha por sua simpatia e beleza. Por isso, todos a cumprimentavam, por onde passava. De mulher a criança. Aos marmanjos, jogava um beijo na ponta dos dedos. Percebia-se que os homens pareciam estar nas nuvens, talvez imaginando uma série de sacanagens que poderiam fazer com aquele corpo maravilhoso. Ela, no entanto, parecia alheia aos pensamentos deles. Saía rebolando, com uma graça divina.
O americano a seguia com o binóculo, para saber onde ela iria. Nunca a tinha visto, nos quase dez dias que esteve de tocaia. Aí, a viu entrar num bar, nas cercanias da favela. Ele estava vestido com uma camisa colorida e leve, e um bermudão que o fazia parecer mais jovem. Na verdade, beirava os quarenta anos, mas tinha um rosto tão jovial que ninguém acertaria a sua idade, logo de primeira. Pegou uma pequena pistola de cabo de madrepérola e enfiou-a nas costas, à altura da cintura, e saiu.
Pouco depois, estava na frente do bar. Não entrou. Sentou-se a uma cadeira ao ar livre, à sombra do alpendre. Dali, dava para ouvir as brincadeiras dos clientes, no interior do bar. Todos elogiavam o corpão da mulata, e ela ficava feliz em ouvir os galanteios. O americano sorriu. Alguém lhe dissera que, quando uma mulher carioca sai às ruas e não recebe uma única cantada, fica deprimida. Aquela mulata devia ser muito feliz. Pediu uma cerveja geladíssima a uma garçonete que o veio atender. A moça era gostosona, mas não muito bonita de rosto. O americano sorriu de novo. Lembrou-se de que os brasileiros costumavam chamar mulheres assim de Raimunda: feia de cara e boa de bunda.
De onde estava, viu a atendente falar com a mulata. Entregou-lhe uma garrafa de cerveja e esta saiu do bar com ela na mão. Logo avistou o galego e se aproximou dele.
- A cerveja é tua?
- Sim, eu a pedi.
- Qual é tua graça?
- Não entendi. - Empulhou-se o sujeito.
- Ah, desculpe. Galego desse jeito, só pode ser estrangeiro. Perguntei teu nome.
- Oh, meu nome... Meu nome é Johnny.
- Como o Johnny Deep? Uau. Adoro aquele cara.
- Você o conhece? - Perguntou o cara, um tanto surpreso.
- E qual mulher não conhece o Johnny Deep? - Espantou-se ela - Do cinema, é claro.
- Ah, sim. Pensei que o conhecia pessoalmente.
- Você o conhece pessoalmente?
- Sim, algumas vezes nos falamos. Mas não posso dizer que somos grandes amigos...
Ela entregou-lhe a cerveja. Depois, sentou-se à sua mesa, sem pedir licença. Sorria, curiosa.
- Me conta: como é ele? Muito estrela?
- Como?
- É metido a besta, ou é um cara legal?
- Oh, é um cara legal. Muito simples. E brincalhão.
Ela fez uma pose sonhadora. Confessou:
- Eu gostaria de conhecê-lo, dar um monte de beijos nele.
O americano sorriu. Tudo caminhava bem para onde ele queria. Disse:
- Estarei voltando para os States dentro de alguns dias. Não quer ir comigo?
Ela ficou surpresa. Mas, num instante, seu rosto iluminou-se.
- Jura que está me convidando? Oh, meu Deus. Quem me dera poder ir...
- E por que não vai?
- Oh, moço... Primeiro, porque não tenho dinheiro...
- Eu te financio, claro.
- Depois, porque meu namorado não deixaria.
- Se isso for o problema, posso falar com ele.
Ela esteve pensativa. Depois, falou:
- Melhor, não. Ele é muito ciumento. Claro que não deixaria eu viajar sozinha com um macho.
- Não custa nada tentar.
Ela esteve olhando para ele, muito séria. Tirou um celular do bolso da saia curta que usava e aproximou o rosto da face do americano. Tirou uma foto, com ambos sorrindo. Imediatamente, teclou uma mensagem. Ficou à espera de resposta. O celular emitiu um bip e ela pediu licença. Levantou-se e foi atender uma ligação, pois o aparelho começou a tocar. Esteve um tempo falando, depois voltou sorridente para a mesa. Disse, contente:
- Meu namorado vem aqui, falar contigo. Pode esperá-lo?
- Claro. Esperarei todo o tempo que for preciso. Não tenho nada pra fazer, mesmo...
- Pode pagar uma dose para mim? - Pediu ela, meio encabulada, mas com uma carinha bem sapeca.
- Você não bebe cervejas? - Perguntou o cara. Alguém já lhe tinha dito que as mulheres costumam pedir doses de uísque caro a turistas, mas que, na verdade, bebem apenas refrigerantes com gelo. O cara paga uma fortuna por tão simples bebida. Ficou contente quando ela disse:
- Bebo, sim. Mas você terá que pegar lá no balcão. Não me dariam, achando que eu estou te explorando.
- Sem problemas. - Disse ele, se levantando.
Pouco depois, voltou com uma cerveja geladíssima. Ela pediu:
- Posso beber do gargalo?
- Um brinde ao nosso feliz encontro. - Disse ele, levantando o seu próprio copo e tocando com ele a garrafa que estava na mão da mulata. Ela repetiu as suas palavras, depois deu um grande gole. Ele a imitou, tomando todo o copo de uma vez. Aí, ela olhou para o pequeno relógio feminino que tinha em um dos pulsos.
- Acha que teu namorado está demorando? Você acabou de falar com ele. Dê-lhe mais um tempo...
Ela sorriu. Deixou de olhar para o relógio e acercou-se mais dele. Tocou-lhe abaixo do queixo, com as pontas dos dedos, olhando para os seus olhos. Depois, perguntou:
- De onde você é e o que faz aqui? Conte-me um pouquinho de você...
- Sou corretor imobiliário. Deram-me a missão de comprar umas casas na favela. Pagam bem. Mas eu não conheço ninguém na Rocinha, então...
- Que foi, não está se sentindo bem?
- Você... você... pôs algo... na minha... bebida.
O cara estava zonzo. Ela sorria. Ele não demorou muito a tombar sobre a mesa.
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- Ei, moço. Estamos fechando. Pague a sua conta, por favor.
Ainda grogue, o americano olhou em direção à voz. Era um cara bigodudo quem falava. O galego sacudiu a cabeça, querendo afastar a tontura. Perguntou:
- O que houve? Não sou de adormecer na mesa...
- Então, alguém deve ter misturado Rupinol na tua cerveja. Já tentamos te acordar várias vezes, em vão. Ainda bem que melhorou. Estamos querendo fechar.
- Que hora é essa?
- Ainda é cedo, mas o clima por aqui está violento. Muitos assaltos. É melhor o senhor ir embora. Pague a cerveja que consumiu e volte amanhã. Se quiser, pode levar algumas, mas terá que pagar os vasilhames.
- Quanto devo? - Perguntou o loiro, botando a mão no bolso da bermuda. Mas, para seu espanto, sua carteira não estava lá. Tomou um susto, quando não sentiu a sua pistola na cintura. Disse:
- Fuck you, eu fui roubado.
- Não tenho nada com isso, senhor. Pague-me, ou chamo a Polícia.
O americano aperreou-se. Não podia ser encarcerado. Temia que descobrissem quem ele era e o que estava fazendo no País. Apelou:
- Tenho dinheiro no hotel onde estou hospedado. É só pedir que alguém vá comigo e eu pago minha conta.
- Eu irei com ele. - Disse uma voz feminina.
O homem olhou em sua direção. Tratava-se da garçonete feiosa que o havia atendido antes da mulata. O garçom disse:
- Quem sabe é você. Mas é perigoso andar por aí a essa hora...
Pouco depois, chegavam ao hotel. Fizeram o percurso sem trocar uma única palavra. O loiro ainda estava lerdo, por causa da droga ingerida. Mas, não estava preocupado. Tinha um antídoto para esse tipo de coisa, numa valise, no quarto. Diante deste, disse para a garçonete:
- Espere aqui, já trago o dinheiro...
Quando tentou fechar a porta, no entanto, a mulher colocou o pé na abertura, impedindo-o de deixá-la do lado de fora. Ela disse:
- Não feche a porta. Como vou saber se não vai me deixar plantada do lado de fora? Entro com você.
- Desculpe, tem razão... - Disse ele, afastando-se para dar-lhe passagem.
Ela entrou. Olhou em volta, admirada com o luxo do pequeno aposento. Ele caminhou, ainda grogue, em direção a um cofre escondido atrás de um quadro, na parede, e tirou algum dinheiro. Quando voltou-se, ela estava quase nua.
- O que está fazendo?
- É tarde da noite, loiro. Muito perigoso andar por aí a essa hora. Vi que andou olhando para mim, com desejo no olhar. Então, vou dormir por aqui. Amanhã cedinho, vou embora.
- Okay, pode dormir no sofá.
- E por que não contigo, na cama? Acho que ficou tarado na Zezinha. Deve ter ficado frustrado por perder uma foda com ela.
- Zezinha é a mulata boazuda?
- Quem mais poderia ser?
- Aquela prostituta ladra! Levou todo o meu dinheiro... E a minha pistola.
- Não foi ela. Foi o namorado. Mas é melhor você deixar quieto. O cara é capitão do tráfico, na Rocinha.
O americano esteve pensativo. Não podia deixar a arma com o traficante. Melaria sua operação na favela. Tinha que recuperar o objeto.
- Você o conhece bem?
- E quem não o conhece? É temido até pela Policia!
- Como posso encontrá-lo?
- Tá doido, é? Se ele quiser, será ele a se encontrar contigo. Mas eu não contaria com isso. - Disse ela, se acercando do loiro de forma insinuante. Levou a mão ao caralho dele. Sentiu-o, por fora das calças:
- Huuuuuuuuuuuuum, grande e grosso, do jeito que eu gosto...
Tirou-lhe as roupas, uma a uma, até que o deixou totalmente nu. Ele soltou o dinheiro que tinha na mão no chão, quando ela lhe abocanhou o pau.
- Uau, tem um cheiro diferente. O gosto, também. Você mete bem?
- Nunca reclamaram. Só não chupo mulher que não conheço.
- Verônica, muito prazer. - Disse ela, apertando-lhe a mão, sem tirar o caralho da boca. Este ainda estava mole.
- Olha, Verônica... Eu te pago bem, se me levar até o traficante.
- E eu te devolvo a grana que me pagar, se der uma foda prazerosa comigo. Tem que me fazer gozar bem muito. Que tal?
Ele a levantou até à altura da cintura, pois ela era baixinha. Ela abraçou o corpo dele com as pernas. Ele a levou até a varanda e encostou-a no parapeito.
- Eh, não vá me deixar cair...
O americano abriu-lhe mais as pernas e apontou o caralho para a boceta dela. Ela agarrou-se ao seu pescoço.
- Vai botar na minha bocetinha sem cuspe?
- Cale-se, puta. Só fale quando gozar...
- Uau, gostei. Macho todo.
Ele enfiou a pica de vez.
- Aaaaaaah, graúdo. Me fode. Me fode...
- Cale a boca. Só fale quando estiver gozando.
Ela calou-se.
Ele meteu com força, até que o pau entrou totalmente. Ela parecia sentir dor. Agarrou-se mais a ele. O loiro apressou as estocadas, até que a boceta dela começou a escorrer mel. Pingava no chão da varanda. Ela estava de dentes trincados, para não gemer. Tinha os olhos fechados, por isso ela não viu quando ele umedeceu o dedo maior, depois o meteu em seu cuzinho.
- Uuuuuuuuuuuuuuuuhn...
Ele socou com mais força, sem tirar-lhe o dedo do cu. Aí, ela começou a gemer. Logo, urrava de prazer, chorando na pica dele.
- Goza... eu também vou gozar. Goza, pooooooooooooooorra...
Ele retirou-se, de repente, de dentro dela, afastando-se. Ela teve que se equilibrar na mureta da varanda, para não cair. Conseguiu pular para o chão. Imediatamente, gozou, lançando esperma em abundância. Gritou:
- Puto safado... Malvado... Filho da puta...
E correu para chupar o caralho do loiro, deixando um rastro de esperma atrás de si. Masturbou-o, com urgência:
- Goza. Goza na minha cara. Quero me lambuzar com a tua porra.
O americano tirou a mão dela do cacete e ele mesmo bateu uma bronha. Não custou a esporrar na cara da mulher. Ela deu um longo gemido, depois se lambuzou de sêmen. Estava ajoelhada perante ele. Masturbou a perereca, até gozar novamente.